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Bahia com Tudo

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No sábado (12), em comunicado enviado aos funcionários, em que relata algumas mudanças no grupo, a Odebrecht informou que “por recomendação médica, Rogério Araújo encontra-se afastado de suas atribuições por tempo indeterminado”.

Araújo é o diretor da Odebrecht acusado por Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada, de ter sugerido que o ex-diretor da Petrobras “abrisse conta no exterior” para receber propinas de 23 milhões de dólares.ertura do programa Voluntárias Sociais da Bahia, na Fundação Luis Eduardo Magalhães.

Escritor uruguaio Eduardo Galeano morre aos 74 anos
Jornalista, historiador e ensaísta morreu nesta segunda em Montevidéu.
Ele é autor da obra 'As veias abertas da América Latina'.
O escritor uruguaio Eduardo Galeano morreu aos 74 anos em Montevidéu, nesta segunda-feira (13), segundo o site do jornal "El País". Galeano estava internado em um hospital na capital uruguaia desde sexta-feira (10) devido a complicações de um câncer de pulmão, que já havia sido tratado em 2007.
Nascido em Montevidéu no dia 3 de setembro de 1940, Eduardo Galeano começou muito jovem no jornalismo e nos mais variados gêneros literários como o ensaio, a poesia e a narrativa. Ensaísta, historiador e ficcionista, publicou mais de 30 livros, quase todos traduzidos no Brasil. Ele é autor da obra "As veias abertas da América Latina", em que denunciou a opressão e amargura do continente e que foi traduzido para dezenas de idiomas.
Em sua cidade natal, foi chefe de redação do semanário "Marcha", na década de 1960, e diretor do jornal "Época". Aos 14 anos, Galeano já vendia suas primeiras charges políticas para jornais uruguaios como El Sol, do Partido Socialista.
Durante o golpe militar no Uruguai, em 1973, Galeano foi preso. Para fugir da cadeia, exila-se na Argentina. No país vizinho, chegou a lançar o livro “Crisis”, mas não teve vida fácil. Em 1976, outro golpe militar, dessa vez liderado pelo general Jorge Videla, coloca novamente sua vida em risco.
O nome do escritor vai parar na lista dos esquadrões da morte, que executavam opositores ao regime. Para salvar sua vida, ele se refugia na Espanha. Ele só voltaria ao Uruguai em 1985, quando ocorre a redemocratização. Após o retorno, viveu em Montividéu até morrer.
Recebeu o prêmio Casa de Las Américas em 1975 e 1978, e o prêmio Aloa, promovido pelas casas editoras dinamarquesas, em 1993. A trilogia "Memória do fogo" foi premiada pelo Ministério da Cultura do Uruguai e recebeu o American Book Award (Washington University, EUA) em 1989.
Ainda em solo espanhol, Galeano iniciou “Memória do fogo”, uma trilogia sobre a História das Américas. Passando pelos povos pré-colombianos até o recuo das ditaduras militares na região, Galeano leva para as páginas personagens como generais, artistas e revolucionários. A história americana é contatada por meio de pequenos textos sobre ações que mudaram o modo de encarar a vida no continente.
Em 1999, Galeano foi o primeiro autor homenageado com o prêmio à Liberdade Cultural, da Lannan Foundation (Novo México). É autor de "De pernas pro ar", "Dias e noites de amor e de guerra", "Futebol ao sol e à sombra", "O livro dos abraços", "Memória do fogo" (que engloba "Os nascimentos", "As caras e as máscaras" e "O século do vento"), "Mulheres", "As palavras andantes", "Vagamundo", "As veias abertas da América Latina" e "Os filhos dos dias".

Volante marcou três vezes em jogo com quatro gols em apenas 18 minutos. Após sufoco, Tricolor venceu a partida por 3 a 2
Arena Fonte Nova, neste domingo (12), foi palco para testar corações. De tricolores e rubro-negros pernambucanos. Em um jogo de cinco gols, quatro deles em apenas 18 minutos, o Bahia mostrou toda sua força contra o Sport e garantiu a classificação à final da Copa do Nordeste 2015, vencendo o jogo por 3 a 2 depois de terminar o primeiro tempo perdendo por 1 a 0.

Méritos para o volante Souza, que fez os três gols do Bahia. Renê, numa falha incrível de Douglas Pires, e Diego Souza, marcaram para o Sport. Agora o Tricolor baiano encara o Ceará na final. O time cearense eliminou, no sábado, no Barradão, o Vitória, empatando em 2 a 2.
O jogo - Estádio lotado, torcida pressionando e a missão de conseguir a classificação. Com isto em mente, os jogadores do Bahia sabiam que tinham que partir para cima do Sport. Mas a partida na Arena Fonte Nova começou truncada, com muitos erros de passe das duas equipes, e bastante equilibrada. Quando o jogo começou a clarear, o Sport se aproveitou. Aos 22 minutos, Renê cobrou falta e Diego Souza subiu mais do que a marcação para abrir o placar na Fonte Nova.

O gol mexeu com a cabeça do Bahia, que quase tomou o segundo aos 30, mas Diego Souza desperdiçou a chance. Perto do fim do primeiro tempo, o Bahia começou a pressionar o rival, mas sem muito sucesso. Aos 39, Willians Santana arriscou de fora da área, mas o chute saiu torto. Com o resultado parcial, o Bahia precisava virar o jogo para garantir a classificação à final do regional.

Segundo tempo - Mas as emoções estavam reservadas para o segundo tempo. Em 18 minutos de jogo, quatro gols. Sabendo da necessidade de ir para cima, o Bahia empatou o jogo aos sete minutos. Souza recebeu na frente da área, tirou da defesa e bateu no canto de Magrão. Para loucura da nação tricolor, a virada veio dois minutos depois, quando Kieza sofreu pênalti de Matheus Ferraz. Na cobrança, Souza virou o placar.

O resultado agora estava a favor do Bahia, mas o goleiro tricolor apareceu negativamente. Aos 13, Renê cobrou falta e o Douglas Pires aceitou, engolindo um frangaço. Mas não houve tempo para desespero. Para alívio do camisa 1, Souza reapereceu para marcar seu terceiro na partida. Aos 18, ele aproveitou rebote de Magrão após cruzamento de Bruno Paulista e estufou as redes do Sport.

Depos do reinício eletrizante, as duas equipes colocaram novamente a bola no chão. O Sport teve boa chance aos 32 minutos, quando Felipe Azevedo dominou perto da área, mas chutou em cima do gol de Douglas Pires. O técnico Sergio Soares colocou em campo jogadores de mais velocidade e apostava nos contra-ataques para fazer o quarto e matar o jogo. Aos 44, Bruno Paulista derrubou Régis e foi expulso, deixando a torcida apreensiva. Cinco minutos de acréscimo. Aos 48, chutando da entrada da área, Felipe Azevedo quase empata. Mas o azul, vermelho e branco prevaleceu. Bahia classificado para a final do Nordestão.

"Agora é tarde". A frase e a cena não saem da cabeça do motorista Amilton dos Santos, 52 anos, 14 deles dedicados à profissão. Há 10 dias, ele viu oito homens incendiarem o ônibus que dirigia na Ribeira, com o seu colega de trabalho dentro.
"Eles entraram e mandaram todo mundo descer, dizendo que era 'protesto'. Quando  falei que meu cobrador estava dentro do veículo, um deles me disse 'agora é tarde' e sapecou gasolina no carro todo", conta.
O cobrador Everaldo Oliveira Silva, 62, teve queimaduras de 1º e 2º graus e permanecesse internado no Hospital Teresa de Lisieux. Da lembrança restaram o medo e a tensão ao sair todo dia para trabalhar.
"Assalto a gente espera todo dia porque é certo. Agora, incêndio com essa gravidade, não. Mas também já é algo que está se tornando rotineiro", afirma Amilton.
Nos últimos quatro meses, foram registrados, segundo levantamento feito por A TARDE, pelo menos sete casos em que ônibus foram incendiados durante protestos: Ribeira, Vale das Pedrinhas, Calçada, Mata Escura, Pernambués e Valéria. Neste último bairro, houve duas ocorrências em datas diferentes.
"Eu saio apreensivo, assustado, olhando para os pontos. Toda vez que eu paro, penso que vão atacar de novo. Qualquer coisa é motivo para descer do carro", acrescenta. Assim como Amilton, outros motoristas, cobradores e passageiros reclamam de insegurança.
"A gente trabalha sempre coagido. Sai de casa e não sabe o que vai acontecer", afirma o cobrador Joseval Araújo, 38 anos.
Um motorista que não quer ser identificado, 50, conta que teme assalto, incêndio e apedrejamento. "Rodoviário está na mão de Deus porque não temos segurança nenhuma. Se a gente não der carona, jogam pedra. Não vejo motivo para queimar o ônibus que serve a eles mesmos. Quer protestar? Vá para o Centro Administrativo ou prefeitura", opina.
A passageira Eliene Cajueiro, 36, diz que se sente vulnerável. "A gente fica completamente insegura. Já fui assaltada uma vez e, agora, tenho medo até de que coloquem fogo com a gente dentro", destaca.
Também passageiro, Carlos Santana, 38, diz não concordar com a forma de protesto, adotada por criminosos em estados como São Paulo e Rio de Janeiro. "Para mim, isso não é protesto. É crime. O problema é que as pessoas sabem que podem fazer isso e não vai dar em nada", ressalta.
Mapeamento
Diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota diz que a categoria está tensa e apreensiva e que a entidade mapeou bairros com problemas e encaminhou à Secretaria da Segurança Pública.
"Tem alguns lugares com problemas, como Valéria, Mata Escura, Tancredo Neves, e pedimos intervenção da polícia. Em Fazenda Grande do Retiro, os rodoviários estão sendo assaltados no final de linha. Está sendo recorrente. Sofremos atos de vandalismo, assaltos que estão crescendo e agora essa barbárie de incendiar os veículos", diz Mota.
Assessor de relações de trabalho do Setps, sindicato que representa as empresas de ônibus, Jorge Castro conta que o Setps tem orientado motoristas e cobradores a não reagir. "O que a gente tem feito é orientar para não reagir e sair do ônibus e pedir resposta da Secretaria da Segurança Pública. Não podemos botar polícia em cada ônibus", destacou.
Castro disse que não serão divulgados os prejuízos financeiros com os ônibus incendiados. "Não vamos discutir prejuízo de ônibus. O mais importante é discutir o prejuízo para a sociedade que  está sendo violentada. Temos que mudar a política de segurança do estado e a população tem que denunciar essas pessoas que incendiaram os ônibus", finaliza.
Ônibus incendiados na capital baiana

3.4.2015
Um ônibus foi incendiado na Ribeira. O cobrador estava dentro do veículo e teve queimaduras
13.3.2015
No Vale das Pedrinhas, veículo  incendiado durante  protesto, após moradora do bairro ter sido levada por encapuzados
2.3.2015
Ocorrência registrada na Calçada durante  manifestação por causa da morte de um jovem
23.1.2015
Dois coletivos incendiados na Mata Escura. Ataque teria sido motivado porque dois traficantes foram mortos em operação da PM
20.12.2014
Duas ocorrências: uma em Valéria e outra em Pernambués
3.12.2014
Um ônibus incendiado em Valéria durante protesto de moradores, após três pessoas serem mortas em incursão de PMs

Criança de um ano foi atingida no rosto por tiro de pistola.
Caso aconteceu em Cleveland; polícia tenta descobrir procedência da arma.
Um menino de três anos matou um bebê no domingo (12) na cidade de Cleveland ao usar uma pistola e atingir no rosto a vítima, informa a imprensa local.
A polícia ainda tenta determinar a procedência da arma, que foi deixada na casa sem qualquer medida de segurança, de acordo com o site de notícias "Cleveland.com".
O bebê, de um ano, foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Os vizinhos ouviram o desespero da mãe ao receber a notícia da tragédia.
"Este fascínio que temos com as pistolas, não apenas na cidade, e sim no país, tem que acabar. Esta é uma perda sem sentido de uma vida na cidade", disse o chefe de polícia Calvin Williams.
A pessoa que levou a arma para casa e a deixou em um local acessível para a criança com certeza será processada, segundo Williams.
O policial disse que pelo menos um adulto estava na residência no momento da tragédia.

Geralmente no mês de junho, a maioria das festas são animadas pelo forró. Porém, a festa gay 'Chá de Alice' vai receber no mês do "arrasta pé" vai ter o agito do axé, mais precisamente da cantora Ivete Sangalo.

De acordo com o colunista Léo Dias, do jornal O Dia, a festa terá uma edição comemorativa e Veveta foi escolhida como atração principal. Ainda de acordo com a publicação, o local ainda não foi definido, mas a Marina da Glória está sendo cotada para sediar.

Crítico ferrenho do governo petista, o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) acredita que a presidente Dilma Rousseff abriu mão da gestão política do país. Segundo ele, a presidente aderiu a uma "renúncia branca".

"Michel Temer é a bala de prata do governo. A presidente Dilma abdicou do governo ao entregar a gestão política ao vice-presidente e a economia a um banqueiro. É uma renúncia branca. Ela está lá como uma rainha da Inglaterra", comparou Imbassahy.

O deputado também acredita que a legenda do governo seduziu a população com uma propaganda enganosa. "É lamentável, mas o PT é um partido em decadência. Conseguiu seduzir o eleitor com um discurso de ética e valores, mas se revelou mergulhado em um mar de lama", afirmou em entrevista à Rádio Sociedade AM, na manhã desta segunda-feira (13).

Antonio Imbassahy ainda aproveitou a oportunidade para aconselhar o deputado federal Jorge Solla (PT-BA) sobre sua participação na CPI da Petrobras. Destacando a inteligência do petista, o tucano recomenda: "É preciso tomar cuidado com o que diz, já que está no primeiro mandato e pode ser mal interpretado".

Estão sendo cumpridos 229 mandados judiciais.
Operação acontece em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.

A Polícia Federal realiza na manhã desta segunda-feira (13) uma operação de combate a fraudes ao seguro obrigatório de danos pessoais,o DPVAT. A operação denominada 'Tempo de Despertar' acontece nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.
Estão sendo cumpridos 229 mandados judiciais, sendo 41 mandados de prisão, 7 conduções coercetivas e 61 mandados de busca a apreensão, 12 afastamentos de cargo público, 51 sequestros de bens e 57 afastamentos de sigilo bancário.
Cerca de 220 policiais federais dos estados de Goiás, Espiríto Santo, Bahia, Minas Gerais e do Distrito Federal participam da operação.
O DVAT é um seguro obrigatório pago por motoristas para indenizar vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos.
Segundo a Polícia Federal, o grupo criminoso utilizava de várias maneiras para fraudar o seguro, como falsificação de assinaturas em procurações e declaração de residência falsa. Em alguns casos, o pagamento do seguro era autorizado mesmo sem a documentação necessária ou com base em laudos médicos e ocorrências policiais falsificadas. Ainda segundo a polícia, estão envolvidos na fraude médicos, dentistas, fisioterapeutas, servidores públicos, policiais civis e militares e agenciadores de seguros.

Preocupação do Planalto é com alta reprovação mostrada na última pesquisa Datafolha

BRASÍLIA — Tanto o Palácio do Planalto quanto a oposição avaliaram que o número menor de manifestantes nas ruas neste domingo, comparado a 15 de março, não significou uma mudança no cenário de insatisfação com a presidente Dilma Rousseff. Apesar de aliviados com a menor adesão, integrantes do governo admitiram que não há motivo para comemorar. A preocupação maior é com a alta reprovação do governo mostrada na pesquisa Datafolha. Líderes da oposição lembraram que, mesmo com menos gente nas ruas, o sentimento de indignação da população com o governo continua muito alto.

— O Datafolha mostra que não há mudança de humor em relação ao governo. O fato de as manifestações estarem menores não é sinal de que a crise passou — afirmou um assessor do Planalto.

A pesquisa mostra que 60% dos brasileiros acham o governo ruim ou péssimo, e 63% apoiam a abertura do processo de impeachment de Dilma.

SEM REUNIÃO DE AVALIAÇÃO, NEM COLETIVA

Diferentemente do que aconteceu em 15 de março, quando dois milhões de pessoas foram às ruas, de acordo com a PM, neste domingo o Palácio do Planalto tentou tratar com naturalidade as manifestações. Desta vez, Dilma não convocou ministros para reunião de avaliação nem houve entrevista coletiva de ministros, o que em 15 de março deu margem a um panelaço pelo país. A presidente, que chegou do Panamá na madrugada de domingo, monitorou os protestos do Palácio da Alvorada e falou com ministros pelo telefone.

Para alguns integrantes da oposição, a redução do número de participantes pode estar relacionada com a proximidade dos dois atos e ao fato de ter sido realizado após a Semana Santa, o que prejudicou a mobilização. Para o líder do DEM da Câmara, Mendonça Filho, o sentimento contra o governo continua muito forte:

— O sentimento não mudou, a indignação permanece, e desta vez o movimento se espalhou por cidades menores. A impopularidade dela está estacionada em patamar absurdo, com a rejeição batendo 60%. Isso se agrava porque são apenas cem dias de governo. Um governo pode até perder a popularidade, isso até se recupera, mas ela e o PT perderam a credibilidade.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, também afirmou que a diminuição do número de manifestantes não reflete a redução da desaprovação ao governo Dilma.

— Essa leitura de que foi menos gente é uma leitura muito pobre. Os que não foram às ruas ontem não passaram a apoiar o governo. E, para mim, a volta dos manifestantes às ruas é um recado claro de que a oposição precisa encontrar um canal de diálogo com essa insatisfação, com esse movimento todo — disse o líder tucano.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), estava em Belo Horizonte e optou por não participar do movimento de rua. Segundo sua assessoria, o tucano entende que esse é um movimento espontâneo e não tem que ser partidário, mesma postura adotada em 15 de março. Para Aécio, sua participação poderia dar um tom de partidarização do ato, o que não é conveniente.

Em nota que assinou como presidente do PSDB, Aécio mostrou seu apoio e solidariedade ao movimento. Na nota, Aécio afirmou que as famílias brasileiras sentem os efeitos da crise econômica sobre os principais setores produtivos do país, e Dilma se mantém imobilizada, tentando terceirizar “responsabilidades intransferíveis”.

“Além da crise ética e moral, o governo do PT impõe à sociedade a pior equação: recessão com inflação alta, juros altos e corte de investimentos nas áreas essenciais da Educação e da Saúde”, diz um trecho da nota.

UNIÃO DE CORRENTES EM TORNO DO “FORA, DILMA”

Para Mendonça Filho, os organizadores precisam ficar atentos para não banalizar os protestos:

— Faço uma alerta para quem está mobilizando: não banalizar, não fazer um ato a cada três semanas, pode enfraquecer, independentemente da indignação. Achei muito perto (os dois atos), mas como cidadão fui aos dois.

Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO) — que participou do protesto em SP —, o ato deste domingo teve um significado maior, porque uniu correntes em torno do “Fora, Dilma”:

— Ficou provado que o desejo de ver Dilma e o PT fora do governo não se limita a uma região só. Mais de 400 cidades protestaram contra o PT, algo jamais visto, nem nas Diretas Já, nem nas manifestações que derrubaram Collor.

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Integrantes do governo afirmaram que o governo tem que reagir às manifestações com uma agenda positiva, e não com declarações. A dificuldade, na avaliação desses ministros e assessores da presidente, é que este ano é de “arrumar a casa” com o ajuste fiscal. Segundo um ministro, a pesquisa Datafolha revela que as pessoas continuam pessimistas em relação ao futuro, com medo de perder emprego, renda e conquistas obtidas.

Ministros do núcleo político tentaram minimizar o cenário negativo afirmando que há uma insatisfação geral com a classe política, e que a presidente Dilma acaba sendo a catalisadora das insatisfações. Um ministro que integra a coordenação política afirma:

— Há uma crise de funcionamento do Estado. A presidente é a mais atingida porque é a personagem política central. Mas por que a oposição não pode ir para a rua discursar? Há uma insatisfação geral com a classe política desde as manifestações de 2013.

Corpo será velado a partir das 14h30m deste domingo no Palácio Piratini
O jurista e político Paulo Brossard morreu neste domingo em Porto Alegre aos 90 anos de idade. Ex-ministo do STF, ex-senador e um dos principais líderes da oposição à ditadura militar (1964-1985) no antigo MDB, Brossard morreu de causas naturais. Segundo a filha, Rita, o jurista “faleceu pacificamente, em sua residência” depois de um período de internação de quase seis meses. O horário do óbito não foi informado.

Brossard será velado no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, a partir das 14h30m e a cremação do corpo está marcada para às 21h. O governador José Ivo Sartori (PMDB) decretou luto oficial de três dias. Em nota, o governo manifestou “profunda tristeza com a perda” e destacou o papel do jurista na elaboração do anteprojeto da Constituição de 1988.

Paulo Brossard de Souza Pinto nasceu em 23 de outubro de 1924, em Bagé (RS), onde realizou os estudos primários e o curso ginasial. Transferiu-se para Porto Alegre em 1941 e ingressou dois anos depois na Faculdade de Direito de Porto Alegre, curso hoje vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Também foi professor de Direito Civil (1952) e de Direito Constitucional (1966) da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e professor de Direito Constitucional na Faculdade de Direito da UFRGS (1965).

Foi eleito deputado estadual pelo Partido Libertador em 1954, com 30 anos incompletos, e reeleito para as duas legislaturas seguintes, mantendo-se na Assembleia Legislativa até 1967. Antes do golpe, exerceu o cargo de Secretário do Interior e Justiça a convite do então governador Ildo Meneghetti.

Rompeu com os militares apenas em 1965, quando o AI-2 extinguiu os partidos e instituiu eleições indiretas para os cargos executivos do país, incluindo a presidência da República. Foi eleito senador pelo MDB em 1974 com uma maioria avassaladora sobre o candidato do regime militar, Nestor Jost, promovendo um debate memorável na TV que seria responsável pela criação da Lei Falcão, restringindo a propaganda política nas eleições.

Em 1985, Brossard integrou a Comissão Afonso Arinos, incumbida de elaborar o anteprojeto constitucional a ser oferecido como subsídio à Assembleia Nacional Constituinte. Nesse mesmo ano, a convite do presidente José Sarney (PMDB), foi nomeado para o cargo de Consultor-Geral da República, que exerceu de agosto de 1985 a fevereiro de 1986. A seguir, foi nomeado ministro da Justiça, tendo ficado no cargo até janeiro de 1989.

Foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal por Sarney em 1989, na vaga aberta pela aposentadoria do ministro Djaci Falcão. Também foi juiz substituto e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi aposentado compulsoriamente, por idade (70 anos), em outubro de 1994, depois de mais de cinco anos e meio de atuação.

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O presidente estadual do PMDB, Ibsen Pinheiro, lamentou a perda de Brossard:

— A trajetória dele é motivo de orgulho para todos os brasileiros — disse.

O ex-senador Pedro Simon divulgou mensagem pelo Twitter em que destaca a “figura pública de grande valor” e o “cidadão exemplar” que foi Brossard. “Ele deixa um legado de honradez”, postou em sua conta.