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Um estudante de 18 anos, identificado como Max Santos de Oliveira, foi morto por volta das 10h da manhã desta sexta-feira (11) no estacionamento do Colégio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro, no bairro Pernambués, em Salvador.

De acordo com informações iniciais, o suspeito de executar a vítima não estuda na unidade de ensino, mas teria acessado a área interna por meio dos portões do fundo da instituição.

“Eu ouvi muitos disparos, quase 10 eu acho. Foi bem barulhento, pensei que estava matando um monte de gente”, contou um homem que reside nas imediações do colégio.

Ao CORREIO, uma estudante relatou o desespero ao ouvir o barulho dos disparos. Ela conta que estava na sala de aula no momento em que a execução aconteceu. “Fiquei desesperada, entrei em pânico. Corri logo pro banheiro com medo de pegar. A gente estava na sala e foi um barulhão. Mesmo de longe, todo mundo ouviu”.

À TV Bahia, outros estudantes do colégio afirmaram que o responsável pela morte de Max é ex-aluno e teria entrado no local alegando que iria pegar documentos pendentes.

Amigos e familiares estiveram no local, mas não quiseram comentar o caso.

Investigação
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que determinou a apuração imediata e rigorosa do crime. De acordo com a pasta, a investigação está sob responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O texto destaca que, em 2021, o jovem já havia sido apreendido pela Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) por tráfico de drogas. A vítima também possuía passagem por posse ilegal de arma de fogo.

A Secretaria Estadual da Educação, também por meio de nota, lamentou o corrido e disse estar consternada com evento, assim como toda a comunidade escolar. As aulas na unidade de ensino foram suspensas.

"A direção da escola acionou o Serviço Móvel de Urgência (SAMU), a equipe da Polícia Militar e entrou em contato com a família. A equipe da SEC e psicólogos do órgão prestam atendimento à comunidade escolar e à família do rapaz", diz o comunicado.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) manifestou indignação com o crime e reforçou que a segurança nas escolas é uma pauta recorrente nas ações da entidade. "Quero lamentar a morte do estudante no Colégio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro, no Pernambués. Essa violência brutal prova que não temos segurança pública na Bahia. É lamentável que, em plena luz do dia, marginais possam penetrar em uma escola pública, que não possui segurança adequada, e cometer uma ação violenta como essa. A APLB vai exigir apuração rigorosa, bem como a segurança no local, além de prestar todo apoio à família do estudante", destacou Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB-Sindicato.

Publicado em Polícia