Vítimas de ataque a creche em Santa Catarina têm entre 4 e 7 anos
As crianças que morreram durante o ataque a uma creche em Blumenau, em Santa Catarina, têm entre 4 e 7 anos. Elas estavam em um parquinho no momento do ataque. Outras quatro crianças ficaram feridas e foram socorridas para um hospital.
As vítimas foram identificadas como Bernardo Cunha Machado, 5 anos, Bernardo Pabest da Cunha, 4 anos, Larissa Maia Toldo, 7 anos, e Enzo Marchesin Barbosa, 4 anos.
Segundo informações da polícia, pulou o muro da creche e iniciou o ataque contra as crianças. Depois, ele se entregou ao Batalhão da Polícia Militar.
Uma professora que trabalha na creche contou que trancou as crianças no banheiro para salvá-las do ataque. "Minha parceira de sala chegou correndo dizendo 'fecha a porta, fecha a janela porque um cara assaltou o posto'. Pensamos que era um assalto porque ele invadiu a escola, só que fechei os bebês no banheiro, depois vieram na porta dizendo que ele 'veio matando', ele foi no parque para matar. No parquinho, a turma do pré estava toda no parque fazendo uma roda de conversa. Ele tinha mais que uma arma", relatou a professora Simone Aparecida Camargo à NSC TV.
O ataque aconteceu na creche Cantinho Bom Pastar, no bairro Velha, na manhã desta quarta-feira (5). A polícia investiga a participação de outras pessoas.
"A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, que tem expertise na extração de dados de telefone e computadores. A gente quer identificar se tem mais algum participante. Se mais alguém participou. Como ele tramou esse plano. Onde ele obteve informações", disse o delegado-geral de Santa Catarina, Ulisses Gabriel.
Noite de terror: bandidos assaltam bancos e fazem reféns em Criciúma
Um grupo fortemente armado provocou uma onda de assaltos a bancos em Criciúma, no sudeste de Santa Catarina, no início desta terça-feira, 1º de dezembro. A polícia ainda não sabe quantos bandidos participaram da ação, que durou cerca de três horas, nem de onde eles são. As entradas da cidade foram bloqueadas pelos criminosos para evitar a chegada de reforço policial.
De acordo com o soldado Marques, relações públicas da 6ª região de Polícia Militar do Estado, os bandidos portavam fuzis .556 e .762 e atiraram muitas vezes nas ruas da cidade.
Os disparos atingiram vidraças de casas e apartamentos. Houve reféns, mas a polícia não soube precisar quantos.
Em vídeos compartilhados nas redes sociais, funcionários da prefeitura que estavam pintando faixas de trânsito na madrugada foram obrigados a sentar no meio da rua, formando uma espécie de "escudo humano" contra a ação policial.
A ação do grupo aconteceu principalmente no centro da cidade, onde os bancos são próximos uns dos outros. A polícia suspeita que eles tenham invadido agências da Caixa Econômica Federal, do Itaú, do Banco do Brasil e do Banrisul.
Os bandidos queimaram um veículo no túnel que liga Criciúma a Tubarão, bloqueando o contato terrestre com a capital Florianópolis e dificultando a chegada de reforço policial. Um caminhão foi incendiado na entrada de um quartel da Polícia Militar.
A cidade pediu reforço aos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque e Aéreo. Por enquanto, há dois feridos. Um deles é policial e está estável. O outro é um vigilante e não há informações sobre seu estado de saúde.
O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) postou um vídeo no Facebook afirmando que estava acompanhando o assalto "com muita preocupação" e que a cidade chegou a ficar sitiada. "É um assalto de grandes proporções com bandidos muito bem preparados" falou.
Ele pediu que a população não saia de casa. "Vamos deixar a polícia fazer o papel da polícia", disse.
Apesar dos apelos para que ninguém saia na rua, vídeos compartilhados nas redes sociais mostram moradores recolhendo o dinheiro que os bandidos deixaram para trás.
Antes de deixar a cidade, os bandidos colocaram explosivos em uma praça. A ação começou por volta da meia-noite e encerrou perto das 3 horas.
Segundo as autoridades, o grupo saiu de Criciúma em um comboio de carros de alto padrão que seguiu para o sul.