O Festival Beirú das Artes Negras homenageia o nigeriano Gbeiru que nomeia o bairro e reúne oficinas, intervenções na rua, giras temáticas e apresentações artísticas no Teatro da UNEB entre 18 e 26 de novembro
O Festival Beirú das Artes Negras (FESTBAN) chega à sua sexta edição em 2025, reafirmando o Cabula como território de memória, criação e circulação da arte negra em Salvador. Realizado pelo Instituto de Formação em Arte – IFÁ (@ifa.arte), através do núcleo artístico PAÓ, o festival promove, ao longo do mês da Consciência Negra, uma programação gratuita que envolve formação, diálogo comunitário e celebração da produção artística periférica.
Desde o início do mês o FESTBAN tem realizado oficinas artísticas para estudantes de 22 escolas públicas estaduais da região. Agora o festival abre sua programação de mostras artísticas abertas ao público. De 18 a 26 de novembro o evento realiza intervenções urbanas, rodas de conversa e apresentações artísticas em espaços públicos do bairro do Cabula e contempla 11 linguagens artísticas: Dança, Teatro, Música, Percussão, Capoeira, Artes Visuais, Poesia, Circo, Performance, Moda e Audiovisual. A programação será realizada por 21 artistas e grupos selecionados pelo projeto.
A programação inicia com a Mostra Rua, que leva intervenções artísticas para praças e largos do Cabula e as Giras Temáticas, que promovem debates e rodas de conversa no Teatro da UNEB e culmina com a Mostra Palco, uma grande celebração da cena artística local, com apresentações abertas ao público.
As Giras Temáticas nesta edição trazem 2 temas: “Produções artísticas LGBTQIAPN+ nas comunidades”, reunindo artistas e pesquisadores para discutir representatividade, linguagem e territorialidade na arte contemporânea; e “Empreendedorismo Artístico”, abordando caminhos para o fortalecimento da economia criativa e o protagonismo de artistas periféricos.
O festival tem como objetivo estimular jovens negros e negras a despertarem para utilização da arte como um potente instrumento de educação social, além de manter viva a história de resistência do líder negro Beiru.
Segundo Robson Correia, idealizador e diretor artístico do festival, o FESTBAN é mais que um evento: “Esse festival potencializa, difunde e fomenta as artes afrodiaspóricas presentes na periferia, além de homenagear o negro Beiru, vindo das terras de Oió, na Nigéria, que foi escravizado em Salvador, mais especificamente na fazenda dos Garcia D’Ávila, conhecida como “Campo Seco”, hoje o bairro Beiru/Tancredo Neves. É também de uma forma de manter vivo o legado de resistência das nossas ancestralidades”
O FESTBAN reforça o compromisso do IFÁ com a formação artística como ferramenta de transformação social, valorização da memória e fortalecimento da identidade negra nas comunidades.
O festival é uma realização do IFÁ, e foi contemplado pelo Edital nº 8/2024 – Fomento a Festivais e Grupos Artísticos, com financiamento do Governo do Estado da Bahia, por meio da SecultBA, via Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), do Ministério da Cultura – Governo Federal.
SERVIÇO:
FESTBAN VI – Festival Beirú das Artes Negras
Cabula – Salvador, BA
18 a 26 de novembro
Programação gratuita Mais informações: @ifa.arte
PROGRAMAÇÃO:
Mostra Rua – Intervenções Urbanas
18 a 22/11 — Praças e largos do Cabula.
Giras Temáticas – Palestras e rodas de conversa
25/11 — Teatro da UNEB | 9h às 12h e 14h às 17h.
Mostra Palco – Apresentações Artísticas
26/11 — Teatro da UNEB | a partir das 15h.
SOBRE IFÁ
O IFÁ (Instituto de Formação em Artes), espaço de formação artística com ênfase
na qualificação inicial e continuada, tem como diretriz a cultura afrodiaspórica e a valoriza o ser Negro. O Instituto compreende a arte em sua capacidade simultânea
de emocionar e provocar a reflexão, como via poderosa de mobilização e transformação artístico, educacional e social dos sujeitos na sociedade contemporânea, além de ser uma forte aliada no combate ao racismo e outras mazelas presentes em nosso dia a dia.
No IFÁ as artes, em seus diversos segmentos, se encontram e pulsam na mesma sintonia, pois de maneira sinérgica, no palco da vida, pretende-se contribuir com a trajetória de todos e todas, que escolherem o fazer artístico como profissão ou ferramenta de educação, para uma sociedade mais justa e menos desigual.

