Faculdade oferece consultoria gratuita para abertura, gestão e resolução de pendências do MEI
Com o objetivo de apoiar o cidadão autônomo a formalizar seu serviço ou produto, o Núcleo de Gestão Contábil da Unijorge vai oferecer um atendimento gratuito para a abertura, gestão e resolução de pendências do MEI. O serviço presencial, que vai acontecer entre 9 e 30 de maio, será realizado por alunos do curso de Ciências Contábeis, com a orientação do coordenador do curso, Adriano Araújo.
Para aqueles que já são microempreendedores, o núcleo dará suporte para regularização das pendências e dicas para melhorar a gerência do negócio. O atendimento acontecerá de segunda a quinta-feira, das 16h às 20h, na Unijorge, campus Paralela. O professor Adriano Araújo destaca que essa é uma oportunidade para quem tem o desejo de empreender e não sabe por onde começar, a dar os primeiros passos na vida empresarial, como também, para quem já tem o MEI e tem dúvidas, pode trazer para o atendimento para buscar a melhor solução.
“A Unijorge tem o compromisso de prestação de diversos serviços para a comunidade. Agora, estamos abrindo a oportunidade para ajudar os microempreendedores individuais, parcela da população que vem aumentando muito e que nem sempre pode contar com uma consultoria especializada”.
Termina amanhã prazo para microempreendedores regularizarem dívidas
Termina amanhã (31) o prazo para os microempreendedores individuais (MEIs) regularizarem o pagamento dos impostos devidos desde 2016 ou há mais tempo. A partir de setembro, a Receita Federal enviará esses débitos para inscrição em Dívida Ativa da União para evitar a prescrição.
De acordo com o órgão, os MEIs que tiverem apenas dívidas recentes, em razão das dificuldades trazidas pela pandemia de covid-19, não serão afetados. Também não serão inscritas as dívidas de quem realizou parcelamento neste ano, mesmo que haja alguma parcela em atraso ou que o parcelamento tenha sido rescindido.
O microempreendedor que tiver dívidas em aberto com a Receita Federal pode fazer o pagamento ou parcelamento acessando o Portal e-CAC. O passo a passo sobre o parcelamento também está disponível no Portal Gov.br.
De acordo com a Receita, existem 4,3 milhões de microempreendedores inadimplentes, que devem R$ 5,5 bilhões ao governo. Isso equivale a quase um terço dos 12,4 milhões de MEIs registrados no país. No entanto, a inscrição na dívida ativa só vale para dívidas não quitadas superiores a R$ 1 mil, somando o valor principal, multa, juros e demais encargos. Atualmente, o Brasil tem 1,8 milhão de microempreendedores nessa situação, que devem R$ 4,5 bilhões.
Para ajudar na regularização, a Receita Federal disponibiliza os núcleos de Apoio Contábil e Fiscal (NAF), uma parceria com instituições de ensino superior que oferece serviços contábeis e fiscais a pessoas físicas de baixa renda, MEI e organizações da sociedade civil.
Durante a pandemia, também há núcleos operando de forma remota. Os locais de atendimento e os respectivos contatos estão disponíveis na página da Receita Federal.
Dívida ativa
Com um regime simplificado de tributação, os MEIs recolhem apenas a contribuição para a Previdência Social e pagam, dependendo do ramo de atuação, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou o Imposto sobre Serviços (ISS). O ICMS é recolhido aos estados e o ISS, às prefeituras.
Em caso de não pagamento, o registro da dívida previdenciária será encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) com acréscimo de 20% a título de encargos com o processo. Nesse caso, os débitos poderão ser pagos ou parcelados pelo portal de serviços da PGFN, o Regularize.
A dívida relativa ao ISS e/ou ao ICMS será transferida ao município ou ao estado, conforme o caso, para inscrição em Dívida Ativa municipal e/ou estadual, com acréscimo de encargos de acordo com a legislação de cada ente da federação.
Com a inscrição em dívida ativa, o microempreendedor deixa de ser segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e perde benefícios como auxílio-doença e aposentadoria; tem o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) cancelado; é excluído do Simples Nacional pela Receita Federal, estados e municípios; e pode tem dificuldades na obtenção de financiamentos e empréstimos.