Sesab emite alerta para vigilância da raiva: 'Não há motivo algum para alarde'
Após o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) diagnosticar nove casos de raiva em morcegos nas cidades de Dias d’Ávila, Camaçari e Catu, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) emitiu um alerta para vigilância da raiva na quarta (22). A Sesab ressaltou, nesta quinta (23), no entanto, que "não há motivo para alarde".
"O documento, que tem caráter preventivo, ressalta apenas a necessidade de intensificação da Vigilância da Raiva", diz nota do órgão, que afirmou que desde 2017 a Bahia não registra nenhum caso de raiva humana causado por morcego.
Coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Vânia Rebouças reforça que a nota técnica encaminhada aos municípios atua como estratégia preventiva.
“O que as pessoas precisam entender é que não há motivo algum para alarde. Não temos nenhum caso suspeito de raiva humana e os morcegos encontrados são do tipo não hematófagos, ou seja, que não se alimentam de sangue. O mais importante, nesse momento, é manter a atenção e possível distanciamento de animais silvestres e atualizar a vacinação antirrábica de animais domésticos. Para barrar essa cadeia de transmissão, precisamos evitar o contato com animais potencialmente contaminados”, explica.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica recomenda ainda que os municípios reforcem as orientações de prevenção e realizem o monitoramento das áreas citadas.
Saiba como identificar raiva em animais domésticos
Se um animal doméstico vacinado entrar em contato com animais silvestres (morcegos, micos, sagui, etc), deve ser levado imediatamente ao veterinário para que um reforço da vacina antirrábica seja aplicada. Um animal infectado pelo vírus da raiva muda de comportamento e os principais sinais da contaminação são: prostração, agressividade, alterações neurológicas, hipersalivação e paralisia.
Cães e gatos eliminam o vírus da pela saliva, o que ocorre até cinco dias antes dos sinais clínicos e persiste durante toda a doença. A morte do animal costuma acontecer entre cinco e sete dias após a apresentação dos primeiros sintomas.
A Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) oferece gratuitamente, por meio do Centro de Controle de Zoonoses, a vacina antirrábica para animais em mais de 100 unidades espalhadas pela capital, das 8h às 14h. A lista completa dos postos pode ser encontrada aqui.
Varíola do macaco se aproxima do Brasil; Sesab dá orientações para evitar contágio
O Ministério da Saúde da Argentina investiga o primeiro caso suspeito de varíola do macaco (monkeypox) registrado no país. O comunicado foi feito no último fim de semana. Por meio de nota, a autoridade governamental disse que um morador da província de Buenos Aires entrou em contato com o serviço de saúde com sintomas "compatíveis com o da varíola do macaco". O paciente apresentou pequenas feridas em distintas partes do corpo e febre. A pessoa infectada acabou de retornar de viagem à Espanha, onde ocorreu um pequeno surto da doença.
Por conta da proximidade entre Argentina e Brasil, países da América do Sul que fazem fronteira, especialistas brasileiros estão atentos para uma possível chegada do vírus ao território nacional, embora nenhuma medida efetiva de contenção tenha sido tomada. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) constituiu uma Câmara Técnica Temporária, nomeada de CâmaraPox MCTI, para monitorar os registros e o avanço do vírus pelo mundo. Já o Ministério da Saúde (MS) acompanha o caso suspeito de um brasileiro que está na Alemanha.
Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) garantiu que não há casos suspeitos. Questionada sobre o monitoramento ou adoção de algum protocolo especial de monitoramento e prevenção, o órgão não respondeu. Mas deu orientações de como os baianos residentes ou viajantes para países com registros podem escapar do contágio:
"Devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola do macaco (roedores, marsupiais e primatas); abster-se de comer ou manusear caça selvagem; higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel; evitar a exposição ao vírus e evitar contato com pessoas infectadas; além de não usar objetos de pessoas contaminadas e com lesões na pele", respondeu a Sesab, em nota.
A infectologista baiana Clarissa Cerqueira acredita que o registro de um caso na Argentina deve alertar as autoridades sanitárias brasileiras e torna ainda mais provável a chegada da varíola de macacos ao país.
"Com certeza já é uma situação de alerta. Na Europa já era, porque é um vírus mais contido na África. Agora, chegando na América do Sul, com um mundo globalizado, contatos frequentes e todo mundo viajando, a chance de chegar aqui é grande", diz.
A médica ainda ressalta que o ideal seria ter protocolos para conter o vírus, mas, como os casos ainda estão no começo, é um momento de observação para as autoridades sanitárias.
Brasil em atenção
Desde a semana passada, especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que formam a comissão do MCTI entregaram informes técnicos relativos à monkeypox, detalhando quais são os meios de contágio e o que já se sabe sobre os registros em outros países.
Já o MS solicitou maiores informações à Organização Mundial da Saúde (OMS) e também enfatizou a não letalidade da doença.
"A varíola do macaco é doença viral endêmica no continente africano e que, até o momento, não há notificação de óbitos entre os casos detectados em países não endêmicos”, disse a pasta, por meio de nota.
Pelo mundo
O infectado por monkeypox na Argentina se encontra em um bom estado de saúde e em isolamento, recebendo tratamento para os sintomas, disseram nesta segunda-feira (23), as autoridades portenhas de vigilância sanitária.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que espera identificar mais casos da doença à medida que países onde a ela normalmente não é encontrada aumentem a vigilância. Até sábado (21), 94 casos haviam sido confirmados e 28 suspeitas foram relatadas em 15 países que não são endêmicos para o vírus.
Na última sexta (20), a OMS convocou uma reunião de emergência para discutir o avanço do vírus na Europa.
Os casos confirmados já chegam a 37 em Portugal, após 14 pessoas terem a doença detectada nas últimas horas. As autoridades de saúde não descartam um aumento porque aguardam resultados de outras amostras. O número de casos confirmados no país disparou desde a quarta-feira (18), quando a Direção Geral de Saúde (DGS) de Portugal comunicou os primeiros cinco doentes.
A Inglaterra já tem 20 casos confirmados, de acordo com a última atualização de sexta-feira (20). A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido disse que o risco para a população britânica permanece baixo, e que pessoas com contato próximo aos casos confirmados devem se isolar por 21 dias.
O que é
A varíola do macaco é causada por um orthopoxvirus. É uma doença rara, transmissível por contato com animais e pessoas infectadas ou materiais contaminados. O vírus foi detectado pela primeira vez na República Democrática do Congo, em 1970, e se multiplicou em países da África Ocidental e Central.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo.
De acordo com autoridades de saúde espanholas, a doença não é particularmente infecciosa entre as pessoas, e a maioria dos infectados recupera-se em algumas semanas, embora casos graves tenham sido relatados.
Dengue com catapora
A infectologista Clarissa Cerqueira explica que a varíola do macaco parece uma mistura de catapora com dengue, porque os sintomas incluem febre, dores de cabeça e no corpo e a sensação de fraqueza típicas da dengue, com as erupções na pele que lembram a catapora. A doença, ainda segundo a especialista, é da mesma família da antiga e conhecida varíola, que foi erradicada e tinha uma taxa de letalidade que a tornava perigosa no passado.
"Clinicamente, não tem muita diferença. São parecidas por serem de um vírus da mesma família. Uma das grandes diferenças é a mortalidade. A varíola erradicada é mais grave que a de macaco, que tem a maioria dos casos como assintomáticos”.
Uma das medidas preventivas para conter a varíola do macaco é a vacinação com o imunizante usando para a antiga varíola até 1973. Porém, quem já se vacinou antes, precisaria repetir a dose em um cenário ideal, segundo Clarissa Cerqueira.
"Como a vacina é de vírus vivo atenuado, em geral uma dose é suficiente para proteger para o resto da vida. Mas o ideal seria que todo mundo tomasse porque se passou muito tempo e, em situações de surto, pode ser que precise vacinar todo mundo. Eu diria que a gente deveria priorizar os não vacinados, mas também disponibilizar para aqueles que tomaram a vacina antes", completa.
Mais de 60 cidades baianas têm cerca de 30 dias sem registro de casos da Covid-19, aponta boletim da Sesab
Sessenta e cinco das 417 cidades baianas estão sem registrar casos de Covid-19 há cerca de 30 dias, segundos dados divulgados pela Secretária de Saúde da Bahia (Sesab). Contendas do Sincorá, no sudoeste do estado, é o município que está há mais tempo sem contabilizar infectados (112 dias).
De acordo com os dados divulgados no último boletim, na quarta-feira (8), Marciolínio Souza é a segunda cidade com maior tempo sem registros de infectados pela doença (111 casos), seguido de Itaju da Colônia (102), Boninal (95) e Tapiramutá (92). [Veja a lista das cidades ao final da matéria]
Nas últimas 24 horas foram registrados 608 novos casos de Covid-19 na Bahia. O boletim ainda registrou seis óbitos causados pela doença. Desde o início da pandemia, dos 1.264.224 casos confirmados, 1.233.888 são considerados recuperados e 27.365 pessoas morreram. Ainda estão ativos 2.971 casos.
Segundo a Sesab, 1.650.396 casos foram descartados e 258.683 estão em investigação. No estado, 52.615 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
A Bahia tem 1.231 leitos ativos para tratamento da Covid-19. Desse total, 410 estão com pacientes internados, o que representa taxa de ocupação geral de 33%.
Desses leitos, 507 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e têm taxa de ocupação de 40% (201 leitos ocupados).
Nas UTIs pediátricas, 26 das 29 vagas estão com pacientes, o que representa taxa de ocupação de 90%. Os leitos clínicos para adultos estão com 23% de ocupação e os infantis com 57%.
Confira as cidades baianas que têm mais de 30 dias sem registrar casos de Covid-19:
Utinga – 38
Terra Nova – 31
Boninal – 95
Candeal – 62
Marcionílio Souza – 111
Itaeté – 32
Ibiquera – 81
Presidente Dutra – 39
Ibititá – 46
Barra do Mendes – 31
Tapiramutá - 92
Mulungu do Morro – 46
Gentio do Ouro – 77
Jucuruçu – 60
Jaguaripe – 92
São Félix – 50
Muniz Ferreira – 74
Olindina – 47
Fátima – 46
Banzaê – 70
Heliópolis – 69
Araçá – 60
Aramari – 40
Novo Triunfo – 62
Jandaíra – 48
Acajutiba – 46
Crisópolis – 61
Jeremoabo – 40
Santa Brigída – 40
Ibotirama – 64
Serra do Ramalho – 32
Jaborandi – 35
Tabocas do Velho Brejo – 31
Ipupiara – 84
Iguaí – 60
Ibiassucê – 52
Palmas de Monte Alto – 67
Piripá – 64
Pindaí – 69
Lagoa Real – 73
Urandi – 53
Candiba – 38
Encruzilhada – 63
Mirante – 75
Sebastião Larajeiras – 82
Matina – 70
Botuporã – 45
Licínio de Almeida – 62
Jussiape – 69
Caraíbas – 31
Érico Cardoso – 52
Contendas do Sincorá – 112
Maetinga – 102
Caturama – 124
Manoel Vitorino – 49
Santa Luzia – 32
Teolândia – 32
Itiriçu – 76
Igrapiúna - 31
Apuarema - 84
Gongogi - 38
Planaltino - 48
Nova Ibiá - 48
Cravolândia - 32
Itaju do Colônia - 102
Após 15 dias em suspensão, Sesab anuncia recebimento de novas doses da Astrazenca
Após duas semanas de suspensão, a Bahia já tem data para receber novas doses da vacina Astrazeneca/Fiocruz. Corforme anunciado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), uma carga com 95.250 novas doses do imunizante chegará ao estado na tarde desta quinta-feira (16).
O novo lote desembarcará no Aeroporto de Salvador dois dias depois da Fundação Osvaldo Cruz (fFiocruz) retomar a produção do imunizantes, que ficou suspnso devido a falta de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Até terça, a Sesab ainda não tinha previsão de quando receberia.
Bahia vai receber mais de 172 mil doses de vacinas contra covid esta semana
A Bahia vai receber mais lotes de vacina contra a covid-19 até essa sexta-feira (9). O primeiro chega nesta quinta-feira (8), com 111.150 doses do imunizante da Pfizer.
A previsão é de que o voo com as doses desembarque em Salvador às 16h50, segundo o secretário estadual da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas.
Para essa sexta, está prevista a chegada de 61.800 doses da Coronavac.
De acordo com a Sesab, os imunizantes da Pfizer/BioNTech serão destinados para a primeira aplicação, enquanto as vacinas Coronavac serão metade para a primeira aplicação e as demais para o complemento do esquema vacinal.
As doses devem começar a ser enviados para as regionais de saúde nessa sexta-feira, de onde serão encaminhadas para os municípios em aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e da Casa Militar do Governador, após conferência da equipe da Coordenação de Imunização do Estado. Eles serão remetidos, exclusivamente, aos municípios que aplicaram 85% ou mais das doses anteriores. Esta foi uma decisão da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que é uma instância deliberativa da saúde e reúne representantes dos 417 municípios e o Estado.
Com as cargas desta quinta-feira e sexta-feira, a Bahia chegará ao total de 9.333.930 doses de vacinas recebidas, sendo 3.422.000 da Coronavac, 4.698.900 da AstraZeneca/Oxford, 958.230 da Pfizer e 254.800 da Janssen.
Com 23 casos da variante de Manaus na Bahia, Sesab emite novo alerta
A Superintendência de Vigilância e Proteção à Saúde, da Sesab, emitiu, nesta quarta-feira (24), mais um alerta para todas as unidades de saúde da Bahia sobre a disseminação da variante do coronavírus de Manaus no estado. A secretaria já havia emitido alerta desse tipo no começo deste mês.
De acordo com o comunicado, o Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (lOC/Fiocruz) e o Laboratório de Farmacogenômica e Epidemiologia Molecular da Universidade Estadual de Santa Cruz (Lafem/Uesc)) notificaram a identificação, através de sequenciamento, de novos casos da variante Sars-CoV-2 P.1 da linhagem B.1.1.28, de Manaus, em amostras provenientes do estado da Bahia.
As novas análises laboratoriais demonstram a identificação de variantes em amostras de paciente notificados em Cruz das Almas, Guanambi e Ilhéus.
A variante P1 é considerada de preocupação em razão de mutações capazes de acarretar maior transmissibilidade e afetar a resposta imune do hospedeiro.
De acordo com a Sesab, até 23 de março de 2021, foram confirmados 23 casos da variante P.1 de Manaus no estado da Bahia. Os casos estão relacionados com os municípios de Amargosa, Cruz das Almas, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itabuna, João Dourado, Lauro de Freitas, Salvador e Santa Luz.
O alerta da Sesab pede que unidades notificadoras fortaleçam as atividades de controle da covid-19, se mantendo atentas aos atendimentos dos casos suspeitos e realizando a notificação tanto dos suspeitos, quanto dos confirmados, atentando para o rastreamento dos contatos de todos os casos.
A Sesab pede ainda que a população seja orientada em relação às medidas de controle e prevenção como o isolamento domiciliar da pessoa que estiver com suspeita ou em período de transmissão da doença, além de outros cuidados que já fazem parte do nosso dia a dia, mas que precisam ser sempre lembrados, como a lavagem frequente das mãos com água e sabão e/ou álcool em gel a 70%, além do uso obrigatório de máscara e o distanciamento social. O comunicado é assinado pela coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, Talita Moreira Urpia.
Sesab investiga 70 casos suspeitos de reinfecção pelo coronavírus na Bahia
A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) investiga mais de 70 casos suspeitos de reinfecção pelo coronavírus relatados no estado. De acordo com o infectologista Antônio Bandeira, que atua na Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Divisa), isso pode ocorrer pelo não desenvolvimento ou pela perda de anticorpos ao longo do tempo. Os casos já estão sendo acompanhados e investigados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).
"É muito importante que a gente entenda que esses casos estão crescendo a cada dia. Está muito claro que esses pacientes estão, clinicamente, se infectando. Claro que isso que isso não vai ocorrer na maioria das pessoas. Centenas de milhares de pessoas pegaram coronavírus e desenvolvem anticorpos em altos títulos, sem se reinfectar. Eram 51 casos, mas rapidamente subiram para 76 casos", afirmou o infectologista, em entrevista à Record TV Itapoan.
"Apesar da gente não ter condições de ficar pegando o vírus da primeira infecção e pegar o da segunda para fazer sequenciamento genético. É uma tarefa para pesquisadores em laboratórios avançados de pesquisa. Mas, do ponto de vista clínico, isso está ocorrendo", acrescentou Bandeira.
Sesab confirma três novos casos de doença de Haff
Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou nesta quinta-feira (12), três novos casos da doença de Haff, todos residentes no município de Camaçari, com relato de consumo de pescado.
O Centro Informação Estrategica em Vigilância em Saude da Bahia (CIEVS) alerta que a doença de Haff é uma sindrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação, e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, além da urina cor de café, associada a elevação sérica de da enzima CPK, associada a ingestão de pescados. A doença pode evoluir rapidamente com insuficiência renal e, se não adequadamente tratada, levar ao óbito.
Em agosto de 2020, o municipio de Entre Rios registrou a ocorrencia de três casos suspeitos de doença de Haff com relato de ingestão de pescado. Houve consumo do peixe conhecido como “olho de boi”, onde cinco pessoas da mesma familia fizeram a ingestão do peixe e aproximadamente sete horas depois, o primeiro caso, indivíduo de 53 anos, apresentou sintomas de fortes dores no corpo, tontura, náuseas e fraqueza. Outros familiares apresentaram os mesmos sintomas.
Em Salvador, nos meses de setembro e outubro, duas unidades hospitalares notificaram a ocorrência de casos da doença de Haff, totalizando seis pacientes que apresentaram início súbito de dor muscular de origem não determinada.
Em 2016, a Bahia também registrou casos da síndrome, o que afetou a venda de pescados em Salvador e Região Metropolitana. Na época, os casos foram registrados na capital, Valença e em Guarajuba (Camaçari).
Orientações gerais à população:
• Aos primeiros sintomas, busque uma unidade de saúde imediatamente e identifique outros individuos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possiveis novos casos da doença.
Aos profissionais de saúde:
• Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiolise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 a 72 horas.
• Evitar o uso de antiinflamatórios.
• Na ocorrência de casos suspeitos, recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK), TGO e monitorização da função renal;