Mês de abril choveu quase 40% a mais do previsto, diz Codesal
O mês de abril choveu muito além do previsto pela média histórica. Segundo a Codesal, ao longo do mês, foram registrados 394,4 mm de acumulados de chuvas, 39,4% acima da média histórica (normal climatológica), que é de 284,9mm, contabilizada pela estação pluviométrica de referência, em Ondina.
Foi o segundo mês de abril mais chuvoso dos últimos oito anos, sendo superado apenas por abril de 2020, quando choveu 545,5 mm. Entre 1º e 30 d abril deste ano, foram realizadas 1.565 vistorias de imóveis e de áreas de risco.
Estas informações constam do balanço parcial da Operação Chuva 2022, divulgado nesta segunda-feira (02/05), referente a abril, primeiro mês da atividade, quando se intensificam as ações preparativas para o período chuvoso.
Entre as vistorias realizadas, as ocorrências mais frequentes foram ameaça de deslizamento (408); ameaça de desabamento (289); deslizamento de terra (228); orientação técnica (181) e árvore ameaçando cair (91).
Os bairros da capital baiana que registraram os maiores acumulados de chuvas foram Mirante de Periperi (456,4 mm); Periperi (419,2 mm); Itacaranha (408,4 mm); Fazenda Coutos (402,8 mm); Centro (402,5 mm); Capelinha - Vila Picasso (402mm); Pirajá (400,8 mm; Bom Juá (398,4 mm); Ondina (397,2 mm) e Engenho Velho de Brotas (394,4 mm).
Sirenes
Em função das fortes chuvas, foram acionadas as sirenes nas comunidades Voluntários da Pátria (Lobato), Vila Picasso (Capelinha), Bom Juá, Baixa do Cacau (São Caetano), Mamede (Alto da Terezinha), Moscou (Castelo Branco), dia 18, e, 19, no Calabetão.
A sirene da comunidade de Bosque Real (Sete de Abril) foi acionada dia 20/04, juntamente com a de Moscou (Castelo Branco), que já tinha sido acionada dia 18/04, de modo a reforçar o alerta preventivo naquela comunidade.
As sirenes são acionadas após o volume de chuvas ultrapassarem 150 mm em 72 horas de chuvas intensas. Após o acionamento, os moradores são instados a saírem de suas casas e se dirigirem para um centro de acolhimento, localizado em escolas municipais.
Ao longo do período, 307 pessoas foram evacuadas de suas casas e conduzidas à abrigos instalados em escolas municipais no entorno das regiões atingidas. As Gerências Regionais de Educação (GREs), a Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre) e os gestores das Prefeituras-Bairro colaboraram no abrigamento.
Passado o risco apresentado pelas chuvas e após vistorias realizadas pela Codesal nas áreas evacuadas, as famílias que não puderam voltar em segurança para suas casas, e não possuíam local seguro, foram encaminhadas para o Abrigo de Acolhimento Provisório da Sempre.
Prevenção
Ao longo do ano, a Defesa Civil de Salvador realiza ações preventivas nas áreas de risco da capital baiana. Neste sentido, as vistorias são realizadas diariamente a partir de demandas dos moradores ou de solicitações feitas através dos órgãos parceiros da Operação Chuva.
“O principal objetivo da Defesa Civil é preservar vidas. Fazemos sistematicamente esse acompanhamento e, se alguém perceber mudanças no cenário, como escorregamentos de terra, rachaduras em paredes, postes inclinados, entre outras, deve entrar em contato conosco imediatamente”, orienta o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo.
Ele destacou ainda que a sintonia com os órgãos do Sistema Municipal de Prevenção e Defesa Civil (SPMDC) permitiu apresentar resposta imediata às principais demandas e garantir a segurança da população.
Fortes chuvas em Salvador acionam sirenes de emergência em 3 bairros
As fortes chuvas em Salvador desta sexta-feira (9) resultaram no acionamento das sirenes de alerta nas comunidades do Alto da Terezinha (Mamede), no Subúrbio Ferroviário, nesta madrugada; em Moscou, Castelo Branco, e no meio da tarde no bairro de Sete de Abril.
As sirentes integram o Sistema de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Codesal) que é acionado quando o acumulado de chuvas atinge 150mm em 72h, com o objetivo de alertar os moradores e evacuar famílias em função do risco de deslizamento de terra devido as fortes chuvas que atingem a capital baiana.
Inicialmente, a sirene emite um sinal sonoro e em seguida, a mensagem explicando que há risco de deslizamentos na área, alertando aos moradores que se dirijam para locais seguros e pontos de apoio.
Foram registrados em 72h acumulados de 172,2mm, em Mamede; 159,6mm, em Moscou; 151,6mm, em Bosque Real", acrescentando que há a possibilidade da sirene ser acionada em Calabetão.
De acordo com o boletim da Codesal publicado às 15h43, foram registradas 500 ocorrências em decorrência das chuvas em Salvador. Destas, 158 foram para avaliações de imóveis alagados, 122 por ameaça de deslizamento e 74 deslizamentos de terra. A região que mais concentra ocorrências é a do Cabula/Tancredo Neves.
De acordo com o diretor da Codesal, Sosthenes Macêdo, "foi registrado um grande acumulado de chuva em algumas regiões da capital baiana ao longo desta sexta-feira e a previsão é de mais chuvas moderadas e fortes para as próximas horas".
O gestor da Defesa Civil — que mantém plantão de 24h todos os dias da semana — reitera o pedido para que as pessoas que vivem nessas localidades fiquem atentos pois "o solo ainda está encharcado, razão pela qual há a possibilidade de escorregamento de terra. Na perspectiva de qualquer escorregamento, fissuras ou rachaduras em suas casas, por favor contatar a Codesal pelo número 199."