Após romper com a Turner, Bahia acerta venda dos direitos de TV para Globo
Depois de romper com a Turner, o Bahia chegou a um acordo e assinou com a Globo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro em TV fechada. O vínculo será entre 2022 e 2024.
Com o acerto, o Bahia passa a ter contrato com a emissora carioca em todas as plataformas. Agora, o time baiano vai poder ter os jogos exibidos nos canais SporTV. As transmissões vão valer a partir do ano que vem. Na atual temporada, os direitos continuam com a Turner, que televisiona as partidas nos canais TNT.
O Bahia seguiu o mesmo caminho de outras equipes que romperam com a Turner. Na semana passada, Ceará, Fortaleza, Coritiba, Juventude e Santos já haviam acertado com a Globo. Athletico-PR e Palmeiras seguem em negociações.
"Estamos muito satisfeitos de inaugurar essa nova etapa de um projeto consolidado com a Globo, agora tanto com TV aberta quanto TV fechada e pay-per-view. Entendemos que para o Bahia vai ser bom financeiramente e para o nosso torcedor vai ser bem importante para ampliar o acesso e ter mais visibilidade dos jogos do nosso clube. Então, agradecer à Globo pela confiança e reforçar a parceria que temos", disse o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani.
De acordo com a Globo, o modelo de contrato oferecido ao Bahia foi o mesmo que a empresa tem com as outras equipes. Assim, a divisão financeira segue a seguinte ordem:
- 40% da verba dividida igualmente entre os clubes
- 30% da verba distribuída de acordo com a colocação no campeonato
- 30% da verba proporcional ao número de jogos transmitidos
No mês passado, a Turner anunciou o fim da transmissão dos jogos da Série A a partir de 2022. A empresa americana usou uma cláusula que permite o rompimento do contrato sem a necessidade de pagamento de multa aos clubes. Assim, as equipes voltam a ter os direitos de transmissão e podem renegociar.
Bahia repete 2020 e tem segunda pior defesa do Brasileirão
Um pesadelo que os tricolores não queriam viver parece estar bem vivo em 2021. Depois de 12 jogos no Campeonato Brasileiro, o Bahia repete a temporada passada e figura entre as piores defesas da Série A. Muito por causa de um jogo.
A goleada sofrida para o Flamengo, por 5x0, no domingo, em Pituaçu, elevou a quantidade de gols sofridos pelo Esquadrão consideravelmente. O time já foi vazado 19 vezes e supera apenas a Chapecoense, lanterna do Brasileirão, que levou 23.
O tricolor tem uma média de 1,58 gol sofrido por partida. Dos 12 jogos que disputou, o time teve as redes balançadas em oito, o que representa 66,6% dos confrontos. Santos, Corinthians, Chapecoense e Juventude são os ataques que passaram em branco diante do time baiano.
Com a segunda pior defesa do torneio, o sinal de alerta foi ligado na Cidade Tricolor. No ano passado, o Bahia também sofreu com problemas defensivos. Numa campanha em que brigou contra o rebaixamento até as últimas rodadas, o time terminou a Série A com a terceira defesa mais vazada.
Em 2020, a equipe sofreu 59 gols no Campeonato Brasileiro e superou só os rebaixados Goiás e Botafogo, que levaram 63 e 62, respectivamente. Foi o pior desempenho do clube na era dos pontos corridos com 20 equipes.
Mudanças
Curiosamente, o sistema defensivo vinha sendo ponto positivo do Bahia na temporada. Sob o comando de Dado, o zagueiro Juninho voltou a atuar bem e casou uma boa dupla com o argentino Conti.
A situação mudou quando Conti se machucou e saiu do time. A média de gols sofridas praticamente dobrou na ausência do defensor. A equipe, que até então havia sofrido cinco gols, levou mais nove na Série A. Existia a expectativa de que com o retorno do argentino o Esquadrão voltasse aos trilhos, mas aí o Bahia sofreu uma nova baixa.
Com a saída de Juninho, vendido ao Midtjylland, da Dinamarca, Dado vai ter que rearrumar o setor. Contra o Flamengo, Ligger foi o parceiro de Conti e não conseguiu boa atuação - como todo o setor. O jogador de 33 anos foi contratado como reposição a Juninho e deve ganhar sequência nos próximos compromissos.
Entre as opções, Dado Cavalcanti tem ainda Luiz Otávio, Lucas Fonseca e Gustavo Henrique, que disputou o Campeonato Baiano pelo time de transição, mas ainda não recebeu chances na equipe principal. Na visão do presidente Guilherme Bellintani, a defesa já está completa e dificilmente o clube contratará novas peças.
"A linha de defesa hoje está completa. Poderá trazer alguém se alguém sair. Nós temos Conti, Lucas Otávio, Ligger, Lucas e Gustavo. Em determinado momento, havia hipótese de negociação de Juninho Capixaba, que não se concretizou. E a gente estava buscando lateral esquerdo para repor. Mas a gente não tem condição de ter três laterais direitos e três laterais esquerdo”, disse o presidente tricolor durante entrevista ao canal oficial do clube.
Com os problemas escancarados, o Bahia vai ter agora uma semana para juntar os cacos e se preparar para o próximo desafio. O tricolor voltará a entrar em campo no próximo domingo (25), quando visitará o Atlético-MG, pela 13ª rodada do Brasileirão, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte.
Orçamento: Bahia prevê queda de R$ 63 mi em caso de rebaixamento
A diretoria do Bahia apresentou, durante reunião do Conselho Deliberativo, na noite da última segunda-feira (15), a previsão orçamentária para a temporada 2021. Como faltam duas partidas para o fim do Campeonato Brasileiro e o clube ainda não tem definida qual divisão vai disputar, duas propostas foram divulgadas.
No primeiro cenário, que prevê a continuidade do tricolor na Série A do Campeonato Brasileiro, a previsão é de uma arrecadação de R$ 171 milhões. O valor é composto por R$ 149 milhões de arrecadação em 2021 mais R$ 22 milhões provenientes da temporada 2020.
Já no segundo cenário, que envolve um possível rebaixamento para a Série B, a previsão do Bahia é de arrecadar R$ 108 milhões. Nesse caso, o número seria composto por R$ 93 milhões de receitas arrecadas na temporada 2021 e mais R$ 15 milhões remanescente de 2020.
Permanecendo na Série A, a expectativa do Bahia é de arrecadar R$ 171 milhões em 2021
No caso de um rebaixamento, a queda financeira do tricolor seria de aproximadamente R$ 63 milhões. Nos dois casos, o orçamento apresentado é menor do que o estipulado para a temporada passada, quando o Bahia projetou arrecadar R$ 179 milhões, um recorde na história do clube.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, o tricolor acabou tendo prejuízo e a meta para 2020 não foi batida. Até dezembro, o Esquadrão arrecadou cerca de R$ 137 milhões, R$ 42 milhões a menos do que foi projetado.
Já em caso de queda à Série B, a receita bruta prevista é de R$ 108 milhões na próxima temporada
Composição
Para chegar aos números apresentados, o Bahia destrinchou as receitas que pode somar na próxima temporada. O grande impacto está nos direitos de transmissão de TV.
Permanecendo na Série A, o tricolor projeta arrecadar cerca de R$ 55 milhões apenas com transmissão do Campeonato Brasileiro. Na Série B, a cifra cairia para aproximadamente 7 milhões. Uma queda de 87%.
Nos dois casos, a conta ainda inclui R$ 25 milhões em venda de atletas, além de receitas com plano de sócios, Loja Esquadrão, avanços em competições como a Copa do Nordeste e Copa do Brasil, e outros.
Bahia terá impacto com direitos de TV em caso de queda; clube projeta arrecadar R$ 25 milhões em venda de atletas
Independentemente da divisão que vai disputar em 2021, o orçamento tricolor prevê alcançar pelo menos a fase semifinal da Copa do Nordeste, e a terceira fase da Copa do Brasil. O documento não leva em consideração o Campeonato Baiano. O Tricolor não entrou em acordo com a TVE, emissora que vai transmitir o estadual, e por isso não soma os R$ 850 que teria direito.
Aliás, o Sócio Digital também é uma aposta da diretoria para 2021. Em 2020, o clube arrecadou quase R$ 300 mil com a plataforma, que teve boom em setembro, quando foi lançada. A previsão é mais que dobrar a meta e encerrar o ano com faturamento de R$ 720 mil. Atualmente, o clube conta com 6.424 assinaturas ativas.
Bahia pretende alavancar plataforma Sócio Digital e arrecadar R$ 720 mil no setor
Ainda sobre os sócios, a previsão é de queda no programa. Ficando na primeira divisão, o Bahia estima conseguir arrecadar cerca de R$ 25 milhões, R$ 4 milhões a menos do que conseguiu em 2020. Já se disputar a segunda divisão, o valor previsto é de R$ 20 milhões.
Vale lembrar que o programa de sócios foi um dos mais afetados no clube por conta da pandemia do coronavírus. Depois de iniciar 2020 com cerca de 45 mil associados, o Bahia encerrou a temporada com aproximadamente 30 mil. Desses, cerca de 22 mil estão adimplentes.
Em todos os cenários, Bahia prevê queda na arrecadação com o plano de sócios
Além de orçar possíveis receitas, a diretoria também fez a previsão das despesas. Permanecendo na Série A, o clube prevê aumento no gasto com salários, que saltaria de R$ 73 milhões em 2020 para R$ 79 milhões em 2021. No entanto, o pagamento de direitos de imagem seria menor na comparação com o último ano: R$ 17 milhões em 2020 e R$ 16 milhões em 2021.
No cenário que leva em consideração a queda para a Série B, as despesas com salários cairiam para R$ 48 milhões, enquanto outros R$ 5 milhões seriam destinados para o pagamento de direitos de imagem.
O documento apresentado pelo Bahia alerta também para a necessidade de antecipação de receitas, empréstimos ou venda de ativos para cobrir défict estimado. Na previsão do orçamento, o clube não conta com a venda do Fazendão, por ser considerada uma 'receita extraordinária'. No entanto, o presidente Guilherme Bellintani afirmou que já tem uma proposta de compra do equipamento e vai apresentar ao Conselho Deliberativo.
Após apresentada ao Conselho, a proposta orçamentária para 2021 precisa ser aprovada em Assembleia.
Bahia faz três no 1º tempo, vence o Vasco e respira no Brasileiro
Uma noite de alívio. Depois de cinco jogos, o Bahia voltou a vencer como mandante no Brasileirão. E foi em grande estilo: nesta quarta-feira (7), o tricolor fez um jogo eficiente, terminou a partida sem levar gol após 12 rodadas seguidas sendo vazado e bateu o Vasco por 3x0 no estádio de Pituaçu.
O placar foi construído ainda no primeiro tempo, com gols de Rossi, Gilberto e Clayson, trio de ataque escolhido como titular e uma das novidades apresentadas pelo time. O triunfo levou o Esquadrão aos 15 pontos, em 12° lugar, porém a apenas um ponto da zona de rebaixamento e com a certeza de que terminará a rodada em 13° por causa do confronto entre Athletico e Ceará na quinta, em que obrigatoriamente um deles passará o Bahia.
O próximo compromisso do Bahia será no domingo (11), quando visita o Fluminense, às 16h, no Maracanã, no Rio de Janeiro.
O jogo
Em busca de recuperação no Brasileirão, Mano Menezes voltou a promover mudanças no Bahia. Com o titular Nino Paraíba lesionado, o zagueiro Ernando assumiu a lateral direita, enquanto Daniel retomou a condição de titular e ganhou a função de municiar os jogadores de frente. No ataque, o tricolor voltou a ter uma trinca ofensiva, com Rossi, Clayson e Gilberto.
A mexida deixou o Bahia com outra postura, mas a principal mudança aconteceu na eficiência. Com mais posse de bola, o time começou o jogo como esperado: explorando as jogadas pelos lados do campo. Na esquerda, Clayson era um dos mais acionados, tentando partir para cima dos defensores. Quando o camisa 25 acertou, o gol saiu.
Aos nove minutos, Clayson fez a jogada e cruzou para Rossi. O atacante se antecipou ao marcador e tocou na saída de Fernando Miguel, abrindo o placar para o Esquadrão. Ex-vascaíno, ele não comemorou o gol em respeito ao clube onde atuou no ano passado.
A vantagem deixou o Bahia tranquilo no jogo. Pressionando a saída de bola adversária, o tricolor praticamente não era incomodado pelo Vasco, mas também quase não chegava ao ataque. Tanto que após o gol, só criou outra boa chance aos 31 minutos. A espera valeu a pena.
Em um dos raros momentos de ataque, Ernando tabelou com Rossi e disparou pela direita. O lateral improvisado passou pelo marcador, levantou a cabeça e rolou pra trás para Gilberto, que soltou a bomba e anotou o segundo.
O Vasco ficou desnorteado depois do 2x0, e o terceiro poderia ter saído no lance seguinte. Em um contra-ataque rápido pela esquerda, Rossi entrou na área e tocou para Juninho, que chegava como centroavante. Livre, o zagueiro chutou por cima e perdeu chance incrível.
Mas não fez falta: aos 46 minutos, Yago Pikachu cortou errado e deu um presente para Clayson. Sozinho, o atacante dominou na área e mandou no canto de Fernando Miguel: Bahia 3x0.
2º tempo de experiências
Administrando o resultado, o Esquadrão voltou para o segundo tempo com a clara estratégia de esperar o Vasco e aproveitar eventuais espaços dado pelo adversário. O time carioca tentou se lançar ao ataque, mas nos primeiros minutos só conseguiu levar perigo em chutes de fora da área.
Para deixar a situação ainda mais confortável para o Bahia, Bruno Gomes parou com falta a tentativa de contra-ataque puxada por Juninho Capixaba, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando o Vasco com um jogador a menos.
Mano Menezes então resolveu colocar sangue novo em campo e jogadores como o atacante Fessin e o volante Ramon foram para o jogo. O tricolor até ensaiou uma certa pressão, mas deixou mesmo o tempo passar e comemorou a vitória.