Marisa fechará 91 lojas pelo Brasil para recuperar caixa da empresa
Como parte de um plano para recuperação da geração de caixa e rentabilidade, a Marisa, grande varejista do ramo do vestuário, vai fechar 91 lojas.
As unidades são, segundo a administração da empresa, deficitárias. A empresa informou que 25 lojas já foram fechadas entre março e abril. Outras 26 serão encerradas até o fim de maio.
Com isso, a Marisa já conseguiu renegociar dívidas com 90% dos fornecedores e 65% dos proprietários de imóveis. De acordo com o G1, um dos fatores para o fechamento são as importações ilegais se a devida tributação e as taxas elevadas de juros.
"Estamos acompanhando de perto a evolução das iniciativas do governo federal para o setor de varejo no Brasil, que objetivam coibir a concorrência desleal e reestabelecer a isonomia tributária", disse o diretor-presidente da Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista.
Em meio à reestruturação, Marisa realiza mudança em sua diretoria
O executivo Alberto Kohn de Penhas assumiu a posição de chefe de operações da Marisa Lojas. Kohn havia sido escolhido como presidente interino da companhia após a renúncia de Adalberto Pereira Santos, CEO da empresa até o início de fevereiro. Após a eleição de João Pinheiro Nogueira Batista para o cargo, porém, a empresa afirmou que estudava "a forma de colaboração" de Kohn com a companhia.
O executivo ficará responsável pelas relações comerciais e operacionais da varejista. Kohn tem mais de 30 anos de experiência em varejo de moda. Ele foi executivo nas áreas comercial, de operações, serviços financeiros, marketing, logística e canais digitais em grandes empresas do varejo de moda e têxtil, como C&A, Pernambucanas e Coteminas. Nos últimos três anos e meio, atuou como vice-presidente comercial, de marketing e de operações na Marisa.
As mudanças na diretoria acontecem em meio a mais uma reestruturação da companhia. No mesmo comunicado em que informava a renúncia de Santos e de Marcelo Adriano Casarin, membro do conselho de administração, a Marisa informou que contratou a BR Partners para assessorá-la no processo de renegociação de seu endividamento financeiro e a Galeazzi Associados para apoiá-la no aperfeiçoamento da estrutura de custos.
Como noticiou o Estadão/Broadcast, as constantes reestruturações da empresa têm afastado executivos da Marisa e de seu conselho de administração.
Crise
No início do mês, a Marisa anunciou que pretendia renegociar seu passivo com bancos credores, para tentar reescalonar dívidas de cerca de R$ 600 milhões, na esteira da crise de varejo aberta pela Americanas, que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.