Casos de H1N1 crescem entre adultos; diagnósticos de covid-19 caem
Dados do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (1º), mostram aumento do número de casos de gripe em adultos. Os casos estão associados à influenza A, sendo a maioria por H1N1, vírus que pode ser combatido pela vacina contra a gripe. A análise considera registros até o dia 22 de maio.
O coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, avalia que é significativo o crescimento de diagnósticos de gripe e por outro lado a queda de casos de covid-19, na mesma faixa etária. "Nas últimas quatro semanas, essa atualização mais recente, 31% dos casos na população a partir de 15 anos estão associados ao influenza A", disse.
Crianças
Já em relação às crianças, Marcelo Gomes destaca o crescimento também importante de novos casos semanais e de internações por Vírus Sincicial Respiratório, que vem se mantendo desde o mês de abril. "Em diversos estados do país, a gente vem mantendo o ritmo de aumento no número de internações no público infantil até quatro anos de idade, especialmente nas crianças até dois anos", explicou.
Das 27 unidades federativas, 19 apresentam tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Entre as capitais, o número chega a 14.
Campanha contra Gripe
Apenas 40% do público-alvo tomaram a vacina contra a gripe no país. Em função da baixa procura, a Campanha Nacional de Vacinação, que terminaria nessa quarta-feira, foi prorrogada em ao menos sete estados, entre eles Rio de Janeiro e São Paulo.
Todas as pessoas com mais de seis meses de idade podem ser imunizadas contra a influenza.
Covid não é mais uma emergência sanitária de importância internacional, diz OMS
Depois de mais de 3 anos de emergência internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (5) que a Covid não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto título de alerta da organização, declarado para o surto do novo coronavírus no final de janeiro de 2020.
Pelas estimativas da organização, desde então, a doença matou mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que pode ser ainda mais alto.
A decisão não altera o título de pandemia de Covid, que só foi declarado meses mais tarde, em março do mesmo ano.
Isso porque a ESPII é um termo técnico que passa por diversos critérios até ser decretado. A designação é bastante importante para coordenação de esforços de saúde pública internacionais. Já o termo pandemia é diferente e faz referência a disseminação mundial de uma nova doença, quando vários continentes têm uma transmissão sustentada do surto.
No começo deste ano a OMS divulgou um vídeo explicando inclusive a diferença entre a ESPII e a pandemia. Nele, a líder técnica da entidade, Maria van Kerkhove, ressaltava que mesmo que a organização decretasse o fim da emergência este ano, o mundo ainda poderia ter que lidar por um bom tempo com a pandemia de Covid.
"Isso porque esse vírus está aqui conosco e veio para ficar", disse Kerkhove à época.
"É muito difícil definir quando você chega num status em que um novo vírus se torna uma pandemia. Já a ideia de declarar uma ESPII é para coordenar uma ação imediata antes que esse evento se torne ainda maior e vire uma pandemia", acrescentou.
Especialistas da OMS se reuniram ontem para discutir o rebaixamento do mais alto nível de alerta da organização.
"O Comitê de Emergência se reuniu pela 15ª vez e me recomendou que eu declarasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. Aceitei esse conselho. É, portanto, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
"No entanto, isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global. Na semana passada, a Covid ceifou uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes que conhecemos", acrescentou.
A decisão acontece depois que vários países, como os Estados Unidos, começaram a suspender seus estados de emergência locais. O Brasil fez o mesmo em abril do ano passado, na contramão do que dizia a OMS na época.
Agora, com a vertiginosa queda nos números de casos e mortes pela doença, aliada a ampla vacinação da população, a situação já é outra, o que motivou a decisão da OMS.
Nesta sexta, o diretor da OMS disse inclusive que a pandemia está em tendência de queda há mais de um ano, reconhecendo que a maioria dos países já voltou à vida normal antes da Covid.
Mais de três anos depois da declaração da emergência, o vírus causou cerca de 764 milhões de casos em todo o mundo e cerca de 5 bilhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina, de acordo com as mais recentes estimativas globais.
“A Covid mudou o nosso mundo e nos mudou”, acrescento Tedros, alertando que o risco de novas variantes ainda persiste pelo mundo.
Vacinação contra Covid-19 é suspensa durante o período do Carnaval em Salvador
Devido aos festejos de de Carnaval em Salvador, a campanha de vacinação contra a Covid-19 estará suspensa a partir desta sexta-feira (17).
A estratégia será retomada na próxima quinta-feira (23).
A estratégia com locais de vacinação, público alvo e horários serão divulgados na Quarta-feira de Cinzas (22).
Bahia registra duas mortes e 2.702 casos de covid-19 em 24 horas
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 2.702 casos de covid-19, 2.263 recuperados e 2 óbitos. Os dados são do boletim epidemiológico desta sexta-feira (13).
Dos 1.779.586 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.746.204 já são considerados recuperados, 2.067 encontram-se ativos e 31.315 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações.
O boletim contabiliza ainda 2.080.090 casos descartados e 373.514 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas desta sexta-feira.
Na Bahia 71.637 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.
Vacinação
Até o momento a Bahia contabiliza 11.712.078 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.957.816 com a segunda dose ou dose única, 7.700.373 com a dose de reforço e 3.070.888 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 1.103.768 crianças já foram imunizadas com a primeira dose e 746.952 já tomaram também a segunda dose. Do grupo de 3 a 4 anos, 80.703 tomaram a primeira dose e 36.570 já tomaram a segunda dose. Do grupo de 6 meses a 2 anos, 10.615 tomaram a primeira dose.
Membros da transição cobram Queiroga sobre ações para nova onda de covid-19
Os ex-ministros da Saúde e atuais membros da equipe de transição do novo governo Arthur Chioro e Humberto Costa enfatizaram nesta terça-feira, 22, que a responsabilidade de atuação na área até o fim do ano é do governo de Jair Bolsonaro, mas que os coordenadores da saúde se reunirão na quarta-feira (23) com o atual ministro, Marcelo Queiroga, para saber o que a pasta planeja para a nova onda de covid-19. "O que a gente quer saber é o que o Ministério da Saúde está fazendo e planejando fazer neste momento que está ficando evidente o início de uma nova onda da covid-19", disse Costa. Os dois chegaram na manhã desta terça ao CCBB, sede do governo de transição, para reuniões com representantes do setor privado.
Costa salientou que atualmente crianças com até 3 anos de idade não estão sendo vacinadas na sua plenitude, apenas as que contam com comorbidades; as com mais idade não estão com a Coronavac, que, de acordo com ele é o imunizante adequado; e que a cobertura vacinal da 3ª dose está na faixa de 50%. "Há necessidade de complementar todas as doses de reforço. Estamos ainda sem ter clareza sobre se o governo encomendou, vai encomendar em relação a essa vacina que está prestes a ser registrada pela Anvisa e que no mundo inteiro está usando para enfrentar a onda com essa nova variante", disse.
Chioro destacou que a transição agora busca identificar ações para a garantia de assistência às necessidades de saúde da população e, a partir daí, avaliar as recomendações que serão feitas. "A responsabilidade da Saúde até 31 de dezembro é do governo Bolsonaro. O grupo de transição não tem prerrogativas de tomar decisões, mas podemos identificar grupos sensíveis, medidas necessárias e, na medida do necessário, negociar, articular, providenciar, reivindicar, tomar atitudes que estejam ao nosso alcance para garantir que a nossa população não tenha descontinuidade de atenção", afirmou.
Ele acrescentou que não é necessário um novo governo iniciar para que haja a intensificação da vacinação atual. "Queremos saber que medidas estão sendo tomadas, até para poder dar lastro às medidas que precisamos fazer."
Ana Maria Braga testa positivo para a covid pela segunda vez
A apresentadora Ana Maria Braga testou positivo para a covid-19 pela segunda vez. Ela já estava afastada do Mais Você desde a semana passada, quando apresentou sintomas gripais.
Ana fez dois testes que deram negativo, mas como os sintomas continuaram, ela testou novamente confirmando o diagnóstico.
"A Ana não veio para cá na quinta-feira porque tinha apresentado sintomas de gripe. Ela fez dois testes, como manda nosso protocolo, e deram negativo, mas, ainda assim, ela estava gripada, não acordou bem e decidiu não vir trabalhar. Ela decidiu fazer o terceiro teste e, infelizmente, deu positivo. Então, ela está lá, está se cuidando e está superbem, gente! Fiquem tranquilos", explicou Fabricio Battaglini, que ficou responsável por comandar o programa nesta segunda-feira (30).
Talitha Morete que normalmente divide a apresentação com Fabricio quando Ana se ausenta também testou positivo para a doença. O resultado saiu na manhã desta segunda.
Ministério aprova inclusão no SUS de 1º remédio contra casos graves de covid
O Ministério da Saúde decidiu nesta sexta-feira, 1º de abril, incorporar no Sistema Único de Saúde (SUS) o primeiro remédio de eficácia comprovada para o tratamento de casos graves de covid-19. A inclusão havia sido recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) esta semana. Estudos realizados em vários países, entre eles o Brasil, mostraram que o baricitinibe reduz em 38% a mortalidade de pacientes hospitalizados.
O Olumiant, nome comercial do medicamento, é produzido pela Eli Lilly. Já é usado em mais de 70 países, entre eles o Brasil. É aplicado no tratamento de artrite reumatoide e dermatite atópica
Em setembro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou seu uso no tratamento de pacientes adultos de covid-19. São casos de internados que precisam de oxigênio por máscara, cateter nasal, alto fluxo ou ventilação não invasiva. Outros 15 países já fazem esse uso do remédio. Trata-se de um imunomodulador. Atua no sistema imunológico reforçando as defesas e bloqueando vias inflamatórias.
"O Olumiant é um medicamento já disponível no SUS para a indicação de artrite reumatóide, portanto já temos entregas acontecendo para o governo", lembrou o diretor de assuntos corporativos e regulatórios da Lilly, Orlando Silva. "O governo já tem estoque disponível para atender imediatamente os pacientes em ambas as indicações."
A eficácia da droga no tratamento da covid foi testada em dois estudos clínicos internacionais. Esses trabalhos envolveram mais de 2,5 mil pacientes em vários países, inclusive no Brasil. No País, foram testados 366 pacientes em dezoito centros clínicos em cinco estados. A dose recomendada é um comprimido de 4mg ao dia, por 14 dias. O custo é de cerca de R$ 3 mil pelo tratamento completo. Segundo o fabricante, em todo o mundo, cerca de 740 mil pessoas já foram tratadas com o remédio.
"Na covid, o aumento da gravidade da doença pode estar associado a um estado hiperinflamatório", explicou a gerente médica da farmacêutica, Camila Tostes. "Estudos realizados mostraram que, através da inibição das proteínas JAK1 e JAK2, o remédio reduziu a "tempestade de citocinas" associada às complicações desta infecção.
Além disso, o medicamento tem um papel na inibição das proteínas das células hospedeiras que auxiliam na reprodução viral, reduzindo a capacidade das células infectadas de produzir mais vírus."
Segundo relatório técnico da Conitec, os pontos favoráveis à incorporação foram os desfechos positivos nos estudos. Os trabalhos mostraram redução da mortalidade em pacientes hospitalizados. Houve ainda avaliações econômicas e análises de impacto orçamentário. Elas sugeriram que o medicamento é sustentável para o SUS. E mostraram que não há outras opções de tratamento disponíveis.
"É um remédio muito bom para casos graves de covid, a um custo plausível", afirmou a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz. "É um excelente imunomodulador."
O ministério ainda não informou sobre expectativas de compra do produto para distribuição na rede pública.
Na última quarta-feira, 30, a Anvisa aprovou também o uso emergencial do Paxlovid. É uma droga indicada para o tratamento de casos mais leves de covid-19.
O remédio, fabricado pela Pfizer, reduz em 89% o risco de internação e morte por covid. Já é usado nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.
Secretaria de Saúde de Ilhéus alerta para baixa procura por 3ª dose contra covid
A procura pela 3ª dose da vacina contra a Covid-19 está baixa em Ilhéus, segundo informa a Secretaria de Saúde (Sesau). Mesmo com as estratégias adotadas pela prefeitura para facilitar o acesso do público aos pontos de imunização, que incluem vacinação noturna e descentralização do serviço, muitas pessoas ainda não tomaram a dose de reforço. Até a quinta-feira (24), a cidade registrou 45.588 faltosos.
A secretaria reitera que a 3ª dose é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir consideravelmente as hospitalizações e a taxa de óbitos pela doença. Estudos mostram, por exemplo, que o risco de morte entre idosos não vacinados ou com a imunização incompleta é 40 vezes maior que entre aqueles que tomaram as três doses contra a covid-19.
Estão aptas para tomar a dose de reforço as pessoas acima de 18 anos que receberam a 2ª há quatro meses ou mais. Basta comparecer aos pontos de vacinação informados diariamente pela Sesau, conforme horários específicos.
O órgão destaca que a dose de reforço pode ser feita com as vacinas da Pfizer, Oxford e Janssen, independentemente do imunizante utilizado nas duas primeiras aplicações. O uso dispensa a obrigatoriedade do sistema homólogo, o qual aponta que a 3ª dose deve ser feita com a mesma vacina utilizada na 1ª e 2ª dose. A Sesau esclarece que pessoas infectadas pela doença devem aguardar o intervalo de 30 dias para receber a 1ª, 2ª ou 3ª dose do imunizante.
Bahia pode perder leitos covid-19 a partir do fim desse mês, alerta Conselho de Saúde
Num momento em que a Bahia enfrenta alta nas hospitalizações por covid-19, com quase 70% de ocupação das UTIs, o Conselho Estadual de Saúde da Bahia alerta que, a partir de 28 de fevereiro, o estado pode perder leitos exclusivos da doença, já que o Ministério da Saúde instituiu uma portaria que encerrará a ajuda de custos a estados e municípios. Com esta retirada de recursos, a população baiana pode ser prejudicada na assistência à saúde.
Neste mês de fevereiro, o conselho enviou ao ministério um ofício solicitando a manutenção do financiamento, uma vez que não é possível prever o surgimento de novas variantes e nem o fim da pandemia. Enquanto órgão fiscalizador e deliberador do SUS, o CES-BA tem pedido a revisão da portaria do governo federal.
Na Bahia, mais de 1.000 leitos foram financiados com recursos da União nestes 2 anos de pandemia. A atual proposta do Ministério da Saúde é incorporar leitos de UTI geral para o atendimento de pacientes com covid-19.
“Eles irão desmontar a estrutura, mas a pandemia ainda não acabou. Vão retirar 100% dos leitos exclusivos de covid-19 no Brasil todo e isso atinge a Bahia. Os estados já estão com dificuldades de manter insumos para fazer a vacinação. Estados e municípios não vão conseguir sozinhos financiar as eventuais necessidades de saúde da população caso a pandemia permaneça”, alerta Marcos Sampaio, presidente do CES-BA.
Covid em queda: medidas restritivas podem ser flexibilizadas em março na Bahia
Com a estabilidade e indícios de queda dos números da covid-19 na Bahia, o governador Rui Costa afirmou que o estado pode começar a ter flexibilização das medidas restritivas. No entanto, isso só deve acontecer a partir de março.
"Por enquanto, nós não flexibilizaremos para nenhum evento, seja festivo ou esportivo. O que nós podemos fazer, se os números continuarem caindo, a partir dos primeiros dias de março, anunciar o retorno lento da flexibilização das medidas, mas ocorrerão na medida da queda da doença", explicou o governador, nesta quinta-feira (17).
Segundo Rui, a capacidade dos eventos pode ser ampliada progressivamente no estado. Atualmente, só são permitidos eventos com público de até 1.500 pessoas, em espaços fechados, nos quais sejam possíveis fiscalizar as medidas sanitárias. "Se hoje é 1.500, se os números continuarem caindo, podemos voltar a 3 mil, depois a 5 mil", explicou.
Entrega de viaturas
As falas do governador aconteceram durante uma solenidade de comemoração dos 197 anos da Polícia Militar da Bahia (PMBA) na Vila Policial Militar do Bonfim, em Salvador. Na ocasião, foram entregues 150 motocicletas e 27 viaturas para a corporação.
Como parte das comemorações, policiais militares receberam também medalhas por tempo de serviço prestado à comunidade baiana e haverá entrega de títulos de Amigo da PM a personalidades civis.