Estados Unidos pedem uso obrigatório de máscara em aviões e trens
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) divulgou nesta segunda-feira (19) "forte recomendação" para que passageiros e funcionários em aviões, trens, metrôs, ônibus, táxis e veículos de carona compartilhada utilizem máscaras para prevenir a propagação da covid-19.
A orientação provisória também pede a utilização das proteções faciais em hubs de transporte, como aeroportos e estações de trem.
"A utilização ampla e rotineira de máscaras nos sistemas de transportes vai proteger norte-americanos e oferecer confiança para que se possa novamente viajar com segurança mesmo durante a pandemia", afirmou o CDC.
Companhias aéreas, o sistema de trens Amtrak e a maioria dos sistemas públicos de trens e aeroportos norte-americanos já exigem que todos os passageiros e trabalhadores cubram seus rostos, assim como as empresas Uber e Lyft.
Mas, em julho, a Casa Branca foi contrária a um projeto que tornaria obrigatório o uso de máscaras por todos os funcionários e passageiros de companhias aéreas, trens e sistemas de transporte público. A Casa Branca não comentou imediatamente a recomendação do CDC.
O gabinete de Administração e Orçamentos da Casa Branca disse na época que o projeto de lei que obrigava o uso de máscaras era "restritivo demais", e acrescentou que essas decisões deveriam ficar com os estados, governos locais, sistemas de transporte e autoridades de saúde pública.
Segundo o CDC, os operadores de transportes deveriam garantir que todos os passageiros e funcionários utilizassem máscaras durante toda a viagem, e que deveriam oferecer informações para pessoas que estão comprando ou reservando viagens e/ou transporte sobre a necessidade de uso de máscaras, assim como, onde fosse possível, disponibilizar essa proteção.
FBI prende 13 suspeitos de integrar grupo que sequestraria governadora democrata
A polícia federal americana (FBI) prendeu 13 pessoas, incluindo sete homens associados à milícia Wolverine Watchmen, devido a supostos complôs para sequestrar a governadora do Michigan e atacar o edifício da Assembleia estadual, disseram procuradores nesta quinta-feira (8).
Segundo as agências internacionais, o grupo tramou o rapto de Gretchen Whitmer, uma democrata e alvo frequente de ataques do presidente Donald Trump, que é do partido adversário (Republicanos).
O ataque ocorreria às vésperas da eleição presidencial de 3 de novembro, de acordo com um depoimento juramentado do FBI divulgado nesta quinta-feira.
"Nossos esforços revelaram planos elaborados para ameaçar as vidas de agentes da lei, autoridades de governo e o público em geral", disse a procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, segundo a Reuters.
Memorandos internos de segurança dos EUA de meses recentes alertaram que extremistas domésticos violentos poderiam representar uma ameaça a alvos relacionados à eleição, uma preocupação exacerbada pela pandemia de covid-19, tensões políticas, tumultos civis e campanhas de desinformação do exterior.
Em setembro, o diretor do FBI, Christopher Wray, disse durante audiências parlamentares que sua agência estava realizando investigações sobre extremistas domésticos violentos, incluindo supremacistas brancos e grupos antifascistas. Wray disse que o "grosso" das investigações tratava de grupos de supremacistas brancos.
Segundo a Reuters, o procurador do distrito oeste de Michigan, Andrew Birge, disse que o FBI se tornou ciente por meio das redes sociais de que um grupo de pessoas estava debatendo a "deposição violenta" do governo de Michigan, desencadeando uma investigação de meses que contou com fontes confidenciais dentro do grupo
Com covid-19, Trump tira a máscara ao chegar à Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, voltou à Casa Branca na noite desta segunda-feira (5). Logo que chegou na residência, o representante removeu sua máscara e ergueu o polegar, após passar três dias no hospital Walter Reed Medical Center.
O presidente,de 74 anos, deixou o centro médico esta noite após alta hospitalar, apesar de não ter completado o seu tratamento completo contra a covid-19. Ele voltou à Casa Branca de helicóptero do hospital militar Walter Reed, nos arredores de Washington, pouco depois de anunciar no Twitter a intenção de retomar "em breve" sua campanha para a reeleição.
Trump anunciou que estava com a covid-19 na madrugada de sexta (2) e foi hospitalizado no mesmo dia. A mulher dele, Melania, também está com a doença, mas não foi hospitalizada.
O presidente, que é candidato à reeleição, contraiu a doença a um mês das eleições, que disputa com o democrata Joe Biden.
Durante todo período da pandemia, Trump minimizou a covid-19. Apareceu frequentemente em eventos sem máscara, inclusive rallys de campanha com muita gente.
No domingo (5), Trump saiu para uma volta de carro para cumprimentar apoiadores do lado de fora. O doutor James Phillips, médico assistente do hospital, inclusive, classificou a atitude como "insana" e uum "teatro político", afirmando que Trump colocou vidas em risco.
Trump deixou o hospital militar em um carro preto no domingo. Sentado no banco de trás, ele passou acenando aos apoiadores, que estão fazendo uma espécie de vigília no local desde que o presidente foi levado para lá por conta da covid-19. Depois, ele retornou à unidade médica, que tem acomodações exclusivas para o presidente.
"Cada pessoa no veículo durante aquele 'passeio presidencial' completamente desnecessário agora tem que ser colocada em quarentena por 14 dias", escreveu o médico no Twitter. "Eles podem ficar doentes. Eles podem morrer. Por teatro político. Comandados por Trump para colocar suas vidas em risco por causa do teatro. Isso é loucura", acrescentou.
"Esse carro presidencial não é apenas à prova de balas, mas hermeticamente selado contra ataques químicos. O risco de transmissão de covid-19 no interior é tão alto quanto fora dos procedimentos médicos. A irresponsabilidade é surpreendente", continuou.
O porta-voz da Casa Branca, Judd Deere, afirmou que a saída foi considerada "segura" pela equipe médica que acompanha Trump. "As devidas precauções foram tomadas na execução deste movimento para proteger o presidente e todos aqueles que o apoiam", afirmou.
Donald Trump é levado para hospital após ser diagnosticado com covid-19
Donald Trump foi levado para o Centro Médico Militar Nacional Walter Reed para observação dos sintomas de covid-19 nesta sexta-feira (2). O presidente norte-americano foi diagnosticado com coronavírus.
Trump está com tosse e febre baixa, de acordo com duas pessoas ouvidas pelo jornal The New York Times. O vice-presidente Mike Pence, Joseph R. Biden Jr. e a palestrante Nancy Pelosi tiveram resultados negativos.
Trump, e a primeira-dama, Melania Trump, "estão bem" e apresentam sintomas leves, informou o médico da família, Sean Conley. Trump anunciou pouco antes que ele e Melania estão infectados com o novo coronavírus.
Conley informou ainda, em nota, que Trump vai permanecer trabalhando, apesar do isolamento imposto pela covid-19. O presidente americano cancelou um comício que faria nesta sexta-feira na Flórida, mas confirmou a participação em uma conferência telefônica em apoio a idosos vulneráveis à doença.