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Caso suspeito de variante indiana é monitorado em Alagoinhas

Caso suspeito de variante indiana é monitorado em Alagoinhas

A variante indiana, nova cepa da covid-19 que cientistas suspeitam ser mais letal e mais transmissível, pode já ter chegado à Bahia. O caso de uma paciente, moradora de Alagoinhas, no nordeste do estado, está sob investigação. Maria do Livramento, 56 anos, faleceu na terça-feira (25) em decorrência de complicações da covid. Como ela veio do Maranhão já com sintomas da doença, no último dia 12, a Vigilância em Saúde do município (Visau) apura se ela morreu pelo vírus mais comum ou pela nova cepa da Índia.

O Maranhão foi o primeiro estado brasileiro onde a variante foi encontrada, na tripulação de um navio advindo do país asiático. A confirmação de que era a cepa indiana foi feita na última sexta-feira (21). Até a quarta (26), segundo o Ministério da Saúde (MS), existem seis casos confirmados no estado maranhense, e um em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Outros três casos suspeitos são monitorados, em Minas Gerais e no Pará, e aguardam a conclusão de sequenciamento genético. Os casos no Distrito Federal e Ceará foram descartados para a nova variante. Ela também já está presente em mais de 53 países.

Maria ficou internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Alagoinhas, e, depois, foi para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Salvador. A Secretaria de Saúde de Alagoinhas faz o monitoramento com as pessoas da família e com as quais ela teve contato.

O filho mais novo testou positivo e está com sintomas leves, como coriza e falta de paladar. Já a filha testou negativo e o irmão mais velho ainda aguarda resultado. Segundo a família, Maria passou três meses em solo maranhense para visitar os irmãos.

A diretora da Visau de Alagoinhas, Telma Pio, diz que o caso, apesar de não ter sido confirmado que é a variante indiana, preocupa.

“A gente fica em alerta porque ela veio do Maranhão, onde está circulando uma variante nova. Por isso que entramos em ação rapidamente. A equipe da UPA já sabia que ela viria e fez toda a alocação para que ela não tivesse contato com os demais. Vamos manter a família em isolamento e continuar testando, para continuar a investigação”, afirma.

Um outro caso suspeito em Alagoinhas, de um homem, foi descartado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). A secretaria de saúde municipal ainda não notificou a Sesab, mas informou a situação para o Núcleo Regional de Saúde da região.

Bahia tem 21 variantes da covid-19
A Bahia tem, ao todo, 21 variantes da covid-19 em circulação, presentes em 89 dos 417 municípios, segundo o último boletim técnico do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen), divulgado em 11 de maio. De setembro de 2020 a 16 de abril de 2021, a equipe do Lacen sequenciou 225 genomas do Sars-CoV-2.

Das 21 variantes, apenas quatro são classificadas como "de preocupação", por serem mais graves e transmitirem o vírus mais rápido: a de Manaus (P1), a do Rio de Janeiro (P2), a do Reino Unido (B.1.1.7) e uma mutação da variante de Manaus (N9). Das 49 amostras sequenciadas em abril, quase metade delas eram da variante de Manaus (49,1%). A da Inglaterra ficou em segundo lugar (8,2%) e a do Rio de Janeiro em terceiro (2%).

Dentre essas 49 amostras de abril, que foram coletadas a partir de pessoas que testaram positivo para covid-19, 33 evoluíram a óbito, sendo 60,6% da variante P1, o que indica um alto grau de letalidade.

Monitoramento
O monitoramento dos casos suspeitos de novas variantes é feito através de uma rede chamada Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs). Em cada capital e estado do Brasil existe um representante, que é notificado e coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Cristiane Cardozo é quem coordena o Cievs de Salvador. Segundo ela, existem na capital baiana três das quatro variantes que mais preocupam – a de Manaus, em maior predominância, Rio de Janeiro e Reino Unido.

“A gente já vem acompanhando, desde o início, as quatro variantes que entraram no Brasil, que são as mais graves. Em Salvador, temos feito esse monitoramento através dos exames laboratoriais e, quando a gente recebe alguma informação, como foi o caso do passageiro da Índia, tem uma parceira muito próxima com a Anvisa, que já alerta Cievs sobre a situação”, explica Cristiane.

Esse rastreamento acontece em etapas. “Fazemos a coleta para realizar o teste e buscamos entender o trajeto que ele fez, para verificar outras pessoas que tiveram contato com ele. A ideia é fazer a testagem desses contactantes para aumentar o espectro de identificação da variante”, esclarece a coordenadora.

Como a responsável pelo controle nos portos e aeroportos é a Anvisa, é ela que toma o primeiro passo, a partir do preenchimento de questionários na imigração, por exemplo. Ao desembarcar, o passageiro é imediatamente orientado a ficar em isolamento, se vier de zona de risco, e é acompanhado por equipes de vigilância locais.

Não há um protocolo específico para os passageiros que chegam das localidades onde já foi identificada a variante indiana. Eles tampouco são impedidos de circular ou vir para o território baiano.

A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) disse somente que determinou às empresas a adoção de medidas de prevenção à disseminação do coronavírus, como disponibilizar álcool em gel e aferir a temperatura dos passageiros. O Aeroporto disse que não faz monitoramento, pois é competência da Anvisa.

Como se forma uma variante?
O pesquisador da Fiocruz Ricardo Khouri, especialista em patologia humana e microbiologia, explica que variantes são comuns e existem centenas delas. As quatro cepas de preocupação podem ser 30 a 50% mais transmissíveis que o vírus normal da covid.

“Pelo processo de replicação do vírus, ele acaba cometendo muitos erros. Nos mamíferos, nosso sistema de replicação passa por uma checagem e tem correções frequentes. Mas o vírus, por ser uma entidade mais primitiva, as enzinas responsáveis pela replicação de ser material genético cometem esses defeitos, o que gera uma diversidade genética muito grande”, detalha Khouri.
A cada vez que o vírus é transmitido, ele se replica, por isso que, quanto maior a taxa de transmissão, maiores as possibilidades de geração de variante. Ainda mais em um contexto de baixo índice de vacinação. “Se tiver uma transmissão descontrolada, como ocorreu em Manaus, favorece que o vírus tenha uma diversidade maior, e, quando ele se insere em um contexto de pessoas infectadas, que já tem os anticorpos, e pessoas em processo de vacinação, a chance de ter variantes mais adaptadas e mais virulentas é maior”, alerta o pesquisador.

Por isso que, além da vacina, é preciso manter as medidas restritivas. “O segredo é controlar ou reduzir essa cadeia de transmissão. Além de tomar todas as medidas farmacológicas, é preciso ter o uso de máscara, de lockdown, de distanciamento social e tentar vacinar o maior número de pessoas no menor tempo possível”, completa Khouri.

Procurada, Anvisa não respondeu até o fechamento da matéria.

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    Em meio às celebrações do Dia Internacional da Mulher, em março, a clínica CAM vai oferecer 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos. A ação do grupo Oncoclínicas foi idealizada pela mastologista Carolina Argolo e chega ao terceiro ano consecutivo.

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    “O nosso objetivo é aumentar o acesso de pacientes ao exame de rastreamento, conscientizar a população sobre a importância da prevenção e contribuir para o combate ao câncer de mama”, afirma a médica da CAM, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia.

    Podem se inscrever para a realização do exame pacientes de 40 anos a 70 anos de idade nas seguintes condições:

    que tenham realizado mamografia há um ano ou mais (ou nunca tenham realizado o exame)
    que sejam usuárias do SUS

    As interessadas devem fazer o agendamento no último sábado de fevereiro através do telefone (71) 3512-8600. Os exames serão feitos nas unidades da clínica em Salvador (Itaigara e Canela) e Lauro de Freitas.

    Em casos de resultados suspeitos, as pacientes serão encaminhadas para diagnóstico final (biópsia) e tratamento no Hospital Aristides Maltez.

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    Ao longo de 10 meses, a clínica disponibiliza ainda mais mamografias gratuitas — são duas mil, no total.

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    Campanha Meu Combustível Salva
    Todas as pessoas que abasteceram seus veículos com gasolina V Power, por meio do aplicativo Shell Box durante o último mês de outubro, contribuíram automaticamente com a doação de mamografias. A iniciativa é parte da campanha “Meu Combustível Salva”, vigente na Bahia e em Sergipe.

  • Após 15 anos, educador social reencontra irmão durante Carnaval de Salvador

    Um abraço longo e emocionado uniu o vendedor ambulante Vitor da Silva, de 42 anos, ao educador social Joaquim Donato dos Santos Júnior, 36 anos, neste Carnaval de Salvador 2024, colocando fim a uma busca que já durava 15 anos. Os dois são irmãos e haviam se encontrado pela última vez em 2009, no enterro do pai deles.

    O reencontro ocorreu na manhã de sexta-feira (9), durante o segundo dia de Carnaval de Salvador. Vitor atuava como vendedor ambulante e catador no Carnaval e Joaquim, que atua como educador social, estava no primeiro dia de plantão do Catafolia, base de apoio para catadores montada pela Prefeitura de Salvador.

    Vitor resolveu ir à base do Dois de Julho para tomar um café. Ao chegar na base, Vitor ouviu a voz de Joaquim e o abordou. Imediatamente, Joaquim perguntou: “É você? Vitor?”. Ao tempo que Vitor perguntou se era Júnior. Depois disso, os dois se abraçaram por um longo tempo e choraram.

    “Eu tive esse privilégio de encontrá-lo depois de 15 anos. O último momento que nos encontramos foi em 2009, no enterro de nosso pai. Foi um momento de tristeza, mas graças a Deus nos reencontramos depois de muita busca minha por ele”, contou Joaquim.

    O Catafolia, local em que os dois se reencontraram, é uma das duas bases de apoio montadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Durante o Carnaval, para cada espaço, são disponibilizadas 400 vagas por dia pela Prefeitura. Na estrutura, os catadores têm acesso a café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além de sanitários químicos e atendimento médico.

    “O que está tendo um significado maior na minha vida hoje é, primeiramente Deus e depois a minha família. Ele me reencontrou neste lugar. Eu nunca imaginei que fosse encontrar com ele aqui dentro, uma pessoa que trabalha com outras que vivem nas ruas. Ele tem esse olhar cuidadoso para quem vive na rua e isso é muito importante, pois quem vive na rua também é ser humano”, disse Vitor.


    Separação – A história de Vitor é marcada por muitos altos e baixos. Filho de Joaquim Donato e de Ana Paula Silva, ele foi criado por uma tia, pois a sua mãe morreu após o parto e o pai não quis cuidar do filho, história muito parecida com o enredo da novela Renascer, obra de Benedito Ruy Barbosa que atualmente está tendo um remake. Esse foi um dos traumas que o empurrou para o alcoolismo.

    “O meu pai também era alcoólatra, bebia muito. Depois entrou para a igreja e parou, mas Deus levou ele. Eu não tive uma infância muito boa. Por causa do meu problema com o alcoolismo, a minha mãe de criação me colocou para dormir na laje, no relento, me cobrindo com pano de chão. Dormi nas ruas por cinco meses. Mas eu sempre pensei que um dia daria a volta por cima e a minha volta por cima começou há nove anos, quando conheci a minha esposa e hoje mãe da minha filha”, contou.

    Joaquim Donato Júnior e Vitor são os únicos filhos vivos de Joaquim, pai. Eles perderam dois irmãos de forma trágica. A irmã Ana Paula morreu atropelada e o irmão Marcos morreu afogado. Vitor chegou a morar um período com Joaquim e o pai, mas devido a uma briga de família, saiu de casa. Após o enterro do pai, os irmãos não se viram mais, e como Vitor não tem redes sociais e nem tinha aparelho celular à época, foi muito difícil o reencontro.

    Busca – A tentativa de encontrar Vitor, foi um dos aspectos que motivou Joaquim Donato a trabalhar como educador social. Ele entrou no Consultório nas Ruas, um serviço da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e em alguns momentos fez buscas por Vitor nos bairros de Itinga, Sete de Abril e Castelo Branco, mas não o encontrou.

    “Eu fiquei sabendo que ele estava se reunindo com outras pessoas dependentes de álcool no Largo do Caranguejo, em Itinga, no ‘sindicato’, como as pessoas costumam chamar esses grupos aqui em Salvador. Também soube que ele andou um tempo nas ruas e em Centros de Recuperação, por isso fiz essas buscas por esses bairros, mas sem sucesso”, contou.

    Encontro – Joaquim está no Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) da Sempre desde 19 de janeiro, há menos de um mês. “No momento em que eu me candidatei para a vaga, o meu objetivo era trabalhar com a população em situação de rua, na esperança de encontrar o meu irmão. Foi assim, que no meu primeiro plantão do Catafolia, eu o encontrei e quase não acreditei”, contou.

    “O momento foi muito emocionante, eu só fiz chorar bastante. O choro foi de felicidade, de alegria. Eu cheguei em casa sem acreditar, estatelado. Falei com a minha mãe, ela também não acreditou, aí mostrei a foto dele e da filha dele, foi aí que ela já pediu para marcar um dia para eles irem na nossa casa”, descreveu Joaquim.

    “No momento que eu o encontrei, eu já estava meio sem acreditar, mas como a nossa fé vem de lá de cima, Deus nos uniu de novo e ninguém vai nos separar. E se hoje eu estou tendo a oportunidade de contar a minha história, é graças ao Serviço Social. Ninguém faz esse trabalho, a não as pessoas que trabalham com a atenção social e com o morador de rua. Essa é uma história de superação. Eu já passei fome também e já dormi no relento, eu sei o que é isso, mas Deus colocou vocês aqui para nos ajudar. A função de vocês, incluindo a do meu irmão, é ajudar o povo. A minha vida agora é só agradecer. Eu sou muito grato”, agradeceu Vitor.

    Os planos dos irmãos agora são se manter unidos e fortalecidos. “O que eu mais queria era esse encontro e agora Vitor pode ter certeza que eu vou ajudá-lo no que precisar. E a minha sobrinha, que eu nem sabia que tinha, já é o meu xodó”, contou Joaquim, que mora apenas com a mãe e não tem filhos.

  • Americanas abre quase 400 vagas temporárias na Bahia para a Páscoa

    A Americanas está recrutando funcionários para vagas temporárias na Páscoa. Do total, 393 vagas são para atuação em lojas da Bahia. Em todo o país, a empresa abriu mais de 6 mil vagas para o período, para o cargo de operador de loja.

    As vagas da Bahia estão distribuídas nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cachoeira, Caetité, Camacan, Camaçari, Camamu, Campo Formoso, Candeias, Catu, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D'ávila, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Ipirá, Irará, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itaparica, Itapetinga, Jacobina, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro De Freitas, Livramento Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Maraú, Mata De São João, Monte Santo, Nova Pojuca, Nova Viçosa, Paulo Afonso, Porto Seguro, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Remanso, Ribeira do Pombal, São Gonçalo dos Campos, Santa Luz, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Vitória da Conquista.

    O perfil procurado pela empresa é de pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente para atuar como operador de loja. Entre as atividades estão o atendimento ao cliente, operação de caixa, organização de itens nas gôndolas, parreiras de ovos de Páscoa e suporte à operação de retirada, na loja, de pedidos feitos pelo site e app da Americanas.

    As oportunidades não exigem experiência prévia e os interessados devem ter disponibilidade para trabalhar entre fevereiro e abril.

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