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Bahia com Tudo

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Começar o dia com um pão quentinho e a manteiga derretendo, acompanhados de um cafezinho, tem o seu lugar. Quer dizer, tinha. Isso porque a alta constante do preço da cesta básica não deu sossego nem para o café da manhã. De acordo com dados mensais da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no último mês, Salvador foi a cidade que registrou o maior aumento no valor da manteiga entre todas as capitais pesquisadas do país, chegando a 9,27%.

A psicóloga Gustavia Varjão, 25 anos, fez mudanças radicais no desjejum. Nem o café escapou: “Compramos pelo preço. O mais barato é o escolhido e também diminuímos a quantidade de colheres para uma garrafa, comparado ao que usávamos habitualmente. Com essas medidas, a diferença no carrinho chegou a R$ 200”, conta.

Salvador também registrou o segundo maior aumento no leite integral, produto que o consumidor está pagando 35,23% a mais. Sobrou até para o nosso pão francês de cada dia, que já acumula uma alta de 28,30% nos últimos 12 meses. E o impacto do desjejum nas alturas tem sido mesmo indigesto para o bolso.

A supervisora técnica regional do Dieese-BA, Ana Georgina Dias, destaca o que mais chama atenção nesse momento é a combinação de fatores, que vão desde a questão da oferta reduzida até o aumento do custo de produção para alguns desses produtos.

No caso do leite e dos seus derivados, por exemplo, a extensão do período de entressafra, devido ao clima seco e à ausência de chuvas, somada ao aumento do custo de medicamentos e alimentação do rebanho fizeram com que o consumidor realmente pensasse duas vezes antes de colocar o produto no carrinho do supermercado.

“Teoricamente, com o fim do período da entressafra até agosto, o preço do leite e dos laticínios já deveria começar a apresentar uma tendência de queda. No entanto, tem a questão do custo da produção mais elevado. Então, a gente já não consegue mais fazer uma estimativa de quando isso ainda vai demorar”, comenta.

Será que há esperança de pagar menos pelo pão ou o café? Mais um prognóstico difícil, ainda de acordo com Georgina. Apesar de nós importarmos o trigo da Argentina, a guerra da Rússia e Ucrânia – dois importantes produtores mundiais - causou uma redução na oferta e elevou o preço.

“A tendência é que, com o escoamento das produções desses países, sua oferta no mercado internacional comece a se regularizar. Mas também não podemos esquecer que toda importação do trigo é feita em dólar. Então, tem aí também a questão do câmbio. No caso do café, a mesma coisa: uma oferta menor em termos globais elevou o preço. O Brasil é um dos grandes exportadores de café. Só a próxima safra vai decidir se realmente haverá essa queda”, afirma Ana Dias.

O jeito é mesmo buscar alternativas ou trocar os produtos por marcas mais baratas, movimento que o consumidor já está acostumado - e cansado - de fazer. “O preço dos produtos que compõem o café da manhã está em alta já há algum tempo. Está tudo muito caro de forma generalizada. E aí, infelizmente, as pessoas reduzem a quantidade consumida, opta por marcas mais inferiores, tenta colocar no orçamento para fazer caber esses preços."

‘Nem queijo eu compro mais’
A enfermeira Aline Soares da Silva, 40 anos, tem também suas estratégias. Reduziu pela metade o consumo de laticínios.

“Eu comprava a caixa fechada de litro de leite. Agora compro metade. Se antes eu gastava com os itens de café da manhã entre R$ 50 e R$ 60, hoje isso pulou para R$ 150. O jeito foi substituir leite por suco de frutas, usar menos manteiga no pão e laticínios de forma geral”.

No caso da professora Ana Maria Oliveira, 62 anos, o café agora é com mais banana-da-terra e batata-doce no lugar do pão. “Nem queijo, eu compro mais. Nunca mais comprei leite em pó. Antes eu ia ao supermercado sem me importar em conferir os preços. Comprava o que eu precisava. Hoje a gente vai fazendo sorteio do que vai ser possível realmente levar para casa”, afirma.

Ainda de acordo com o levantamento feito pelo Dieese, em julho deste ano, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 120 horas e 37 minutos – sete horas a mais do que a jornada necessária no mesmo período do ano anterior, que ficou em 113 horas e 19 minutos. O trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, no último mês, 59,27% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. Em Salvador, o valor da cesta básica chega a R$ 586,54 - alta de 21,54% no acumulado de 12 meses.

Para o economista e educador financeiro Edísio Freire, com uma inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/ IBGE) chegando a dois dígitos (11,89%) no acumulado de 12 meses, de um jeito ou de outro é a população quem paga mesmo a conta.

“Cada ida ao supermercado vai exigir a compra somente do necessário de maneira bem fracionada. Por força da alta nos preços, estamos vivenciando com coisas não vistas como produtos em reduflação com a quantidade comercializada reduzida, itens sendo vendidos com qualidade inferior. É preciso ficar atento e modificar hábitos de consumo.”

O também economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-BA), Edval Landulfo, concorda: “É apertar os cintos e buscar alternativas. Preparar um café matinal com mais frutas da época, fazer suco com elas, reduzindo um pouco a quantidade de café e leite. Buscar as raízes como o inhame. Fazer pesquisa, tentar aproveitar as promoções de alguns produtos porque não atravessamos ainda toda a turbulência causada nesse mercado de gêneros alimentícios”, aconselha.

Variação de preço dos itens de café da manhã na Bahia*

1. Leite integral (litro): Entre R$ 5 e R$ 10,99

2. Queijo mussarela (quilo): Entre R$ 27,99 e R$ 111,99

3. Manteiga (500 gramas): Entre R$ 8,89 e R$ 41,98

4. Café (250 gramas): Entre R$ 2,99 e R$ 28,99

5. Pão francês (quilo): Entre R$ 6,99 e R$ 27,19

* Pesquisa realizada no site Preço da Hora, da Secretaria da Fazenda do Governo do Estado, na tarde do dia 7 de agosto

As micro e pequenas empresas (MPE) puxaram a criação de empregos formais no primeiro semestre. Dos cerca de 1,33 milhão de postos de trabalho formais criados no Brasil de janeiro a junho, 961,2 mil, o equivalente a 72,1% do total, originaram-se em pequenos negócios.

A conclusão consta de levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência. O desempenho das MPE é bastante superior ao das médias e grandes empresas, que abriram 279,1 mil vagas nos seis primeiros meses de 2022.

Apenas em junho, os negócios de menor porte foram responsáveis pela abertura de 63,6% das vagas formais no mês, com 176,8 mil de um total de 277,9 mil postos de trabalho criados no mês passado. As médias e grandes empresas abriram 73,9 mil vagas (26,6% do total).

Setores
Na divisão por setores da economia, os pequenos negócios apresentaram saldo positivo na criação de empregos em todos os segmentos no acumulado do ano. O destaque entre as micro e pequenas empresas é o setor de serviços, que gerou 533 mil vagas. Apenas em junho, o segmento abriu 78 mil postos.

A construção e a indústria da transformação aparecem na segunda e na terceira posições, com 168,8 mil e 126,3 mil empregos gerados, respectivamente. No comércio, as MPE criaram 90,6 mil postos de trabalho de janeiro a junho. As médias e grandes empresas, em contrapartida, fecharam 42,8 mil vagas no período.

A petroquímica Braskem inaugurou seu 1º Centro de Desenvolvimento de Embalagens para Economia Circular do Brasil. Denominado Cazoolo, o espaço é localizado na cidade de São Paulo e recebeu investimentos de R$ 20 milhões.

De acordo com a empresa, o centro funcionará como um hub de inovação voltado a todo o processo produtivo, desde a concepção das embalagens até o pós-consumo. Clientes, designers, startups e universidades poderão criar e cocriar projetos visando a completa circularidade e o menor impacto ambiental de seus produtos.

“O Cazoolo é o primeiro hub de inovação gratuito com foco no desenvolvimento de embalagens circulares do Brasil. A Braskem quer reunir todos os elos da cadeia produtiva a fim de reduzir impactos ambientais, potencializar inovações com tecnologia e criar soluções sustentáveis a partir do plástico”, afirma Yuri Tomina, líder do centro inaugurado.

Após meses de espera e especulações, o pré-candidato da União Brasil ao governo do estado, ACM Neto, anunciou na quinta-feira (4) o nome da empresária Ana Coelho para a vaga de vice. Sem trajetória na política e recém-filiada ao Republicanos, a CEO da TV Aratu completa a chapa majoritária liderada por Neto, composta também pelo deputado federal Cacá Leão (PP), que concorrerá ao Senado, e acrescenta representatividade feminina no bloco formado pela União Brasil para a disputa. Caso seja eleita, Ana Coelho será a primeira a assumir o cargo de vice-governadora na Bahia.

A pré-candidata a vice tem 40 anos, é formada em Comunicação Social, com ênfase em Publicidade e Propaganda, e ocupa atualmente cargo de liderança na afiliada do SBT na Bahia. Ana Coelho atua, desde 2017, como presidente da Associação Baiana do Mercado Publicitário (ABMP), tendo sido a primeira mulher a ocupar o cargo. A empresária também fundou a Associação de Jovens Empreendedores da Bahia (AJE).

Durante a entrevista coletiva realizada na sede da União Brasil, a empresária disse que não tinha grandes pretensões políticas até então, mas que é movida por novos desafios e que está confiante de que vai contribuir com o plano de governo. Apesar de vários nomes terem sido ventilados para ocupar a posição de vice, Ana Coelho foi indicada para a chapa pelo deputado federal e presidente do Republicanos na Bahia, Márcio Marinho.

“Sou uma pessoa que gosta de sair da zona de conforto e de me sentir desafiada. Eu falei para ele [ACM Neto] que se eu fosse [disputar], iria com unhas e dentes. Vou ajudar, meter a mão na massa e trabalhar. Eu me sinto muito realizada e honrada”, afirmou Ana Coelho logo após o anúncio.

A empresária é mãe de três filhos, de idades de 3, 10 e 13 anos, e é casada com o deputado estadual Tiago Correia (PSDB), aliado de ACM Neto. Ela também é sobrinha de Nilo Coelho, ex-governador do estado e atual prefeito de Guanambi, no sudoeste da Bahia.

Ana Coelho revelou que tem o apoio dos filhos para a disputa. “Sou muito feliz como mãe e como executiva, mas não seria uma mãe feliz se estivesse só dentro de casa. Preciso de mais e estar aqui é mais”, falou. “Conversei com meus filhos, é um sacrifício para a família, mas ao mesmo tempo é um grande exemplo de dedicação e trabalho”, completou.

Apesar de não ser ativa nas redes sociais, em sua breve autodescrição no perfil do LinkedIn, define-se como alguém que adora sair da zona de conforto: “Sentir que estou aprendendo algo novo e evoluindo”, escreveu. É ainda triatleta Iroman. Ela também tem formação em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, além de curso na mesma área na Harvard Business School (Estados Unidos).

Contribuição

ACM Neto explicou o porquê de ter escolhido Ana Coelho como pré-candidata a vice-governadora. Segundo o ex-prefeito da capital, a decisão demonstra a “presença forte” de mulheres em sua pré-candidatura e no plano de governo. “As mulheres têm uma sensibilidade principalmente para enxergar o momento de mudança. Ter uma mulher ao meu lado é reconhecer a importância da presença das mulheres na política e um chamado para que as mulheres nos ajudem a pensar na Bahia do futuro”, comentou.

Porém, não foi apenas o gênero de Ana Coelho que motivou a escolha. A trajetória dela como executiva também pesou para que fosse chamada para completar a chapa de ACM Neto. “Não há dúvida que o preparo dela, a capacidade, a contribuição que ela pode dar, foram elementos determinantes na minha avaliação. Ana tem história na vida empresarial. Executiva bem-sucedida. Não ficou limitada a tratar apenas de questões da sua empresa, sempre teve uma participação ampla no setor essencial para vida da sociedade, que é a comunicação”.

Na ocasião, o deputado federal Márcio Marinho, que foi o responsável por trazer o nome de Ana Coelho para a mesa, também reforçou o potencial da executiva na chapa. “Tenho certeza que essa escolha foi positiva e que você [Ana] estará com toda responsabilidade e compromisso de conduzir, principalmente, as políticas públicas para que as mulheres se sintam representadas na estrutura do Governo do Estado”, avaliou.

Acontece nesta sexta-feira (5), a partir das 9h, a convenção do União Brasil que oficializa a candidatura de ACM Neto para governador da Bahia. O evento será realizado no Centro de Convenções e contará com a presença de aliados políticos. Ao lado do pré-candidato a governador estarão Ana Coelho, candidata a vice, e Cacá Leão, ao Senado.

O ex-prefeito de Salvador já consolidou apoio oficial de cerca de 200 prefeitos dos 417 municípios baianos. Neto aparece como líder em todas as pesquisas de intenção de voto, com até 50 pontos percentuais de vantagem. Além do União Brasil e do PP, integram a coligação: Republicanos, PSDB, PDT, PSC, Solidariedade, Cidadania, Podemos, PRTB, PTB, DC e PMN.

Chapa com mais jovens

Desde que o atual vice-governador João Leão (PP) desistiu de ser candidato a senador e foi substituído pelo filho Cacá Leão, 42, também do Progressistas, a chapa de ACM Neto é composta por candidatos jovens. O ex-prefeito de Salvador acredita que esse diferencial mostra o potencial disruptivo e de mudanças.

“Eu sou o candidato a governador com 43 anos e sou o mais velho da chapa. Ou seja, nós conseguimos produzir algo que sempre esteve nos meus planos, que é a possibilidade de apresentar à Bahia uma chapa forte, que reúne diversidade política-eleitoral, mas que também atende à expectativa dos baianos de olhar para o futuro”.

Neto também defendeu a escolha de alguém sem tradição política e explicou que Ana Coelho trará novas perspectivas para a disputa eleitoral. “Podia estar trazendo uma pessoa da política, mas estamos trazendo uma pessoa de fora, para ajudar a pensar diferente, trazer novas ideias”, deu o recado.

Antes do nome da executiva ser anunciado, havia a expectativa de que Zé Ronaldo (União Brasil), ex-prefeito de Feira de Santana, fosse o escolhido para compor a chapa. Na coletiva de imprensa, ACM Neto explicou sua decisão. “Zé tinha a expectativa de poder estar nessa chapa e, se Zé aqui estivesse, estaria tão feliz quanto eu estou com a companhia de Ana. Mas, em função da construção política, não foi possível. É natural que ele tenha um tempo para refletir”, ressaltou.

O pré-candidato também declarou que vai votar em Marcelo Nilo (Republicanos) para deputado. O político também chegou a ser cotado como vice. Também presente no anúncio, o deputado federal e presidente do União Brasil na Bahia, Paulo Azi, falou sobre a escolha de alguém de fora do partido de Neto para completar o time.

“É natural que tanto um [Zé Ronaldo] como outro [Marcelo Nilo] tenham um tempo para que possam refletir. Mas, tenho muita confiança que no final de todo esse processo, o que vai pesar mais na decisão de cada um deles é o desejo de transformar o nosso estado”, afirmou Paulo Azi, ao descartar a possibilidade que os políticos deixem a base de ACM Neto.

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (4) um corte de 3,6% no preço do óleo diesel nas refinarias. A medida é válida a partir desta sexta (5).

Com isso, o preço médio terá uma redução de R$ 0,20. O valor do litro passará de R$ 5,61 para R$ 5,41 para as distribuidoras.

“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, disse a companhia

A segunda suspeita de participar do assalto e morte da estudante Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, foi presa pela Polícia Civil da Bahia nesta quinta-feira (4). A prisão foi feita depois que o advogado acompanhou a suspeita até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no início da tarde de hoje.

A mulher, identificada como Andréia Santos Carvalho, conhecida como 'Andreia Rasta', se apresentou depois que a Justiça determinou a prisão temporária dela. Ela estava foragida desde o dia do crime, que aconteceu na terça (2). A primeira suspeita foi presa no mesmo dia da morte de Cristal.

Crime
A adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, 15 anos, que seguia para a escola, foi morta durante uma tentativa de assalto, a pouco metros da sede do Comando Geral da Polícia Militar.

Moradora do Corredor da Vitória e estudante do Colégio das Mercês, a adolescente estava acompanhada da mãe e da irmã quando foi abordada. Segundo informações iniciais, no meio da ação, uma das suspeitas, que carregava uma pistola calibre 653, acabou atirando contra a garota, que foi atingida no peito e morreu no local.

O crime aconteceu em frente ao Palácio da Aclamação, próximo ao Campo Grande. Cristal não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo de ser atendida, ainda com o uniforme da escola. A mãe e a irmã de Cristal não sofreram ferimentos e estão em casa.

A primeira suspeita presa, Gilmara Daiam de Sousa Brito, confessou a participação no crime, mas negou ter disparado contra Cristal. Ela passou por audiência de custódia na manhã de hoje e deve ser encaminhada ao presídio. Gilmara já tinha passagens por tráfico de drogas e roubos.

'Eu ouvi o disparo', diz mãe
A mãe da estudante falou na noite de quarta-feira (3), pela primeira vez sobre a morte da filha mais velha. Em entrevista à TV Bahia, ela deu detalhes sobre a tentativa de assalto que culminou no assassinato da filha. Sandra depôs na polícia também nesta quarta.

À TV, ela contou que andava com as filhas pelo passeio, quando foi abordada pelas criminosas. "Foi muito rápido. Uma era baixinha e uma do cabelo aloirado. Ela simplesmente anunciou o assalto, falei que não tinha celular e ela disse: 'você tem um relógio e uma aliança'. Ela baixou a cabeça e me mostrou um revólver que não consegui identificar o calibre, porque não tenho conhecimento, só sei que a arma era pequena. Ela também estava com uma faca estilo açougueiro com o cabo branco", lembra.

A mãe de Cristal também agradeceu as homenagens que vem recebendo de colegas da filha e pessoas que não conheciam a vítima. “Me senti abraçada e amada ao saber que minha filha era muito querida".

Relembre o caso:

Rotina - Todos os dias, por volta das 6h30, Cristal Rodrigues Pacheco, 15 anos, fazia o mesmo caminho para o Colégio Nossa Senhora das Mercês, que fica localizado na Avenida Sete de Setembro, junto com a mãe e a irmã mais nova, Fernanda, de 12 anos. A estudante era moradora de um prédio no Campo Grande, próximo ao Corredor da Vitória. Segundo amigos e vizinhos, a adolescente sempre foi educada, de- dicada aos estudos - ela cursava o 9° ano do ensino fundamental -, e amorosa com os pais e a irmã caçula;

Abordagem - Cristal, a mãe e a irmã passavam em frente ao Palácio da Aclamação, na terça-feira (02), quando, do lado direito da avenida, duas mulheres se separaram e, em questão de segundos, abordaram as três, assustando-as. A tática é conhecida e muito usada por duplas de assaltantes que atuam no centro da cidade;

Tentativa de assalto - A mãe de Cristal contou à polícia que as mulheres anunciaram o assalto e que ela informou não estar com celular. Uma das assaltantes mostrou a arma e pediu a aliança e o relógio de Sandra Pacheco;

O tiro - A suspeita presa contou à polícia que sua comparsa se atrapalhou durante a ação e a arma acabou disparando, feridondo-a de raspão e atingindo em cheio a estudante. Cristal recebeu um tiro no peito dado por uma pistola pequena - possivelmente calibre 653, mas que ainda não foi achada pela polícia -, em curta distância. Segundo o médico e perito do Departamento de Polícia Técnica (DPT), Marcos Mousinho, foi "um tiro direcionado para matar";

Ajuda - Nas imagens das câmeras de segurança que filmaram a cena, dá para ver que a mãe de Cristal, vendo a filha caída no chão, correu para socorrê-la e não percebeu que as duas suspeitas levaram a mochila da estudante com todos os pertences. À TV Bahia, Sandra Pacheco disse que as duas suspeitas sairam correndo após os disparos contra Cristal. Fernanda, a irmã mais nova, correu para pedir ajuda, mas Cristal morreu no local do crime, nos braços da mãe. O corpo da adolescente foi enterrado no começo da noite de terça-feira (02), no Campo Santo, sob forte emoção.

O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) determinou que o Governo do Estado pague as pensões a familiares de militares mortos em 2022 e que estão atrasadas desde janeiro. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (28).

Na liminar, que é assinada pelo desembargador José Aras, fica determinado que o pagamento seja feito em, no máximo 30 dias, sendo usada como critério a legislação federal. O prazo, segundo o documento "poderá ser prorrogado exclusivamente por igual período através de ato expressamente motivado, para fins de garantir a sobrevivência dos associados e de sua família". O magistrado pontua ainda que, para garantir que a liminar seja cumprida da forma mais breve possível, autoriza que sejam expedidos mandados e ofícios inclusive por meio eletrônico.

As viúvas e demais beneficiários dos militares que morreram neste ano, desde janeiro não vêm recebendo o valor referente à pensão por morte. O governo alega que o atraso existe porque o Projeto de Lei 24.532/2022, que ainda não foi votado, o precisa ser aprovado para que o auxílio seja liberado. O PL estabelece novas regras para a concessão dos benefícios de pensão de militares baianos.

A ação em benefício dos familiares foi movida pela Associação dos Policiais Militares e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) que, no processo, sustenta que a suspensão do pagamento de pensões em favor dos dependentes associados de policiais militares falecidos neste ano é indevida. Pontua ainda que "os militares se distinguem constitucionalmente dos servidores públicos, e, compõem um microssistema de leis distintas e dissociadas destes servidores, tendo princípios, fundamentos e objetivos específicos conforme determina a Constituição da República
Federativa do Brasil e as leis infraconstitucionais".

O Governo do Estado foi procurado para se posicionar sobre a decisão liminar, e a reportagem aguarda posicionamento,

Entenda o caso
As viúvas dos militares mortos em 2022 estão sem pensão e lutam para chegar a um acordo sobre o Projeto de Lei 24.532/2022, que estabelece novas regras para a concessão dos benefícios de pensão de militares baianos. O Governo do Estado alega que determinou que todos os requerimentos administrativos de pensão por morte fossem suspensos devido à inexistência de lei permissiva estadual.

O projeto de lei já foi adiado três vezes desde que entrou em tramitação, em abril deste ano, e vem gerando divergências entre autoridades e também entre os beneficiários. Algumas viúvas argumentam que o documento não deve ser aprovado, pois prejudicaria os pensionistas. Outras, apesar de não concordarem com algumas regras, preferem que a Assembleia realize o quanto antes a votação para que o benefício seja liberado.

Os pontos do Projeto de Lei que incidem em perda de direitos conquistados na legislação federal de 2019, correspondem aos artigos 5° e 11°, onde estabelecem limite temporal para o recebimento da pensão, dentre outros prejuízos, são os responsáveis pelas divergências e protestos.

A Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb) argumentou que não pode utilizar uma lei federal, que garante benefícios aos dependentes do militar, para pagar as pensões e, por isso, encaminhou o PL à Assembleia e espera a aprovação para que os benefícios sejam liberados.

As provas do vestibular da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) para o semestre 2022.2 serão aplicadas nos próximos domingo (31) e segunda-feira (1º). Os 12.206 inscritos devem se informar sobre os locais onde realizarão os exames no site oficial do processo seletivo. A Uneb oferece neste ano 3.401 vagas no processo seletivo, para cursos de graduação na modalidade presencial (2.291) e na modalidade a distância (EaD), oferecidos pela instituição (650) e pelo Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), ministrados pela Uneb (460)

Os portões serão abertos às 7h20 e fechados às 7h50, seguindo o horário local, e as provas terão início às 8h. Para acessar o Cartão Informativo do Candidato, os participantes devem informar número de inscrição ou CPF e data de nascimento. Mais detalhes sobre o processo seletivo podem ser consultados no Manual do Candidato.

No primeiro dia, os candidatos farão as provas de língua portuguesa (incluindo literatura), língua estrangeira (inglês, espanhol ou francês) e ciências humanas (história, geografia e atualidades). Já no segundo dia, serão aplicados os exames de matemática e ciências da natureza (física, química e biologia). As opções de curso ofertadas estão distribuídas em todos os territórios de identidade do estado da Bahia. O certame prevê entrada para o semestre 2022.2.

Recomendações aos candidatos:

O Centro de Processos Seletivos (CPS) da UNEB divulga recomendações para que as provas sejam realizadas em clima de tranquilidade, buscando evitar imprevistos e garantindo a segurança dos candidatos participantes do Vestibular 2022.2:

– É importante que os candidatos localizem, com antecedência, o local de prova;

– É essencial que os candidatos cheguem no local de prova com, no mínimo, 30 minutos de antecedência;

– É obrigatório o uso de caneta transparente com escrita na cor preta ou azul;

– Para assegurar seu acesso à sala de provas, o candidato deverá apresentar o original do mesmo documento de identificação utilizado para realizar sua inscrição, o qual deverá conter impressão digital, fotografia recente e estar em bom estado de conservação;

– Serão aceitos como documento de identificação para acesso ao local de provas: o Registro Geral (RG); Carteira Nacional de Habilitação (CNH), somente modelo com foto; Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); Passaporte; carteiras expedidas pelos Comandos Militares, pelas Secretarias de Segurança Pública, pelos Institutos de Identificação e pelos Corpos de Bombeiros Militares; carteiras expedidas pelos órgãos fiscalizadores de exercício profissional (ordens, conselhos, etc.), desde que apresentem foto atualizada e contenham os números do RG e CPF;

– Não será aceita cópia de documento mesmo que esteja autenticada.

– Acesse as provas dos últimos vestibulares

– Veja as concorrências dos anos anteriores

– Acesse o seu local de prova

Informações: Centro de Processos Seletivos/Uneb – tel. (71) 3117-2352 ou e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

O Bahia está próximo de dar um passo importante no imbróglio envolvendo o Banco Opportunity, antigo investidor do Esquadrão. Nesta quinta-feira (28), o Conselho Deliberativo tricolor analisará e votará o acordo proposto entre clube e instituição financeira para colocar fim no processo existente entre as partes.

Segundo apuração do CORREIO, no acordo o Bahia pagará ao Opportunity R$ 35 milhões divididos em 84 parcelas mensais, o que totaliza sete anos para a quitação da dívida.

O Opportunity cobra na Justiça cerca de R$ 114 milhões do Esquadrão referente ao distrato do Bahia S/A realizado em 2006, durante a gestão do então presidente Petrônio Barradas.

Com a negociação, o Esquadrão conseguiu abatimento de R$ 79 milhões, o que representa quase 70% de desconto no valor cobrado.

Além do pagamento das parcelas mensais, fica estabelecido que caso o Bahia negocie direitos de transmissão, direitos de atletas ou se aderir a uma liga durante esses sete anos, repassará ao Opportunity percentuais do valor de cada contrato para amortizar a dívida. Esses percentuais variam de 5% a 15%, a depender do tipo de contrato assinado.

O acordo entre Bahia e Opportunity foi enviado inicialmente ao Conselho Fiscal do clube, que emitiu parecer. As comissões Jurídica e de Administração e Finanças do Conselho também foram consultadas.

O processo entre Bahia e Banco Opportunity é considerado pela diretoria o último entrave para a oficialização da proposta de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. O tricolor está em negociação avançada com o Grupo City, e a expectativa é que após a resolução do imbróglio, a diretoria encabeçada pelo presidente Guilherme Bellintani leve ao Conselho Deliberativo a oferta de compra feita pelo fundo árabe.

“Estamos em um empecilho formal que estamos perto de resolver. Após resolver isso, em dias a gente consegue formalizar a proposta. É a proposta que o parceiro e o Bahia construíram juntos, por isso demorou tanto. Tem um representante do nosso potencial investidor aqui no Brasil trabalhando", explicou Bellintani em entrevista ao Podcast do InfoBahêa, no início do mês.

Apesar do dirigente falar “em dias”, não significa que, aprovando o acordo com o Opportunity hoje, o Bahia já constituirá uma SAF na próxima semana, por exemplo. Isso dependerá de outra consulta ao Conselho Deliberativo e, posteriormente, da aprovação dos sócios em assembleia geral. Mas é seguro considerar que deve ocorrer ainda este ano.

Entenda o caso
A disputa judicial entre Bahia e Opportunity teve início em 2016. Dez anos antes, em 2006, durante a gestão Petrônio Barradas, o tricolor fez um acordo para reaver as ações do Bahia S/A – o banco detinha 51%. O clube se comprometeu a repassar ao banco porcentagem da venda de atletas, sendo 10% em 2007, 20% em 2008 e 30% entre 2009 e 2023. O que nunca aconteceu.

Além disso, o Esquadrão possuía uma dívida de R$ 13,5 milhões com o então parceiro no momento do distrato, que também não foi paga. De acordo com uma comissão do próprio Bahia, esse valor corrigido ultrapassaria os R$ 35 milhões – valor do acordo que será votado hoje. Nos R$ 114 milhões pedidos pelo Opportunity, o banco inclui também valores corrigidos das porcentagens das vendas de jogadores realizadas pelo clube.

A parceria entre Bahia e Banco Opportunity teve início em 1998, um ano depois da primeira queda do clube para a segunda divisão. No boom da formação de clubes-empresa no Brasil, o tricolor tornou-se o Bahia S/A. Através da Liga Futebol, criada apenas para administrar o Esquadrão, o Opportunity virou dono de 51% do clube. Os outros 49% continuaram com a associação Esporte Clube Bahia.

A instituição financeira fez investimentos no início da parceria, mas em campo os resultados não aconteceram. O time não conseguiu voltar à primeira divisão nos dois primeiros anos. Só em 2000, com a criação da Copa João Havelange, o clube retornou à elite através de uma “virada de mesa”.

Três anos depois, em 2003, o Bahia foi rebaixado novamente. Com a relação desgastada, o Opportunity se afastou do clube. Em 2006, quando a equipe já estava na Série C, o Bahia fez uma oferta para retomar o controle da S/A. Na época, grupos de oposição ameaçavam negociar com o banco a compra das ações.

As viúvas dos militares falecidos em 2022, que estão sem pensão, se reuniram nesta quarta-feira (27) na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para participar de uma audiência pública e fazer um protesto com o objetivo de chegar a um acordo sobre o Projeto de Lei 24.532/2022, que estabelece novas regras para a concessão dos benefícios de pensão de militares baianos. O Governo do Estado alega que determinou que todos os requerimentos administrativos de pensão por morte fossem suspensos devido a inexistência de lei permissiva estadual.

O projeto de lei já foi adiado três vezes desde que entrou em tramitação em abril deste ano e vem gerando divergências entre autoridades e também entre os beneficiários. Algumas viúvas argumentam que o documento não deve ser aprovado, pois prejudicaria os pensionistas. Outras, apesar de não concordarem com algumas regras, preferem que a Assembleia realize o quanto antes a votação para que o benefício seja liberado.

Maria Raimunda de Lima, de 74 anos, aposentada na área da educação, conta que seu marido, sargento Antonio Bispo de Santana, morreu no dia 11 de maio aos 85 anos e, desde então, ela não recebeu a pensão pelos mais de 30 anos que o seu companheiro serviu. “Existem outras pessoas que perderam seus companheiros em janeiro e estão sem a pensão desde lá, com o plano de saúde suspenso, isso é muito doloroso. A audiência na Alba foi ótima, pudemos tratar dessa problemática e espero que tudo se resolva o quanto antes”, desejou.

Já a professora aposentada Ana Dolores Monteiro, 78, recebe pensão do marido, mas decidiu participar da audiência pública na Alba para prestar solidariedade e apoiar as viúvas. “Não consigo apoiar uma lei que tira direitos de pensionistas, nunca vi isso antes, isso é abominável. Conheci várias que estão passando por muitas dificuldades, com filho pequeno e escola para pagar. O plano de saúde da pensão também está suspenso, é um absurdo. Têm viúvas que passaram mal, foram procurar atendimento pelo plano e não foram atendidas porque cortaram”, relatou.

Ana só recebe 50% da pensão, porque cortaram o restante do valor. Muitas mulheres, assim como ela, alegam que estão sem o benefício e sem o plano de saúde que deveria ser disponibilizado junto com a pensão. O Governo do Estado foi procurado para um posicionamento sobre essa questão, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.

Dentre os resultados positivos da audiência pública e do protesto ocorrido ontem na Alba, os pensionistas afirmam que o ato pode dar visibilidade e voz para quem está vivenciando o problema. “Meu marido contribuiu por 35 anos. É um direito nosso receber a pensão, não estamos pedindo muito, estamos cobrando o nosso direito”, relata Avani de Jesus, 57, que perdeu o companheiro em fevereiro deste ano.

Segundo a Alba, a votação do projeto pode acontecer ainda hoje. A Assembleia não deu motivos para o adiantamento da pauta. Os pontos do Projeto de Lei que incidem em perda de direitos conquistados na legislação federal de 2019, correspondem aos artigos 5° e 11°, onde estabelecem limite temporal para o recebimento da pensão, dentre outros prejuízos, são os responsáveis pelas divergências e protestos.

A Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb) argumentou que não pode utilizar uma lei federal, que garante benefícios aos dependentes do militar, para pagar as pensões e, por isso, encaminhou o PL à Assembleia e espera a aprovação para que os benefícios sejam liberados.