Quarta, 06 Novembro 2024 | Login

Um alto conselheiro do presidente da Ucrânia informou que a primeira rodada de negociações com a Rússia sobre o fim do conflito bélico na Ucrânia foi concluída e que mais negociações podem acontecer em breve.

Nesta segunda-feira, 28, Volodymyr Zelensky assinou um pedido formal de adesão de seu país à União Europeia, em uma tentativa de solidificar o vínculo da Ucrânia com o Ocidente.

O presidente ucraniano divulgou fotos de si mesmo assinando o pedido e seu escritório diz que a papelada está a caminho de Bruxelas, onde a União Europeia, que reúne 27 países, está sediada.

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A invasão da Ucrânia pela Rússia deve reforçar o quadro de estagflação no Brasil - ou seja, aumento da inflação com queda na atividade. E o efeito deve ser imediato, segundo economistas.

Armando Castelar, pesquisador associado da FGV/Ibre, diz que haverá reflexos nos preços de petróleo, combustíveis, trigo, pão e alimentos, que devem subir ainda mais. Nas suas contas, a projeção para inflação deste ano deve passar dos atuais 6% para um intervalo entre 6,2% e 6,3%. A previsão de crescimento do PIB, por sua vez, que era de 0,6%, deve recuar para algo entre 0,3% e 0,4%.

Castelar lembra que o resultado acima do esperado da prévia da inflação deste mês indica que talvez o Banco Central tenha de ir além do patamar de 12,25% para a taxa básica de juros (Selic). Com o conflito na Ucrânia, acrescenta, essa tendência ganha força. "Possivelmente, além da reunião (do Comitê de Política Monetária) de março e de maio, vai ter de subir juros em junho "

Na avaliação do economista e consultor Alexandre Schwartsman, o conflito entre Rússia e Ucrânia afeta produtos importados pelo Brasil, como petróleo, gás e trigo. Além disso, destaca ele, a pressão de alta do dólar também tem um efeito inflacionário. Ontem, a moeda americana subiu 2,02% ante o real. O dólar vinha experimentando nos últimos dias um movimento de baixa e chegou a cair abaixo de R$ 5,00.

Para Castelar, a primeira reação a choques deste tipo, tanto por parte de investidores do mercado financeiro como da economia real, é segurar os planos e aguardar. Esse tipo de choque também amplia a aversão ao risco e fortalece as aplicações em títulos americanos, considerados mais seguros.

Castelar frisa que o padrão histórico observado em choques provocados por conflitos internacionais mostra que eles são críticos num primeiro momento e, gradativamente, há uma acomodação. A tendência é de que fundamentos econômicos prevaleçam.

Diplomacia
Como o Brasil irá se posicionar na diplomacia com os EUA, China e Europa por causa da mudança na geopolítica mundial é o ponto crucial a ser acompanhado, na opinião do economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Dependendo da nova configuração, ela pode ter impacto nos investimentos no País.

Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores, alerta que o conflito pode piorar também o fluxo das cadeias globais, que estava afetado por causa da pandemia. Já a economista Zeina Latif, consultora econômica, diz que os impactos do ponto de vista financeiro ainda são incertos. Para ela, desde que o conflito não atinja maiores proporções, não será fator de volatilidade de curto prazo para o Brasil, exceto a pressão inflacionária.

A economista da Tendências, Alessandra Ribeiro, lembra ainda de uma questão setorial que pode afetar a economia nacional, que é a importação de fertilizantes da Rússia. Outro ponto, diz ela, é avaliar o impacto das sanções à Rússia na economia mundial, o que, sem dúvida, tem reflexo na atividade interna.

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O presidente russo Vladimir Putin iniciou, na madrugada desta quinta (24), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Explosões e movimentação militar foram registradas em diferentes cidades ucranianas. Putin disse às forças ucranianas que deponham as armas e voltem para casa.

“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, ameaçou.

Há relatos de explosões e ataques em Kiev e Kharkiv, onde Centros de comando militar atacados com mísseis, de acordo com a imprensa internacional. O aeroporto da capital foi esvaziado e teve os voos suspensos.

Os militares ucranianos estariam tentando uma reação. O presidente Zelensky pediu calma e instaurou lei marcial.

"Putin acaba de lançar uma invasão em grande escala da Ucrânia. Cidades pacíficas da Ucrânia estão sob ataque. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia se defenderá e vencerá. O mundo pode e deve parar Putin. A hora de agir é agora", disse o ministro de Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba.

Um conselheiro do ministro do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, disse que tropas russas desembarcaram na cidade de Odessa e cruzam a fronteira na cidade de Kharkiv.

De acordo com a CNN Brasil, A Ucrânia informou que pelo menos oito pessoas morreram e nove ficaram feridas.

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Um atirador matou ao menos oito pessoas e deixou outra várias feridas na manhã desta segunda-feira (20) em um campus universitário de Perm, na Rússia. Ele foi preso após o ataque.

"Um estudante que estava em um dos edifícios da universidade abriu fogo contra as pessoas ao seu redor", informou o Comitê de Investigação Russo, responsável pela investigação do caso.

"Em consequência, oito pessoas morreram e várias ficaram feridas", anunciou o comitê, que também disse que o atirador "ficou ferido durante a detenção, ao opor resistência". Não há detalhes sobre o seu estado de saúde.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o autor do ataque caminhando na direção da entrada do prédio e atirando.

Outras imagens mostram estudantes fugindo dos tiros e pulando pelas janelas do primeiro andar de um prédio do campus.

 

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O governo da Rússia ainda não enviou os dados da vacina Sputnik V à Organização Mundial de Saúde (OMS) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMA), equivalente da Anvisa para os países europeus. Técnicos das duas instituições já informaram ao governo russo que a ausência desses dados críticos impedem a avaliação da vacina contra a covid-19 produzida pelo Instituto Gamaleya.

Segundo informações internas das instituições, há ceticismo quanto a boa fé dos russos em relação ao processo de aprovação da vacina seguindo todos os protocolos científicos. Além da ausência de dados importantes e da dificuldade de acesso a estes, também há diversas incongruências nos documentos que foram apresentados até o momento.

Assim como a Anvisa, uma das principais preocupações do técnicos da OMS e da EMA é a presença de um adenovírus ativo na composição da Sputnik V, que poderia causar graves efeitos adversos em quem a vacina for inoculada.

Por fim, tanto a EMA quanto a OMS planejam uma visita às intalações de produção e envase da vacina russa para esclarecer as dúvidas que existem acerca do imunizante, além de vistorar as práticas sanitárias dos locais. Segundo o site O Bastidor, as visitas devem acontecer nos meses de maio e junho.

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