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A seleção brasileira fará um amistoso com a Espanha em março de 2024 para promover uma campanha contra o racismo no futebol, sob o lema "Uma só pele", como resposta à série de ataques racistas sofridos por Vinícius Júnior, do Real Madrid, no país europeu. Ao anunciar o jogo nesta segunda-feira, a CBF informou que a disputa será em um estádio espanhol, durante a Data Fifa entre 18 e 26 de março do ano que vem, mas ainda sem definição exata de data e local.

"O combate ao racismo e à violência no futebol deve ser uma bandeira universal. Na CBF, trabalhamos de forma incansável pela luta contra todo tipo de discriminação, dentro e fora dos campos Esta ação, em parceria com o meu amigo Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, será importante para reforçar ainda mais a necessidade de se combater o racismo de forma veemente, em todos os cantos do planeta ", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

A entidade brasileira estreitou relações com a Real Federação Espanhol de Futebol (RFEF) desde que Vinícius Júnior decidiu adotar uma postura mais combativa depois de ser vítima de um novo ataque racista, durante a derrota por 1 a 0 do Real Madrid para o Valencia, dia 21 de maio. As cobranças públicas do atleta fizeram até a LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, se movimentar para pedir a mudança de uma lei para ter mais autonomia na punição para racismo.

Luis Rubiales, presidente da RFEF, criou a campanha "Racistas, fora do futebol" e passou a ter contato com Orlando Leite, embaixador do Brasil na Espanha, e também com o presidente da CBF. Em encontro na Ciudad Del Fútbol, sede da federação espanhola, Rubiales e Rodrigues "entenderam que era uma ótima oportunidade para estreitar laços e promover a união contra a violência no futebol com a realização do amistoso", conforme informado pela CBF.

O amistoso marcará o reencontro de Espanha e Brasil em uma partida de futebol masculino após mais de dez anos sem embates. A última vez que as duas equipes se enfrentaram foi na final da Copa das Confederações de 2013, quando a seleção brasileira, então comandada por Felipão, venceu os espanhóis por 3 a 0, com dois gols de Fred e um de Neymar.

Na nova edição do duelo, não é certo quem estará no banco de reservas como treinador da seleção. Ainda sem nenhum sinal positivo de que conseguirá tirar Carlo Ancelotti do Real Madrid, como deseja Ednaldo Rodrigues, a CBF manteve Ramon Menezes como treinador interino para os amistosos deste mês, contra Guiné e Senegal. O primeiro, aliás, será disputado em Barcelona, na Espanha, no estádio Cornellà-El Prat, dia 17.

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A Espanha está eliminada da Copa do Mundo do Catar. Em uma zebra histórica, a Fúria foi eliminada por Marrocos por 3x0 nos pênaltis, depois de um empate sem gols em 120 minutos, e deu adeus à competição nas oitavas de final. Foi mais uma surpresa dos africanos, que já tinham derrotado a Bélgica na fase de grupos. Agora, irão disputar as quartas pela primeira vez.

O grande nome da classificação marroquina, nesta terça-feira (6), no estádio Cidade da Educação, foi o goleiro Bono. Ele defendeu duas cobranças nas penalidades, de Soler e Busquets. Já Sarabia mandou na trave. Pelo outro lado, Benoun perdeu, mas Sabiri, Ziyech e Hakimi converteram e garantiram a classificação.

Foi a primeira zebra das oitavas de final, após de três dias com vitórias dos favoritos. A Espanha era uma principais candidatas ao título, e começou a Copa do Catar de forma marcante, com goleada de 7x0 sobre a Costa Rica. Mas a campeã mundial de 2010 foi caindo de rendimento aos poucos, e acabou eliminada.

Agora, Marrocos agora espera o vencedor de Portugal x Suíça, que acontece ainda nesta terça-feira (6), às 16h. A partida pelas quartas de final será no próximo sábado (10), às 12h, no estádio Al Thumama.

O jogo
A partida não teve grandes emoções. No primeiro tempo, a Espanha dominou as ações e tentou propor o jogo, mas tinha dificuldade de encontrar espaços e furar as linhas de defesa marroquinas. A campeã mundial de 2010 só conseguiu finalizar uma vez na etapa, quando Asensio foi lançado e mandou uma bomba, pelo lado de fora da rede, aos 26 minutos.

Já Marrocos optou pelas saídas em velocidade, e foi quem levou perigo em mais momentos no primeiro tempo. Aos 11 minutos, Hakimi cobrou falta por cima do travessão. Aos 32, Mazraoui deu chutão de fora da área, e Unai Simón espalmou. Aguerd também teve boa chance aos 41, quando recebeu cruzamento na medida de Boufal e cabeceou por cima da meta.

O jogo seguiu com poucas chances de gol no segundo tempo. A Espanha tinha maior posse de bola, mas pouco finalizava. Em um dos raros momentos, Asensio cobrou falta e Dani Olmo deu chutão de fora da área, mas Bono defendeu, aos 8 minutos.

Enquanto isso, os marroquinos tentavam se defender e sair em contra-ataque. Tiveram boa chance aos 39, quando Hakimi surgiu pela direita do ataque, levantou na área e Ez Abde mandou de cabeça, para o meio. Cheddira girou, mas não conseguiu chutar direito.

A Espanha teve duas boas oportunidades no fim. Aos 45, Soler cobrou falta e levantou na área, para cabeceio firme de Morata - mas foi por cima do travessão. Nos acréscimos, Dani Olmo cobrou falta diretamente para o gol, e Bono defendeu. O empate seguiu até o fim, e o duelo foi para a prorrogação.

O cenário do tempo regular se manteve na metade inicial da etapa extra. Os espanhóis dominavam e tinham a posse, mas a maior ameaça foi de Marrocos. Em uma grande chance, Cheddira ficou de frente para o gol e bateu de canhota, mas o goleiro Unai Simón defendeu com a perna direita, aos 13.

O atacante marroquino ainda voltou a aparecer com perigo no segundo tempo da prorrogação. Aos 9, ele partiu em contra-ataque rápido e invadiu a área, mas se atrapalhou e perdeu a bola para a zaga espanhola. No finzinho, aos 17, foi a Fúria quem teve a chance de ouro: Sarabia recebeu e bateu de primeira, mesmo sem ângulo. A bola resvalou na trave, mas não entrou.

Com o 0x0 no placar, chegou a hora dos pênaltis. Para Marrocos, Sabiri e Ziyech fizeram, enquanto Benoun parou em Simón. Já pela Espanha, Sarabia mandou na trave, e Soler e Busquets tiveram cobrança defendida por Bono. Coube a Hakimi converter e garantir a histórica vaga para os africanos.

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