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Faltam 12 dias para o retorno das aulas presenciais na Universidade Federal da Bahia (Ufba), e o campus de Ondina, que reúne a maior parte dos cursos de graduação e pós da instituição, está com quatro edifícios no breu total. O Pavilhão de Aulas Glauber Rocha (antigo PAF III), o Instituto de Letras, o Restaurante Universitário (RU) e a Biblioteca Central Reitor Macedo Costa estão sem energia elétrica desde o dia 28 de dezembro do ano passado.

A causa da falta de luz, que já dura quase dois meses, é um problema em um cabeamento antigo, que alimenta os quatro prédios. “É uma fiação antiga, de muito tempo, quando a universidade não tinha a demanda de hoje. Ela [a fiação] que faz a distribuição dos quatro prédios até o poste na avenida Adhemar de Barros e veio a quebrar”, contou o coordenador administrativo do Instituto de Letras, Hugo Correia.

Os equipamentos do Instituto de Letras que precisam de energia são as luzes, bebedouros, ar condicionado, projetores, micro-ondas, elevador e computadores.

Para resolver o problema, Hugo Correia explica que é preciso comprar um novo cabo, ligando-o novamente ao poste da avenida principal. Porém, a Ufba já tinha um projeto de modernizar a rede elétrica do campus. “Uma série de subestações já foram construídas, apenas aguardando instalação da Coelba. Como a fiação que deu problema é antiga, não adianta consertar um cabo, que daqui a pouco teria que ser desativado, porque seus dias estavam contados. Então, o objetivo é ligar à subestação, que está mais próxima dos prédios, seria mais econômico”, acrescenta.

Correia ainda diz que, se o problema não for resolvido até o início das aulas, a Ufba vai instalar um gerador de energia. No ano passado, a Faculdade de Comunicação também teve um problema de energia em uma das subestações, mas que já foi resolvido.

Cabos novos
Em nota, a Ufba informou que um “problema técnico” na rede da Coelba causou a sobrecarga nos cabos de alimentação de energia do PAF III, Biblioteca Central, Instituto de Letras e Restaurante Universitário, “com dano permanente nos mesmos”.

Em conjunto, a Ufba e a Coelba chegaram à conclusão de que a “alimentação deve deixar de vir diretamente da rede externa da avenida Adhemar de Barros e passar a ser fornecida a partir da CTS 3 - Central de Tensão do campus de Ondina, que faz parte da rede integrada de energia recentemente implantada pela universidade e que já está sob a tutela da Coelba”, diz o texto da nota.

Ainda de acordo com a instituição de ensino, a Superintendência de Meio Ambiente e Manutenção (Sumai) providenciou a compra de novos cabos, demais equipamentos e acessórios, agora em fase de instalação. “Os cabos deverão ser energizados, normalizando o fornecimento de energia aos quatro prédios a partir da próxima semana, antes, portanto, do início do semestre letivo 2022.1”, finaliza o texto.

Desde o início da pandemia, as atividades acadêmicas presenciais nos campi da Ufba foram suspensas, salvo exceções. A instituição não respondeu sobre os valores dos cabos, o ano da fiação elétrica do campus e a quantidade de pessoas que frequenta os prédios atingidos.

Procurada, a Coelba informou que "o fornecimento de energia por parte da distribuidora para a Universidade Federal da Bahia está normal, sem ocorrências". Disse ainda que "reforça que não existem pendências com a Ufba".

Fontes ouvidas pela reportagem informaram que trata-se, de fato, de um problema interno da Ufba. A reportagem fez contato com 20 pessoas da comunidade acadêmica, entre estudantes, professores e funcionários, mas ninguém quis se pronunciar ou sabia detalhes do problema.

Estudantes temem volta às aulas sem RU
Os alunos da Ufba ouvidos pela reportagem não foram oficialmente comunicados da situação no campus de Ondina, mas não acreditam que o problema irá se resolver até 7 de março, no retorno do semestre letivo. “Se o RU não voltar quando voltarem as aulas híbridas, não vou conseguir me alimentar na faculdade, vou ter que me deslocar para outro lugar e vai ficar muito mais cansativo. Espero que haja uma solução, porque as aulas estão na porta”, afirmou o estudante Ruan Amorim, 22. Ele recebe bolsa alimentação e moradia da Ufba.

O único comunicado envolvendo o restaurante, segundo Amorim, foi uma pesquisa de intenção, divulgada também pelas redes sociais. Segundo a publicação, o formulário “subsidiará o planejamento da reabertura do Restaurante Universitário e seus Pontos de Distribuição observando o perfil de intenções e necessidades, bem como os protocolos sanitários para manter estudantes e trabalhadores a salvo do contágio por covid-19 e variantes”.

Sem energia, a estudante de Letras Aline Barreto, 32, não pode nem ter aula, porque todas as matérias são no final da tarde ou à noite. “O campus todo já é muito mal iluminado, principalmente aquela parte do PAF III. É um breu completo e seria impraticável ter aulas ali sem luz, não teria condição”, diz Aline.

A rotina do estudante do Bacharelado de Humanidades (BI), Hebert Souza, 22, também seria inviável. Ele almoça no RU, estuda na biblioteca à tarde e tem aulas no PAF III e PAF IV à noite. “Durante o dia, já tiveram situações de falta de luz em algumas salas específicas, mas como tem luz natural, era tranquilo. Só que para quem faz curso noturno, não teria como”, diz. Ele presenciou uma queda de energia na biblioteca em 2019, que durou cerca de cinco horas.

Publicado em Bahia

Uso obrigatório de máscara e atividades presenciais realizadas somente por pessoas que completaram o esquema vacinal. Essas são algumas das medidas que a Administração Central da Universidade Federal da Bahia (Ufba) vai apresentar ao Conselho Universitário (Consuni), em uma reunião virtual realizada nesta sexta-feira (12).

A proposta da universidade é que as aulas presenciais tenham início em março do ano que vem, mas as aulas online podem continuar para alguns estudantes da Ufba. Isso porque, ficará a encargo das Unidades Universitárias oferecer ou não componentes curriculares de maneira remota, a decisão dependerá do colegiado de cada curso. As eventuais matérias cursadas online serão aproveitadas e vão integrar o currículo do aluno.

No documento que será apresentado ao Consuni, que pode aprovar ou não a proposta, a Ufba propõe que só alunos que estiverem em condições de risco devem ter direito ao regime de aulas online. As situações especiais que possibilitariam os estudantes a não realizarem as atividades presenciais são: ter alguma doença grave, contra-indicação que impeça a vacinação contra a covid-19, ter filho em idade escolar que esteja apenas com aulas online, estar encarregado de cuidado de alguém que necessite atenção especial e estar em período de gestação ou lactação.

O presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), Emanuel Lins, no entanto, afirma que as aulas online serão exceção e que essa dinâmica estará sujeita à disponibilidade dos professores. Os docentes também podem optar pelas aulas remotas caso se enquadrem nas situações listadas acima.

O semestre presencial, que deverá ser anunciado após um ano e sete meses da universidade com as portas fechadas, vai trazer outras novidades para os alunos. Diferentemente do que aconteceu no semestre suplementar em 2020, em que o aluno poderia trancar a matéria em qualquer momento do curso, em 2022 só será possível pedir o trancamento de um componente curricular até, no máximo, serem completados dois terços do semestre, ou seja, até junho.

Também em caráter excepcional, no semestre de retomada presencial, será permitido que os alunos ultrapassem o limite de 20% da carga horária total do curso em atividades não presenciais. No documento, a Ufba reitera que o ensino presencial é imprescindível para a formação de estudantes da graduação e da pós.

“A nossa perspectiva não é voltar como se estivéssemos em condições normais, voltaremos em caráter especial. Estabelecer regras sanitárias como uso de máscaras, distanciamento social e, especialmente, passaporte de vacina é essencial', defende Lins.

A proposta é apresentada no momento em que a pandemia desacelera em todo o Brasil, inclusive na Bahia. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 485 novos casos de covid-19 e cinco mortes foram registrados nas últimas 24 horas. O estado possui atualmente 215 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados por pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

Os alunos não serão os primeiros a retomarem as atividades na universidade. Desde o início deste mês, 1.295 servidores administrativos da Ufba estão voltando ao trabalho. O uso de máscaras e o distanciamento social são obrigatórios, além disso, os funcionários devem ter tomado as duas doses ou a dose única da vacina contra a covid-19. Segundo o Comitê de Assessoramento do Coronavírus da Ufba, as atividades estão sendo retomadas de maneira gradual.

A reportagem procurou a Reitoria da Universidade Federal da Bahia para comentar a proposta que será apresentada na reunião, mas não obteve retorno. A Pró-Reitoria e a assessoria de comunicação da Ufba informaram que não iriam comentar o teor do documento antes que ele fosse aprovado pelo Conselho Universitário. A reportagem também tentou contatar o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia (Assufba), mas não obteve resposta.

Animação e incertezas
A possibilidade do retorno das aulas presenciais na Ufba, seguindo protocolos sanitários, tem sido recebida com animação, mas também com receio pelos estudantes. Laisa Gama é estudante do quarto semestre de jornalismo da Ufba. Para ela, que está morando em Irecê, no interior do estado, desde que a pandemia começou, a volta às aulas é um alívio.

“Eu gostei muito da ideia de voltarmos, sinto falta da vivência universitária. É muito diferente assistir às aulas pelo computador do que ir até a universidade, abrir o caderno e prestar atenção de fato”, afirma.

Laisa Gama é uma das estudantes que se sente segura em retornar para as atividades presenciais por conta do avanço da vacinação: “Se todo mundo tiver respeitando as normas, usando máscara e fazendo o distanciamento, acho que pode sim ser seguro”.

Já Suelen Melis, estudante do oitavo semestre de fonoaudiologia da Ufba, mesmo depois de já ter completado o ciclo de imunização, tem medo de como será a dinâmica quando os estudantes voltarem ao campus. “Eu ainda não me sinto 100% segura para voltar. Apesar de sentir muita falta das aulas presenciais, eu tenho receio se os protocolos vão ser seguidos pela instituição e por todos os alunos”, revela.

Sobre as aulas remotas em um curso de saúde, Suelen Melis conta que se acostumou com as aulas online: “Apesar de ter me adaptado ao ensino remoto e achar eficiente até certo ponto, devido ao fato do meu curso ser da área de saúde, eu compreendo a necessidade de voltar a ter aulas presenciais, principalmente as aulas práticas que fazem diferença na formação”.

Veja os principais pontos da proposta da Ufba para o retorno das aulas presenciais:

- O semestre deve ser presencial e não híbrido;
- Aulas remotas serão a exceção para alunos e professores que estiverem em situações especiais;
- Quem decide quais matérias serão oferecidas online são os colegiados de cada curso;
- Pessoas que apresentarem sintomas de covid=19 devem informar à direção e ficar em casa, cumprindo o isolamento;
- Será permitido ultrapassar o limite de 20% da carga horária total em atividades remotas;
- Componentes curriculares poderão ser trancadas até dois terços do semestre.

Publicado em Bahia

Um grupo de criminosos invadiu um matagal que faz parte da área da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador, na tarde desta terça-feira (27), após a chegada de policiais militares que verificavam uma denúncia de moradores do Calabar, comunidade que fica ao lado da instituição, sobre a presença de bandidos armados.

Moradores do entorno dos campi de Ondina e de São Lázaro, na Federação, relataram ter ouvido tiros na região, mas ainda não há informações sobre vítimas.

Após a fuga para o interior da área federal, a Polícia Militar enviou viaturas para cercar os campi. Enquanto isso, um helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) sobrevoava a região, a fim de localizar o esconderijo dos suspeitos.

A reportagem tentou ouvir as assessorias da Ufba e também da Polícia Federal, por se tratar de uma área federal, mas sem sucesso. Mais informações em instantes.

Publicado em Polícia

O ex-governador Roberto Santos, de 94 anos, faleceu na tarde desta terça-feira (9), em Salvador. A informação foi confirmada pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), instituição da qual ele foi reitor.

“Informo aos membros da comunidade UFBA que Dr. Roberto Santos, nosso ex-reitor e nosso grande amigo, acaba de falecer. A UFBA, mais uma vez, está de luto. Expresso aqui nossos sentimentos mais profundos”, informou o atual reitor, João Carlos Salles.

O CORREIO apurou que o ex-governador e ex-ministro estava internado há cerca de duas semanas para tratar uma infecção urinária e complicações pulmonares, e chegou a ser internado na UTI do Hospital Aliança. Ainda não há informações sobre dia e local do sepultamento.

Roberto Figueira Santos era filho de outro ex-reitor, Edgar Santos, com Carmen Figueira Santos. foi o 38.º governador da Bahia, com mandato entre março de 1975 e março de 1979.

Dias antes de deixar o cargo, inaugurou o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), um dos maiores hospitais públicos da Bahia.

Formação
Natural de Salvador, ele se formou em Medicina na própria Ufba. Logo após formado, obteve bolsa na Fundação W. K. Kellogg, o que lhe permitiu viajar para os Estados Unidos onde, durante quase três anos frequentou hospitais das universidades de Cornell, Michigan e Harvard.

Além de completar a sua formação no campo da Clínica Médica, participou de pesquisas sobre o metabolismo hidromineral no Massachusetts General Hospital, sob a orientação do professor Alexander Leaf.

De volta a Salvador, passou a trabalhar em regime de dedicação exclusiva no Hospital das Clínicas, hoje designado Hospital Universitário Professor Edgar Santos (Hupes), que homenageia seu pai. Iniciou a carreira de magistério como assistente da 1ª Clínica Médica.

Academia
Obteve o título de Doutor em Ciências Médico-Cirúrgicas mediante defesa de tese submetida à Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia.

Submeteu-se a concurso para a docência-livre e conquistou, também mediante concurso de títulos e provas, a cátedra de Clínica Médica da mesma Faculdade.

No exercício da cátedra criou o programa de residência médica do norte-nordeste do País e liderou alteração no currículo do curso de Medicina, com o intuito de evitar a especialização precoce, muito frequente até então. E defendeu a inclusão do ensino da sociologia médica aos estudantes, ainda no início da formação profissional. Pelo interesse revelado nos problemas da formação de médicos, foi eleito Presidente da Associação Brasileira de Educação Médica.

Em 1963, casou-se com a Senhora Maria Amélia Menezes Santos. O casal tem seis filhos.

Em 1967 foi nomeado reitor da Universidade Federal da Bahia para um mandato de quatro anos, durante o qual dedicou especial atenção à reforma da estrutura universitária nos termos do Decreto-Lei 53, de 1966, e de documentos legais subsequentes.

Planejada e executada no intuito de promover a intensificação do ensino e da pesquisa nos setores básicos do conhecimento, a nova estrutura possibilitou, nas últimas quatro décadas, a criação da vigorosa rede de pós-graduação, simultânea com o grande desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica nas universidades.

Carreira política
Entre 1964 e 1964, Roberto Santos exerceu o cargo de membro do Conselho Federal da Educação, tendo sido Presidente do mesmo órgão de 1971-1974.

Em 1975 assumiu o Governo do Estado da Bahia, com mandato de quatro anos. Sua gestão foi marcada por grande ênfase na atenuação dos imensos problemas sociais da população do Estado.

A rede pública de atenção à saúde foi consideravelmente ampliada e foram muito aumentadas as oportunidades de matrículas no ensino médio profissionalizante. Implantou o primeiro Museu de Ciência e Tecnologia do País.

No campo da Economia, deu prosseguimento à construção do Polo Petroquímico de Camaçari, iniciada em 1971 por seu antecessor, Antonio Carlos Magalhães, e entregou o complexo em 1978. Também trabalhou pelo fomento do turismo com a construção do Centro de Convenções da Bahia, contribuiu para a modernização da agricultura construindo o Parque de Exposições de Animais e intensificando a cultura no café no Estado.

Na área da infraestrutura, construiu rodovias de fundamental importância e aumentou consideravelmente a eletrificação rural em várias regiões do Estado. No começo da década de 1980, em estreita colaboração com Tancredo Neves, organizou o Partido Popular na Bahia.

No início do governo de José Sarney, em 1985, assumiu a Presidência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Pouco mais de um ano depois, foi nomeado ministro da Saúde, cargo que ocupou entre os anos 1986 e 1987. Em seguida, representou o Brasil na Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, durante três anos.

Eleito deputado federal pelo Partido Social da Democracia Brasileira (PSDB), exerceu o mandato de 1995-1999, findo o qual reuniu seus pronunciamentos em volume intitulado Um mandato parlamentar a serviço das causas sociais.

Em seguida, afastou-se da militância política para dedicar-se a iniciativas de natureza cultural.

Em 2004, foi eleito Presidente da Academia de Educação da Bahia, além de participar ativamente da Academia de Letras da Bahia (ALB) e da Academia de Medicina, e de Comissões ligadas à Reitoria da Universidade Federal da Bahia. Na ALB, ocupava a cadeira de nº 26. Com informações da ALB.

Publicado em Bahia

O Diário Oficial da União publica, nesta quarta-feira (2), portaria do Ministério da Educação (MEC), determinando que instituições federais de ensino superior voltem às aulas presenciais, a partir de 4 de janeiro de 2021. Para isso, as instituições devem adotar um "protocolo de biossegurança", definido na Portaria MEC nº 572, de 1º de julho de 2020, contra a propagação do novo coronavírus (covid-19).

O documento estabelece ainda a adoção de recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais, que deverão ser “utilizados de forma complementar, em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas”.

O texto da portaria diz, também, que as “práticas profissionais de estágios ou as que exijam laboratórios especializados, a aplicação da excepcionalidade”, devem obedecer as Diretrizes Nacionais Curriculares aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), “ficando vedada a aplicação da excepcionalidade aos cursos que não estejam disciplinados pelo CNE”.

O documento estabelece, que, especificamente, para o curso de medicina, "fica autorizada a excepcionalidade apenas às disciplinas teórico-cognitivas do primeiro ao quarto ano do curso, conforme disciplinado pelo CNE".

Ufba não voltará
Ao receber a informação, o reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles, se manifestou e informou que a instituição não obedecerá à determinação e que as aulas seguirão acontecendo de forma online até segunda ordem, por conta do coronavírus.

"Nossa Universidade não colocará em risco a vida de nossa comunidade, nem deixará de cumprir, com autonomia, sua missão própria de ensino, pesquisa e extensão. Só nos cabe assim reiterar os termos de nossa Resolução 04/2020, que bem expressa nosso zelo e nossa responsabilidade acadêmica e institucional", diz trecho da nota.

Já a Assufba, sindicato que representa a Ufba, UFRB, Ufob, Unilab e Ufsb, publicou uma nota de repúdio à decisão do MEC. "O Sindicato considera a atitude do governo Bolsonaro irresponsável, equivocada e perigosa. A pandemia causada pelo novo coronavírus ainda não acabou e a vacinação contra a Covid-19 não tem data para começar no Brasil. Além disso, com um quadro crescente, o Brasil acumula, até a tarde desta terça-feira (01/12), 173.862 mortes.

Desde o começo da pandemia, 6.388.526 casos já foram confirmados. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 38.154 novos diagnósticos por dia, a maior desde 6 de setembro, quando chegou a 39.356. Isso quer dizer que houve alta de 35% em relação aos casos registrados em duas semanas".

O documento lembra ainda que, com o crescimento dos casos, o país vive uma segunda onda da Covid-19. "Em paralelo, o governo Bolsonaro não coloca em prática ações capazes de frear a disseminação da doença. O retorno às aulas presenciais sem a garantia de um amplo Plano de Vacinação é colocar em risco Técnicos-Administrativos em Educação, Professores, Prestadores de Serviços e Estudantes. É inaceitável!".

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