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A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Norma Cavalcanti, instituiu uma comissão para atuar no acompanhamento das investigações do Inquérito Policial Militar da morte do policial Wesley Soares Góes, ocorrida neste domingo (28).

A comissão foi publicada pela PGJ no Diário Oficial desta terça-feira (30) e será composta pelos promotores de Justiça Ana Rita Cerqueira, titular da 4ª Promotoria de Justiça do Tribunal de Júri - 1ª promotora de Justiça da capital; Maurício Lima, titular da Promotoria de Justiça Militar - 3º promotor de Justiça da capital; e Luciano Santana, titular da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial, Defesa Social e Tutela Difusa da Segurança Pública - 3º promotor de Justiça da capital.

O caso
O soldado Wesley era integrante da 72ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), de Itacaré, no sul da Bahia, e chegou à capital baiana na manhã deste domingo. Os primeiros disparos de fuzil de Wesley aconteceram na Avenida Centenário, próximo ao 5º Centro de Saúde Clementino Fraga, relataram testemunhas.

A perseguição policial teve início no local até chegar ao Farol da Barra, por volta das 14h. Lá, Wesley desceu do próprio carro com um fuzil à mão. Pouco depois, começou a efetuar os disparos. Não há registro de outros feridos. Segundo a SSP-BA, ele teve um “surto psicológico”. De acordo com a Polícia Militar (PM), o rapaz demonstrava "descontrole emocional". Um especialista em gerenciamento de crise do Bope também esteve no local, para tentar uma negociação.

Antes de invadir o gramado em frente ao Farol da Barra com uma Renault Duster marrom, o policial que deu tiros para o alto foi seguido por viaturas da Polícia Militar. A perseguição começou na Avenida Sete de Setembro e encerrou apenas no ponto turístico de Salvador.

Ao chegar ao Farol, ele pintou o rosto de verde, entoou palavras de ordem e disparou dezenas de vezes. No fim da tarde, ele chegou a empurrar viaturas da polícia para longe dele - uma delas quase bateu contra um muro.

O policial militar ainda jogou no mar bicicletas e itens de vendedores ambulantes que trabalhavam no local.

Diversas equipes foram mobilizadas para conter o suspeito e isolar as ruas que davam acesso ao Farol. Além do Batalhão de Operações Policiais Especiais, foram enviadas equipes do Batalhão de Choque, Esquadrão Águia e da 11ª CIPM.

Publicado em Justiça

Após mais de 24 horas do policial Wesley Soares ter dado os primeiros tiros para cima no Farol da Barra, o governador Rui Costa (PT) publicou um vídeo em suas redes sociais lamentando a morte do militar. Rui disse lamentar profundamente o desfecho da operação que tentava controlar o agente em aparente “descontrole emocional”.

“Quero lamentar profundamente o fato ocorrido neste domingo e ao mesmo tempo manifestar meus sentimentos à família do policial envolvido. Também quero estender minha solidariedade a todos os policiais que participaram da operação e colocaram suas vidas em risco”, afirmou.

O governador aproveitou para criticar a repercussão negativa do caso e afirmou que tem sofrido ataques e ameaças. “O final de semana foi de ataque a mim e a governadores e prefeitos do Brasil inteiro, mas não iremos nos intimidar com mentiras e ameaças. Reafirmo meu compromisso com o enfrentamento da pandemia e com a saúde e a vida dos baianos e baianas”.

“Continuaremos lutando dia após dia por mais vacina. Vacina para policiais militares e civis, para guardas municipais e para trabalhadores da educação. Vamos continuar trabalhando pela paz em nosso país, pelo desenvolvimento, pela harmonia e pelo respeito às leis e à constituição”, concluiu.

O caso
O soldado Wesley é integrante da 72ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), de Itacaré, no sul da Bahia, e chegou à capital baiana na manhã deste domingo. Os primeiros disparos de fuzil de Wesley aconteceram na Avenida Centenário, próximo ao 5º Centro de Saúde Clementino Fraga, relataram testemunhas.

A perseguição policial teve início no local até chegar ao Farol da Barra, por volta das 14h. Lá, Wesley desceu do próprio carro com um fuzil à mão. Pouco depois, começou a efetuar os disparos. Não há registro de outros feridos. Segundo a SSP-BA, ele teve um “surto psicológico”. De acordo com a Polícia Militar (PM), o rapaz demonstrava "descontrole emocional". Um especialista em gerenciamento de crise do Bope também esteve no local, para tentar uma negociação.

Antes de invadir o gramado em frente ao Farol da Barra com uma Renault Duster marrom, o policial que deu tiros para o alto foi seguido por viaturas da Polícia Militar. A perseguição começou na Avenida Sete de Setembro e encerrou apenas no ponto turístico de Salvador.

Ao chegar ao Farol, ele pintou o rosto de verde, entoou palavras de ordem e disparou dezenas de vezes. No fim da tarde, ele chegou a empurrar viaturas da polícia para longe dele - uma delas quase bateu contra um muro.

O policial militar ainda jogou no mar bicicletas e itens de vendedores ambulantes que trabalhavam no local.

Diversas equipes foram mobilizadas para conter o suspeito e isolar as ruas que davam acesso ao Farol. Além do Batalhão de Operações Policiais Especiais, foram enviadas equipes do Batalhão de Choque, Esquadrão Águia e da 11ª CIPM.

Publicado em Bahia

Durante quase quatro horas, o policial militar Weslei Soares bloqueou a frente do Farol da Barra, em Salvador, e efetuou dezenas de disparos de fuzil para cima, até o início da noite deste domingo (28). Cercado pela polícia, o PM foi baleado por colegas. Ele foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou por uma cirurgia. O estado de saúde dele não foi divulgado.

O policial foi atingido em pelo menos três regiões do corpo, incluído tórax e abdômen. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), às 18h35, o soldado afirmou que “havia chegado o momento, fez uma contagem regressiva e iniciou disparos contra as equipes do Bope”. Os policiais, então, dispararam dez vezes contra Weslei. “No momento que caiu ao chão ele iniciou uma série de disparos contra os policiais, que novamente tiveram a necessidade de realizar disparos, e, quando ele cessou a agressão, os policiais chegaram perto para utilizar o resgate”, declarou Capitão Luiz Henrique, o negociador.

O comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), major Clédson Conceição, afirmou que os policiais buscaram utilizar técnicas de negociação e impedir um confronto, mas que Weslei “atacou as equipes”. “Além de colocar em risco os militares, estávamos em uma área residencial, expondo também os moradores", justificou. Conceição disse que tentaram fazer com que Weslei se estregasse, mas que “essa negociação alternava em picos de lucidez com loucura. Ele não falava coisas com sentido, estava bastante transtornado”.

Repórteres e cinegrafistas que estavam no local foram ameaçados por policiais, após Weslei ser baleado. Eles disparam para cima, para dispersar a imprensa - o momento foi capturado num vídeo. A PM não se manifestou a respeito até o fechamento da reportagem. Moradores do bairro acompanharam a ação e divulgaram vídeos da chegada do PM Weslei até ele ser baleado e socorrido pelo SAMU até o HGE.

O soldado Weslei é integrante da 72º Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), de Itacaré, no sul da Bahia, e chegou à capital baiana na manhã deste domingo. Os primeiros disparos de fuzil de Weslei aconteceram na Avenida Centenário, próximo ao 5º Centro de Saúde Clementino Fraga, relataram testemunhas.

A perseguição policial teve início no local até chegar ao Farol da Barra, por volta das 14h. Lá, Wesley desceu do próprio carro com um fuzil à mão. Pouco depois, começou a efetuar os disparos. Não há registro de outros feridos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), ele teve um “surto psicológico”.

Em nota, a PM escreveu que “lamenta pela ocorrência crítica envolvendo um integrante da corporação” e que todas as medidas foram adotadas em prol “do objetivo principal, que é a preservação de vidas”

Os policiais que participaram da ação afirmaram que o PM demonstrava “descontrole emocional”. Ao longo da tarde, ele pintou o rosto de verde, entoou palavras de ordem, efetuou dezenas de disparos e chegou a jogar bicicletas e o material de trabalho de vendedores ambulantes no mar. Um especialista em gerenciamento de crise do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e um psicólogo da equipe do Departamento de Promoção Social também estiveram no local, para tentar uma negociação. A área foi isolada e bloqueada. O trânsito já foi normalizado.

 
 
 
 
Publicado em Polícia