A Força Penal Nacional (FPN) teve a atuação prorrogada por mais 30 dias no Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento. A continuidade das ações foi autorizada por meio de portaria assinada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
A vinda da FPN decorre das ações de resposta após uma emboscada que visava atingir o diretor do presídio Jorge Magno Alves Pinto, ocorrida na noite do dia 20 de maio. O diretor não estava no veículo. No entanto, o motorista do carro foi atingido e sobreviveu ao ataque feito por um grupo de 20 criminosos, ligados a uma facção.
O presídio também foi alvo de uma invasão em dezembro do ano passado em que 16 detentos conseguiram escapar. Quinze deles seguem ainda foragidos.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), a atuação da FPN tem como objetivo intensificar os treinamentos voltados à coordenação de ações de segurança externa e à execução de rotinas administrativas para prevenir eventuais crises na unidade prisional.
Ainda segundo a pasta, essa segunda fase da missão prioriza o aperfeiçoamento da coordenação externa e a padronização de rotinas operacionais voltadas à prevenção de distúrbios internos.
Coordenada pela Polícia Penal Federal e vinculada à Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Força Penal Nacional iniciou as atividades no presídio de Eunápolis no último dia 11 de junho. Os treinamentos são direcionados tanto aos policiais penais quanto aos integrantes do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop).
A Força Penal Nacional é composta por policiais penais federais e estaduais de diferentes unidades da federação: Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Ceará, Paraíba, Amapá, Roraima e Bahia.
Na Bahia, a atuação da FPN ocorre em parceria com a Superintendência de Gestão Prisional (SGP), órgão da Seap, conforme determina o convênio em vigor.