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Confronto com policiais militares provocou a morte de 12 jovens na madrugada de sexta-feira (6).
Familiares e amigos das 12 vítimas fatais da operação policial comandada pela Polícia de Rondas Especiais (Rondesp), no bairro do Cabula, na madrugada de sexta-feira (6), estão fazendo um protesto na Estrada das Barreiras, próximo ao mercado Todo Dia.

De acordo com informações da Central de Polícia, o protesto começou por volta das 17h30, com o fechamento da via pública. Segundo testemunhas, os manifestantes chegaram a atear fogo em um ônibus.

A Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador) informou que uma viatura foi deslocada para o local, mas não encontrou o grupo de manifestantes. Não há informações sobre a situação do trânsito no local.
Relembre o caso
Uma troca de tiros no Cabula, em Salvador, deixou pelo menos 12 pessoas mortas e três feridas na madrugada desta sexta-feira (6). De acordo com a Central de Polícia, o tiroteio aconteceu por volta das 4h, na Estrada das Barreiras, entre um grupo com cerca de 30 homens e uma guarnição da Polícia de Rondas Especiais (Rondesp Central).

Segundo a Polícia Militar, a guarnição da Rondesp recebeu a informação de que o grupo planejava arrombar uma agência bancária na Estrada das Barreiras. A PM encontrou um veículo abandonado durante uma ronda na área, e ao investigar a denúncia, percebeu que cerca de 30 homens estavam escondidos em uma baixada.

A guarnição foi recebida a tiros, e um sargento da Rondesp foi atingido de raspão na cabeça. A PM revidou e feriu 15 homens durante o confronto. Eles foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Das vítimas, doze não resistiram aos ferimentos e morreram após dar entrada na instituição. O sargento baleado durante a troca de tiros também foi socorrido, medicado e liberado ainda na manhã desta sexta-feira (6).
Inocência
Famílias uniram-se pela dor no Cemitério Quinta dos Lázaros, no sábado (7), quando foram enterradas seis das 12 vítimas da operação policial. Dezenas de amigos, vizinhos e parentes estiveram presentes no sepultamento de Natanael de Jesus Costa, 17 anos, Vitor Nascimento, 20, Everson Pereira dos Santos, 26, Caíque Basto dos Santos, 16, Jeferson Rangel e Agenor Vitalino, 19, e afirmaram que os jovens eram inocentes.

Familiares das vítimas disseram que foram ameaçadas no bairro por policiais - que apontaram armas para os ônibus que saíram do fim de linha da Engomadeira para o enterro - e garantiram que havia policiais à paisana no cemitério.

"Eles estão botando medo, enfrentando a gente com armas. Os meninos protegiam a gente. A gente tem medo é da polícia", disse uma mulher que mora no bairro há 59 anos, pedindo anonimato. "É uma injustiça. Eles têm que pagar. É tudo mentira o que estão dizendo", bradou uma tia de Natanael que não quis se identificar, ao defender que o confronto alegado pela polícia não existiu.

"Todo mundo gostava do meu filho... Ele era inocente! Agora vou criar os dois irmãos sozinha e trabalhar sozinha, porque era ele quem me ajudava", lamentava, aos berros, a costureira Marina Lima de Oliveira, 56 anos. Avó de Natanael, ela o criou como filho junto com os dois irmãos.
Policiamento reforçado
O policiamento na Estrada das Barreiras foi reforçado nesta sexta-feira (6) depois da morte de 12 suspeitos em confronto com a Polícia Militar na região do bairro do Cabula, segundo informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Quatro guarnições da polícia de choque, com apoio da Rondesp, Esquadrão Águia e Operação Gêmeos vão agir no bairro por um tempo indeterminado.

Segundo a polícia, há preocupação com retaliações de criminosos e o policiamento é para evitar represálias à população. Além disso, ainda hoje pela manhã, uma guarnição da Rondesp voltou ao local do tiroteio e foi alvo de disparos, segundo a polícia.

Todos os mortos na ação policial já foram identificados, mas os nomes não foram divulgados até o momento. Pelo menos nove deles têm passagem policial, informa a SSP. A polícia também investiga a possibilidade dos suspeitos terem participado de um assalto a banco no Stiep esta semana.

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PM foi recebida a tiros por grupo de 30 homens. Durante o confronto, 15 pessoas ficaram feridas e foram socorridas para o Hospital Roberto Santos.
Uma troca de tiros no Cabula, em Salvador, deixou pelo menos 12 pessoas mortas e três feridas na madrugada desta sexta-feira (6). De acordo com a Central de Polícia, o tiroteio aconteceu por volta das 4h, na Estrada das Barreiras, entre um grupo com cerca de 30 homens e uma guarnição da Polícia de Rondas Especiais (Rondesp Central).

Segundo a Polícia Militar, a guarnição da Rondesp recebeu uma informação de que o grupo planejava arrombar uma agência bancária na Estrada das Barreiras. A PM encontrou um veículo abandonado durante uma ronda na área, a ao investigar a denúncia, percebeu que cerca de 30 homens estavam escondidos em uma baixada.

A guarnição foi recebida a tiros, e um sargento da Rondesp foi atingido de raspão na cabeça. A PM revidou e feriu 15 homens durante o confronto. Eles foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Das vítimas, onze não resistiram aos ferimentos e morreram após dar entrada na instituição. Já nesta manhã, mais uma delas morreu. Entre eles estavam um adolescente.

O sargento baleado durante a troca de tiros também foi socorrido, medicado e liberado ainda na manhã desta sexta-feira (6). Segundo a Polícia Civil, todas as vítimas eram do sexo masculino. As outras três pessoas feridas no tiroteio continuam internada na unidade médica.

De acordo com a PM, junto com os criminosos foram encontrados uma grande quantidade de drogas ilícitas e 16 armas, muitas de calibre restrito. O policiamento foi intensificado na Estrada das Barreiras para impedir retaliações ou ameaças à população do bairro.

A identidade dos envolvidos ainda não foi divulgada pela polícia. Os corpos das vítimas fatais serão encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Salvador, onde deverão passar por perícia.

Caso similar aconteceu no dia 17 de janeiro; relembre
Há 21 dias, também na Estrada das Barreiras, dois homens morreram e um tenente da PM ficou ferido em outra troca de tiros no local. O confronto aconteceu na madrugada do dia 17 de janeiro, em uma localidade conhecida como Vila Moisés.

Uma guarnição da Rondas Especiais (Rondesp/Central) realizava uma ronda no local quando suspeito da atitude de dois homens, que se esconderam ao ver a polícia. De acordo com a Polícia Militar, os policiais desceram da viatura e realizaram buscas no local.

Foi neste momento que eles encontraram um grupo de homens, que passou a atirar contra a PM. Um tenente da Rondesp foi baleado no pé direito, e durante o confronto, dois integrantes do grupo também foram baleados, enquanto os demais fugiram.

Tanto o tenente quanto os dois suspeitos foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Uma das vítimas foi identificada como Alexandre Leal, 22 anos. A dupla envolvida no tiroteio não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada na instituição médica.

Já o militar foi transferido posteriormente para o Hospital São Rafael. O segundo rapaz que morreu após ser baleado no tiroteio ainda não foi identificado pelas polícias Civil e Militar.

Após a troca de tiros com o grupo, os policiais da Rondesp apreenderam duas armas - uma pistola Glock 9mm e um revólver de calibre 38. Também foram apreendidos 40 trouxas de maconha, cartuchos e cápsulas. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHP)), para onde o material apreendido também foi levado.

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