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A Polícia Federal (PF) abriu na manhã desta quarta-feira, 22, operação contra uma quadrilha que pretendia atacar servidores públicos e autoridades, planejando homicídios e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal. O ministro da Justiça Flávio Dino disse que havia o plano de assassinatos até de um senador e de um promotor de Justiça - mas os nomes não foram divulgados.

Nas redes sociais, o senador Sergio Moro agradeceu a atuação das forças de segurança, afirmando que ele e sua família estariam entre os alvos de "planos de retaliação do PCC". A informação de que o parlamentar estava entre os alvos da quadrilha sob suspeita foi confirmada pela reportagem junto a fontes da investigação.

À época em que Moro era ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, houve a transferência de lideranças do PCC para presídios federais.

Cerca de 120 agentes foram às ruas cumprir 11 mandados de prisão - sete preventivas e quatro temporárias - em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná. Além disso, o efetivo vasculha 24 endereços ligados a investigados.

A operação foi batizada "Sequaz". De acordo com a PF, o nome da operação faz referência "ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém". O termo foi utilizado em razão do "método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas", diz a corporação.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o debate da TV Bandeirantes na noite deste domingo (16) acompanhado pelo senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR). A jornalistas, os dois disseram ter mais convergências do que divergências. O ex-juiz da Lava Jato deixou o cargo de ministro da Justiça de Bolsonaro acusando o presidente de interferência na Polícia Federal.

"Tivemos divergências, mas nossas convergências são muito maiores. Temos um projeto de Brasil", afirmou Bolsonaro. De acordo com o chefe do Executivo, Moro poderia falar por ele sobre as declarações do rival Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate sobre corrupção. "Moro tem conhecimento profundo de como foi corrupção no Brasil", declarou o candidato à reeleição.

Moro afirmou que Lula "não conseguiu responder"" perguntas importantes e mentiu ao dizer que os diretores da Petrobras envolvidos em corrupção não teriam sido indicados pela Presidência da República. O ex-juiz também negou a intenção de integrar o Executivo novamente caso Bolsonaro seja reeleito.

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O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil), sua esposa Rosangela Moro (União Brasil) e o ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos) comemoraram as respectivas vitórias nas urnas no último domingo (2), com menções à Operação Lava Jato.

Moro, senador eleito pelo Paraná, publicou que "A Lava Jato vive e vai chacoalhar Brasília novamente".

"Grande vitória. Vencemos todo o sistema político contra nós. Poucos aliados políticos, mas valorosos. Vencemos o PT no Paraná", escreveu. Ele atuou enquanto juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba durante a operação e, depois, deixou a magistratura para virar ministro de Bolsonaro.

Dallagnol, eleito como o deputado federal mais votado do Paraná, também comemorou: "Hoje, a Lava Jato renasceu como uma fênix, mas não das cinzas, e sim dos corações dos mais de 340 mil paranaenses".

Moro o parabenizou pela vitória: "O povo paranaense mandou um recado claro sobre o que pensa a respeito do procurador da Lava Jato e sobre todas as artimanhas jurídicas que visaram e ainda visam prejudicá-lo".

Para a vaga do Senado, Dallagnol estava apoiando Alvaro Dias (Podemos), que também tinha discurso de defesa da operação.

Já Rosangela, deputada federal eleita por São Paulo, publicou que honrará cada voto. Ela fez o comentário em resposta a uma publicação do União Brasil, que a definiu como um nome que "levanta a bandeira da Lava Jato e das pessoas com doenças raras".

Prisão de Lula

Sergio Moro e Deltan Dallagnol tiveram papel central na prisão de Lula. Durante a campanha, ambos fizeram publicações críticas quanto ao ex-presidente, que angariou 48,43% dos votos no 1º turno.

Moro foi o juiz responsável por condenar Lula a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo caso do triplex do Guarujá (SP). Lula ficou preso por 580 dias e ficou impedido de concorrer às eleições de 2018.

A condenação, no entanto, foi anulada pelo STF em abril de 2021, assim como a do sítio do Atibaia. Na época, a maioria dos ministros concordou com a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar Lula. Em junho de 2021, Moro foi considerado um juiz parcial pelo STF na condução do processo do triplex do Guarujá.

Deltan foi condenado por danos morais contra Lula por conta de uma apresentação de PowerPoint, exibida durante coletiva de imprensa, para divulgar a primeira denúncia da Operação Lava Jato contra o ex-presidente. A denúncia em questão era sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo o tríplex no Guarujá.

Por isso, ele teve que pagar uma indenização de R$ 75 mil. Ele pediu para que apoiadores o ajudassem com transferências por Pix, que totalizaram, segundo o procurador, R$ 575 mil.

As duas figuras também foram protagonistas da "Vaza Jato", uma série de reportagens que publicou mensagens vazadas entre procuradores e Moro, então juiz, no decorrer da Operação. Isso culminou na anulação das decisões da Lava Jato pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e, posteriormente, na revogação da prisão de Lula.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!", escreveu o deputado em suas redes sociais.

O posicionamento causou supresa ao público, já que Lira foi eleito presidente da Câmara com apoio direto do presidente Jair Bolsonaro. Com a decisão de Fachin, a suspeição sobre a conduta do juiz Sérgio Moro — que é acusado de ter agido parcialmente na operação Lava Jato — é extinta.

Entenda
Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.

A decisão atinge o recebimento de denúncias e ações penais. Com o veredito, o petista recupera os direitos políticos e volta a se tornar elegível.

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O ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o atual chefe da pasta, André Mendonça, se estranharam no Twitter, nesta segunda-feira (28). A confusão começou após Moro criticar Bolsonaro pela demora do Brasil em começar a vacinar a população contra a Covid-19.

"Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a COVID-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão? Tem Presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o Governo abandonar o seu negacionismo?", criticou Moro.

Vários países já começaram a imunização. Estados Unidos, China, Canadá, Rússia, Chile, além de 25 dos 27 da União Europeia (UE) já deram início, enquanto outros como a Argentina começarão nesta terça a vacinar.

Após a publicação de Moro, André Mendonça alfinetou seu o antecessor e o criticou quando era ministro. "Vi que @SF_Moro perguntou se havia presidente em Brasília? Alguém que manchou sua biografia tem legitimidade para cobrar algo? Alguém de quem tanto se esperava e entregou tão pouco na área da Segurança?", respondeu André Mendonça.

"Quer cobrança? Por que em 06 meses apreendemos mais drogas e mais recursos desviados da corrupção que em 16 meses de sua gestão?", acrescentou o ministro da Justiça.

Moro não gostou do tom e retrucou: "Ministro, o senhor nem teve autonomia de escolher o Diretor da PF ou de defender a execução da pena da condenação em segunda instância (mudou de ideia?), então me desculpe, menos. Faça isso e daí conversamos."

Moro deixou o governo em abril deste ano, ao acusar Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal ao demitir o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, indicado por por ele. Bolsonaro nega as acusações.

A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu e o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de um inquérito para investigar se Bolsonaro interferiu na PF.

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