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De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 69% dos empreendimentos do setor na Bahia ainda operam no prejuízo, quase três anos após o auge da pandemia da Covid-19.

Localizado no Terreiro de Jesus, o restaurante Cantina da Lua fechou as portas temporariamente em 2020 e só voltou a funcionar em julho de 2022. O empreendimento, administrado há 51 anos pelo jornalista, escritor, poeta, compositor e agitador cultural Clarindo Silva, 81, tenta alcançar os mesmos números de 2019, ano antecessor ao do decreto de emergência sanitária global, emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, a retomada é lenta, o orçamento é apertado e o quadro de funcionários não é mais o mesmo. No período pré-pandemia, Clarindo tinha uma equipe com 24 colaboradores, número que foi reduzido em 50%.

De acordo com o proprietário, o retorno é gradativo. Sem detalhar o número de pratos que era vendido diariamente antes da pandemia, Clarindo contou que o faturamento do último ano consiste em 75% das vendas de 2019. “Não é um caso só da Cantina da Lua, mas de toda região [Pelourinho], até porque a retomada é gradativa”, pontuou.

Apesar da insegurança para o pagamento de fornecedores e de outros compromissos quando o movimento é baixo no empreendimento, Clarindo se mostrou otimista para a próxima temporada de verão, 2023-2024. A ideia é retornar com o funcionamento total do estabelecimento, incluindo a parte superior do restaurante, que hoje só funciona de forma esporádica, e explorar eventos como a Terça da Benção do Olodum, festa pré-carnavalesca que abre o verão baiano no Pelourinho. “Foi o principal processo de aquecimento na economia para gente. Colocávamos a panela no fogo todas as terças-feiras, com a certeza de que teríamos dinheiro para pagar fornecedores e outras despesas no dia seguinte”, disse.

Segundo Luiz Henrique do Amaral, presidente executivo da Abrasel, o pós-pandemia trouxe uma configuração de ambiente diferente, com um grau de endividamento maior. “O setor está chegando aos mesmo números de 2019, porém, os resultados do ponto de vista de gestão de negócios são muito ruins”, explicou. Conforme a pesquisa da associação, realizada em junho deste ano, 53% das empresas têm pagamentos em atraso e 86% devem impostos federais.

Amaral ainda contou que o atual número de empreendimentos do setor – 74 mil – supera a quantidade de estabelecimentos que estavam em funcionamento em 2019, no entanto, a diferença não foi estimada. O crescimento é um tanto ilusório. “A barreira de entrada é muita pequena no segmento de bares e restaurantes. É comum o surgimento de novas empresas em momentos de crise, como também, infelizmente, é comum que 80% dos empreendimentos fechem a cada dois anos”.

O restaurante e lanchonete Tropicália, também no Centro Histórico, é um dos empreendimentos que atuam com o peso do prejuízo causado pela pandemia. Antes, o estabelecimento funcionava até uma hora da manhã. Hoje, a cozinha fecha às 17h e o estabelecimento, às 18h. Além disso, as dívidas com impostos federais, não especificados pela chefe, são um problema para o restaurante. “Estamos pagando parcelas altíssimas até hoje. As despesas continuaram durante a pandemia, no entanto, o dinheiro que entrava não era o suficiente para arcar com todos os compromissos financeiros. Então, uma bolinha de neve foi gerada”, explicou.

A garçonete Zeila Maia, do Quiosque do Dedé, no bairro do Imbuí, destacou que o movimento aos finais de semana foi reduzido em comparação ao período pré-pandemia. A funcionária acredita que isso possui relação com dois fatores: maior número de bares instagramáveis (propícios para publicações na rede social Instagram) em Salvador e a preferência dos soteropolitanos por assistir aos jogos de futebol em casa. Hoje, a movimentação é três vezes menor do que em 2019. “Dia de sexta fica um deserto no Imbuí, até às 17h. O movimento aumenta à noite, mas não é a mesma coisa”, disse.

Empregos recuperados

Em 2020, a Bahia registrou a perda de 19.034 empregos formais por subclasse nas atividades características do turismo no estado. O valor foi superado no acumulado de janeiro de 2021 a setembro de 2022, com a geração de 20 mil empregos do segmento. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Nos saldos de 2021, 2022 e 2023, o total chega a 26 mil gerados.

No Tropicália, por exemplo, Fernanda apontou que a equipe precisou ser reduzida durante a pandemia. O turno da noite, com seis pessoas, foi cortado, e só duas continuaram trabalhando dos sete funcionários que integravam a equipe da tarde. Os colaboradores do dia foram recuperados após a flexibilização das medidas sanitárias, mas o turno da noite ainda continua suspenso.

Conforme os dados da Abrasel, 33% das empresas pretendem contratar no segundo semestre de 2023, enquanto 49% pretende manter o quadro. Apenas 17% indicaram que pretendem demitir.

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No primeiro dia do decreto estadual que exige a comprovação da vacinação em bares e restaurantes, a maioria dos estabelecimentos visitados pela reportagem em Salvador ainda não está exigindo o comprovante. Dos dez locais, nos bairros do Rio Vermelho e da Barra, apenas três cumpriam a exigência.

“Nós já estivemos em dois locais, um restaurante e um bar aqui na Barra, e nenhum deles exigiu. Nesse aqui, aconteceu a mesma coisa, ninguém pediu nada. Eu estou com meu cartão de vacina aqui”, conta a turista Ana Dias, que estava em um dos bares que não cumpria o decreto, acompanhada por mais dois amigos, Cristiane Ribeiro e Vítor Bruno.

Antônio Farias, gerente de outro bar e restaurante da Barra, que também não estava fazendo a exigência, explica que não começou a pedir o cartão de vacinação por falta de estrutura no local, que dificulta o controle de quem entra no bar, além de alegar que poderia perder alguns clientes, caso fizesse a exigência a todos.

“Assim, aberto, não dá. Se a prefeitura permitisse que a gente fechasse em torno das mesas, para poder colocar alguém recepcionando na porta, facilitaria, mas sem isso fica difícil, não consigo controlar quem chega e senta nas mesas. Se o garçom vai lá, depois que a pessoa chega, é capaz até de eu perder o cliente por causa disso, então não tem como exigir o comprovante de todo mundo assim”, explicou Antônio.

No Bar Bohemia, no Rio Vermelho, o comprovante de vacinação também não está sendo exigido. Segundo o gerente Alfio Nicosia, o problema está na falta de clareza do decreto que estabelece a ordem. Para ele, não há nenhuma informação de que os bares ao ar livre também tenham que cumprir a medida.

“Pra mim, o decreto não é claro. Eu ainda não entendi se é uma medida para os bares e restaurantes abertos, ou só para os estabelecimentos fechados. Estou entrando em contato com a prefeitura para saber, já mandei e-mail. Concordo com a medida, mas o decreto fala de tudo isso e não fala as circunstâncias do bar”, justificou Alfio.

De acordo com o decreto, a fiscalização do cumprimento das medidas ficará a cargo de cada município. A prefeitura de Salvador informou que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) segue com a fiscalização, mas ainda sem uma ação específica voltada ao decreto estadual publicado nessa terça-feira. A pasta aguarda a atualização do protocolo municipal.

Obedientes
Entre os bares que estão cumprindo o decreto, está o Devassa, no Rio Vermelho. Para fiscalizar se os clientes estão com o cartão de vacina, a dona do estabelecimento, Lais Rodriguez, fica na porta, recepcionando quem chega. “Eu mesma confiro e deixei essa entradinha aqui justamente para isso. Até agora eu não tive problemas, e acho que tem que ser assim mesmo se as pessoas não quiserem que tudo volte a fechar como antes”, diz.

Luís Adrian e João Marcos são enfermeiros, estavam no bar e contam que são clientes fiéis do local. Mesmo assim, já chegaram preparados com o aplicativo do Conecte SUS no celular. “Assim que chegamos ela perguntou se estávamos com o comprovante, mostramos o cartão com as três doses e entramos tranquilamente”, conta Luís Adrian.

O Boteco dos Mares também estava com uma funcionária na porta, recepcionando as pessoas para saber se estava com o comprovante em mãos. Segundo o gerente de atendimento, Sérgio Souza Machado, o dia seguiu tranquilo, apesar da resistência de um dos clientes. “Um turista chegou e disse que não tinha o cartão e que não achava necessário ter, já que ele estava vacinado. Além de não querer apresentar o cartão, foi grosseiro, mas a maioria tem aceitado tranquilamente.”

Outro bar e restaurante que estava cumprindo o decreto estadual foi o Bagacinho Boteco. Quem chegava ao local já era informado da necessidade de mostrar o comprovante, o que não foi nenhum problema para Juliana Costa, Danilo Vilas Boas e Vanessa Duarte. “Eu já estou andando com o cartão há algum tempo e também vi na rede social do bar que aqui estava exigindo, o que é ótimo, porque significa mais proteção para todo mundo. Ter o cartão não é nenhum sacrifício", comentou Danilo.

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Presidente da Abrasel na Bahia (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Seção Bahia), Leandro Menezes comemorou o fim da proibição da venda de bebidas alcoólicas no fim de semana em Salvador. Contudo, disse que a medida do governo estadual “está longe de ser suficiente” para o segmento.

Em entrevista ao bahia.ba nesta sexta-feira (7), ele disse que “a restrição foi desrespeitosa” e indiretamente jogou para o setor a responsabilidade dos altos índices de pessoas infectadas pela Covid-19.

“Em momento algum concordamos com essa proibição, que foi imposta. Nenhum estudo de eficácia dessa medida foi apresentado, e sequer houve diálogo com o segmento. Essa restrição foi desrespeitosa, pois dava uma falsa impressão que os bares e restaurantes estavam liberados a funcionar aos finais de semana, quando na prática isso não acontecia”, afirmou.

Na análise do presidente da Abrasel-BA, o toque de recolher afeta com maior intensidade os bares e restaurantes “uma vez que as demais atividades já encerram naturalmente suas operações antes desse horário [22h às 5h]”.

“A restrição do horário de funcionamento vai de encontro à lógica da aglomeração, pois teremos que atender mais pessoas num menor espaço de tempo. Mesmo tardia, certamente essa medida [que autoriza a venda de bebidas alcoólicas no fim de semana] será muito importante para todo o segmento, porém está longe de ser o suficiente”, afirmou.

Leandro Menezes também reforçou as medidas adotadas nos estabelecimentos na tentativa de conter a propagação do vírus. “Cumprindo todos os protocolos, os bares e restaurantes estão ofertando ambientes seguros. Com o distanciamento de 2m entre as mesas, qual a diferença do consumo de uma bebida alcoólica ou não alcoólica? Por outro lado, o consumidor, após uma semana dura de trabalho, quer tomar um cerveja, um drink, um vinho em seu almoço ou jantar”.

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Os bares e restaurante de Salvador voltam a funcionar a partir desta quarta-feira (7). Segundo o cronograma de retomada das atividades não essenciais divulgado pela prefeitura na semana passada, esse segmento poderá operar de quarta-feira a domingo, das 11h às 20h. Mas, um decreto do governo do estado divulgado nesta terça-feira (6) determinou a probição de venda de bebidas alcóolicas no sábado (10) e no domingo (11). Ou seja: os bares podem abrir, mas não vai rolar a cervejinha gelada.

A decisão desanimou alguns donos de bares e restaurantes. Rafael Prazeres, dono do Oxente bar e Petiscaria, no Cabula, disse que vai manter o estabelecimento fechado. Ele explica que o horário liberado de quarta a sexta é quando normalmente os bares ainda estão fechados. Os clientes começam a chegar por volta das 19h, quando, pelas novas regras, já precisariam começar a 'passar a saideira' para os bares baixares as portas às 20h.

"A gente tem a ânsia de querer voltar logo, mas tem que ser algo pensado para não dar prejuízo. O Oxente Bar e Petiscaria tem as características e filosofia de barzinho raiz. Então, nosso forte é vender cerveja gelada e variedades de petiscos. Aos finais de semana vendemos almoço. Nosso delivery não é nada muito expressivo. Então abrir sem comercializar bebidas alcoólicas e com esse horário restrito, não cobriria nem 40% do nosso custo básico com as contas e funcionários", explica o empresário.

Os horários ainda levantam dúvidas na cabeça de Márcio Oliveira, dono do Point do Caranguejo, em Paripe. De acordo com o empresário, não há atratividade em seu negócio sem a comercialização de bebidas. "São o nosso carro-chefe e, apesar de não representar o principal do faturamento, é a cervejinha gelada que abre os olhos e o apetite para nossos pratos e especialidades", disse. O restaurante abre nesta quarta (7) e ele avaliará junto aos sócios a viabilidade de continuar funcionando no decorrer da semana.

Os shoppings funcionam até sábado às 19h, mas os bares e restaurantes que tiverem acesso independente poderão funcionar nos mesmo dias e horários do restante da categoria. As lanchonetes também voltam a operar de quarta a domingo, das 7h às 15h.

O plano de retomada das atividades foi dividido em quatro fases. A primeira é a roxa, quando apenas serviços considerados essenciais funcionam e os demais serviços ficam suspensos. Estava em vigor até o domingo passado.

A segunda fase é a vermelha, quando as atividades não essenciais funcionam de forma escalonada, 8h por dia, com algumas restrições, fechando dois dias por semana, e com toque de recolher às 20h. A etapa começou essa semana.

As duas últimas fases são a amarela, quando a abertura ainda será escalonada, mas o toque de recolher será às 23h, e a verde, com aberturas escalonadas e sem toque de recolher. Ainda não há previsão de quando essas fases serão ativadas.

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A pandemia do coronavírus provocou uma onda de prejuízos para bares e restaurantes em 2020, mas, neste ano, as perdas podem ser ainda maiores. Agora, os estabelecimentos acumulam dívidas e, com limitações impostas pelo lockdown e toque de recolher, a conta não fecha. A saída, para muitos, é fechar as portas definitivamente.

De acordo com uma pesquisa realizada este mês pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Seção Bahia (Abrasel-ba), por causa do lockdown, 69% dos estabelecimentos do segmento podem fechar de vez ou já foram à falência. Já por conta do toque de recolher, o número aumenta para 74,2%, sendo que 17,4% dos entrevistados disseram que não vão mais abrir e 43,2% não sabem como vão funcionar. O levantamento foi realizado com 513 proprietários baianos.

Os dados também apontam que 77% dos estabelecimentos não estão com as contas em dia ou até conseguiram se manter até aqui, mas não terão dinheiro para pagar os boletos do próximo mês. Cerca de 67% deles têm ou vão passar a ter em abril dívidas com os bancos.

Para o presidente da Abrasel Bahia, Luiz Henrique Amaral, o cenário é caótico. “Contabilizando de março do ano passado até agora, sem dúvidas, esse quadro atual é muito mais agudo do que toda a fase que a gente já passou. Estamos com a projeção de um pico ainda pior do que o de 2020 e agora temos muitas outras variáveis, como as dívidas bancárias e os impostos, que sozinhos chegam a até 40% das despesas, por exemplo”, aponta ele.

Evaristo Castineira, sócio do Armazém Paulistano, acumula dívidas e se diz preocupado. “A gente pegou Pronampe [Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte]e não temos como pagar porque estamos fechados. O governo deu uma ajuda mas puxou o tapete. Mesmo fechados, temos custos de água, luz e impostos, e ainda os empréstimos que nos foram dados com juros. Se estamos fechados, a conta disso tudo não bate”, diz Castineira.

O empresário ainda afirma que, caso não haja mudança, o restaurante não terá como se sustentar já no próximo mês. “Agora, em 2021, com as novas restrições, estamos com grandes problemas financeiros, à beira do abismo mesmo. Se as restrições continuarem sem a gente receber nenhuma ajuda financeira do governo, com certeza, em cerca de um mês a gente vai ter que fechar as portas”, projeta ele.

O proprietário da Pizzaria e Pastelaria Pastelburg, Thiago Prado, já precisou demitir oito funcionários desde o início da pandemia e há meses vem fechando no vermelho. “Acumulamos dívidas de impostos, fornecedores, empresas de água e energia. E temos parcelamento de dívidas com juros, o que é um absurdo porque fomos obrigados a fechar e deixar de vender. O empréstimo ajudou, mas não chegou a cobrir nem 10% das pendências que ficaram pelo caminho e ainda tem a dificuldade de pagar isso agora”, pontua ele.

Prado ainda acrescenta que não vê uma saída e se preocupa com o futuro. “O cenário é muito ruim porque não sabemos o que nos espera e ainda estamos muito longe de uma vacinação em massa. Estamos em meio aos caos e não vemos luz no fim do túnel”, lamenta.

Falta verba
De acordo com a Federação Baiana de Turismo e Hospitalidade (FeTUR - Ba), até o início de março, mais de 80 mil colaboradores perderam o emprego desde o início da epidemia. Mesmo assim, ainda será preciso demitir mais. A pesquisa da Abrasel aponta que 90,7% das empresas irão realizar novas demissões, sendo que 71% delas terão que demitir de 10% a 50% do quadro atual.

Mas, ainda de acordo com a pesquisa, 37,6% das empresas não possuem caixa para essas demissões. Até para a redução de custos, é preciso primeiro desembolsar um dinheiro que, em alguns casos, não existe. O sócio do Armazém Paulistano explica: “Quanto aos funcionários, não tem dinheiro nem para pagar o salário e nem para mandar embora. A gente não tem mais de onde tirar dinheiro”, afirma Castineira.

E se não há recursos financeiros para a rescisão, não há nem mesmo para encerrar o negócio. O levantamento aponta que 5,2% dos estabelecimentos não possuem condições sequer de arcar com os custos do fechamento.

“O fechamento significa você zerar todo o seu passivo para poder fechar as portas. Para isso, é preciso ter reserva de caixa e é exatamente isso que alguns não têm”, diz o presidente da Abrasel. Luiz Henrique Amaral afirma que, por conta disso e também da burocracia para fechar as portas, os números podem estar por trás de uma situação ainda pior. Amaral ainda completa que enxerga saída na vacina. "A alternativa real de tudo é vacina. Sem a vacinação, todo mundo grita e ninguém tem razão", finaliza.

Delivery
Segundo o presidente da Abrasel, “os estabelecimentos que trabalham com delivery faturam cerca de 30% do que costumavam faturar normalmente”. Com isso, o modelo alternativo, sozinho, não consegue sustentar o negócio. Amaral ainda alerta que adotar o delivery pode, até mesmo, ser um mau negócio.

“A gente alerta muito nesse sentido para que os estabelecimentos tenham as contas muito bem gerenciadas porque o delivery ou a abertura somente durante o dia podem não estar compensando e dando mais prejuízo do que lucro, já que o funcionamento traz gastos”, ressalta.

Esse foi o caso de Fábio Araújo, um dos sócios da Petiscaria Quintal de Casa. Ele, então, preferiu não adotar o modelo de entrega. “Delivery não compensa porque a quantidade de pedidos é muito baixa. Eu pagaria mais do que ganharia para ter os funcionários no delivery. Para restaurantes, isso funciona, mas, para barzinho, não tem o que fazer”, explica.

Segundo ele, foi preciso demitir funcionários e segurar os preços do cardápio, mas, mesmo assim, a quantia de dinheiro que entra não consegue ser maior do que a que sai. “Reduzimos o quadro de funcionários em mais de 50%. A minha sócia faz o papel de uma auxiliar de cozinha, eu faço papel de garçom, tudo para economizar. E não estamos dando lucro. A palavra ‘lucro’ não está no nosso vocabulário desde fevereiro de 2020. Os preços são os mesmos desde novembro do ano passado, não tivemos condições de reajustar nada porque, quem tem os menores preços, ainda atrai mais clientes. A carne teve reajuste de 35% e eu não aumentei nem um centavo nos pratos”, conta Araújo.

Antes da pandemia, ele tirava o seu sustento do bar, mas, com a crise, precisou se desdobrar para conseguir pagar as contas. “Fui buscar outras coisas. Fui motorista de uber, voltei a fazer trabalho de design gráfico, voltei a dar aulas à distância; fiz de tudo”, desabafa ele.

Restrições
O governador Rui Costa confirmou, na noite deste domingo (14), a prorrogação do lockdown parcial em Salvador e na maior parte dos municípios da Região Metropolitana. Com isso, até 22 de março, nessas localidades, o funcionamento de estabelecimentos comerciais como restaurantes e bares só fica permitido em regime de delivery (operação que pode ocorrer até meia-noite), ou sistema de retirada de produtos no local (que pode ocorrer até 18h), desde que mantidas as portas fechadas ao público.

Já em todos os 417 municípios da Bahia, segue em vigor o toque de recolher das 20h às 5h, determinado pelo Governo estadual em toda a Bahia até o dia 1º de abril. Restaurantes, bares e congêneres devem encerrar o atendimento presencial às 18h e serviços de delivery serão permitidos até à meia-noite.

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Os bares do Rio Vermelho e Itapuã, que tiveram horário de abertura restrito pela Prefeitura desde a semana passada, vão poder voltar a funcionar de sexta a domingo, sob novo protocolo. O anúncio foi feito pelo prefeito ACM Neto nesta quinta-feira (17), durante apresentação do Plano de Marketing Turístico e dos selos de segurança para os estabelecimentos turísticos, ocorrido no Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande.

De acordo com o novo decreto, o bares e restaurantes nesses dois bairros poderão voltar a funcionar até a meia-noite. No entanto, será proibido o comércio e consumo de bebidas em espaços públicos, das 17h às 7h do dia seguinte.

Além disso, está proibida a venda de comidas e bebidas para pessoas em pé - apenas clientes sentados à mesa serão servidos. Os bares e restaurantes com mesas em área externa deverão delimitar o espaço físico de atuação.

O prefeito anunciou que as novas medidas, já com validade a partir desta sexta-feira (18), serão adoradas em caráter de teste para evitar as constantes aglomerações nestes locais. As novas determinações foram fruto de reunião entre a Prefeitura e a Abrasel-BA, realizada esta semana.

"No entanto, ressaltamos que o descumprimento de qualquer dessas medidas levará à suspensão do alvará de funcionamento por tempo indeterminado", alertou ACM Neto.

Salões e barbearias - Na mesma ocasião, o prefeito anunciou a ampliação do horário de funcionamento de salões, barbearias e similares, até o próximo dia 31. Nesse período, estes estabelecimentos podem funcionar das 9h às 20h, de segunda a domingo.

Transporte - Foi anunciado, ainda, que a frota do transporte público está sendo ajustada para atender à demanda devido à ampliação do horário de funcionamento dos shoppings, centros comerciais, comércio de rua e similares.

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Os bares e restaurantes no Rio Vermelho e em Itapuã serão fechados de sexta a domingo a partir das 17h, anunciou nesta segunda-feira (7) o prefeito ACM Neto, em coletiva de imprensa. Também foram suspensos teatro, cinema, casas de espetáculo, atividades sociais em clubes. Só podem acontecer atividades recreativas e esportivas. As medidas começam a valer em 48h e têm validade de 15 dias. Depois desser período, serão reavaliadas.

O prefeito disse que as medidas são de "baixo impacto econômico". "Estamos vivendo o fim de ano, momento que o comércio se aquece. Fechar shoppings ou lojas não seria razoável, então não estamos cogitando ainda ações desse nível. Mas, como disse, nada está descartado. Em primeiro lugar virá o cuidado com a saúde pública", destacou. "Vocês estão vendo o derespeito que está acontecendo nas noites do Rio Vermelho e em Itapuã. Aglomeração, muita gente, mesmo quando o bar fecha, o que acontece? As pessoas vão pra rua e fazem aglomeração com isopor de cerveja", criticou o prefeito.

"Essas medidas não valem para o período diurno. De sexta a domingo, das 17h até 6h, 7h, vai estar tudo proibido em termos de funcionamento de bar e restaurante no Rio Vermelho e Itapuã", disse.

Salvador também vai acelerar a criação de novos leitos de UTI para pacientes com covid-19, disse o prefeito. Até 20 de dezembro, serão abertos mais 10 leitos no Hospital Municipal, 10 no Hospital Salvador e 20 no Hospital Sagrada Família. A ideia é chegar ao mesmo número de leitos disponível no pico da pandemia. "Nosso objetivo é que até o fim do ano a gente volte a ter o mesmo número de leitos que tivemos no auge da pandemia. Os que foram desmobilizados ou convertidos para outras comorbidades", disse, afirmando que o diálogo tem sido mantido com o governo do estado, que também fará o mesmo esforço. Nesse momento, explicou, os hospitais de campanha não voltarão, mas os leitos serão abertos em outras unidades.

Neto afirmou que a situação da pandemia tem piorado na capital baiana. O número de casos por dia, que tinha caído para 160, agora chega a 400. A taxa de ocupação dos leitos de UTI aumentou 11% na comparação com a última semana epidemiologica. Hoje está em 77% a UTI e 81% a de leitos clínicos. Hoje, Salvador tem 27 pacientes nas UPAS aguardando regulação para um hospital.

"Chegamos a patamares altamente elevados", avaliou Neto. "O final de semana foi tenso", continuou, dizendo que acompanhou a regulação de perto, ao lado do secretário de saúde Leo Prates.

O prefeito lembrou também que muitos pacientes vêm do interior da Bahia e que a abertura de leitos não pode ser a única estratégia. "Vai ter que ser também a estratégia de segurar a velocidade de transmissão, de segurar o ritmo do contágio da doença em Salvador", afirmou.

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A pandemia do novo coronavírus causou uma inflação no mundo dos alimentos - o pão francês ficou mais caro, assim como a carne, o arroz, o leite e derivados. Um dos segmentos que mais sofreu com esse aumento foi o de bares e restaurantes. Mesmo reabertos, 61% dos empreendimentos baianos fecharamo mês de setembro no prejuízo, de acordo com a pesquisa mais recente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O índice baiano é 15% maior que a média nacional, de 53%.

Para driblar as dívidas, os empresários tiveram que fazer reajustes no cardápio, deixar de ofertar determinados pratos e repassar um pouco desse aumento para o cliente. Alguns também reduziram o quadro de funcionários ou não recontrataram aqueles que foram afastados com a MP 936 - medida que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e possibilitou a redução de carga horária e demissões.

O levantamento da Abrasel mostra ainda que 42% dos bares e restaurantes aumentaram os preços para o consumidor final, que agora paga 6 a 10% mais caro pelo mesmo produto. Essa alta corrobora com dois outros números: o faturamento, que veio 63% abaixo do esperado no mês passado. Com isso, os empreendimentos tiveram queda de 67% nas receitas.

No restaurante Mariposa, no Boulevard 161, o cardápio deixou de oferecer cerca de 20% dos itens. “Foi necessária essa redução de cardápio para deixar a operação mais simples. Aqueles pratos que demandava um item em específico acabaram saindo”, comentou o dono do estabelecimento, Rodrigo Estivallet. As flautas mexicanas, por exemplo, não se encontram mais no menu. Também houve redução no número de funcionários - de 23, somente 13 integram agora o quadro.

Aumento no preço dos insumos
Estivallet ressalta, contudo, que a maioria dos reajustes nos preços de alimentos não estão sendo repassados em sua integralidade, por isso que o quadro de endividamento demora de se reverter. Os principais vilões, segundo ele, são o filé mignon, que "toda semana fica mais caro", e o queijo. O quilo da carne, que custava R$ 34,50, passou para R$ 50. Já o queijo quase dobrou de valor - de R$ 19/kg passou para R$ 32/kg. “Apesar de fazer um reajuste, ele não foi integral, porque existe a preocupação de não tornar o cardápio inviável para o consumidor ou ele não querer pagar”, pontuou o empresário. O Mariposa que existia no Mundo Plaza foi fechado por conta da pandemia.

Na Pizza da Chapada, franquia que existe nos bairros Itaigara e Graça, o que pesou foi o queijo, insumo que o restaurante usa quase uma tonelada por mês. “Tive um aumento de quase 50% nesse insumo de fevereiro para hoje, então não teve como não ter reajuste. Segurei até onde deu, mas em setembro tive que aumentar. Assumi uma parte dos custos e repassei uma parte menor para o consumidor final, para o produto não ficar tão caro”, explica o proprietário Nei Laudano. O faturamento na empresa ainda está em 65 e 70% em relação ao mesmo mês do ano passado.

A chef Tereza Paim, apesar de não mudado os pratos do cardápio - é o mesmo há 18 anos - manteve os preços de janeiro de 2019 durante o primeiro mês da reabertura do restaurante deste ano. Ela diz não ter sentido o impacto do aumento dos insumos, pois compra em quantidade, e que dá para compensar com outros pratos. “Os produtos estão variando, tem uns que estão mais baratos e outros mais caros. O que está puxado mesmo é a carne. Mas você compensa ganhando mais em outros pratos”, contou. Paim ainda afirma que o faturamento de outubro no restaurante foi de 80% em relação ao mesmo mês do ano passado e que acredita que vai haver crescimento.

A maior parte dos bares e restaurantes, contudo, não repassou o aumento dos insumos para o cliente, como destacou o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha), Silvio Pessoa. “A maioria ainda não repassou ao consumidor final. A gente espera que nesse período entre safra e que não precise aumentá-los. É a nossa esperança, porque o consumo está diminuído e a população está sem dinheiro. Infelizmente, vamos ter que segurar um pouco”, disse Pessoa.

Transporte fica mais caro
Um dos custos operacionais que aumentou nesses últimos meses e que foi ressaltado como principal vilão foi o de transporte dos funcionários. Com a redução da frota e o horário de funcionamento dos ônibus, os colaboradores utilizam aplicativos de transporte para voltar para casa na maioria das vezes. “Alguns tem veículo próprio, mas a maioria depende de transporte público. Às vezes, libero mais cedo para o funcionário poder ter o transporte de 22h, mas estou gastando R$ 1.000 a R$ 1.500 reais por mês de Uber. Além de estarmos com horário reduzido, já ficamos cinco a seis meses sem funcionar e ainda temos que arcar com esse custo que não é barato”, ponderou Laudano.

No Mariposa, o proprietário deixou de contratar quem não tinha como voltar para a casa depois das 22h, porque não tinha como assumir a despesa dos aplicativos de transporte. “A gente deixou de recontratar dois profissionais porque não tinha como ter o transporte para eles depois de 22h. E muitos moram em regiões distantes, que o Uber dá caro, ou que o Uber não entra, ainda tem esse agravante. Isso tem elevado bastante os custos e a gente precisa fazer um malabarismo muito grande para chegar em um equilíbro”, confessa Estivallet.

Aumento dos custos operacionais
A pesquisa da Abrasel ainda apontou que, na Bahia, 56% dos empresários notaram aumento dos custos, causado principalmente pela subida de valor dos alimentos. Os donos de bares e restaurantes relataram ao estudo que as mercadorias subiram 15% em relação ao valor de antes da crise.

“Temos custos operacionais mais altos, uma oferta reduzida e uma demanda reduzida. E ainda com novos componentes que estão se apresentando a partir da retomada que incrementam essa equação na parte negativa, principalmente pelo custo dos alimentos, como a compra de proteínas e derivados do leite. Há uma inflação que continua impactando muito nosso segmento e nosso setor. A equação não fecha”, argumentou o presidente-executivo da Seccional Bahia da Abrasel, Luiz Henrique Amaral.

Esse aumento dos custos operacionais se soma com as dívidas que muitos empreendimentos acumularam ao longo dos seis meses em que estiveram fechados. Amaral reforçou a estimativa da associação de que pelo menos um terço das empresas do setor não retornará à atividade.

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Já se vão dois meses que os bares de Salvador estão autorizados pela prefeitura a funcionar, depois de quase cinco meses fechados por conta da pandemia. Mesmo com rígidos protocolos sanitários, a frequência nestes estabelecimentos ainda está em torno de 30%, segundo o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Fehba), Silvio Pessoa.

A aposta número um dos donos de bares, entretanto, ainda é assegurar que as medidas de prevenção e combate ao novo coronavírus estão sendo cumpridas. “A prioridade são os cuidados sanitários, disponibilizando álcool em gel, medição da temperatura na entrada e os EPI’s dos garçons, e o cuidado do desembarque dos clientes. Ele tem que chegar usando máscara”, reforçou o diretor de marketing da rede de bares Boteco do Caranguejo, Wagner Miau.

Outras medidas usadas pelo Boteco foram investir em um novo item no cardápio (agora digitalizado), o quibe de siri, músicas ao vivo todos os dias, e uma campanha que se a cerveja não chegar à mesa gelada, com o famoso “véu de noiva”, o cliente não paga. As músicas ao vivo - somente voz e violão - foram liberadas pelo prefeito ACM Neto a partir desta segunda-feira (5). Neto ampliou ainda o horário de funcionamento até 00h - antes até às 23h - e o número máximo de clientes na mesma mesa passou a ser oito e não 6 pessoas. A capacidade máxima continua em 50%.

O Bar Ulisses, no bairro Santo Antônio Além do Carmo, reabriu no dia 13 de agosto e também apostou na reformulação do cardápio, com novos drinks e novos pratos. “Como não pode fazer promoção, criamos novos drinks e novos pratos para adequar aos clientes e estamos fazendo todo o protocolo exigido”, destacou o proprietário Jorge Ulisses. Apesar da capacidade reduzida, a movimentação tem aumentado nas últimas semanas desde a reabertura e todo os funcionários, afastados durante a pandemia, já voltaram a trabalhar no local. “Está em uma crescente muito boa”, avaliou Ulisses.

Porém, muita gente ainda prefere ficar em casa, como a estudante Isabelle Carvalho, que mora no Imbuí. “A maioria dos bares que frequento, que atraem jovens, prezam mais por ter cliente e não pelo cuidado com as medidas de higiene. Não me sinto segura porque sempre vejo aglomeração”, explicou Carvalho. Já o bacharel em humanidades Bruno Barreto voltou a frequentar os barzinhos perto de casa, na Barra. “A maioria dos meus amigos já está indo. A única chateação foi a limitação de pessoas e o horário. Acho que é uma medida besta, só para mostrar que estão fazendo algo”, opinou.

O empresário Bruno Boscolo, novo proprietário da EcoSquare, primeira Vila de Contêineres de Salvador, no bairro do Rio Vermelho, fez mudanças no paisagismo do espaço e na iluminação para deixar o ambiente mais aconchegante. Além disso, ele fez uma consulta com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) para evitar que aglomerações aconteçam no entorno, algo frequente por ali, pela presença de ambulantes.

“Nosso desafio é deixar o espaço mais agradável e que esteja no roteiro de qualquer turista e soteropolitano. Todo mundo está receoso, mas ela Eco ser um espaço aberto, facilita a circulação do ar e o espaçamento entre as mesas”, afirmou Boscolo. O empresário também aposta em música ao vivo às sextas e sábados de artistas que dialoguem com o cenário soteropolitano e reforçou a equipe de segurança para endurecer a fiscalização dos protocolos sanitários.

O presidente da Fehba, Silvio Pessoa, estima que 40 a 50% dos bares e restaurantes de Salvador não voltem a operar após a pandemia por conta dos prejuízos financeiros durante esse período. Contudo, ele espera que o movimento aumente nos próximos meses. "O movimento está bem abaixo do normal, as pessoas ainda estão com muito medo de sair de casa. Mas acredito que a partir de 15 de novembro, após as eleições, se a gente não tiver uma segunda onda, as coisas vão começar a melhorar", previu Pessoa.

Cuidados a serem tomados

O infectologista Claudilson Bastos alerta que um dos principais cuidados a serem tomados para evitar riscos de contágio da covid-19 em bares é usar e manipular as máscaras de forma correta. “Antes e depois da manipulação do uso das máscaras deve higienizar as mãos e pegá-las sempre pelas alças. Se for comer, deve-se colocar as máscaras sobre o guardanapo, mas a alça deve ficar de fora”, orientou o infectologista. Bastos ainda relembrou que é recomendado manter o distanciamento mínimo de 1,5 metro.

Iniciativas Ambev

Duas iniciativas da Ambev que surgiram durante a pandemia para incentivar os clientes a voltarem a frequentar os bares preferidos foram a "Voltadeira" e a Academia do Garçom. Em parceria com o aplicativo iti, do Itaú, Bohemia lança a “Voltadeira Bohemia”, campanha que banca a primeira garrafa de Bohemia dos consumidores nos bares.

Os interessados devem ter mais de 18 anos, fazer o cadastro no site www.voltadeira.com.br e convidar dois amigos. Depois, basta baixar o iti no celular e criar uma conta. Em até sete dias úteis o valor da cerveja (R$ 7,50) será creditado no saldo do aplicativo. O resgate da cerveja não tem data limite, mas o cadastro no site pode ser feito até 31 de dezembro. A ação é válida para qualquer bar que tenha máquina da Rede, GetNet ou Cielo.

Já o Academia do Garçom foi criada em parceria com a Abrasel para capacitar os funcionários de bares e restaurantes que ficaram desempregados durante a pandemia. A plataforma digital serve para que donos de estabelecimentos identifiquem essas pessoas e selecione o candidato que mais se aproxima do perfil da empresa. O acesso é gratuito, basta acessar o site https://academiadogarcom.bohemiapuromalte.com.br e se cadastrar. O site ainda oferece treinamento, com aulas 100% online, de técnicas de atendimento, segurança, higienização, vendas e conhecimento cervejeiro.

Interdições Sedur

Segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), entre 10 de agosto e 7 de outubro, foram interditados 178 bares na capital baiana por descumprirem o protocolo sanitário decretado pela prefeitura. Os bairros que registram o maior número de irregularidades são São Marcos, Barra e Ribeira. Os principais motivos para as interdições são a ultrapassagem do horário limite de funcionamento, aglomerações e falta do uso de máscara.

A Sedur também autorizou 86 bares e restaurantes da capital baiana a utilizarem calçadas, a fim de ampliarem seus espaços e a capacidade de recepção de clientes. A medida foi permitida no final de julho pela prefeitura.

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