Lacen confirma caso de meningite bacteriana em Alagoinhas
O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) divulgou na noite desta segunda-feira (28) o diagnóstico laboratorial positivo para meningite bacteriana (Neisseria meningitidis) em uma paciente de 24 anos, residente em Alagoinhas, no nordeste da Bahia.
Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a paciente está internada no Hospital Regional Dantas Bião (HRDB) em isolamento. Também foram iniciadas pelas equipes de vigilância epidemiológica do Estado e Município a identificação e profilaxia das pessoas que tiveram contato com a mulher.
Entre 1º de janeiro e 8 de agosto de 2023 foram confirmados 251 casos de meningite, sendo 106 bacteriana, 55 viral, 15 por outra etiologia e 75 não especificados. Do total de pacientes confirmados com a doença, 47 vieram à óbito. No mesmo período de 2022 foram confirmados 253 casos de meningite e 48 óbitos.
A doença
A doença é caracterizada pela inflamação das meninges, que são as três membranas que envolvem o cérebro e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central.
A meningite bacteriana pode ser transmitida pelo doente através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra. A forma mais eficaz de prevenção são as vacinas e o Sistema Único de Saúde disponibiliza três tipos. São elas:
• Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C;
• Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite;
• Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
Alagoinhas é habilitada pela Anatel para uso do 5G
A cidade de Alagoinhas está na nova lista de municípios autorizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a utilizar a faixa 5G, de internet móvel. Na Bahia, apenas a capital e outros cinco municípios do interior têm cobertura da tecnologia até o momento.
Com a ativação, o sinal 5G vai ficar disponível na cidade a partir de hoje, 31 de julho, a depender da solicitação das operadoras de telefonia. As faixas 4G e 3G continuarão funcionando de maneira normal.
A tecnologia 5G tem uma vantagem em relação às redes anteriores, ao exigir a utilização de antenas pequenas, que dispensam torres e podem ser instaladas na fachada de prédios e até em postes e semáforos, sem interferir na paisagem urbana. No entanto, por ter frequência mais alta e comprimento de onda menor, a rede exige a instalação de mais antenas que os outros tipos de sinais.
De acordo com o projeto Conecte 5G, o avanço do 5G que vai exigir de cinco a dez vezes mais antenas que o 4G. As operadoras pedem regras mais claras e licenciamentos mais ágeis para manter a velocidade de expansão da tecnologia.
Alagoinhas receberá R$600 milhões em investimentos na indústria
O prefeito Joaquim Neto visitou na segunda-feira, 3, o escritório do Grupo Heineken, que tem 15 fábricas no Brasil, uma delas sediada em Alagoinhas. No encontro com os executivos da empresa, o gestor municipal foi informado de que a unidade de Alagoinhas passará por obras de ampliação estrutural, visando a melhoria do parque industrial e aumento da produção de cerveja. Para isso, serão investidos R$600 milhões na fábrica, que vai gerar maior oferta de empregos diretos e indiretos.
Na cidade, cada emprego direto da Heineken gera 34 empregos indiretos. O prefeito ainda apresentou aos executivos do grupo o projeto do Ala Beer, o festival da cerveja de Alagoinhas, previsto novembro deste ano, com o objetivo conectar ações ligadas ao universo cervejeiro.
“Um foco importante de nossa gestão é priorizar a captação de investimentos para Alagoinhas, que melhorem diretamente nossa economia, desenvolvam o comércio, gerem empregos, potencializem o turismo e tragam mais qualidade de vida aos cidadãos”, disse Joaquim Neto.
Caso suspeito de variante indiana é monitorado em Alagoinhas
A variante indiana, nova cepa da covid-19 que cientistas suspeitam ser mais letal e mais transmissível, pode já ter chegado à Bahia. O caso de uma paciente, moradora de Alagoinhas, no nordeste do estado, está sob investigação. Maria do Livramento, 56 anos, faleceu na terça-feira (25) em decorrência de complicações da covid. Como ela veio do Maranhão já com sintomas da doença, no último dia 12, a Vigilância em Saúde do município (Visau) apura se ela morreu pelo vírus mais comum ou pela nova cepa da Índia.
O Maranhão foi o primeiro estado brasileiro onde a variante foi encontrada, na tripulação de um navio advindo do país asiático. A confirmação de que era a cepa indiana foi feita na última sexta-feira (21). Até a quarta (26), segundo o Ministério da Saúde (MS), existem seis casos confirmados no estado maranhense, e um em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.
Outros três casos suspeitos são monitorados, em Minas Gerais e no Pará, e aguardam a conclusão de sequenciamento genético. Os casos no Distrito Federal e Ceará foram descartados para a nova variante. Ela também já está presente em mais de 53 países.
Maria ficou internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Alagoinhas, e, depois, foi para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Salvador. A Secretaria de Saúde de Alagoinhas faz o monitoramento com as pessoas da família e com as quais ela teve contato.
O filho mais novo testou positivo e está com sintomas leves, como coriza e falta de paladar. Já a filha testou negativo e o irmão mais velho ainda aguarda resultado. Segundo a família, Maria passou três meses em solo maranhense para visitar os irmãos.
A diretora da Visau de Alagoinhas, Telma Pio, diz que o caso, apesar de não ter sido confirmado que é a variante indiana, preocupa.
“A gente fica em alerta porque ela veio do Maranhão, onde está circulando uma variante nova. Por isso que entramos em ação rapidamente. A equipe da UPA já sabia que ela viria e fez toda a alocação para que ela não tivesse contato com os demais. Vamos manter a família em isolamento e continuar testando, para continuar a investigação”, afirma.
Um outro caso suspeito em Alagoinhas, de um homem, foi descartado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). A secretaria de saúde municipal ainda não notificou a Sesab, mas informou a situação para o Núcleo Regional de Saúde da região.
Bahia tem 21 variantes da covid-19
A Bahia tem, ao todo, 21 variantes da covid-19 em circulação, presentes em 89 dos 417 municípios, segundo o último boletim técnico do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen), divulgado em 11 de maio. De setembro de 2020 a 16 de abril de 2021, a equipe do Lacen sequenciou 225 genomas do Sars-CoV-2.
Das 21 variantes, apenas quatro são classificadas como "de preocupação", por serem mais graves e transmitirem o vírus mais rápido: a de Manaus (P1), a do Rio de Janeiro (P2), a do Reino Unido (B.1.1.7) e uma mutação da variante de Manaus (N9). Das 49 amostras sequenciadas em abril, quase metade delas eram da variante de Manaus (49,1%). A da Inglaterra ficou em segundo lugar (8,2%) e a do Rio de Janeiro em terceiro (2%).
Dentre essas 49 amostras de abril, que foram coletadas a partir de pessoas que testaram positivo para covid-19, 33 evoluíram a óbito, sendo 60,6% da variante P1, o que indica um alto grau de letalidade.
Monitoramento
O monitoramento dos casos suspeitos de novas variantes é feito através de uma rede chamada Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs). Em cada capital e estado do Brasil existe um representante, que é notificado e coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Cristiane Cardozo é quem coordena o Cievs de Salvador. Segundo ela, existem na capital baiana três das quatro variantes que mais preocupam – a de Manaus, em maior predominância, Rio de Janeiro e Reino Unido.
“A gente já vem acompanhando, desde o início, as quatro variantes que entraram no Brasil, que são as mais graves. Em Salvador, temos feito esse monitoramento através dos exames laboratoriais e, quando a gente recebe alguma informação, como foi o caso do passageiro da Índia, tem uma parceira muito próxima com a Anvisa, que já alerta Cievs sobre a situação”, explica Cristiane.
Esse rastreamento acontece em etapas. “Fazemos a coleta para realizar o teste e buscamos entender o trajeto que ele fez, para verificar outras pessoas que tiveram contato com ele. A ideia é fazer a testagem desses contactantes para aumentar o espectro de identificação da variante”, esclarece a coordenadora.
Como a responsável pelo controle nos portos e aeroportos é a Anvisa, é ela que toma o primeiro passo, a partir do preenchimento de questionários na imigração, por exemplo. Ao desembarcar, o passageiro é imediatamente orientado a ficar em isolamento, se vier de zona de risco, e é acompanhado por equipes de vigilância locais.
Não há um protocolo específico para os passageiros que chegam das localidades onde já foi identificada a variante indiana. Eles tampouco são impedidos de circular ou vir para o território baiano.
A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) disse somente que determinou às empresas a adoção de medidas de prevenção à disseminação do coronavírus, como disponibilizar álcool em gel e aferir a temperatura dos passageiros. O Aeroporto disse que não faz monitoramento, pois é competência da Anvisa.
Como se forma uma variante?
O pesquisador da Fiocruz Ricardo Khouri, especialista em patologia humana e microbiologia, explica que variantes são comuns e existem centenas delas. As quatro cepas de preocupação podem ser 30 a 50% mais transmissíveis que o vírus normal da covid.
“Pelo processo de replicação do vírus, ele acaba cometendo muitos erros. Nos mamíferos, nosso sistema de replicação passa por uma checagem e tem correções frequentes. Mas o vírus, por ser uma entidade mais primitiva, as enzinas responsáveis pela replicação de ser material genético cometem esses defeitos, o que gera uma diversidade genética muito grande”, detalha Khouri.
A cada vez que o vírus é transmitido, ele se replica, por isso que, quanto maior a taxa de transmissão, maiores as possibilidades de geração de variante. Ainda mais em um contexto de baixo índice de vacinação. “Se tiver uma transmissão descontrolada, como ocorreu em Manaus, favorece que o vírus tenha uma diversidade maior, e, quando ele se insere em um contexto de pessoas infectadas, que já tem os anticorpos, e pessoas em processo de vacinação, a chance de ter variantes mais adaptadas e mais virulentas é maior”, alerta o pesquisador.
Por isso que, além da vacina, é preciso manter as medidas restritivas. “O segredo é controlar ou reduzir essa cadeia de transmissão. Além de tomar todas as medidas farmacológicas, é preciso ter o uso de máscara, de lockdown, de distanciamento social e tentar vacinar o maior número de pessoas no menor tempo possível”, completa Khouri.
Procurada, Anvisa não respondeu até o fechamento da matéria.
Nova cervejaria vai investir R$ 1,2 bilhão com implantação de fábrica em Alagoinhas
Alagoinhas vai ganhar sua terceira cervejaria. A Cidade Imperial Petrópolis vai investir R$ 1,2 bilhão para implantar fábrica no município, onde serão gerados 350 empregos diretos. Anúncio foi feito nesta quinta-feira (03), durante assinatura de protocolo de intenções com Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). A unidade, que terá capacidade de produção de 7,2 milhões hectolitros por ano, vai fabricar cerveja, chopp, bebida energética e água mineral.
"O momento é de celebração. Trabalhamos muito para atrair novos investimentos e gerar empregos para os baianos. Será a terceira cervejaria implantada em Alagoinhas, com um alto investimento que vai gerar incremento socioeconômico e produtivo no município e no estado", afirma o vice-governador João Leão, secretário da SDE.
A cervejaria Cidade Imperial possui mais duas unidades fabris, uma no município de Petrópolis, no Rio de Janeiro, e outra na cidade de Frutal, em Minas Gerais. As duas fábricas juntas produzem 3 milhões de hectolitros por ano e geram 3 mil postos de trabalhos diretos e indiretos.
De acordo com Leão, o estado tem mais cinco empreendimentos do setor de bebidas em implantação ou modernização, com previsão de investir mais de R$ 87,2 milhões e oferta potencial de 435 novos empregos. Alagoinhas, Camaçari, Santo Antônio de Jesus, Barra e Mucugê são os municípios que serão beneficiados.
Alagoinhas
O município de Alagoinhas é conhecido como um polo de bebidas. O motivo é o Aquífero São Sebastião, que tem uma das melhores águas do mundo. E não são somente as cervejarias que bebem dessa fonte. Além da Heineken, antiga Brasil Kirin e da Cervejaria Petrópolis, a Indústria de Bebidas São Miguel também tem unidade produtiva na cidade.
PM morto em Alagoinhas não era alvo de traficantes; polícia identifica dois suspeitos
O soldado Anderson passeava de bicicleta quando foi baleado por dois homens - polícia diz que alvo dos disparos eram dois jovens.
O policial militar que foi morto a tiros em uma praça de Alagoinhas, município localizado a 108 quilômetros, não era o alvo dos atiradores, informou a Polícia Civil.
Os autores do crime, que aconteceu por volta das 20h da quarta-feira (28), já foram identificados. Ainda segundo a Civil, os autores do crime foram dois traficantes que estiveram no bairro para executar rivais.
O soldado Anderson Pinheiro, lotado na Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Litoral Norte), foi baleado por engano.
Ele passeava de bicicleta pela Praça Santa Isabel quando foi atingido pelos disparos de arma de fogo desferidos por dupla de traficantes, que chegou no local em uma motocicleta em busca de outros dois jovens.
Os alvos dos tiros eram dois adolescentes, moradores da localidade do Barreiro, também estavam em uma motocicleta. Eles foram baleados na perna, sem gravidade, e socorridos para um hospital de Alagoinhas.
Após ser alvejado, o soldado Anderson caiu da bicicleta e ainda correu buscando socorro dentro de um bar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A dupla fugiu na motocicleta logo após realizar os disparos. De acordo com a Polícia Civil, a Justiça já deu entrada no mandado de prisão dos criminosos, que estão foragidos. O caso está sendo investigado pelo titular da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Alagoinhas, Jobson Marques).