Quarta, 18 Setembro 2024 | Login

O professor de português Romário Sena, 28 anos, passou a trabalhar em home office durante a pandemia e resolveu ter um novo número de celular somente para questões profissionais. Ele não foi o único. A quantidade de linhas de telefonia móvel na Bahia aumentou 2,5 milhões em junho de 2022, na comparação com junho de 2020. Depois de cinco anos em queda, a quantidade de usuários voltou a subir. São 15,3 milhões de linhas e 14,9 milhões de habitante do estado.

“Ter um número de telefone apenas para o trabalho me proporcionou qualidade de vida, principalmente nesse recorte da pandemia, porque as exigências e cobranças eram instantâneas e quase ininterruptas em algum momento por conta da minha atividade profissional. Percebi que outros colegas fizeram o mesmo”, contou o professor, que mesmo após o retorno ao trabalho presencial continua com a estratégia.

Os dois chips estão no mesmo aparelho de celular. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), desde 2015, o número de linhas de telefonia móvel estava em queda na Bahia. Em junho de 2020, pouco depois da pandemia começar, o estado tinha 12,8 milhões de usuários, o menor percentual dos últimos dez anos, mas em 2021 a curva voltou a subir e, este ano, alcançou o patamar de 2017, com 15,3 milhões.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) estima que a Bahia tem 14,9 milhões de habitantes, ou seja, existem mais linhas de telefonia no estado do que pessoas. O coordenador do programa de mestrado da Unifacs, Joberto Martins, é especialista em redes de computação e explicou que a pandemia teve impacto direto sobre os resultados.

“Quando a telefonia móvel começou, o funcionamento era para basicamente tráfico de voz. Hoje, ela tem por trás uma rede de computadores que opera para garantir os mais diversos serviços. Na pandemia as pessoas foram incentivadas a usarem aplicativos e serviços on-line, através dos dados móveis, além de terem linhas reservas para trabalho home office e outras atividades. Isso fez aumentar a demanda”, disse.

O especialista afirmou que os dados comprovam também a existência de mais de uma linha por pessoa, já que parte da população afetada pela pandemia não tem poder aquisitivo para ter aparelhos.

Professora do curso de Engenharia Elétrica da UniFTC de Petrolina, Marília Gabriela Alves está fazendo doutorado em telecomunicações e apontou algumas observações.

“Além da maior demanda do público, houve também investimentos por parte das operadoras. O avanço da tecnologia permitiu que as empresas chegassem em locais onde elas não chegavam. Ainda existem muitas regiões em que o sinal é deficiente, mas houve um avanço nos últimos anos, e isso levou pessoas que não tinham a telefonia a adquirir. Políticas públicas adotadas também foram importantes nesse sentido”.

Ela explicou que o número de usuários estava caindo porque houve diminuição nos custos das chamadas entre diferentes operadoras, reduzindo a necessidade de cada pessoa ter mais de um chip. Em nota, a Anatel frisou que a mudança veio após uma regulamentação adotada pela agência e que a queda na atividade econômica foi outro fator que puxou os números para baixo.

“Com a pandemia e com o aumento das atividades on-line, as pessoas sentiram a necessidade de ter mais linhas móveis para realizar as atividades do dia-a-dia, como aulas, teletrabalho, aplicativos governamentais e para a comunicação pessoal em tempos de isolamento por conta da covid”, diz a nota.

Cenário

De acordo com os especialistas, o crescimento registrado na Bahia foi percebido em todo o Brasil. Os baianos lideram o ranking entre os estados nordestinos, seguidos de Pernambuco (10,4 milhões), Ceará (9,6 mi) e Maranhão (6,1 mi). Na tabela nacional, ocupa a 4ª posição, atrás de São Paulo (77,6 mi), Minas Gerais (24,4 mi) e Rio de Janeiro (20,5 mi).

Ter um telefone extra também foi a solução adotada pela cabeleireira Janaina Silva, 35 anos, mas no caso dela o motivo foi a insegurança. “Comprei um celular novo por conta do trabalho, mas tenho medo de ser assaltada, então, quando tenho que pegar ônibus uso um aparelho mais baratinho, um mais antigo que já tenho tem uns cinco anos. O celular novo, que comprei tem menos de um ano, uso em casa, nas ocasiões em que saio de carro ou levo escondido quando preciso sair de ônibus ou a pé”, contou.

Os dois aparelhos são pré-pagos. Esse sistema de serviço, por sinal, vem diminuindo nos últimos anos, mas ainda representa a maior fatia do mercado. Em 2019, portanto, antes da pandemia, 72,8% dos usuários preferiam esse modelo de pagamento. Em 2022, o público diminuiu para 65,3%. Na contramão, o sistema 4G tem avançado pelo estado, saltando de 59,2%, há três anos, para 82,4%.

A banda larga fixa também está em crescimento nos últimos dez anos, mas em ritmo mais lento que o da telefonia móvel. Em 2012, havia 579 mil usuários desse serviço na Bahia. Em 2022, são 1,5 milhão.

Segundo a Anatel, atualmente, a Claro controla 39,4% do mercado de telefonia móvel baiano. A operadora assumiu a liderança no último ano, sendo seguida por Vivo (33,9%) e Tim (26,5%). Em fevereiro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda da Oi para a aliança formada por essas três empresas. O usuário que não quiser ficar com a operadora designada pode fazer a migração sem custo.

A Anatel afirmou ainda que está estudando formas de ampliar a cobertura móvel em áreas rurais e que o edital do 5G determina obrigações de cobertura em todas as sedes de município, em 100% dos trechos asfaltados das rodovias federais e em mais de 7 mil localidades rurais. A tecnologia 5G chegou em Salvador em agosto, e vai avançar gradativamente para o interior da Bahia.

Operadoras

Através de uma nota, a Vivo afirmou que, no ano passado, fez investimentos de R$ 8 bilhões no Brasil e que atualmente tem mais de 5,1 milhões de linhas móveis ativas na Bahia, sendo líder no mercado pós-pago. A empresa disse também que tem trabalhado para ampliar a tecnologia 5G.

“No Nordeste, temos a maior cobertura móvel da região e estamos investindo constantemente na qualidade de rede e serviços na Bahia. Vale destacar que, em dezembro do ano passado, ampliamos em mais de 50% nossa cobertura móvel em Trancoso e inovamos ao “camuflar” as novas antenas de palmeiras para que não houvesse impacto na paisagem”, explica o texto.

Já a TIM afirmou que está adotando novas soluções para aumentar o sinal de telefonia em áreas remotas ou mais afastadas e que até o final deste ano todos os municípios baianos terão cobertura de quarta geração, incluindo cidades onde ainda não há rede de telefonia. A empresa instalou antenas em mais de 100 distritos. Outros 66 distritos, em 53 localidades, serão contemplados até dezembro.

“Atualmente, a tecnologia 4G alcança 351 dos 417 municípios baianos e, até o fim do ano, a nossa meta é consolidar a cobertura em 100% dos municípios do Estado. A TIM tem, hoje, na Bahia mais de 4 milhões de linhas ativas, o que corresponde a 26,47% de market share”, diz a nota.

Na semana passada, em entrevista exclusiva ao CORREIO, o diretor regional da Claro na Bahia e em Sergipe, Marco Aurélio Alves, afirmou que, para a cobertura 5G em Salvador, estão sendo priorizadas as áreas com maior densidade populacional e maior acesso aos dados. “O usuário precisa primeiro ter equipamento 5G”, explicou o profissional.

Ainda de acordo com Marco Aurélio, os aparelhos compatíveis com o 5G já representam 70% da venda da Claro no Brasil, com um total de 2 milhões de telefones. A Claro tem cerca de 20% de aparelhos na base que acessam o 5G.

Confira dicas de como se proteger ao acessar a internet:

Senhas fortes - Escolha senhas com letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos. Mantenha de oito a nove caracteres e evite usar dados de identificação, como nome, data de nascimento ou telefone;
Use senhas diferentes – Nada de repetir os mesmos caracteres em e-mails, redes sociais e contas bancárias. Reutilizar senhas é arriscado, porque se alguém descobrir terá acesso a todos os seus dados e serviços on-line;
Ative a autenticação em dois fatores – Na prática, acessar o login terá duas etapas. Exemplo: a senha e mais um código que será enviado para o número de celular que você cadastrar;
Sair da conta – É importante lembrar de sair da conta quando estiver usando um computador público, como em uma biblioteca ou na casa de um amigo, ou o celular de outra pessoa;
Configuração – Cadastre um endereço para recuperação de senha, que pode ser um e-mail ou número de celular, para os casos em que esquecer os caracteres;
Redes sociais – Indique nas configurações quais dados são públicos e quais devem permanecer privados para proteger sua identidade e evitar o uso indevido dessas informações;
Crianças – Conheça as ferramentas e acompanhe as atividades das crianças na internet. Muitos sites e redes sociais oferecem mecanismos de restrição de conteúdo, por isso, é preciso pesquisar e conhecer;
Conteúdo indevido – Muitas plataformas têm canais de denúncia contra conteúdos e postagens agressivas, intimidadoras e criminosas. É importante denunciar os casos às autoridades e também à plataforma onde ele foi publicado;
Desconfie – Caso receba aviso de prêmios recebidos ou concursos ganhos dos quais você não participou, não clique e nem ofereça dados;
E-mail suspeitos – Quando receber e-mail solicitando dados, não clique no link enviado, entre em contato pelos canais oficiais da instituição e confirme a solicitação
Endereço – Antes de digitar dados pessoais em uma página, verifique se o URL começa com HTTPS e se há um ícone de cadeado fechado antes dele;
Aparelho infectado – Se você receber um aviso de que o computador ou celular está infectado e um pedido para fazer download de um aplicativo, desconfie. Faça download apenas em sites confiáveis;
*Fonte: Safernet.

 

Veja a evolução das linhas de telefonia móvel na Bahia nos últimos dez anos:

2022 – 15,3 milhões

2021 – 14,2 milhões

2020 – 12,9 milhões

2019 – 13,4 milhões

2018 – 14,4 milhões

2017 – 15,3 milhões

2016 – 16,8 milhões

2015 – 18,9 milhões

2014 – 18,2 milhões

2013 – 17,4 milhões

2012 – 16,5 milhões

*Fonte Anatel

 

Estado lidera o ranking do Nordeste:

BA – 15,3 milhões

PE – 10,4 milhões

CE – 9,6 milhões

MA – 6,1 milhões

PB – 4,6 milhões

RN – 3,6 milhões

AL – 3,2 milhões

PI – 3,2 milhões

SE – 2,3 milhões

*Fonte Anatel

Publicado em Bahia

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) lançou na manhã desta terça-feira (11) o Alerta Celular, serviço que promete auxiliar a polícia na recuperação e devolução de smartphones roubados, além de dificultar a revenda de aparelhos furtados. “Se as pessoas colaborarem e cadastrarem no sistema, vai diminuir bastante a quantidade de furto, pois o ladrão vai pensar duas vezes antes de levar. E quem compra celular roubado e for pego poderá ser responsabilizado”, disse o secretário da SSP, Ricardo Mandarino.

O serviço funciona assim: a população deve acessar o site alertacelular.ssp.ba.gov.br e fazer o cadastro do aparelho no sistema. Lá deverá ser informado o código IMEI, uma espécie de identidade do celular, ou melhor, um número exclusivo que identifica o smartphone. O IMEI pode ser consultado discando *#06#, na nota fiscal ou na embalagem original do bem.

Com o cadastro realizado, caso o celular seja alvo de criminosos, o proprietário pode entrar no site e ativar o alerta. Após esse passo, a vítima deve registrar o boletim de ocorrência em até 48 horas. Caso isso não seja feito, o alerta será cancelado. Nos casos de crimes sem violência física, é possível fazer o registro na Delegacia Digital, sem sair de casa. Mas se houver agressão, é necessário a presença em qualquer unidade da Polícia Civil e aguardar. Com o Alerta Celular, caso a polícia consiga recuperar o aparelho, vai identificar o dono e fazer a devolução.

“Temos centenas de aparelhos custodiados e não devolvidos atualmente. Com esse serviço, vamos conseguir localizar os donos com mais facilidade”, disse o major Rubenilton Andrade, diretor de Avaliação Operacional da Superintendência Integrada da ação policial, durante o lançamento do Alerta Celular.

Nas abordagens, por exemplo, os policiais poderão consultar o banco de dados e verificar se o item apreendido ou em análise está cadastrado na página como fruto de roubo ou furto. Confirmado de que se trata de um equipamento de origem ilícita, ele é apreendido, encaminhado à Delegacia e, com base nos dados cadastrados no site, o dono é acionado através do e-mail e o aparelho é devolvido. Confira no final do texto o passo a passo de como fazer seu cadastro no site.

Apoio

Para o major Rubenilton, o serviço lançado é mais um de caráter tecnológico que será utilizado pelas forças policiais no enfrentamento do crime. “Essa ferramenta vem se somar às outras como a de reconhecimento facial e de placas. Nossas bases de dados já estão adaptadas a essa consulta. Estudamos e conferimos a experiência de outros estados que já adotaram serviços similares, como Pernambuco”, afirmou. A SSP também pretende com o serviço interromper o ciclo de venda de aparelhos roubados, um tipo de comércio ilegal que alimenta os roubos.

“A gente orienta as pessoas a terem muito cuidado ao comprarem algum celular. Conferir quem é a pessoa que está te vendendo e, no site da Anatel, se há algum bloqueio do aparelho são algumas das atitudes possíveis, por exemplo”, disse o major Rubenilton.

O Alerta Celular também vai servir para os casos de celulares que forem perdidos. No entanto, não há um prazo nem confirmação de que a devolução vai realmente acontecer. O Alerta Celular pretende aumentar o índice de recuperação, que atualmente é de 3% dos smartphones roubados ou furtados. “Nem todo celular recuperado será devolvido automaticamente, pois ele ainda pode ter que passar por alguma perícia, por exemplo. Mas o usuário receberá a mensagem no e-mail quando estiver pronto para retirada”, explicou Rubenilton.

Para o secretário Ricardo Mandarino, o serviço também vai influenciar na redução de roubos em ônibus, já que o principal alvo dessas ações são os celulares. “Esse será um grande plus nas ações que já realizamos diariamente no combate a assaltos a ônibus, porque o real interesse dos bandidos que cometem esse crime é o celular”, explicou. A novidade também vai permitir a criação de estatísticas sobre furto e roubo de aparelhos, bem como de índices de recuperação dos equipamentos.

“O sucesso do serviço vai depender da colaboração da sociedade. Quanto mais cadastro termos, mais sucesso terá o Alerta Celular. Isso vai acontecer com o tempo, pois a população vai tendo consciência da importância de registrar. Se ela não faz, o aparelho fica descoberto, desprotegido. Eu não tenho dúvida nenhuma que os furtos vão diminuir, pois ninguém vai querer ficar comprando aparelho celular sem checar antes se há alguma restrição de furto”, disse Mandarino.

O Alerta Celular foi desenvolvido pela SSP através do trabalho conjunto entre as Superintendências de Gestão Integrada da Ação Policial (SIAP) e de Gestão Tecnológica e Organizacional (SGTO), após adequação do modelo instalado em outros estados do nordeste.

Como se cadastrar no Alerta Celular:
Passo 1: Descubra qual é o código IMEI do seu celular. Isso pode ser feito discando *#06#, na nota fiscal ou na embalagem original do aparelho.
Passo 2: Acesse o site alertacelular.ssp.ba.gov.br
Passo 3: Clique em Cadastre-se aqui
Passo 4: Preencha seus dados pessoais, dados de contato e três perguntas de segurança. Concorde que seus dados sejam utilizados na recuperação do aparelho e clique em Salvar.
Passo 5: Uma mensagem foi enviada para o seu e-mail cadastrado com a senha de acesso. Entre novamente no Alerta Celular com o CPF e a senha indicada,
Passo 6: Altere a sua senha. Coloque alguma de no mínimo seis caracteres, entre letras e números, com pelo menos uma letra maiúscula e uma minúscula.
Passo 7: Entre novamente no sistema com a sua nova senha
Passo 8: Clique em Incluir novo aparelho
Passo 9: Preencha os dados do aparelho: marca, modelo e código IMEI. Clique em Salvar.
Passo 10: Pronto. Agora seu aparelho já está cadastrado. Você ainda pode incluir outro celular, editar os dados do seu atual celular, excluí-lo em caso de venda e alertar no caso de roubo, furto ou perda.

 

Publicado em Polícia

Aumentar o espaço de armazenamento do iPhone é impossível via cartão microSD, mas existem soluções de armazenamento externo que podem te ajudar a resolver o problema. O pendrive iBridge, da Leef, é uma ótima opção, uma vez que estende a capacidade dos dispositivos Apple da forma mais discreta possível. O dispositivo estava CES 2015, em Las Vegas, e fomos conferir a novidade.
O modelo mais barato é o de 16 GB, que custa US$ 59,99. O de 32 GB sai a US$ 79,99, enquanto o de 64 GB tem preço de US$ 119,99. Nos Estados Unidos, a versão de 16 GB do iPhone 6 custa US$ 649 e a de 64 GB, US$ 749.

2015-01-10-iphone01
Comparando os valores, percebe-se que o pendrive não é uma opção exatamente econômica. Na verdade, ele é mais uma solução para quem já comprou o gadget da Apple e percebeu que a memória foi insuficiente em algum momento, seja para guardar músicas, imagens ou outros arquivos.
Apesar disso, ele apresenta algumas vantagens: ele conta com versões de até 256 GB (US$ 399,99), o que não é oferecido originalmente pela maçã. Além disso, seu aplicativo é capaz de suportar mais formatos de conteúdo multimídia do que o iOS faz de forma nativa. O gadget ainda está em pré-venda.

Publicado em Tecnologia