Sexta, 01 Novembro 2024 | Login

A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), segue com a vacinação contra a Covid-19 e gripe nesta terça-feira (12). A dose de gripe está disponível para pessoas com idade igual ou superior a 6 meses. A lista das unidades pode ser conferida no site.

Além do público habilitado para a bivalente, respeitando o aprazamento 4 meses entre as doses, serão ofertados as 1ª e 2ª dose para pessoas com 12 anos ou mais no esquema “LIBEROU GERAL”. Já a 3ª dose será disponibilizada exclusivamente para pessoas imunocomprometidas de 12 anos ou mais, residentes de Salvador.

Confira a programação
A bivalente está disponível para a população geral de 12 anos ou mais, incluindo pessoas com deficiência permanente; imunocomprometidos ou com comorbidades desta mesma faixa etária. Para ter acesso, basta levar a caderneta de vacinação, ser residente da Bahia e ter tido acesso a duas doses da monovalente com um intervalo de 4 meses.

As pessoas imunocomprometidas que não iniciaram ou não completaram o esquema primário com as três doses indicadas, também estão aptas a receber a bivalente desde que respeitando o intervalo mínimo de 2 meses a partir da última dose recebida de qualquer um dos imunizantes (Coronavac, Oxford, Pfizer ou Janssen). Dentro deste público, quem já recebeu as três doses deverá respeitar o intervalo de 4 meses a partir da 3ª dose para receber a bivalente.

Documentação: O interessado deve apresentar originais e cópias do cartão de vacina ou carteira nacional de vacinação digital, documento de identificação com foto e comprovante de residência de município do Estado da Bahia.

Gestantes: Segundo o informe técnico, não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente que a mulher afirme seu estado de gravidez.

Puérperas: Deverão apresentar documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto)

Trabalhador da saúde: Deverá apresentar documento que comprove a vinculação ativa com o serviço de saúde, seja através de crachá, contracheque ou a carteira do conselho ou declaração emitida pelo serviço de saúde de atuação do profissional.


Demais públicos
Vacinação infantil com nome na lista e cartão SUS de Salvador:

A estratégia de vacinação contempla ainda 1ª e 2ª dose para as crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias com ou sem comorbidades. O reforço da Pfizer Pediátrica para menores de 5 a 11 anos com/sem comorbidades também estará disponível para quem for residente de Salvador. A imunização do público infantil será realizada mediante apresentação do documento de identificação da criança e dos pais e/ou responsáveis, carteira de vacinação e cartão SUS de Salvador.

Liberou geral: A aplicação da 1ª e 2ª dose para pessoas com 18 anos ou mais está liberada para quem não é residente de Salvador ou não tenha iniciado o esquema primário na capital.

A 3ª dose será disponibilizada EXCLUSIVAMENTE para pessoas imunocomprometidas de 12 anos ou mais, cadastradas no site da SMS pelo médico assistente.

A imunização também segue para os indivíduos com 18 anos ou mais vacinados com a Janssen no esquema primário. Nota Técnica do Ministério da Saúde estabelece que todos os indivíduos que receberam como esquema primário a vacina Janssen (Dose Única), entre 18 e 39 anos, estão orientados a receber um segundo reforço; e todos os indivíduos de 40 anos ou mais, estão orientados a receber um terceiro reforço, igualando o quantitativo total de vacinas referentes aos demais esquemas vacinais contra COVID-19.

Confira os públicos/pontos de vacinação
2ª DOSE DE CRIANÇAS DE 03 E 04 ANOS – CORONAVAC PEDIÁTRICA – RESIDENTE DE SALVADOR - 8H ÀS 16H

Incluindo as crianças imunossupressas

Postos fixos: UBS Ramiro Azevedo, UBS Edson Teixeira, UBS Maria Conceição Imbassay, USF Cajazeiras IV, USF Bom Jesus dos Passos, USF Paramana, USF Ilha de Maré.

3ª DOSE DE CRIANÇAS DE 3 E 4 ANOS (COM OU SEM COMORBIDADES) que iniciaram o esquema vacinal com Coronavac – Residente de Salvador


UBS Ramiro de Azevedo, UBS Maria Conceição Imbassay, UBS Edson Teixeira, USF Cajazeiras IV, USF Paramana, USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré.

1ª e 2ª DOSE DE CRIANÇAS DE 05 A 11 ANOS COM OU SEM COMORBIDADES – PFIZER PEDIÁTRICA – RESIDENTE DE SALVADOR – 8H ÀS 16H

Postos fixos: UBS Ramiro Azevedo, UBS Edson Teixeira, UBS Maria Conceição Imbassay, USF Cajazeiras V, USF Paramana, USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré.

1ª, 2ª e 3ª DOSE DA PFIZER BABY (6 MESES A 4 ANOS COM OU SEM COMORBIDADES) – RESIDENTES DE SALVADOR

UBS Ramiro de Azevedo, UBS Maria Conceição Imbassay, UBS Edson Teixeira, USF Cajazeiras IV, USF Paramana, USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré.

REFORÇO DA PFIZER PEDIÁTRICA PARA CRIANÇAS DE 5 A 11 ANOS COM/SEM COMORBIDADES – RESIDENTE DE SALVADOR

UBS Edson Teixeira, UBS Ramiro de Azevedo, UBS Maria Conceição Imbassay, USF Cajazeiras V, USF Paramana, USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré.

DOCUMENTOS
CRIANÇA ACOMPANHADA PELO PAI OU MÃE: Necessário estar com nome no site da SMS e no ato da vacinação apresentar originais e cópias do documento de identificação com foto do pai ou da mãe que estiver presente, original e cópia do documento de identificação da criança, e originais da caderneta de vacina e cartão SUS de Salvador da criança.


CRIANÇA DESACOMPANHADA DO PAI OU DA MÃE: Necessário estar com o nome no site e no ato da vacinação estar acompanhada por outra pessoa maior de 18 anos. Além disso, deverá ser apresentado o Formulário de Vacinação preenchido e assinado pelo genitor da criança (pai ou mãe), cópia do documento de identificação com foto do responsável pela assinatura no documento, mais original e cópia do documento de identificação da criança, além dos originais da caderneta de vacina e do cartão SUS de Salvador da criança. O Formulário de Vacina está disponível para impressão no link: http://www.saude.salvador.ba.gov.br/wp-content/uploads/2022/01/formulario-vacinacao-criancasV6.pdf.

OBSERVAÇÃO: Os casos excepcionais relacionados à falta de apresentação da documentação completa serão tratados individualmente no próprio ato/local da vacinação, como vem ocorrendo desde o início da estratégia.

VACINAÇÃO ADULTO – 1ª E 2ª DOSES – 8H ÀS 16H

Para 1ª e 2ª dose será utilizado o imunizante Coronavac, mesmo para quem iniciou o esquema com a Pfizer Monovalente ou Fiocruz. A intercambialidade das vacinas está prevista na NOTA TÉCNICA Nº 53/2023-CGICI/DPNI/SVSA/MS, que assegura a substituição de imunobiológicos para complemento do esquema primário

UBS Edson Teixeira, UBS Maria Conceição Imbassay, UBS Ramiro de Azevedo, USF Cajazeiras IV, USF Paramana, USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré.

VACINAÇÃO BIVALENTE (LIBEROU GERAL PARA RESIDENTES DA BAHIA) – PESSOAS COM 12 ANOS OU MAIS, INCLUINDO PUÉRPERAS E GESTANTES; ADOLESCENTES COM 12 ANOS OU MAIS COM DEFICIÊNCIA PERMANENTE, IMUNOCOMPROMETIDOS OU COM COMORBIDADES; QUILOMBOLAS, INDÍGENAS E RIBEIRINHOS DE 12 ANOS OU MAIS; TRABALHADORES DA SAÚDE; ADOLESCENTES EM MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS (MENORES DE 18 ANOS); POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE (12 ANOS E MAIS); PESSOAS COM COMORBIDADES DE 12 ANOS OU MAIS

POSTOS FIXOS (8h ÀS 16H): UBS Edson Teixeira, USF Cajazeiras X, UBS Nelson Piauhy, USF Boca da Mata, USF Cajazeiras V, USF Yolanda Pires, USF Cajazeiras XI, UBS Ramiro de Azevedo, USF Nova Esperança, UBS Maria Conceição Imbassay, USF Antonio Lazzarotto, USF Paramana, USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré.

CONFIRA OS APRAZAMENTOS:
2ª DOSE DA PFIZER BABY (6 MESES A 4 ANOS COM OU SEM COMORBIDADES) – com intervalo de 4 semanas após D1.
2ª DOSE DA CORONAVAC (3 A 4 ANOS) - com intervalo de 4 semanas após D1.
2ª DOSE DA PFIZER PEDIÁTRICA (5 A 11 ANOS) - com intervalo de 8 semanas após D1
2ª DOSE DA CORONAVAC (5 OU MAIS) - com intervalo de 4 semanas após D1
2ª DOSE JANSSEN (18 ANOS OU MAIS) – com intervalo de 8 semanas após a primeira dose/dose única da Janssen
2ª DOSE OXFORD –com intervalo de 8 semanas após D1.
2ª DOSE PFIZER – 12 ANOS OU MAIS – com intervalo de 8 semanas após D1.
2ª DOSE DE GESTANTES E PUÉRPERAS – com intervalo de 8 semanas após D1.
REFORÇO DA PFIZER PEDIÁTRICA PARA CRIANÇAS DE 5 A 11 ANOS COM OU SEM COMORBIDADES – com intervalo de 4 meses após D2.
3ª DOSE DA PFIZER BABY (6 MESES A 4 ANOS COM OU SEM COMORBIDADES) – com intervalo de 8 semanas após D2.
3ª DOSE DE CRIANÇAS DE 3 E 4 ANOS (COM OU SEM COMORBIDADES) que iniciaram o esquema vacinal com Coronavac e com intervalo de 4 meses após D2.
3ª DOSE (ESQUEMA PRIMÁRIO) IMUNOSSUPRIMIDOS - VACINA BIVALENTE - com 12 anos ou mais - com intervalo de 8 semanas após D2.
3ª DOSE/REFORÇO PFIZER – 12 ANOS OU MAIS – com intervalo de 4 meses após D2.
3ª DOSE/REFORÇO CORONAVAC – 12 ANOS OU MAIS – com intervalo de 4 meses após D2.
REFORÇO VACINA BIVALENTE – para aqueles que tenham tomado, pelo menos, 2 doses monovalentes - com um intervalo de 4 meses após a última dose do esquema primário ou reforços.

Publicado em Saúde

Começa nesta segunda-feira (4) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A meta do Ministério da Saúde é imunizar cerca de 76,5 milhões de pessoas até o dia 3 de junho, data prevista para encerramento da campanha.

Segundo a pasta, 80 milhões de doses da vacina Influenza trivalente, produzidas pelo Instituto Butantan e eficaz contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B, estarão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Etapas
Para evitar surtos da doença, que pode sobrecarregar os serviços de saúde e até levar à morte, a pasta alerta para a importância da vacinação dos grupos prioritários.

A campanha nacional ocorrerá em duas etapas. Na primeira, de hoje a 2 de maio, serão vacinados idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde. A segunda, que vai de 3 de maio a 3 de junho, tem como público-alvo crianças de 6 meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes e puérperas; povos indígenas; professores; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; membros de forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medida socioeducativa e pessoas privadas de liberdade.

No caso das crianças de 6 meses a menores de 5 anos que já receberam ao menos uma dose da vacina influenza ao longo da vida, deve-se considerar o esquema vacinal com apenas uma dose em 2022. Para as crianças que serão vacinadas pela primeira vez, a orientação é agendar a segunda aplicação da vacina contra gripe para 30 dias após a primeira dose.

Publicado em Saúde

A Fundação Hemoba tem sofrido o impacto no movimento de doadores de sangue devido ao aumento nos casos de infecções por covid-19 e por gripe influenza na Bahia. As contaminações tornam os doadores inaptos à doação por um determinado período. A inaptidão por gripe, por exemplo, aumentou mais de 300% em relação ao mesmo período do ano passado.

Todos os anos, entre dezembro e janeiro, a Hemoba registra uma queda no número de doações de sangue, devido às festas de fim de ano e temporada de férias, mas desde a nova onda de contaminação pelo coronavírus, a situação está ainda mais delicada. Até o momento já são 102 voluntários impedidos de doar por apresentar algum sintoma gripal, contra 25 no mesmo período do ano passado. Segundo Fernando Araújo, Diretor Geral da Fundação Hemoba, esse número pode ser ainda maior, visto que aponta apenas os doadores que compareceram nas unidades e passaram pela triagem.

“Nossos doadores fidelizados que apresentam sintomas já sabem que estão inaptos, por este motivo não comparecem à unidade para tentar fazer a doação. Essa baixa nos impede de atender as demandas transfusionais dos hospitais da rede própria, seja para pacientes em tratamento ou para realizar cirurgias eletivas e de emergência”.

Araújo afirma ainda que “a nossa necessidade é constante e mais uma vez precisamos da ajuda da população para passarmos por esse período sem deixar pacientes desassistidos por ausência de sangue. Por isso, eu faço um apelo a você que está bem de saúde, sem sintomas gripais, e pode realizar a sua doação, para que compareça a uma das nossas unidades, e doe sangue, não dói, não causa prejuízo à saúde de quem doa e salva vidas.”

Inaptidão por gripe e covid19
Pessoas que estão gripadas ou que testaram positivo para Covid-19 devem aguardar o período de 15 dias após o total desaparecimento dos sintomas para realizar a doação de sangue. Já quem tomou a vacina da gripe ou o imunizante Coronavac, deve aguardar 48h para realizar a doação. As demais vacinas contra a Covid-19, como Astrazeneca, Pfizer e Jassen, impedem a doação de sangue por 07 dias.

Critérios para doação de sangue - Para doar sangue, o voluntário deve estar de máscara, em boas condições de saúde, sem sintomas virais, pesar mais de 50 quilos, estar bem alimentado, ter dormido pelo menos 6h, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12h, não fumar por pelo menos, duas horas, e ter entre 16 e 69 anos incompletos. Menores de 18 anos precisam estar acompanhados de um responsável legal, e apresentar documento original com foto, emitido por órgão oficial e válido em todo o território nacional, além de cartão de vacinação.

Onde doar:
A Fundação Hemoba conta com 29 unidades de coleta em todo estado nas cidades de Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquista, Eunápolis, Barreiras, Brumado, Jequié, Guanambi, Irecê, Jacobina, Itaberaba, Itapetinga, Juazeiro, Paulo Afonso, Teixeira de Freitas, Ribeira do Pombal, Seabra, Senhor do Bonfim, Valença. Para conferir dias e horários de atendimento acesse o site da Hemoba: www.hemoba.ba.gov.br

Publicado em Bahia

O surto de gripe em Salvador começou a lotar as emergências dos hospitais privados. Mesmo com plano de saúde, a demora por atendimento pode chegar até quatro horas, a depender da gravidade do quadro, de acordo com o presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Asheb), Mauro Adan. Segundo ele, o volume de pacientes dobrou nas últimas duas semanas na capital baiana.

No Hospital Aeroporto, esse aumento foi mais de 500%. No Hospital da Bahia, chegou a quadruplicar, e, no Cárdio Pulmonar, da Rede D’or, cresceu 70%, só de pacientes com síndrome respiratória grave. Por conta disso, a unidade criou uma ala específica para tratar pacientes com influenza, como fizeram com a covid-19. Além disso, as unidades particulares tiveram que remanejar equipes para o setor de urgência e emergência e contratar mais médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem a fim de suprir a demanda.

A emergência do Santa Izabel, que atende, diariamente, em torno de 140 a 150 pacientes, recebeu 279 por dia na última semana - um aumento de mais de 80%. No Hospital da Bahia, até a primeira semana dezembro, havia uma média de 35 fichas abertas no setor de fluxo respiratório e 110 fichas no total, na emergência. A partir da semana passada, esses números passaram a ser entre 100 e 140, e 200 a 250. Para se adequar à demanda, houve um aumento não só da equipe médica, mas também na recepção, segurança e logística operacional.

A advogada Ylissa Morais, 32, e o noivo, o médico veterinário João Gabriel Mascarenhas, 34, que estava com sintomas gripais, tiveram que rodar três hospitais privados de Salvador na terça-feira (14). O casal foi, primeiro no Jorge Valente, na Garibaldi. “Estava tão cheio que tinha gente do lado de fora, em pé, na rampa”, conta Mascarenhas. Depois, eles seguiram para o Hospital Português, na Graça. Foram 40 minutos só para achar uma vaga de estacionamento e descobrir que a unidade não aceitava mais o plano de saúde dele, o Sul America.

Cenário de guerra
Por fim, eles seguiram para o Hospital da Bahia, na Pituba. Só que, a fila estava tão grande, que eles desistiram de esperar e voltaram para casa sem atendimento. “A emergência estava um caos, tinham mais de 50 pessoas esperando. Muita gente idosa, gente de cadeira de rodas, mulher desmaiada, muita gente em pé, sem ter onde sentar. Foi uma cena de guerra”, relata a Ylissa.

Depois de uma hora só para passar pela recepção, a própria atendente foi sincera. “Ela estava com aspecto de cansada e que ia atender gente que tinha chegado 5h, 6h da manhã. E isso era mais de 11h”, completa João Gabriel. De casa, o veterinário agendou uma teleconsulta para o dia seguinte. Com exame de covid-19 negativo, ele ficou melhor dos sintomas com antibiótico e dipirona. O veterinário tinha tomou vacina contra gripe neste ano. O casal também relatou que mais seis amigos apareceram gripados, nos últimos dias.

Um homem que não quis se identificar, com quadro de febre, relatou alta demanda também no Hospital São Rafael. “Liguei para perguntar se eles aceitavam o plano e eles disseram que tinha muita gente na emergência, 150 pessoas na minha frente. Então, acabei desistindo e comprei paracetamol na farmácia”, relata. O episódio ocorreu na quarta-feira (15).

Em nota, o São Rafael disse que “tem registrado um aumento significativo no fluxo de atendimento na emergência, com incremento de casos com sintomas gripais, como febre, tosse e dor no corpo”. Por isso, a unidade alegou que a demora está maior para os pacientes. Segundo o hospital, estão sendo adotadas providências para minimizar os impactos da demora e garantir o fluxo de atendimento, de acordo com critérios de gravidade. O mesmo foi dito pelo Hospital Aliança.

Durante a madrugada, o Jorge Valente apresentou movimento além do normal, segundo uma paciente. “Tinha lugar para todo mundo sentar e não tive nenhum transtorno, mas, pelo horário, estava mais cheio que o normal”, conta uma estudante, que também não quis se identificar. Por estar com quadro grave, vomitando, ela foi atendida em menos de 30 minutos. O hospital não enviou posicionamento até o fechamento desta matéria.

Ala específica
O Cárdio Pulmonar abriu uma ala específica para pacientes com sintomas respiratórios, devido ao aumento de 70% nos atendimentos da emergência. “Quase todo esse aumento veio de pacientes com sintomas respiratórios. Aumentou abruptamente nas últimas duas semanas e fizemos as adaptações, para conseguir atender os pacientes com mais rapidez”, constata o diretor-geral do hospital, Eduardo Darze.

Por dia, são cerca de 90 a 100 pessoas atendidas na unidade, só com quadro gripal. Antes da epidemia, o atendimento total da emergência era, no máximo, 80 pessoas. A maior parte dos casos, no entanto, é de baixa gravidade. “Os pacientes estão com sintomas mais leves, bate na emergência e volta para casa. Uma pequena parcela que precisa de hospitalização. A maioria quer um alívio sintomático e não precisa de muito tempo de observação”, afirma Darze.

Segundo ele, a população está mais alerta e temerosa, por conta da semelhança dos sintomas da influenza com o novo coronavírus. “A população que está com sintoma gripal está com resquício de medo e insegurança relativa à covid, então ela tem ido mais frequentemente para a emergência, mas a influenza é uma doença menos grave, caracterizada por um início mais abrupto. Já a covid tem o início dos sintomas de forma mais gradual”, avalia o diretor-geral do Cárdio Pulmonar. Até a terça-feira (21), duas mortes por influenza foram confirmadas na Bahia, as duas de Salvador, e outros dois óbitos estão em investigação.

8% dos casos são covid
No Hospital Aeroporto, a quantidade de testes para covid-19 feitos por dia cresceu de 9 para 55 nos últimos dias. “A urgência e emergência tiveram um aumento enorme, de cinco vezes o número de atendimento e as pessoas estão chegando com quadros gripais. Em uma semana, das 180 coletas feitas, somente 8% deram positivas para covid. Ou seja, o restante, provavelmente, deve ter sido a influenza H3N2”, revela o infectologista Antônio Bandeira, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do hospital.

Para adaptar-se à demanda, a unidade tem remanejado as equipes e aumentado a carga horária dos funcionários dos laboratórios. Ele alerta que, como a vacina contra gripe disponível na campanha de imunização deste ano não protege contra a nova cepa, é preciso manter o cuidado. “As pessoas precisam entender que a vacina não impede que você não pegue a influenza, porque a atual cepa que está circulando é a Darwin. Por isso, é preciso continuar usando máscara, mantendo o distanciamento e higienizando as mãos”, orienta Bandeira.

No Teresa de Lisieux, administrado pela Hapvida, houve uma leve queda no número de atendimentos nas unidades de urgência e emergência, desde segunda-feira (20). No entanto, houve aumento ao longo de todo o ano. De acordo com a diretora médica regional, Talita Freire, o sistema de saúde tem investido na estrutura e na contratação de novos profissionais em toda a rede da capital e, que, apesar da alta demanda de pacientes com sintomas gripais, a maioria dos casos têm se mostrado leves, não refletindo em igual número de internações.

Os hospitais Português e Jorge Valente não responderam à reportagem até o fechamento desta matéria.

Qual o melhor momento para ir à emergência?
O presidente da Asheb – que, ironicamente, se recupera de uma gripe – alerta que mais da metade dos casos nas emergências dos hospitais particulares são de síndromes gripais. Contudo, a maioria deles é com sintoma leve e poderia ser atendido em consultório.

“Existe uma visão, às vezes, equivocada de quando procurar emergência. A pessoa que está com estado de gripe leve, sem sintomas graves, sem falta de ar, sem febre e sem dor de cabeça intensa, pode ir para um clínico ou uma instituição de saúde de confiança e fazer uma consulta. O médico vai receitar e passar exame laboratorial na medida do que for necessário. Não precisa, necessariamente, ir para emergência”, orienta Mauro Adan.

Ele cita algumas exceções. “Se for algum horário fora do comum, como a noite, e a pessoa estiver com um quadro mais grave, aí sim, devem procurar as emergências, que vão atendê-las por grau de risco, de acordo com o protocolo de Manchester [veja abaixo]. O importante é não ficar sem se medicar ou fazer diagnóstico e tomar remédio aleatoriamente. A palavra de ordem é prevenção e, o que temos controle, temos que buscar controlar”, aconselha o presidente da Ahseb.

Já o infectologista Antônio Bandeira pondera que, nem sempre, é possível agendar consultas ou atendimentos para o mesmo dia. Nesses casos, e para pessoas com doenças de base, idosos e crianças, que têm sistema imune mais frágil para influenza, deve-se ir logo às emergências. “A pessoa precisa ir logo quando tiver os primeiros sintomas, porque precisamos afastar a ideia de que é covid e confirmar a influenza, que é uma das poucas doenças virais que têm tratamento. E a única forma de diferenciar as duas doenças é fazendo um teste de covid ou de influenza”, completa.

"Pior momento para o sistema de saúde em dois anos e meio”, diz Prates

O secretário municipal de saúde de Salvador, Leo Prates, alertou que o sistema público vive o pior momento dos últimos dois anos e meio. “Vamos fazer um apelo e implorar às pessoas para evitar as doenças que a gente pode evitar, porque, realmente, esse é o pior momento do sistema de saúde nos meus dois anos e meio. Amanhecemos com 45 pacientes não covid, ou seja, temos também outras doenças, especialmente câncer, AVC e infarto”, apelou Prates, em entrevista ao Jornal da Manhã, na terça-feira (21). O CORREIO pediu para falar com o secretário para obter mais detalhes dessa declaração, mas, segundo a assessoria da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS), não havia agenda.

O titular da SMS ainda apontou que o tempo de regulação tem aumentado. “Temos poucos óbitos, mas, se uma pessoa fica dois dias internada no meu sistema de saúde, são dois dias que perco para uma pessoa com risco de morte. Temos o dobro de UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] do que preconiza o Ministério da Saúde e elas não estão dando conta”, adverte Leo Prates.

Confira os graus de risco do protocolo de Manchester:
Vermelho (emergência): O paciente necessita de atendimento imediato. É o caso de vítimas de projétil de arma de fogo pacientes em insuficiência respiratória.

Laranja (muito urgente): O paciente necessita de atendimento praticamente imediato, em cerca de 10 minutos. Hemorragias de difícil controle, fraturas e perda de consciência costumam receber essa classificação.

Amarelo (urgente): O paciente necessita de atendimento rápido, mas pode aguardar por até 50 minutos, como é o caso de quadros de pequenas hemorragias ou desidratação.

Verde (pouco urgente): O paciente pode aguardar atendimento por até 2 horas ou ser encaminhado para outros serviços de saúde. São pessoas com quadros que podem ser resolvidos em outros tipos de serviço de saúde, como dor de garganta, febre, tosse etc.

Azul (não urgente): O paciente pode aguardar atendimento por até 4 horas ou ser encaminhado para outros serviços de saúde. Da mesma forma que a classificação verde, essas pessoas possuem sintomas mais comuns, apresentando doenças que podem ser resolvidas em outros locais.

Publicado em Saúde

Diante da aproximação do inverno, a população precisa se preparar para a circulação do vírus influenza da gripe comum. A imunização é a melhor forma de prevenção contra a doença, que pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir, ao falar ou por meio indireto, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado.

Além da vacinação contra a influenza, existe, neste ano, a imunização contra a covid-19. A doença é causada por um novo vírus da família coronavírus que há algum tempo vem desencadeando resfriados comuns e síndromes respiratórias graves. Apesar de pertencer ao grupo, o Sars-Cov-2 é um agente infeccioso novo e, por isso, não está entre as doenças prevenidas pela vacinação para gripe comum. O imunizante contra o novo vírus está sendo aplicado em todo país e cada estado segue o seu cronograma próprio de acordo com a disponibilidade dos insumos na região.

Para o infectologista Claudilson Bastos, a vacinação contra influenza deve ser realizada mesmo durante a pandemia, assim como as demais vacinas. “É essencial cuidarmos da saúde em um momento de crise sanitária e a vacina contra a gripe comum é a melhor forma de se proteger. Havendo mais pessoas imunizadas contra a influenza, podemos reduzir internações de quadros graves de infecção respiratória, deixando o sistema de saúde focado no tratamento dos casos de pacientes do Sars-CoV-2”, afirma a especialista, pelo serviço de imunização do Sabin em Salvador. A clínica recebeu as doses das vacinas de influenza quadrivalentes, com proteção contra quatro tipos de vírus (AH1N1 + AH3N2 + B Victoria + B Yamagata) atualizadas.

Como a imunização contra o novo coronavírus está acontecendo através do Ministério da Saúde e a vacinação contra gripe comum acontecendo no setor público e privado de forma paralela, é comum que existam dúvidas sobre as duas. o médico Claudilson Bastos esclarece que a vacina da gripe pode ser tomada simultaneamente com outros imunizantes.

“Quem recebeu a aplicação contra covid-19 e já concluiu o esquema vacinal, deve aguardar pelo menos 14 dias antes de receber qualquer outra imunização. Caso tenha sido usada a proteção contra influenza, também é necessário aguardar 14 dias para iniciar o cronograma contra covid”, explica.

O médico, também, reforça que, caso o paciente esteja entre a primeira e a segunda dose da vacina contra covid, é necessário concluir este esquema de imunização para depois de duas semanas iniciar a proteção contra a influenza. “É importante respeitar a data de aplicação dos imunizantes que necessitam de duas doses. A realização de uma só etapa, não garante produção de anticorpos”, lembra Claudilson Bastos.

Crianças menores de seis meses e pessoas infectadas com doenças febris agudas não devem ser imunizadas. Pacientes que apresentarem infecção pelo novo coronavírus devem aguardar a recuperação e esperar pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas para tomarem a vacina contra a gripe comum. Alérgicos ao ovo apresentam um baixo risco de reação com o imunizante da gripe. “A proteção contra a gripe é segura para a maioria dos indivíduos alérgicos, mas são necessárias algumas precauções. Pessoas com história de anafilaxia (confirmadas) a doses anteriores devem tomar a vacina sob observação e aqueles que possuem histórico de alergia a ovo ou derivados e apresentarem apenas urticária, devem ter administrada a vacina influenza sem qualquer cuidado especial”, finaliza o infectologista.

Vale lembrar que a compra do imunizante pode ser realizada pelo e-commerce do Sabin. É possível fazer o agendamento no site da empresa para receber a dose em uma das unidades de imunização ou em domicílio.

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