Quinta, 31 Outubro 2024 | Login

Esta quinta-feira, 9, é um dia de saudade para os familiares, fãs e amigos de Gal Costa. A baiana faleceu há um ano, em decorrência de um infarto fulminante.

A ausência de um dos maiores ícones da MPB não passou batida. Muita gente, incluindo artistas, deixou homenagens para a cantora. Uma das mais tocantes foi a de Caetano Veloso, que foi um dos grandes amigos de Gal.

"Hoje faz um ano que Gal morreu. Nem acredito. É como se tivesse sido ontem, é como se não tivesse sido. Emissão de voz que já era música antes de ela entrar um tanto nalguma música. Não dá para medir, não dá para entender. No filme que Dandara e Lô fizeram ri e chorei lembrando os começos. Agora, ela ter ido embora não metabolizo. Já faz um ano que o mundo não tem Gal? Impossível aceitar”, escreveu ele na plataforma x (antigo Twitter).

Baianos, Gal e Caetano se conheceram em 1963, através de Dedé Gadelha, vizinha e amiga da artista, com quem Caetano se casou anos depois. A amizade entre os dois era tão forte que Gal foi escolhida por Caetano e Dedé para ser madrinha do filho do casal, o cantor e compositor Moreno Veloso.

Outras homenagens

A equipe que cuida do perfil de Gal nas redes sociais também publicou uma homenagem para a artista.

"Um ano sem a luz da nossa estrela Gal Costa. Uma saudade imensa de sua presença física, mas sua voz habita os nossos corações. Sua arte brilhará para sempre. Viva Gal! ?#GalPraTodaVida."

Quem também celebrou o legado de Gal foi atriz Sophie Charlotte, que deu vida à baiana no recém-lançado filme "Meu Nome é Gal". Em seus stories do Instagram, ela se declarou: "baby, você deixou uma saudade profunda".

Já Vanessa da Mata chamou Gal de "espotânea, verdadeira e livre" e de "uma das maiores vozes do mundo de todos os tempos".

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A cantora Gal Costa morreu aos 77 anos, em 9 novembro do ano passado, em decorrência de um infarto agudo no miocárdio, de acordo com certidão de óbito obtida pelo g1. O documento descreve ainda como causa da morte uma neoplasia maligna [câncer] de cabeça e pescoço.

A causa da morte de Gal não foi divulgada na época.

Pouco antes da morte, Gal havia dado uma pausa em shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita. A cantora morreu em sua casa no Jardim Europa, área nobre de São Paulo, às 6h40.

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total". Veja discografia completa.

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou "Eu vim da Bahia", samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

Três anos depois, veio outro clássico: "Baby", de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. "Divino maravilhoso" (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.

Ao longo dos anos 60 e 70, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" e foi pelo rock com "Cinema Olympia", mais uma de Caetano. "Meu nome é Gal", de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.

Ao gravar "Pérola negra", em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou "Vapor barato", mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza ("Brasil", 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas ("Um dia de domingo", de 1985); e Marília Mendonça ("Cuidando de longe", 2018).

Homenagens

Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo. "Fa-tal", "Índia" e "Profana" foram três dos principais.

Ela estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. "Açaí", "Nada mais", "Sorte" e "Lua de mel" eram algumas das músicas do repertório.

Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado.

Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro.

Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou o último álbum de inéditas. "A pele do futuro", de 2018, foi o 40º disco da carreira. "Está vindo a geração que salvará o planeta", disse ela ao g1, quando lançou o álbum.

O último álbum lançado foi "Nenhuma Dor", em 2021, quando Gal regravou músicas como "Meu Bem, Meu Mal", "Juventude Transviada" e "Coração Vagabundo", com cantores como Seu Jorge, Tim Bernardes e Criolo.

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O corpo da cantora baiana Gal Costa está sendo velado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta sexta-feira (11). A cerimônia, que é aberta para visitação pública foi aberta às 9h e segue até às 15h. A viúva Wilma Petrillo,72, e o filho da cantora, Gabriel,17, estão no local, acompanhados por outros familiares e amigos.

O sepultamento acontecerá às 16h no Cemitério da Consolação, na capital paulista.

O local está repleto de coroas de flores, enviados por artistas e admiradores da cantora, como o apresentador Silvio Santos, o cantor Djavan e o diretor da TV Globo, Boninho.

Já passaram pelo local a futura primeira-dama Janja e o apresentador da Globo Serginho Groisman.

A área reservada aos fãs mantém certa distância em relação ao corpo cantora, mas não impede as últimas homenagens. Alguns chegam ao local com discos nas mãos.

Um dos fãs presentes no velório é o baiano de Ubatã, que vive em Santo André (SP), Antônio da Paz.

“Eu vim fazer essa homenagem para ela porque uma cantora como ela a gente não pode esquecer. Transmite alegria, paz para nós. No Brasil, ela é o imenso”, disse, emendando trecho da canção “Festa do interior”. Antônio, chegou à Alesp às 6h.

Gal Costa morreu na última quarta-feira (9), aos 77 anos. A causa da morte ainda não foi confirmada.

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A cantora Gal Costa, que morreu nesta quarta-feira (9), deixou um filho de 17 anos, Gabriel. O garoto foi adotado pela cantora aos 2 anos de idade, no Rio de Janeiro. A baiana dizia que a maternidade mudou sua vida.

Gal mantinha a vida particular discreta e não costumava publicar sempre fotos do filho. Em junho, ela fez um post no aniversário de Gabriel. "Meu Gabriel, parabéns pelo seu dia. Te amo!", escreveu na legenda, com uma coleção de fotos dos dois ao longo dos anos.

"Ele é um amor, uma luz na minha vida. Sempre me fez muito bem ficar perto dele. Agora... é um típico adolescente que fica no quarto trancado, jogando (risos). Eu faço tudo para ele e por ele e agora quero ser avó. Gabriel será um ótimo pai", disse Gal em entrevista ao jornal O Globo, no ano passado.

Ela contou que sempre quis ser mãe e tentou ter um filho com seu amigo, o cantor Milton Nascimento. "Mas me lembro que me oferecia para ter filho com todo mundo (risos)... Porque o sonho da minha vida era ter um filho. E eu não engravidava. Minha mãe falava "Gracinha", ela me chamava assim, "adote uma criança". Mas achava que filho tinha que ser parido. Hoje, sei que filho é amor", avaliou.

Ela se divertia ao imaginar um filho dela com Milton. "Eu e Bituca (Milton Nascimento) tínhamos um projeto de ter um filho juntos. Olha só, que oferecida eu era... (risos). Mas era por causa das nossas vozes. Achávamos que um filho nosso teria uma voz especial. Quando eu estava com o Marco Pereira (violonista com quem ficou casada), a gente tentou ter um filho e fui averiguar... Tive uma menopausa precoce (aos 42 anos), não tava ovulando mais...", explicou.

Criada só pela mãe, ela refletiu como sua relação com Gabriel acabou espelhando a sua criação. "A gente acaba se tornando parecido com nossos pais... Minha mãe tinha muita confiança em mim. Não brigava, não era castradora. Eu sou a mesma coisa com o Gabriel. Sou permissiva, no bom sentido, converso sobre tudo, principalmente sobre drogas, me preocupo muito com isso. Temos uma relação de confiança, saudável", disse.

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O governador Rui Costa decretou luto de três dias pela morte da cantora Gal Costa, na manhã desta quarta-feira (9). Nas redes sociais, ele lamentou a perda.

"Lamento profundamente a morte de Gal Costa. Com sua partida, perdemos uma das mais potentes vozes da nossa música, eternizada em interpretações que cantam a Bahia e o Brasil para todo o mundo", escreveu o governador.

O prefeito Bruno Reis também se manifestou sobre a morte da cantora. Ele destacou a importância da voz dela. "Perdemos uma das vozes mais lindas e representativas da música brasileira. Gal Costa é trilha sonora de vários momentos da vida de milhares de brasileiros. Seu jeito único de interpretar as canções está para sempre eternizado em nossos corações".

O presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva, compartilhou uma foto com a cantora. "Gal Costa foi das maiores cantoras do mundo, das nossas principais artistas a levar o nome e os sons do Brasil para todo o planeta. Seu talento, técnica e ousadia enriqueceu e renovou nossa cultura, embalou e marcou a vida de milhões de brasileiros", escreveu.

A ex-presidente Dilma Rousseff também usou as redes sociais para falar sobre a perda. "A morte de Gal Costa é um choque para todos nós. O Brasil perde hoje uma das maiores cantoras da nossa história. Ao longo de sua carreira, seu cantar foi expressão viva da cultura do povo brasileiro e marcou o país profundamente. Ela fez de sua alegria e de seu charme um refúgio para dias luminosos e sombrios ao longo de cinco décadas. É uma gigante da MPB. Eu sinto imensamente a tristeza de ver essa grande estrela nos deixar justo agora, no instante em que recobramos a esperança de dias melhores".

A presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffman, também lamentou a perda repentina da baiana que tinha uma das vozes mais marcantes do Brasil. "Toda gratidão a Gal, por ter cantado o Brasil com alma e talento ao longo da vida. Gal continuará sendo uma estrela para nós", escreveu.

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