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Três semanas após o terremoto que destruiu partes do sudeste da Turquia e do noroeste da Síria, e que deixou mais de 50 mil mortos nos dois países, um novo tremor, de magnitude 5,6, atingiu a Turquia nesta segunda-feira, 27. O epicentro do novo tremor aconteceu em Yesilyurt, na região de Malatya, no leste, também afetado pelo terremoto de 6 de fevereiro. Segundo o prefeito da cidade, Mehmet Cinar, mais prédios desabaram, mas não havia registro de vítimas.

Desde a catástrofe, mais de 6.000 tremores secundários foram registrados. A magnitude do novo terremoto foi de 5,7 graus, de acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS), que monitora terremotos em todo o mundo em tempo real. Já o Centro Sismológico Euromediterrâneo fala de magnitude 5,5.

Nos dois casos, a força do tremor é significantemente menor que a do terremoto do dia 6 de fevereiro, que alcançou magnitude 7,8 e é um dos piores da história da região e destruiu milhares de prédios e cidades na região central da Turquia e no norte da Síria.

O novo tremor acontece com a região central da Turquia ainda praticamente sob escombros e tentando achar um caminho para a reconstrução de cidades inteiras. Mais de 173 mil prédios foram total ou parcialmente destruídos só na Turquia, segundo o governo.

O presidente turco, Recep Tayip Erdogan, muito criticado pela resposta lenta, tem culpado construtoras de edifícios, que não seguiam os protocolos antiterremoto, pela destruição. Nesta segunda-feira, o governo afirmou que mais 184 pessoas suspeitas de não cumprir com os protocolos foram presas.

A Turquia concluiu na semana passada as operações de resgate em quase todas as províncias após o terremoto que atingiu o país e a Síria. As buscas serão mantidas apenas nas duas províncias mais atingidas pelo tremor que deixou mais de 46.000 mortos apenas na Turquia.

As autoridades não informaram o número de pessoas que ficaram desabrigadas após os terremotos. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, havia dito na terça-feira passada, dia 21, que mais de 2 milhões de pessoas saíram das províncias afetadas por seus próprios meios.

"Vivemos o maior desastre de nossa história", disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, em entrevista coletiva no sábado, 25. "Se você for ao local, vai entender o quão grave é a situação em comparação com o que você vê nas telas de sua TV." (Com agências internacionais).

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O número oficial de mortos por conta do terremoto que atingiu a Turquia e a Síria na segunda-feira (6) já passa de 21 mil. A contagem quadruplicou desde a tragégia, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pode chegar a 40 mil.

Os dados oficiais revelam que este foi o abalo de maior conseguequência nos últimos 80 anos. Em 1999, um abalo de alta magnitude gerou 17 mil mortes da região.

Dados do governo e de grupos de resgate que trabalham no noroeste do país revela que há 21.542 mortes confirmadas, sendo 18,342 na Turquia e mais de 3.200 na Síria

O terremoto de magnitude 7,8 gerou 1.500 réplicas, situação que intensificou os estragos. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidos, e mais de 50 mil ficaram feridos. O tremor durou cerca de um minuto e meio e teve um raio de alcance de 250 quilômetros, atingindo centenas de municípios.

Mais de 70 países enviaram ajuda humanitária e equipes de resgate, entre eles o Brasil.

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