Bahia liderou a geração de energia eólica em julho
A Bahia liderou a geração de energia eólica e ocupou o segundo lugar na fonte fotovoltaica (solar) em julho. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e constam no informe executivo de energia eólica e solar de setembro, divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE) nessa sexta-feira (17). O Estado tem em operação 205 parques eólicos, que tem 5.260 Megawatt (MW) de capacidade instalada.
“Já na energia solar, (a Bahia) conta com 34 parques fotovoltaicos em operação, com mais de três milhões de módulos em funcionamento e capacidade instalada em mais de 1 mil MW. O potencial de geração de energias limpas da Bahia é incrível pois geramos emprego e renda para o povo e receita aos municípios”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico Nelson Leal. Somados, os empreendimentos nas duas fontes investiram R$ 25,7 bilhões na Bahia e deverão injetar cerca de R$ 30 bilhões em municípios baianos nos próximos anos.
Ainda segundo a secretaria, a fonte eólica gerou mais de 78,8 mil empregos em toda cadeia produtiva e mais de 57,8 mil postos na construção dos parques eólicos que já estão em operação. A previsão é que sejam criados mais 69 mil empregos diretos e indiretos para os parques que estão em implantação ou com obra a ser iniciada.
A energia solar abriu 13 mil empregos diretos na fase de construção dos parques que já estão em operação e estima criar mais 47,4 mil empregos diretos nos projetos em andamento. Em toda cadeia produtiva são promovidos 30 empregos por MW, 43% são empregos diretos durante a fase de construção dos parques.
Bahia: novos parques eólicos gerarão mais de 9 mil vagas de trabalho
Nos próximos meses, os municípios de Jacobina, Ibitiara, Mirangaba e Campo Formoso se transformarão em canteiros de obras com as construções dos complexos eólicos Ventos de Santa Diana (Jacobina), Santa Luzia (Ibitiara), Santo Adalberto (Mirangaba) e São Carlos (Campo Formoso). Mais que a produção de energia de 6,6 Terawatt hora/ano, as implantações vão gerar 9.280 empregos na fase de construção dos parques. Esses números, somados aos protocolos assinados de janeiro a até agora, trazem um horizonte de geração de 12,7 mil empregos na Bahia nos próximos anos, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
De acordo com o diretor da empresa Casa dos Ventos Clécio Eloy, nessa fase inicial, a construção civil será o setor que mais demandará mão de obra. “Para a implantação desses complexos, costumamos realizar três contratos: com a empresa do aerogerador; a empresa de construção civil, que precisa deixar a fundação para instalação de máquinas pronta e a empresa de transmissão elétrica”, ressalta Eloy, lembrando que a exigência para a assinatura desses contratos é que 85% da mão de obra seja local. “A exceção é feita apenas quando o município e as cidades do entorno não têm como fornecer a mão de obra”, salienta.
Todas as contratações são realizadas à partir do Sine Bahia(www.setre.ba.gov.br) que faz o cadastramento, divulga as vagas e realiza a contratação, junto com as prefeituras locais. A empresa terceirizada seleciona. Para os próximos meses, as contratações vão girar em torno das funções vinculadas à construção civil, a exemplo de ajudantes em geral, armadores, pedreiros, carpinteiros, operações elétricas e engenheiros.
Construção civil
Segundo Clécio Eloy, em seguida, será a vez dos profissionais de segurança do trabalho, meio ambiente, qualidade, montadores, eletricistas. “Quanto mais experiências possuírem esses profissionais, maiores serão suas chances”, explica. O diretor salienta que em junho do ano que vem, a perspectiva é iniciar um novo investimento no valor de R$1,4 milhões em Morro do Chapéu, com uma perspectiva de geração de mais de mil empregos diretos. “Calculamos que para um emprego direto, surjam de dois a três outros empregos indiretos”, completa.
Para o secretário do Desenvolvimento Econômico e vice governador João Leão, a construção dos quatro parques vai impactar de forma bastante positiva no estado, especialmente nos quatro municípios onde serão instalados. “Os parques quando se instalam em uma região mexem com toda cadeia produtiva local e alavanca a economia. A terra dos bons ventos continua atraindo empreendimentos e gerando emprego e renda para o povo baiano”, afirma.
A Bahia liderou nacionalmente com 32,4% da geração de energia por fonte eólica, no primeiro semestre de 2020. São 172 parques em operação, que estão localizados em 20 municípios, onde foram investidos R$ 16,7 bilhões e gerados 63,3 mil empregos em toda cadeia produtiva, sendo 46,4 mil empregos diretos na fase de construção dos parques.
Além dos empregos diretos e indiretos que são gerados, existe ainda o arrendamento da terra que, é uma importante renda complementar para as famílias. O custo em média por aerogerador é R$ 2 mil e a terra continua disponível para que o proprietário possa plantar, cultivar e ter agropecuária. “A chegada dos empreendimentos impacta ainda positivamente na arrecadação do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS), tributo de competência dos municípios, que tem um aumento significativo durante o processo de implantação das usinas”, explica o secretário.
Energia limpa
Para se ter uma ideia de como a energia renovável tem sido um destaque na economia estadual, basta lembrar que em 2018, quando foram construídos 11 parques, Sento Sé arrecadou R$ 19,6 milhões, ou seja, 11 vezes o valor arrecadado em relação a 2013 (R$ 1,6 milhão), quando a primeira usina entrou em operação no município. Em Caetité, o pico do ISS foi em 2015, com a arrecadação de R$ 21,4 milhões. Se comparado a 2009, quando o local ainda não tinha nenhum empreendimento em construção e arrecadou somente R$ 3,2 milhões, o crescimento foi seis vezes maior. Já Morro do Chapéu arrecadou, em 2017, R$ 6,8 milhões, sete vezes o valor arrecadado em 2010 (R$ 856,5 mil).
As outras arrecadações, ICMS, IPVA, ITD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos) e taxas, comportam-se de forma diferente do ISS, crescendo no momento da implantação do empreendimento e mantendo ou aumentando a sua arrecadação após a implantação das usinas, demonstrando o dinamismo e o desenvolvimento da economia local.
No primeiro semestre de 2020, o estado foi responsável pela geração de 32,4% de energia por fonte eólica no país. Os 172 parques em operação em 20 municípios geraram 46,4 mil empregos na fase de construção dos parques e investiram R$ 16,7 bilhões. A previsão é que sejam investidos R$ 13,2 bilhões e gerados 52,5 mil empregos diretos e indiretos nos 123 parques que estão sendo construídos e com construção prestes a iniciar.
Empregos do vento
Primeiro semestre de 2020 - 12,7 mil
172 parques em operação - geraram 46,4 mil empregos
Parques de Jacobina, Ibitiara, Mirangaba e Campo Formoso - 9.280 empregos
123 parques em construção - 52,5 mil empregos diretos e indiretos