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O secretário de Relações Institucionais do Estado, Luiz Caetano, se reuniu na manhã desta quarta-feira (14) com os novos membros da executiva do PSD em Camaçari para tratar de estratégias políticas futuras do grupo que faz oposição à atual gestão municipal.

O encontro serviu para alinhar ações do grupo de oposição na cidade, além da formação de uma frente ampla que discuta a atual situação de Camaçari e proponha soluções para atender a expectativa da população, especialmente em áreas sensíveis do município, como saúde, transporte, educação e emprego.

Participaram da reunião, além de Caetano, a comissão que está assumindo o PSD na cidade, a convite do senador Otto Alencar: Vital Sampaio, Luiz Roberto Sobral, Gilberto D’errico, Júlio Lessa Filho, Ariosvaldo Selestino Mota, Francisco Franco e Wclleidy Santos.

O PSD marchará junto com o bloco de oposição nas eleições municipais do próximo ano. Ex-prefeito de Camaçari por três ocasiões, Caetano é um dos nomes ventilados para disputar a Prefeitura em 2024, embora sinalize em entrevistas que o grupo ainda não definiu quem será o candidato de oposição no município.

Publicado em Política
Terça, 17 Novembro 2020 16:15

DEM, PSD e PP ganham força para 2022

Dos 415 municípios baianos que já têm prefeitos eleitos, 321 ou 77% do total serão governados, a partir de 1º de janeiro, por seis partidos. O ranking é liderado pelo PSD, que conquistou 107 prefeituras este ano - 21 a mais que em relação a 2016. Logo depois, aparecem o PP, que passou de 56 cidades para 92, e o Democratas (DEM) que ganhou cinco novas prefeituras e comandará 39 municípios que concentram cerca de 30% da população do estado. Nacionalmente, o crescimento da legenda, presidida pelo prefeito de Salvador ACM Neto, também foi expressivo: na eleição de anteontem, o DEM elegeu 459 prefeitos em todo o país, 76% a mais em relação a 2016.

O Democratas é o partido que mais vai governar pessoas na Bahia a partir de janeiro. As cidades com prefeitos da legenda somam cerca de 4,47 milhões de pessoas. Só em Salvador, cujo prefeito eleito é Bruno Reis, são quase 2,9 milhões. O partido seguirá governando municípios populosos e com peso econômico, como Camaçari e Barreiras, e conquistou cidades importantes a exemplo de Teixeira de Freitas, Eunápolis, Guanambi e Senhor do Bonfim.

A legenda também fez parte de coligações que elegeram prefeitos em municípios estratégicos, como Jânio Natal, (PL), em Porto Seguro, João Gualberto (PSDB), em Mata de São João, Rodrigo Hagge (MDB), em Itapetinga, Genival (PSDB), em Santo Antônio de Jesus, dentre outros.

O Democratas teve, ainda, o maior número de votos para prefeitos em toda a Bahia, com cerca de 1,5 milhão, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), superando o PSD, com em torno de 1,4 milhão, e o PT, com 1,1 milhão. Para o deputado federal Paulo Azi, presidente estadual da legenda, o resultado é muito expressivo e aponta para um desejo de mudança no estado.

“Nós tivemos prefeitos reeleitos com uma margem muito elevada e outros que foram eleitos com uma vantagem muito alta sobre aliados do PT na Bahia. Então, há um sentimento de que as pessoas estão buscando uma mudança para um padrão de gestão de ponta como tem sido com o Democratas, tendo como exemplo a administração do prefeito ACM Neto, por oito vezes consecutivas considerada a melhor do país”, diz.

Paulo Azi destaca, ainda, que o Democratas se preparou para as eleições e apresentou quadros qualificados para a gestão pública.

Surpresas
Já o PSD, dos senadores Otto Alencar e Angelo Coronel, vai governar em torno de 2,5 milhões de pessoas, o que equivale a cerca de 17% da população baiana. O PP, por sua vez, vai administrar municípios que somam 2 milhões de habitantes, o que equivale a 14% da população do estado.

O senador Otto Alencar disse que esperava um desempenho melhor do PSD, se referindo a cidades que estavam no comando do partido e foram conquistadas por outra legenda. “Nós tivemos surpresas, pois em eleições que considerávamos ganha houve uma reversão nas últimas horas. Esse foi o caso de Campo Formoso, Santa Luz e Riachão do Jacuípe. Mas isso faz parte da vida pública”.

Em nota, o presidente estadual do PP da Bahia, o vice-governador e secretário de desenvolvimento econômico João Leão, comemorou o resultado do partido. "Nós ficamos muito felizes e tenho certeza que vamos ajudar bastante a Bahia com todos esses prefeitos que elegemos", disse .

O PT perdeu o comando de seis cidades e, em 2021, governará 33 prefeituras. Já o PSB ganhou nove municípios e estará no comando de 30 cidades. O PL passou de 19 prefeituras para 20. Já o MDB, que em 2016 conquistou 48 prefeituras, ficou com apenas 12 cidades este ano. Outros 13 partidos comandam um total de 82 cidades restantes. Em nota, o PT estadual destacou que a Bahia foi o estado que mais elegeu prefeitos do PT no país.

No caso das duas cidades baianas que ainda não decidiram seu próximo prefeito - Vitória da Conquista e Feira de Santana - os eleitores vão ter que decidir entre políticos do PT e do MDB. O segundo turno acontece no dia 29 .

Efeito político
Para o cientista político Claudio André, professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), ainda é cedo para afirmar o efeito desses números para as eleições de 2022. “Não é possível cravar o que acontecerá na próxima eleição. Mas na minha avaliação, há quatro partidos que saem fortalecidos, que são o PSD, o PP, o DEM e o PT, tanto pela quantidade de prefeituras conquistadas, como pela quantidade de votos obtidos”.

André entende que há um equilíbrio entre esses quatro partidos políticos e que a presença do PSD e PP são alternativas que geram uma terceira via entre a tradicional polarização entre PT e DEM. “O Democratas ganhou em 39 cidades, sendo seis destas uma das 20 maiores cidades da Bahia. Ou seja, o DEM recebeu uma votação expressiva e quando a gente analisa a população atingida, a legenda lidera".

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