Sexta, 01 Novembro 2024 | Login

O baiano Wanderley 'Holyfield' Pereira está na final do Mundial de Boxe, disputado em Tashkent, no Uzbequistão. O brasileiro garantiu a classificação à decisão ao vencer, de virada, o anfitrião Alokhon Abdullaev pela semi da categoria médio (-75kg), nesta sexta-feira (12). O carioca Wanderson de Oliveira (71kg) também entrou em ação, mas perdeu para Saidjamshid Jafarov e ficou com o bronze.

Campeão dos Jogos Sul-Americanos do ano passado, Holyfield não começou bem a luta contra Abdullaev, mas se recuperou na reta final do primeiro round. Não foi o suficiente para levar a etapa, vencida pelo uzbeque por 3:2, mas dava início à virada. No segundo round, os papéis se inverteram, e o baiano levou a melhor pelo mesmo placar.

Assim, a decisão ficou aberta para o fim. Wanderley não quis saber de dar chance ao azar: foi tão dominante que saiu com a vitória por 4:1. Agora, o baiano se prepara para encarar o cubano Yoenli Martinez, atual campeão mundial da categoria. A luta está prevista para o domingo (14), por volta das 10h.

Holyfield é apenas o quarto brasileiro a chegar em uma final de Mundial masculino. Assim como ele, todos os outros três são baianos: Everton Lopes (ouro em 2011), Robson Conceição (prata em 2013) e Keno Marley Machado (prata em 2021).

Natural de Conceição do Almeida, na Bahia, Wanderley Pereira faz sua segunda participação no Mundial, aos 22 anos. A estreia no torneio foi em 2021, quando Holyfield caiu em sua primeira luta, para o cubano Felicial Martinez.

Agora, ele chega à final após vitórias sobre Fahad Al-Khoori (Emirados Árabes Unidos), por nocaute técnico na estreia; Nurkanat Raiys (Cazaquistão), por unanimidade (5:0) nas oitavas de final; Callum Peters (Austrália) por decisão dividida dos árbitros (4:3) nas quartas e Abdullaev na semi.

Shuga é bronze
Além de Holyfield, o Brasil também teve Wanderson de Oliveira (71kg) em ação pela semifinal, nesta sexta-feira (12). O carioca, porém, foi superado por 4:1 pelo uzbeque Saidjamshid Jafarov. Apesar da derrota, levou o bronze, já que, no boxe não há disputa de terceiro lugar. Esta é a primeira medalha de Shuga, de 26 anos, no torneio, após ter batido na trave em 2019 e em 2021.

Com os dois pódios em Tashkent, o Brasil iguala sua melhor campanha em uma única edição de Mundial. O país repete os anos de 2011 e 2013, quando chegou em uma final e levou um bronze - em 2011, Everton Lopes foi ouro e Esquiva Falcão, bronze; em 2013, Robson Conceição ficou com a prata e Everton Lopes, com o bronze.

Publicado em Esportes