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O governador Jerônimo Rodrigues (PT) lamentou nesta segunda-feira (24) a morte de uma criança de 10 anos durante uma operação policial no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Ele acrescentou que determinou uma apuração em relação ao caso.

"Minha solidariedade, e de todo meu governo, a cada vida que a gente perde nesse estado e no nosso país. Não posso abrir mão dessa seriedade no tema da segurança pública. 7h30 eu já estava na Governadoria me reunindo com meu secretário da Segurança Pública, chefe da Casa Militar, Casa Civil, chefe de gabinete, secretário de Justiça e Direitos Humanos, para fazer uma agenda de um plano de trabalho para segurança pública. Aproveitamos e discutimos sobre esse fato. Determinei apuração, para que a gente possa entender, interpretar e levantar de fato o acontecido. Tanto meu secretário tomará as decisões em relação a isso, quanto se for preciso na Justiça pra gente ajudar a resolver o problema. Agora perda de uma criança, a vida, isso não se resolve com as decisões tomadas. É importante que a gente possa entender que é para que a gente possa evitar que isso possa acontecer com maior frequência", avaliou o governador.

O governador afirmou que na reunião de hoje também foram discutidos os dados apresentados pelo Anuário da Segurança Pública, que apontam a Bahia como tendo 4 das 5 cidades mais violentas do país, além de outros índices de violência preocupantes. Ele ressaltou que os números são de 2022 e diz que 2023 já vê um cenário diferente.

"Estamos dialogando sobre dados de 2022, que é o que a pesquisa apresenta. Nós já apresentamos também, através da Secom, dados dos meus 6 meses e 24 dias de governo. Os indicadores baixaram. Sei que teve indicadores em alguns municípios, Feira, Jequié, Juazeiro, Salvador, mesmo baixando os indicadores de letalidade, todos eles nós baixamos, somos apresentamos como municípios que ainda têm alto indíce. Eu reconheço. Uma, duas mortes que apareçam, é preocupação nossa", disse Jerônimo.

O político afirmou que tem se reunido com o governo federal e a Bahia vai receber orçamento para troca de equipamentos e também algumas câmeras para as fardas dos policiais. Além disso, a compra das câmeras pelo próprio governo estadual também segue em andamento, embora tenha sofrido um atraso.

"Tivemos o processo retardado das câmeras, porque a empresa que ganhou não entregou um documento. Na licitação, a exigência era que as empresas apresentem títulos de confiabilidade nacionais. Essa empresa apresentou internacional, não estava compatível com a licitação. Foi afastada, chamamos a outra, já estão apresentando a documentação exigida, a expectativa nossa é que a gente possa de imediato superar essa parte. A segunda empresa já disse que nos garante, não vamos aguardar tempo final, já vão apresentar assim que sair o resultado, se for a vencedora, para que já comece a fazer o calendário de entrega", destaca.

A previsão é de que o governo federal envie 200 câmeras. "Acredito que vai ser possível a gente entregar primeiro as câmeras nossas que as do governo federal, por conta do processo que está tramitando nacionalmente. Assim que chegar a gente vai começar a fazer uma escala a partir da demanda nossa, e nosso desenho estratégico, de por onde começaremos a entrega dessas câmeras para as fardas dos policiais", explica.

Morte de criança

O menino Gabriel Silva da Conceição Júnior, 10 anos, que morreu após ser atingido por bala perdida no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, na tarde de domingo (23), estava sentado no batente da porta de casa quando um tiro acertou o seu pescoço. De acordo com familiares, por volta das 16h, Gabriel tinha acabado de almoçar e pediu a mãe para ficar na frente da residência, observando a movimentação da rua.

Os familiares de Gabriel acusam agentes da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) pela morte do menino. De acordo com eles, PM's chegaram atirando na Avenida Costa, rua onde fica a casa da vítima. "Foi tudo muito rápido, as coisas estavam sossegadas e eles [policiais] chegaram atirando na rua, o que não deu qualquer chance de defesa dele porque todo mundo foi surpreendido porque até então estava tudo bem", fala Érica, tia de Gabriel.

Em nota, a Polícia Militar informou que uma equipe da 52ª CIPM fazia rondas quando encontrou um homem em atitude suspeita e que disparou contra os policiais. Depois, outros homens armados teriam se juntado a ele para atirar contra os PMs, que revidaram. Equipes da CIPT Rondesp RMS chegaram em apoio à 52ª CIPM e os indivíduos fugiram.

Quem estava no local contesta a versão da polícia, afirmando que não houve troca de tiros onde Gabriel foi atingido. "Não teve troca de tiro, quero ver o que eles vão falar. Vão dizer que a criança trocou tiro com eles? Chegaram atirando como sempre fazem aqui em Portão. Já é um bairro em que a polícia chega dessa forma aí, sem pensar em quem está no meio", completa Érica, que pede respostas sobre o caso.

No entanto, ele nao chegou a ficar nem um minuto por lá até ser baleado. "A mãe deixou ele sentar no meio-fio, mas foi com ele. Ficou na porta e, na hora que ele sentou, a gente ouviu o barulho e Gabriel já correu de volta para a mãe, pedindo por socorro. Foi quando percebemos que ele tinha um ferimento de bala no pescoço", relata Érica Santana, 25, tia da vítima.

Selma Santana, 51, é avó de Gabriel e conta que o menino não percebeu o que estava acontecendo e, por isso, não conseguiu se proteger. "Pela inocência dele, na hora que ouviu os tiros, ao invés de se abaixar, ele levantou com o susto. Como vinham atirando, uma das balas pegou no pescoço do meu neto, todos ficaram desesperados para socorrer ele que correu para os braços da mãe chorando", diz.

Ainda segundo familiares, o tiro teria atravessado a traquéia do menino. Apesar disso, Gabriel não morreu na hora e foi levado para o Hospital Menandro Farias, em Lauro de Freitas, onde teve uma parada cardíaca e foi reanimado. Por volta das 22h, foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE) onde teve uma segunda parada cardíaca e acabou não resistindo.

A morte de Gabriel deixou a família do pequeno desolada, afirma Selma. "Minha filha está acabada, sem conseguir processar o que aconteceu. Era um menino educado, tranquilo e que todos na família amavam. A gente não entende como uma coisa dessa pode ter acontecido com Gabriel, ele só queria ficar sentado na porta de casa", diz, sem conter as lágrimas.

Publicado em Polícia

O menino Gabriel Silva da Conceição Júnior, 10 anos, que morreu após ser atingido por bala perdida no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, estava sentado no batente da porta de casa quando um tiro acertou o seu pescoço. De acordo com familiares, por volta das 16h, Gabriel tinha acabado de almoçar e pediu a mãe para ficar na frente da residência, observando a movimentação da rua.

No entanto, ele nao chegou a ficar nem um minuto por lá até ser baleado. "A mãe deixou ele sentar no meio-fio, mas foi com ele. Ficou na porta e, na hora que ele sentou, a gente ouviu o barulho e Gabriel já correu de volta para a mãe, pedindo por socorro. Foi quando percebemos que ele tinha um ferimento de bala no pescoço", relata Érica Santana, 25, tia da vítima.

Selma Santana, 51, é avó de Gabriel e conta que o menino não percebeu o que estava acontecendo e, por isso, não conseguiu se proteger. "Pela inocência dele, na hora que ouviu os tiros, ao invés de se abaixar, ele levantou com o susto. Como vinham atirando, uma das balas pegou no pescoço do meu neto, todos ficaram desesperados para socorrer ele que correu para os braços da mãe chorando", diz.

Ainda segundo familiares, o tiro teria atravessado a traquéia do menino. Apesar disso, Gabriel não morreu na hora e foi levado para o Hospital Menandro Farias, em Lauro de Freitas, onde teve uma parada cardíaca e foi reanimado. Por volta das 22h, foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE) onde teve uma segunda parada cardíaca e acabou não resistindo.

A morte de Gabriel deixou a família do pequeno desolada, afirma Selma. "Minha filha está acabada, sem conseguir processar o que aconteceu. Era um menino educado, tranquilo e que todos na família amavam. A gente não entende como uma coisa dessa pode ter acontecido com Gabriel, ele só queria ficar sentado na porta de casa", diz, sem conter as lágrimas.

Os familiares de Gabriel acusam agentes da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) pela morte do menino. De acordo com eles, PM's chegaram atirando na Avenida Costa, rua onde fica a casa da vítima. "Foi tudo muito rápido, as coisas estavam sossegadas e eles [policiais] chegaram atirando na rua, o que não deu qualquer chance de defesa dele porque todo mundo foi surpreendido porque até então estava tudo bem", fala Érica, tia de Gabriel.

Em nota, a Polícia Militar informou que uma equipe da 52ª CIPM fazia rondas quando encontrou um homem em atitude suspeita e que disparou contra os policiais. Depois, outros homens armados teriam se juntado a ele para atirar contra os PMs, que revidaram. Equipes da CIPT Rondesp RMS chegaram em apoio à 52ª CIPM e os indivíduos fugiram.

Quem estava no local contesta a versão da polícia, afirmando que não houve troca de tiros onde Gabriel foi atingido. "Não teve troca de tiro, quero ver o que eles vão falar. Vão dizer que a criança trocou tiro com eles? Chegaram atirando como sempre fazem aqui em Portão. Já é um bairro em que a polícia chega dessa forma aí, sem pensar em quem está no meio", completa Érica, que pede respostas sobre o caso.

As investigações das circunstâncias da ação que acabaram na morte de Gabriel vão ser apuradas pela Polícia Civil (PC).

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