Advogada e ex-parceira de líder de facção é presa em Salvador apontada como articuladora da organização criminosa

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A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta quinta-feira (27), por meio do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), a Operação Rainha do Sul, voltada ao desmonte da estrutura estratégica de uma organização criminosa responsável por movimentação milionária, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e articulação de ataques armados na Bahia e em outros quatro estados. O nome da ação é em referência à série da Netflix que leva o mesmo nome e retrata o tráfico de drogas.

Entre os alvos, está uma advogada apontada como principal articuladora externa do líder máximo da facção, custodiado no Presídio de Serrinha. Ela foi localizada e presa no bairro de São Caetano, em Salvador, com aproximadamente R$ 190 mil em espécie. Ela foi identificada como Poliane Gomes.

A investigada, que manteve relacionamento íntimo com o chefe da organização, era responsável por transmitir ordens estratégicas, reorganizar territórios, articular cobranças e manter comunicação direta entre internos do presídio e lideranças externas.

Ao todo, 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão já foram cumpridos. Entre os alvos estão responsáveis pela contabilidade do tráfico, gerentes territoriais que comandavam áreas em Feira de Santana, Lauro de Freitas, Camaçari, Salvador e outras cidades baianas, além de operadores encarregados do transporte, armazenamento e distribuição de drogas e armas. As ações ocorrem simultaneamente na Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.

A ofensiva inclui ainda o bloqueio de bens, veículos, imóveis e contas bancárias vinculadas aos investigados. Até o momento, foram bloqueados sete automóveis, um jetski, um haras com cavalos de raça e uma usina de energia solar avaliada em cerca de R$ 1 milhão. Há bloqueios de contas e investimentos ligados a 26 CPFs e CNPJs, podendo ultrapassar R$ 100 milhões.

Com ações coordenadas, a Polícia Civil busca asfixiar financeiramente o grupo criminoso, impedindo a continuidade das atividades e atingindo diretamente a estrutura de comando e financiamento da organização.