Sexta, 01 Novembro 2024 | Login

O fornecimento de água será interrompido em parte de Salvador e em alguns municípios da Região Metropolitana nesta terça-feira (19), a partir das 6h da manhã. A suspensão vai ocorrer devido à realização de serviços de manutenção e melhoria na captação de água em Pedra do Cavalo e outros pontos do sistema de abastecimento.

A previsão da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) é que os serviços sejam concluídos na madrugada do dia seguinte (20), quando o abastecimento começará a ser retomado nas áreas afetadas. Como o retorno da água sempre ocorre de forma gradativa, alguns locais poderão ter o fornecimento regularizado em até 72 horas após o término dos serviços. Por isso, a Embasa orienta que a população reserve água para esse período e utilize com economia a água armazenada.
“Nosso objetivo é completar a preparação do sistema para o verão 2023, quando a demanda por água será maior. Fizemos uma manutenção semelhante, em agosto, na parte do sistema atendida pelas estações de tratamento da Bolandeira, e agora é a vez das estruturas que captam e transportam água da barragem de Pedra do Cavalo até a ETA principal, em Candeias”, explica o presidente da Embasa, Leonardo Góes. “Sabemos que toda interrupção causa transtornos, mas precisamos fazer esses serviços para manter a confiabilidade e a segurança operacional do sistema, evitando ter que parar depois, de forma emergencial”.

Durante a suspensão do fornecimento, também serão feitos serviços de manutenção preventiva em diversos pontos da rede distribuidora. Ao todo, serão 25 frentes de serviço e 164 trabalhadores atuando. “Para que o sistema se mantenha em boas condições operacionais, é fundamental que a Embasa faça essas manutenções periódicas. É como qualquer maquinário, um carro, por exemplo, que precisa de revisão de tempos em tempos para verificar se está tudo bem, reparar o que precisa e trocar peças gastas pelo uso”, complementa Manuella Andrade, diretora de Operação da Embasa na RMS.

Enquanto o fornecimento de água não estiver plenamente regularizado, o usuário pode solicitar abastecimento alternativo por carro-pipa, pelos canais de atendimento ao cliente da empresa:

Telefone: 0800 0555 195

WhatsApp (71) 99717-0999

Atendimento virtual: atendimentovirtul.embasa.ba.gov.br

Pontos presenciais

A prioridade do atendimento com carro pipa será dada a hospitais e postos de saúde.

Como armazenar água

Para evitar desabastecimento em momentos como este, é fundamental dispor de caixa d'água, como orienta a Resolução 005/2019 da Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa). Em imóveis com mais de um pavimento, também é preciso dispor de reservatório inferior equipado com bomba para alimentar o reservatório superior.

Além da caixa d'água, é importante ter atenção ao armazenamento correto da água em baldes e outros recipientes, que devem ser previamente limpos e permanecer tampados para evitar contaminações.

A água armazenada nos reservatórios domiciliares deve ser consumida com economia e evitando usos que possam ser adiados, como lavar roupa ou limpar a calçada. Bons hábitos, como fechar a torneira ao escovar os dentes ou lavar os pratos e encurtar o tempo dos banhos, também podem ser adotados.

Áreas afetadas

Em Salvador:
Ilha de Bom Jesus dos Passos
Ilha de Maré
Ilha dos Frades
Aeroporto
Águas Claras
Alto da Terezinha
Alto do Cabrito
Alto do Coqueirinho
Areia Branca
Arenoso
Arraial do Retiro
Bairro da Paz
Barreiras
Boa Viagem
Boa Vista de São Caetano
Boca da Mata
Bom Juá, Bonfim
CAB
Cabula
Cabula VI
Cajazeiras
Calabetão
Calçada
Caminho de Areia
Campinas de Pirajá
Canabrava
Capelinha
Cassange
Castelo Branco
Coutos
Curuzu
Dom Avelar
Doron
Engomadeira
Fazenda Coutos
Fazenda Grande do Retiro
Fazenda Grande I a IV
Granjas Rurais
IAPI
Imbuí
Itacaranha
Itapuã
Itinga
Jaguaripe I
Jardim Cajazeiras
Jardim Cruzeiro
Jardim das Margaridas
Jardim Santo Inácio
Jd. Nova Esperança
Liberdade
Lobato
Mangueira
Marechal Rondon
Massaranduba
Mata Escura
Monte Serrat
Moradas da Lagoa
Mussurunga
Narandiba
Nova Brasília
Nova Esperança
Novo Horizonte
Novo Marotinho
Palestina
Paripe
Patamares
Pau da Lima
Periperi
Pernambués
Pero Vaz
Piatã
Pirajá
Plataforma
Porto Seco
Praia Grande
Resgate
Retiro
Ribeira
Rio Sena
Roma
Saboeiro
Santa Luzia
Santa Mônica
São Caetano
São Cristóvão
São Gonçalo
São João do Cabrito
São Marcos
São Rafael
São Tomé
Sete de Abril
Stella Maris
Sussuarana Nova e Velha
Tancredo Neves
Trobogy
Uruguai
Vale dos Lagos
Valéria
Vila Canária
Demais municípios:
Simões Filho,
Lauro de Freitas,
Terra Nova,
Coração de Maria,
Conceição do Jacuípe,
Amélia Rodrigues,
Santo Amaro,
São Francisco do Conde,
Candeias,
Madre de Deus,
Parte de Camaçari (Busca Vida)
Parte de Saubara (Acupe)

Publicado em Bahia

O fornecimento de água será interrompido em parte de Salvador e em alguns municípios da Região Metropolitana nesta terça-feira (19), a partir das 6h da manhã. A suspensão vai ocorrer devido à realização de serviços de manutenção e melhoria na captação de água em Pedra do Cavalo e outros pontos do sistema de abastecimento.

A previsão da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) é que os serviços sejam concluídos na madrugada do dia seguinte (20), quando o abastecimento começará a ser retomado nas áreas afetadas. Como o retorno da água sempre ocorre de forma gradativa, alguns locais poderão ter o fornecimento regularizado em até 72 horas após o término dos serviços. Por isso, a Embasa orienta que a população reserve água para esse período e utilize com economia a água armazenada.

“Nosso objetivo é completar a preparação do sistema para o verão 2023, quando a demanda por água será maior. Fizemos uma manutenção semelhante, em agosto, na parte do sistema atendida pelas estações de tratamento da Bolandeira, e agora é a vez das estruturas que captam e transportam água da barragem de Pedra do Cavalo até a ETA principal, em Candeias”, explica o presidente da Embasa, Leonardo Góes. “Sabemos que toda interrupção causa transtornos, mas precisamos fazer esses serviços para manter a confiabilidade e a segurança operacional do sistema, evitando ter que parar depois, de forma emergencial”.

Durante a suspensão do fornecimento, também serão feitos serviços de manutenção preventiva em diversos pontos da rede distribuidora. Ao todo, serão 25 frentes de serviço e 164 trabalhadores atuando. “Para que o sistema se mantenha em boas condições operacionais, é fundamental que a Embasa faça essas manutenções periódicas. É como qualquer maquinário, um carro, por exemplo, que precisa de revisão de tempos em tempos para verificar se está tudo bem, reparar o que precisa e trocar peças gastas pelo uso”, complementa Manuella Andrade, diretora de Operação da Embasa na RMS.

Enquanto o fornecimento de água não estiver plenamente regularizado, o usuário pode solicitar abastecimento alternativo por carro-pipa, pelos canais de atendimento ao cliente da empresa:

Telefone: 0800 0555 195
WhatsApp (71) 99717-0999
Atendimento virtual: atendimentovirtul.embasa.ba.gov.br

Pontos presenciais

A prioridade do atendimento com carro pipa será dada a hospitais e postos de saúde.

Como armazenar água
Para evitar desabastecimento em momentos como este, é fundamental dispor de caixa d'água, como orienta a Resolução 005/2019 da Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa). Em imóveis com mais de um pavimento, também é preciso dispor de reservatório inferior equipado com bomba para alimentar o reservatório superior.

Além da caixa d'água, é importante ter atenção ao armazenamento correto da água em baldes e outros recipientes, que devem ser previamente limpos e permanecer tampados para evitar contaminações.

A água armazenada nos reservatórios domiciliares deve ser consumida com economia e evitando usos que possam ser adiados, como lavar roupa ou limpar a calçada. Bons hábitos, como fechar a torneira ao escovar os dentes ou lavar os pratos e encurtar o tempo dos banhos, também podem ser adotados.

Áreas afetadas
Em Salvador:

Ilha de Bom Jesus dos Passos
Ilha de Maré
Ilha dos Frades
Aeroporto
Águas Claras
Alto da Terezinha
Alto do Cabrito
Alto do Coqueirinho
Areia Branca
Arenoso
Arraial do Retiro
Bairro da Paz
Barreiras
Boa Viagem
Boa Vista de São Caetano
Boca da Mata
Bom Juá, Bonfim
CAB
Cabula
Cabula VI
Cajazeiras
Calabetão
Calçada
Caminho de Areia
Campinas de Pirajá
Canabrava
Capelinha
Cassange
Castelo Branco
Coutos
Curuzu
Dom Avelar
Doron
Engomadeira
Fazenda Coutos
Fazenda Grande do Retiro
Fazenda Grande I a IV
Granjas Rurais
IAPI
Imbuí
Itacaranha
Itapuã
Itinga
Jaguaripe I
Jardim Cajazeiras
Jardim Cruzeiro
Jardim das Margaridas
Jardim Santo Inácio
Jd. Nova Esperança
Liberdade
Lobato
Mangueira
Marechal Rondon
Massaranduba
Mata Escura
Monte Serrat
Moradas da Lagoa
Mussurunga
Narandiba
Nova Brasília
Nova Esperança
Novo Horizonte
Novo Marotinho
Palestina
Paripe
Patamares
Pau da Lima
Periperi
Pernambués
Pero Vaz
Piatã
Pirajá
Plataforma
Porto Seco
Praia Grande
Resgate
Retiro
Ribeira
Rio Sena
Roma
Saboeiro
Santa Luzia
Santa Mônica
São Caetano
São Cristóvão
São Gonçalo
São João do Cabrito
São Marcos
São Rafael
São Tomé
Sete de Abril
Stella Maris
Sussuarana Nova e Velha
Tancredo Neves
Trobogy
Uruguai
Vale dos Lagos
Valéria
Vila Canária
Demais municípios:

Simões Filho,
Lauro de Freitas,
Terra Nova,
Coração de Maria,
Conceição do Jacuípe,
Amélia Rodrigues,
Santo Amaro,
São Francisco do Conde,
Candeias,
Madre de Deus,
Parte de Camaçari (Busca Vida)
Parte de Saubara (Acupe)

Publicado em Bahia

As contas de água/esgoto da Embasa agora virão com QR Code que direciona para o pagamento via Pix. A modalidade, além de ser mais prática, agiliza a informação da quitação do débito no sistema comercial da empresa, permitindo, em cerca de 30 minutos, que o cliente solicite serviços como religação, informação de pagamento para evitar cortes, emissão de certidões de adimplência, entre outros.

Para fazer o pagamento é bem simples: basta entrar no aplicativo do banco ou instituição financeira, buscar a opção “Pix”, selecionar a opção QR Code, escanear o QR Code que aparece na conta de água próximo ao código de barras e seguir com o pagamento.

Também é possível emitir a segunda via da conta com o QR Code Pix pela Agência Virtual da Embasa (www.embasa.ba.gov.br), teleatendimento 0800 0555 195 ou WhatsApp (71 99717-0999).

De acordo com a gerente comercial da Embasa, Thalita Vieira, é importante sempre ficar atento e conferir todos os dados para evitar pagamentos em nome de terceiros. “O cliente deve utilizar sempre o QR Code constante na sua conta e confirmar se no momento do pagamento aparecerá a Embasa como favorecida e o Citibank como banco vinculado”, explica. “A empresa nunca solicita pagamentos por PIX enviando chave com CPF, telefone ou CPNJ”.

Praticidade
O sistema que possibilitou o pagamento de contas de água e esgoto, além de serviços da Embasa pelo Pix foi desenvolvido pela empresa em parceria com o banco Citibank.

“Nós estamos sempre buscando maneiras de usar a tecnologia para facilitar a vida dos nossos clientes e, especialmente após a pandemia, tornou-se essencial oferecer a opção de pagamento digital instantâneo”, destaca o presidente da Embasa, Leonardo Góes.

Publicado em Economia

Mais da metade da água tratada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) não chega ao consumidor que paga suas contas corretamente em Salvador. O ranking anual de saneamento do Instituto Trata Brasil, divulgado na segunda-feira (20), aponta que 57% da água potável é desviada por dois caminhos: ligações irregulares e problemas na rede de distribuição. No decorrer de um dia inteiro, é como se o volume de 487 piscinas olímpicas não fosse devidamente entregue aos clientes.

Os dados indicam que as 100 maiores cidades do país perdem, em média, 36% de água tratada. Já em Salvador, o Indicador de Perdas na Distribuição é de 57%. De todos os municípios pesquisados, a capital baiana figura em 11º lugar no ranking de cidades que mais perdem água. Na primeira posição está Porto Velho (RO), com 77% de perdas, e na última, Nova Iguaçu (RJ), com apenas 7,9%. As informações utilizadas na composição do ranking são de 2021.

A perda de água em Salvador está acima da média nacional desde o início da série histórica, em 2010. A menor perda registrada pelo instituto foi em 2015, quando 46% de toda a água potável não chegou aos consumidores que arcaram com as contas. Desde 2016, o índice fica acima de 51%. Para realizar o levantamento, foram utilizados dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis). Vale lembrar que a perda de água não deve ser confundida com desperdício, que ocorre quando os consumidores deixam uma torneira ligada por muito tempo, por exemplo.

Especialistas em recursos hídricos consideram que existem dois tipos de perda de água. Um deles é a perda aparente, consequência dos roubos e ligações irregulares, popularmente conhecidas como “gatos”. Do outro lado, existem as perdas reais que acontecem por problemas nas redes e às quais os consumidores não têm culpa.

“A diferença entre o volume de água que sai da estação de tratamento e o que chega nos hidrômetros é a perda. No caso das perdas físicas, podem ser vazamentos ocultos que estão debaixo do pavimento ou aqueles que afloram na superfície”, explica Luana Pretto, presidente do Trata Brasil. O instituto é uma organização da sociedade civil de interesse público e atua desde 2007.

Segundo dados do levantamento, aproximadamente 879 litros não chegam diariamente a cada ligação de água de consumidores que arcam com suas contas mensalmente. Ao todo, existem 1.048.358 ligações de água em Salvador. A multiplicação entre os dois números leva à conclusão de que mais de 921,4 milhões de litros de água deixam de chegar pelas tubulações aos consumidores por furtos e problemas na rede.

Para se ter noção do tamanho do problema, a quantidade de litros corresponde a aproximadamente 487 piscinas olímpicas, como aquela instalada na Avenida Octávio Mangabeira, na Pituba. A perda de água vai ao encontro do que é previsto pelo Marco Legal do Saneamento - Lei nº 14.026 - sancionado em julho de 2020. O novo marco estabeleceu que o índice de perda de distribuição de água seja reduzido para 25% até 2033.

A responsabilidade de fiscalizar os serviços prestados pela Embasa é da Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa), que foi procurada para informar quais medidas tem realizado para garantir que a empresa cumpra os requisitos do marco legal. No entanto, a Agersa não se pronunciou até o fechamento desta edição, às 22h

Vazamentos
Uma das perdas reais mais emblemáticas da cidade ocorreu na quinta-feira (16), que marcou o início do Carnaval, no mês passado. Na ocasião, uma adutora rompeu na Avenida Reitor Miguel Calmon, engoliu um carro e desperdiçou milhares de litros de água. Outros três rompimentos significativos ocorreram ao longo de fevereiro em três bairros da cidade: Ondina, Fazenda Grande IV e Federação.

Vazamentos menores ocorrem com ainda mais frequência na rede de distribuição hídrica. A própria Embasa admite que acontecem 30 vazamentos diários nos 7,8 mil quilômetros de extensão de rede de distribuição em Salvador e Região Metropolitana (RMS). A média é considerada satisfatória pela empresa e por especialistas.

O levantamento do Instituto Trata Brasil não especifica quanto das perdas acontecem por problemas de vazamento e quanto é consequência de “gatos”. Porém, dados do Plano Municipal de Saneamento Básico de Salvador, de 2020, indicaram que 55,9% do recurso tratado é perdido na cidade. Desse total, 32,3% são causados por perdas reais (vazamentos) e 23,6% por perdas aparentes (o que não é pago por quem utiliza).

A Embasa foi procurada para comentar o assunto e não informou o quanto deixa de faturar pelas perdas de água na rede de distribuição. A empresa informou apenas que as ligações irregulares - “gatos” - correspondem a 30% do volume não contabilizado em Salvador.

Como solucionar o problema?
Para evitar as perdas que ocorrem por vazamentos, é preciso que investimentos sejam feitos na rede de distribuição hídrica, como indica o engenheiro sanitarista Jonatas Sodré, membro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA). “Uma série de fatores podem ser levados em consideração para evitar as perdas reais. É preciso realizar manutenção com frequência, melhorar a qualidade das tubulações”, afirma.

Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil, analisa que a diminuição da perda de água passa pela setorização da distribuição hídrica. “É preciso ter um programa estruturado de redução de perdas. Para fazer isso, é preciso dividir a cidade em pequenas partes e colocar hidrômetros nas entradas para saber o quanto de água está chegando para cada morador”, defende. Válvulas redutoras de pressão também deveriam ser instaladas para evitar vazamentos, de acordo com a presidente.

Procurada, a Embasa informou que atua em duas frentes para evitar as perdas de água. Por um lado, a empresa diz que realiza um “adequado controle operacional e manutenção do sistema, por meio de equipamentos de controle de vazão e pressão, e orientado por tecnologia de monitoramento remoto, para reduzir a ocorrência e o tempo de correção dos vazamentos".

Já para conter as perdas comerciais (furtos), a Embasa afirma que investe constantemente na renovação de hidrômetros e relacionamento com usuários, proporcionando a renegociação de dívidas para evitar os “gatos”. Um trabalho também é realizado em conjunto com forças policiais para desfazer ligações clandestinas, informa a Embasa.

Publicado em Bahia

O Tribunal de Justiça da Bahia decidiu na última quinta-feira (16) que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) deve adequar, em até 30 dias, o fornecimento de água na cidade de Lajedão aos parâmetros de qualidade e potabilidade do Ministério da Saúde.

A decisão acontece após relatórios apresentados pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Consumidor (Ceacon) apontarem que a água no município apresentou "desconformidades" durante todo o ano de 2021 e entre janeiro e agosto de 2022.

Segundo o promotor de Justiça João Batista Madeiro Neto, autor da ação civil pública, a água fornecida estava “inadequada ao consumo humano” quanto aos parâmetros de coliformes totais, Escherichia coli, turbidez e cloro residual livre estabelecidos por portaria do Ministério da Saúde. As inconformidades foram encontradas por todo o sistema de abastecimento, desde pontos da estação de tratamento pós-desinfecção a pontos da rede de distribuição e consumo.

A Embasa terá que executar as correções necessárias no sistema de abastecimento da cidade e apresentar laudos comprobatórios das correções 30 dias após a conclusão.

Na decisão, o juiz Carlos Eduardo Limonge considerou lei que considera “direito básico do consumidor a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral, cabendo lembrar que o serviço somente é considerado adequado quando satisfaz as condições de regularidade, continuidade e eficiência”. Uma multa de três mil reais foi estipulada em caso de descumprimento.

Publicado em Justiça

Funcionários observam alarmados uma cratera formada na Estrada do Coqueiro Grande, em Fazenda Grande IV, nas primeiras horas da manhã dessa quinta-feira (2). Enquanto alguns acompanham a cena compenetrados, um fala ao telefone. O espanto não é à toa. Dois dias antes, na terça (28), os trabalhadores da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) estiveram no local para realizar o reparo da mesma tubulação de água. Já são cinco casos de rompimentos na rede de distribuição hídrica da capital em 18 dias.

Mais uma vez, a população foi quem sofreu os impactos do rompimento. Com a pista parcialmente bloqueada desde as 5 horas da manhã, o trânsito ficou congestionado ao longo do dia, de acordo com a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador). Apesar de o reparo nas tubulações ter sido feito mais cedo, a via só foi liberada às 16h, quando a repavimentação foi finalizada. O serviço completo durou cerca de 11 horas.

Para além das dificuldades de locomoção, moradores tiveram o abastecimento de água comprometido nos bairros Fazenda Grande III e IV. A partir das 14h, o serviço foi retomado de forma gradativa. É a segunda vez que as duas localidades enfrentam o problema na mesma semana. Na terça-feira (28), quando outra cratera foi aberta no bairro, um ônibus ficou no buraco aberto no solo, o que causou mais transtornos.

Para o engenheiro sanitarista Jonatas Sodré, membro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), os reparos devem ter sido mal realizados para que a tubulação fosse rompida novamente. “Acredito que o motivo tenha sido a qualidade de execução da obra. A tubulação rompeu, fizeram o serviço e ela rompeu de novo”, analisa.

Justificativa
Procurada, a Embasa justificou que apesar de a mesma tubulação ter sido rompida na terça-feira, o dano desta vez foi em outro trecho. A causa do vazamento teria sido o desgaste do material. Para corrigir o problema, a empresa diz que vai incluir a rede no planejamento de substituições.

Em entrevista ao CORREIO nesta semana, César Requião, superintendente de serviços da Embasa na Região Metropolitana de Salvador, elencou alguns fatores que contribuem para os danos. “Os vazamentos possuem várias causas. Podem ser decorrentes da fadiga do material, desgaste prematuro da tubulação, excesso de pressão interna. Além de fatores externos, como problemas com o terreno ou tráfego”, afirmou.

Má execução do serviço e falta de manutenção da rede também são fatores citados por engenheiros ouvidos pela reportagem. Apesar de ter sido divulgado que os últimos cinco casos de rompimentos em Salvador tenham sido de adutoras, o termo correto é rede de distribuição de água.

Isso porque as adutoras são tubulações maiores, que possuem vazão superior e estão localizadas majoritariamente na BR-324, de acordo com a Embasa. As redes de distribuição, menores, são as mais comuns dentro das cidades e levam a água tratada de reservatórios para as residências.

Rompimentos que danificam o solo e geram desperdício de água não são raros. A própria empresa admite que a média é de 30 vazamentos diários nos 7,8 mil quilômetros de extensão de rede entre Salvador e Região Metropolitana. César Requião e especialistas consideram a média satisfatória. De acordo com a Embasa, 100 equipes estão disponíveis para resolver as intercorrências como a que se repetiu em Fazenda Grande.

A Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa), responsável pela supervisão do serviço, informou que realiza fiscalizações ao longo do ano através de inspeções técnicas e análise de indicadores. Neste ano, a agência afirma ter fiscalizado 30 localidades de Salvador.

“Para as ocorrências inesperadas e que fogem ao padrão considerado de rotina, a Agersa fiscaliza a prontidão da prestadora em agir, a disponibilidade de equipes para a execução das ações corretivas, o tempo investido e a qualidade final do serviço, como aconteceu no caso da ocorrência do período do carnaval e as duas que a sucederam”, pontuou.

Reclamações
A reportagem questionou a Superintendência de Defesa do Consumidor na Bahia (Procon-BA) sobre o número de queixas relacionados a desabastecimento de água em decorrência de rompimentos na rede hídrica. Apesar de não ter tido retorno, sabe-se que a Embasa é, há cinco anos, líder de reclamações no órgão.

O último ranking divulgado pelo Procon-BA, no ano passado, apontou que a empresa recebeu 148 denúncias em 2021. Deste total, 96 não foram atendidas pela Embasa - o que representa uma taxa de 64%.

Os recentes rompimentos fizeram com que o Ministério Público (MP-BA) enviasse um ofício para diversos órgãos, além da empresa, cobrando explicações sobre o ocorrido. Na lista estão a Defesa Civil de Salvador (Codesal), Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman) e a Transalvador. O MP-BA foi procurado para responder sobre os desdobramentos do caso, mas não retornou os questionamentos da reportagem.

Os transtornos na rede hídrica não são exclusividade da capital baiana. Também na terça-feira (2), o fornecimento de água foi interrompido em Senhor do Bonfim, Andorinha, Jaguari e Itiúba em decorrência de manutenção preventiva em trecho da adutora que atende os municípios através da Barragem de Ponto Novo. Segundo a Embasa, os serviços deveriam estar concluídos até às 18 horas.

Rompimentos viram meme nas redes sociais
Nada passa despercebido dos usuários das redes sociais. Qualquer caso peculiar pode virar piada se quem estiver por trás tiver criatividade e senso de humor apurado. No caso dos recentes rompimentos de tubulações em Salvador, houve espaço para memes e críticas. Confira alguns memes sobre os vazamentos que circularam nas redes.

Relembre os outros casos
A quinta-feira (16) de Carnaval em Salvador começou tumultuada com o rompimento de uma tubulação na Av. Reitor Miguel Calmon. Na ocasião, um carro foi engolido pelo asfalto, houve muito congestionamento e 16 bairros tiveram o abastecimento de água interrompido.

Dois dias depois, no sábado (18), outro rompimento aconteceu, dessa vez em Ondina. O fechamento da rede para a realização do reparo deixou a Av. Milton Santos desabastecida em algumas ruas transversais, além da Av. Anita Garibaldi e Paciência.

Outros dois casos aconteceram entre as 6 e 7 horas da manhã de terça(28), 12 dias após o rompimento da Miguel Calmon. Um deles na Estrada do Coqueiro Grande, em Fazenda Grande IV, onde um ônibus ficou preso quando o asfalto cedeu. O outro problema ocorreu na Av. Cardeal da Silva, na Federação.

Publicado em Bahia

Em sessão extraordinária , na tarde de terça-feira (29), a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), aprovou o Projeto de Lei nº 24.362/2021, alterando a Lei nº 2.929, de 11 de maio de 1971, que enquadra a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) no novo Marco Legal do Saneamento. O PL, oriundo do poder executivo, foi aprovado com 26 votos da bancada governista e oito contrários da oposição.

Com a aprovação do 24.362/2021, será acrescido à Lei 2.929 o Artigo 15-A, que estabelece como objeto social da empresa a prestação de serviços de saneamento básico no estado da Bahia e em todo o país, compreendendo as atividades de abastecimento de água e esgotamento sanitário, bem como seus subprodutos de forma adequada à saúde pública e em quaisquer outras correlatas que guardem relação direta ou indireta com o setor.

O deputado Hilton Coelho (PSOL) afirmou que o Projeto de Lei significa o “esquartejamento da Embasa”, com o objetivo de privatizá-la. Para o deputado Carlos Geílson (PSDB), um projeto de tamanha importância não poderia ser votado sem uma ampla discussão. Já o líder do governo, deputado Rosemberg Pinto (PT), garantiu que o PL “não tem uma linha sobre privatização ou abertura de capital da Embasa”.

Publicado em Política