Concebido pela Constituição de 1988 sob os princípios de universalidade, integralidade e equidade, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa, amanhã (19), 35 anos desde a criação pela Lei nº 8.080, de 1990. Na Bahia, as comemorações incluem a participação do subsecretário da Saúde do Estado, Paulo Barbosa, no seminário promovido pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), nesta quinta-feira (18), com o tema “35 anos de construção coletiva do SUS: desafios da interprofissionalidade para a formação e o trabalho em saúde”.
Durante o evento, o subsecretário da Sesab integrou a mesa “Práticas colaborativas de cuidado interprofissional: o protagonismo da Sesab nos 35 anos do SUS”, onde destacou a importância da atuação multiprofissional e o papel da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) na consolidação das políticas públicas de saúde.
Em sua fala, ele traçou um histórico da saúde pública na Bahia, destacando os avanços no cuidado e a evolução da estrutura estadual de média e alta complexidade. “O SUS completa 35 anos mostrando que é possível transformar a vida das pessoas com cuidado, dignidade e equidade. Aqui na Bahia, estamos levando assistência para o interior, descentralizando a oncologia, a hemodinâmica e os serviços especializados, apoiando os municípios e fortalecendo programas de cofinanciamento da Atenção Primária. É uma rede que cresce de forma solidária e reafirma diariamente o compromisso com a vida”, afirmou Paulo Barbosa.
Desde 2023, o balanço aponta uma expansão acelerada da área da saúde no estado. Foram entregues 1.075 veículos, incluindo 802 ambulâncias, 170 vans para Tratamento Fora do Domicílio (TFD), 21 micro-ônibus e 82 veículos administrativos.
No mesmo período, a Bahia inaugurou 11 hospitais, entre eles o Hospital Ortopédico do Estado, maior unidade especializada em ortopedia e traumatologia do Brasil, e o Hospital Mont Serrat, primeiro hospital público de cuidados paliativos do país. Ao todo, foram incorporados cerca de 3.300 novos leitos entre a rede estadual e contratos com instituições privadas e filantrópicas.
A rede de média e alta complexidade também está mais próxima da população. As 26 policlínicas regionais já realizaram mais de 8,3 milhões de atendimentos, apoiadas por equipamentos de última geração, como tomógrafos, ressonâncias magnéticas e mamógrafos distribuídos em todas as regiões da Bahia. Entre 2023 e 2025, foram realizadas mais de 578 mil cirurgias eletivas, com investimento superior a R$ 430 milhões e reajuste de valores de procedimentos até dez vezes acima da tabela nacional.
O Samu passou a ter cobertura universal em todas as regiões do estado, mutirões foram ampliados e programas como Mãe Bahia e Agora Tem Especialistas reforçam a capacidade assistencial. Todo esse avanço tem sido viabilizado pela parceria entre o Governo do Estado, o Governo Federal e os municípios, que têm garantido mais investimentos, descentralização de serviços e fortalecimento da rede de atenção básica.
O legado do SUS também inclui inovação tecnológica e novos formatos de cuidado. O SUS Digital e as ações de telessaúde ampliaram o alcance a regiões antes desassistidas, enquanto programas como Mais Médicos, Farmácia Popular e o Programa Nacional de Imunizações, que reúne 48 imunobiológicos, sustentam a oferta cotidiana de serviços.
Novas entregas
Até o fim do ano, estão previstas novas entregas. Entre elas, três policlínicas em Camaçari, Remanso e Itapetinga, além dos hospitais regionais de Alagoinhas e Jacobina e do Hospital de Cuidados Prolongados, em Lauro de Freitas. Também seguem em curso ampliações no Hospital Geral Roberto Santos e no Hospital Ana Nery, ambos em Salvador, que irão fortalecer os serviços de alta complexidade.