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A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aborda, a cada ano, temas de ordem social, científica, cultural ou política. A prova de redação é a única parte discursiva do exame, que é composto basicamente por questões objetivas múltipla escolha. Na reta final para as provas, que serão aplicadas em todo o país nos dias 5 e 12 de novembro, a Agência Brasil reuniu todos os temas cobrados nas edições anteriores do Enem.

Na prova de redação, os estudantes precisam escrever um texto dissertativo-argumentativo. No texto devem defender um ponto de vista – uma opinião a respeito do tema proposto –, apoiada em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão, formando uma unidade textual. Além disso, os candidatos precisam elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto que respeite os direitos humanos.

O texto produzido é avaliado por, pelo menos, dois professores graduados em letras ou linguística, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Essa é a única prova que tem uma nota de zero a mil, Caso tire zero, o candidato é eliminado.

A cada ano, ao longo da história do Enem, o exame teve pelo menos dois temas de redação, um cobrado na aplicação regular e outro no Enem voltado para adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade, o chamado Enem PPL, aplicado em data posterior ao exame regular. Também fazem essa prova os estudantes que foram prejudicados por questões logísticas no dia do Enem regular.

Em alguns anos, no entanto, houve exceções. Em 2020, houve um terceiro tema. Era a primeira aplicação do Enem Digital, que teve uma prova diferente do Enem impresso. Em 2016, houve duas aplicações regulares devido a um amplo movimento de ocupação de escolas por estudantes em várias cidades do país. Entre os motivos do protesto estava o Novo Ensino Médio, que na época acabava de ser proposto por meio de medida provisória. As ocupações de alguns locais de prova impediram a realização das provas na data regular.

Em 2014, houve também três aplicações. Nesse ano, 31 candidatos de Pernambuco não conseguiram fazer o Enem regular por conta, principalmente, de falta de energia no local de prova. Eles fariam a reaplicação junto com Enem PPL, mas o caminhão dos Correios que transportava os cartões de resposta e as provas de redação para correção foi roubado na cidade do Rio de Janeiro, o que levou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a realizar uma terceira aplicação das provas, para eles.

Já em 2009, na primeira aplicação do chamado novo Enem, quando o exame passou a ter o formato atual e a servir de porta de entrada para o ensino superior, o Enem teve apenas um tema de redação, o da aplicação regular. Isso porque o Enem PPL começou a ser aplicado apenas em 2010.

Todas as provas e os gabaritos do Enem estão disponíveis na página no Inep.

Confira os temas de redação cobrados em todas as edições do Enem:

Enem 2009: O indivíduo frente à ética nacional (Enem regular)

Enem 2010: O trabalho na construção da dignidade humana (Enem regular) e Ajuda humanitária (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2011: Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado (Enem regular) e Cultura e mudança social (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2012: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI (Enem regular) e O grupo fortalece o indivíduo? (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil (Enem regular) e Cooperativismo como alternativa social (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil (Enem regular), O que o fenômeno social dos “rolezinhos” representa? (Enem PPL e reaplicação), Alternativas para a escassez de água no Brasil” (Terceira aplicação)

Enem 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira (Enem regular) e O histórico desafio de se valorizar o professor (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil (Enem regular primeira aplicação), Caminhos para combater o racismo no Brasil (Enem regular segunda aplicação) e Alternativas para a diminuição do desperdício de alimentos no Brasil (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2017: Desafios para formação educacional de surdos no Brasil (Enem regular) e Consequências da busca padrões de beleza idealizados (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet (Enem regular) e Formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no Brasil (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil (Enem regular) e Combate ao uso indiscriminado das tecnologias digitais de informação por crianças (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2020: O Estigma Associado às Doenças Mentais na Sociedade Brasileira (Enem impresso), O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil (Enem digital) e A falta de empatia nas relações sociais no Brasil (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2021: Invisibilidade e Registro Civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil (Enem regular) e Reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil (Enem PPL e reaplicação)

Enem 2022: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil (Enem regular) e Medidas para o enfrentamento da recorrência da insegurança alimentar no Brasil (Enem PPL e reaplicação)

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulga hoje (23), às 18h, os gabaritos das provas objetivas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. As provas foram aplicadas nos dois últimos domingos, dias 13 e 20 de novembro. Cerca de 2,5 milhões de estudantes participaram de pelo menos um dia de prova nas modalidades impressa ou digital.

Os gabaritos poderão ser acessados no portal do Inep. Os resultados finais serão divulgados no dia 13 de fevereiro de 2023, na Página do Participante.

Mesmo com os gabaritos das provas em mãos, ainda não será possível saber qual foi a nota da prova. Isso porque o Enem utiliza como método de correção a chamada teoria de resposta ao item (TRI). As notas variam de acordo com os acertos e erros dos alunos em cada prova.

O espelho da redação, com os detalhes das correções dessas provas, será divulgado apenas em abril, junto com as notas dos participantes treineiros, ou seja, daqueles que ainda não concluíram o ensino médio e fizeram o exame apenas para testar os conhecimentos. O tema deste ano foi Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil.

Após a divulgação dos resultados do Enem, serão abertas as inscrições para os processos seletivos que utilizam a avaliação como forma de ingresso no ensino superior, em data ainda a ser divulgada.

O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.

Reaplicação
Os participantes do Enem que não puderam comparecer ao exame por problemas logísticos ou por estarem com covid-19 ou outra doença infectocontagiosa podem, até sexta-feira (25), pedir a reaplicação do exame. As provas serão reaplicadas nos dias 10 e 11 de janeiro de 2023. Cada pedido, que deverá ser feito na Página do Participante, será analisado individualmente.

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Quem fez as edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2021 ou em 2020 e está em busca de uma vaga no ensino superior, mas não tem condições de arcar com a mensalidade de uma faculdade particular, pode encontrar uma oportunidade nos próximos dias. A Bahia é quinto estado com maior número de vagas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), são 17.179 disponibilizadas em instituições privadas. As inscrições estão abertas desde terça-feira (22) no site e ficam disponíveis até sexta-feira (25). A primeira chamada será feita no dia 2 de março.

Com o programa, é possível conseguir dois tipos de bolsas em faculdades particulares. O candidato pode obter a bolsa integral caso comprove renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário-mínimo (R$ 1.818). Para a bolsa parcial, de 50% do valor da mensalidade, a renda mensal por pessoa deve ser de até três mínimos (R$ 3.636).

Além disso, o candidato precisa se encaixar em uma dessas cinco categorias: ter cursado o ensino médio completo em escola pública; ter cursado o ensino médio completo em escola privada com bolsa integral; ter cursado parcialmente o ensino médio em escola da rede pública e parcialmente em particular, como bolsista integral; ser PCD (pessoa com deficiência; ou ser professor da rede pública de ensino no exercício da profissão. É preciso ter tirado ao menos 450 no Enem e não ter zerado a redação.

Neste ano, a oferta de bolsas bateu recorde e são mais de 273 mil para todo o Brasil. Em Salvador, estão sendo ofertadas vagas em 158 cursos, um aumento de 20% em comparação com o segundo semestre do ano passado – quando foram 125. Dentre as graduações disponíveis estão cursos mais procurados e concorridos. Medicina, por exemplo, é ofertada em três faculdades diferentes (UnidomPedro, Uniftc e Unifacs) e possui 12 vagas para ampla concorrência e 36 para cotistas, todas de bolsas integrais. Com o Prouni, o estudante deixa de pagar mensalidades que custam entre R$ 10.110 e R$ 11.611.

Para o curso de Direito, 12 universidades ofertam 139 vagas, entre bolsas parciais e integrais. As mensalidades para este curso são entre R$ 820 e R$ 2.690. Outras graduações disponíveis são Administração, com 185 bolsas integrais e 45 parciais; Arquitetura e Urbanismo, com 11 bolsas integrais e 15 parciais; Engenharia Elétrica, com 30 bolsas integrais e 11 parciais; e Pedagogia, com 135 bolsas integrais e 18 parciais.

Arthur Gabriel Oliveira tem 18 anos e mora em Teixeira de Freitas, no sul do estado. O jovem concluiu o ensino médio no ano passado no Colégio Estadual da Polícia Militar Anísio Teixeira, por isso, se enquadra nos critérios do Prouni. Ele conta que pretende cursar alguma engenharia e está em dúvida entre aeronáutica, ambiental ou mecânica. “No caso das áreas ambiental e florestal, são bastante proeminentes na minha região, devido a empresas como a Suzano”, ressalta.

Ansioso para conseguir uma vaga em universidade federal, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou em instituição privada, pelo Prouni, ele diz que, por questões financeiras, pretende ficar na sua cidade de origem, mas isso pode mudar a depender das portas que vão se abrir com os programas nos próximos dias.

“Muitas áreas me possibilitam trabalhar e estudar, porém a prioridade é que o curso seja feito aqui onde moro, pela estabilidade financeira menos incerta. O Prouni pode ser decisivo para que eu possa começar a cursar um curso superior ainda este ano”, afirma Arthur.

Já o estudante Gabriel Ribeiro, morador de Riachão do Jacuípe, no nordeste da Bahia, não foi aprovado pelo Sisu na chamada regular no curso de Direito, sua primeira opção de curso. Com 21 anos, o jovem acredita que o Prouni pode trazer novas oportunidades para que ele mude de cidade.

“Sempre fui estudante de escola pública e meus pais são lavradores, então consigo me encaixar no perfil de até 100% de bolsa. Estou em busca de uma vida mais tranquila e estável, para mim e para meus pais”, diz Gabriel.

Ele, que já sofreu com transtorno de ansiedade em outros momentos da vida e fez o primeiro Enem em 2017, conta que tem conseguido driblar a tensão pré-resultado: “Tem me deixado bastante ansioso, mas esse ano estou mais calmo do que nos anteriores”

Mudanças no Prouni

A edição do Prouni de 2022 trouxe mudanças importantes para os estudantes que desejam ingressar em faculdades privadas do país. A primeira delas, que passa a valer já neste semestre, é a inclusão de candidatos que fizeram o Enem 2020. Até então só era permitido participar do programa alunos que tivessem feito a última edição do programa. Segundo o MEC, a medida tem objetivo de reduzir a atual ociosidade de bolsas.

Outra mudança anunciada foi a inclusão de estudantes já formados, mas somente os que queiram se inscrever em cursos de licenciatura. Ou seja, aqueles que queiram atuar, em sua própria área, como professor. Uma outra decisão, tomada via Medida Provisória pelo presidente Jair Bolsonaro, permite que alunos que cursaram o ensino médio em colégios particulares e sem bolsa de estudos integral participem do Prouni. Essa medida, no entanto, só passa a valer no segundo semestre de 2022.

Particulares tem uma vaga para cada 10 alunos matriculados

O presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior Particular da Bahia (Semesb) e reitor da Unirb, Carlos Joel Pereira, explica como funciona a distribuição das vagas em universidades particulares. O que as instituições fazem é a transformação do imposto que deveria ser pago para o estado em bolsas.

Segundo ele, se uma faculdade possui 100 alunos que pagam R$ 1.000 de mensalidade, 10% do faturamento deveria ser pago como imposto federal, ou seja, R$ 10.000. Então, esse valor corresponde a 10 bolsas que a instituição pode deixar disponível para a União ocupar, ao invés de pagar o tributo diretamente ao Estado.

“Do ponto de vista formal, existe a obrigação de 10% do valor do faturamento ser retribuição tributária. Então, além de uma eficiência do ponto de vista fiscal, porque não precisa ter aquela rotina de boletos, a faculdade entrega de forma direta o tributo à sociedade”, afirma Carlos Joel.

O presidente diz ainda que o Prouni, criado em 2004, é o programa mais interessante já feito no uso do tributo que as empresas pagam. “O programa possibilita que milhares de pessoas que não teriam oportunidade de frequentar o ensino superior, possam ter acesso. Do ponto de vista da distribuição de renda, é um dos programas mais eficientes que temos.” Carlos Joel também destaca que os resultados são bons, porque os estudantes bolsistas trazem mais qualidade acadêmica por serem mais esforçados.

Diferentemente do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o aluno que for cursar o Prouni consegue a bolsa estudantil e não precisa arcar com dívidas futuras, como ocorre no outro programa.

Tecnologia e marketing digital estão em alta nas profissões

Se antigamente finalizar uma graduação em uma instituição de ensino superior era o suficiente para ter garantia de um futuro próspero, hoje em dia não é bem assim. Fabíola Matos, sócia-diretora da Arttha Gestão & RH, afirma que profissões que antes eram consideradas como passaporte para sucesso financeiro podem não estar tão em alta. Para ela, áreas que envolvam tecnologia e marketing oferecem boas oportunidades no mercado de trabalho.

“Na Medicina, os profissionais que se tornam especializados e vão para área de pesquisa e cirurgias, tendem a se destacar. Já no Direito, eu digo que é uma grande lenda. É só olhar a oferta de vagas especializadas contratando advogados com a remuneração inicial de R$ 1.300, porque há uma saturação de mercado”, ressalta.

Sobre as engenharias, Fabíola Matos explica que as que envolvem as especialidades de energias renováveis e petróleo de gás podem oferecer mais oportunidades de emprego. “As relações profissionais mudaram com as redes sociais e isso domina muito seguimentos, temos algumas áreas como marketing digital, especialistas de e-commerce são áreas muito visadas”. Além da área de tecnologia, a diretora também aponta que a área de vendas e finanças também são opções interessantes.

“Também vale a pena destacar que com a lógica do teletrabalho, temos empresas que estão sediadas em outros estados e contratam funcionários que vão trabalhar remotamente”, diz. Segundo Fabíola, o porte da empresa, a localidade e o nível de formação do trabalhador são o que explicam a remuneração ofertada. “Mas uma crença fundamental minha é que a escolha pela grana não é uma escolha que tende a ser feliz”, destaca a diretora. Para ela, os profissionais devem escolher profissões pelo que gostam e não somente pelo retorno financeiro.

 

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O Ministério da Educação decidiu antecipar a divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 para esta quarta-feira (9). De acordo com o cronograma, as informações ficam disponíveis a partir das 19h, no Portal do Participante no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A antecipação vale para estudantes que fizeram a versão regular e a antecipação da prova. As notas podem garantir vagas em universidades públicas federais e estaduais, além de particulares. Até instituições estrangeiras, como em Portugal, aceitam o exame como porta de entrada para o ensino superior.

Para acessar as notas, os candidatos precisam acessar o Portal do Candidato.

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Responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Anderson Soares Furtado Oliveira entregou o cargo. Ele estava há oito meses à frente da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

De acordo com o jornal O Globo, Oliveira afirmou, em seu pedido de demissão, que o motivo de sua saída é "exclusivamente de ordem pessoal", mas ressalta que seu compromisso no cargo foi assegurar "robustez técnica aos trabalhos". O diretor se colocou em defesa da autonomia dos servidores na crise interna conflagrada no ano passado após relatos de interferência em questões do Enem.

"Declaro que meu compromisso à frente dessa diretoria foi de assegurar a robustez técnica dos trabalhos, bem como me dedicar para garantir o direito a educação de qualidade, equitava e inclusiva, consequentemente, produzir o impacto social. Além de trabalhar para o fortalecimento instucional que só pôde ser garantido por meio da qualidade técnica dos servidores e colaboradores envolvidos", diz Oliveira no documento.

O servidor de carreira ainda lista, em 18 tópicos, "entregas" feitas no ano passado e no início de 2021 pela equipe, entre elas a elaboração de um projeto de inteligência artificial aplicada à avaliação educacional, visando soluções em correção de redações e revisão de itens, entre outras questões. O rol com as tarefas executadas foi vista como um recado à cúpula do órgão, que teria insinuado ausência de ações concretas do departamento.

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A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem a Operação Bancarrota para investigar suposto superfaturamento de R$ 130 milhões em contratos fechados com a gráfica para impressão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As fraudes, como revelou o Estadão em 2019, teriam ocorrido durante quase dez anos, em diferentes governos.

Segundo os investigadores, as apurações desenvolvidas em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) miram contratos de R$ 880 milhões. A PF investiga se o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) contratou uma empresa para realização do Enem "sem observar as normas de inexigência de licitação".

O Inep passa por uma crise desde o mês passado, que levou ao pedido de exoneração de 37 servidores, com denúncias de interferências no Enem. A operação da PF não tem relação direta com os casos e envolve contratos feitos entre 2010 e 2019, nos governos de Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro

Os agentes cumpririam 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal, que ainda determinou o sequestro de R$ 130 milhões de empresas e pessoas sob suspeita. A ofensiva investiga supostos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

A PF diz ainda que suspeita de "enriquecimento ilícito" de R$ 5 milhões por servidores do Inep supostamente envolvidos no esquema. O suposto superfaturamento de R$ 130 milhões teria sido desviado "para fins de comissionamento" do grupo, que teria empresários, funcionários das empresas envolvidas e servidores.

Em abril de 2019, o Estadão mostrou que havia suspeitas de direcionamento das licitações envolvendo a gráfica que imprimiu as provas do Enem durante 2010 e 2018 e havia decretado falência naquele ano, a RR Donnelley. A multinacional assumiu a impressão da prova depois de outro escândalo, o do vazamento do Enem, em 2009, também revelado pelo Estadão. O exame foi furtado de dentro da Gráfica Plural e os responsáveis tentaram vendê-lo a jornalistas.

Por causa disso, a RR Donnelley, que era a empresa que atendia aos mais altos requisitos de segurança na época, foi chamada para fazer o novo exame. Depois disso, ela ganhou todas as licitações do Enem ou teve seu contrato renovado sem passar por concorrência.

Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a recomendar em 2018 que não houvesse "excesso de rigor" nas exigências da licitação, o que restringia a competição porque apenas a RR Donnelley poderia cumpri-las. Também pediu que o contrato não fosse mais prorrogado.

Mesmo assim, empresa ganhou mais um pregão em 2019, mas decretou falência em seguida. Surgiram então denúncias de que o suposto esquema teria sido transferido para outra gráfica, a Valid SA, que havia ficado em terceiro lugar na licitação. A Valid SA acabou imprimindo a prova em 2019.

A gráfica informou, por meio de nota, que "cumpre estritamente as leis e regulações aplicáveis e está totalmente à disposição para continuar colaborando com a apuração dos fatos". Em 2020 e em 2021, quem ficou com o trabalho, depois de vencer a concorrência, foi novamente a Gráfica Plural. A empresa não foi considerada culpada no processo que investigou o roubo do Enem.

As apurações, segundo a CGU, têm justamente como base uma auditoria realizada em 2019 que apontou irregularidades nos contratos assinados pelo Inep no valor de R$ 728 milhões. A CGU não cita os nomes das empresas em sua nota à imprensa.

Segundo o órgão, as investigações "revelaram a atuação de diretores e servidores do Instituto, juntamente com consultores das gráficas contratadas, no direcionamento da contratação das empresas para impressão das provas".

Alvos

Entre os alvos da investigação que culminou na Operação Bancarrota está Eunice de Oliveira Ferreira Santos, que foi responsável pela Diretoria de Gestão e Planejamento (DGP) do Inep em 2018 e fazia o contato com a gráfica. Eunice é servidora do Inep há mais de 20 anos. Teve cargos importantes durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, mas não nos anos do PT. No início da presidência de Jair Bolsonaro, em 2019, foi cedida para o Ministério do Desenvolvimento Regional. De lá foi para a Secretaria-Geral da Presidência da República, como supervisora, onde ficou até julho de 2020. Depois disso, foi cedida para o governo do Distrito Federal.

Eunice negou os ilícitos e disse que, em processo aberto pela CGU contra ela e mais oito servidores do Inep, "não existe nenhuma prova ou mesmo indício" que ela recebeu recurso de qualquer empresa.

Segundo apurou o Estadão, outro alvo é Amilton Garrau, que foi diretor da gráfica RR Donnelley e era o principal contato com o Inep nos anos em que a empresa imprimiu o exame. Depois da falência da gráfica, ele passou a atuar como consultor da Valid SA.

Ouvido em 2019 por causa das denúncias, ele negou qualquer envolvimento ilícito ao Estadão. A reportagem tentou contato com ele ontem, mas Garrau não respondeu. Durante anos, nos governos de Lula, Dilma e Temer, servidores contam que ele circulava pelo Inep e mantinha relações com diretores e presidentes do órgão. Na comemoração de 20 anos do Enem, em 2018, Garrau participou de vídeos feitos pelo governo e recebeu homenagem.

Outro investigado é Gerson Leão Passos, que era de equipe técnica que acompanhava contratos de gráfica. Ele não foi localizado pela reportagem. Procurado, o Inep disse que "a gestão da autarquia está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários".

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Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, que deixaram de fazer o exame por motivo de doença infectocontagiosa ou por problema de logística ou de infraestrutura, previstos nos editais das versões impressa e digital, têm até as 23h59 de hoje (3) para solicitar a reaplicação. Ela deve ser feita na Página do Participante, onde também será divulgado se o pedido foi aprovado.

“São doenças infectocontagiosas consideradas como condições para a reaplicação: coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela e covid-19. É obrigatório inserir documento legível que comprove a doença”.

Na documentação a ser enviada, por meio da Página do Participante, deve constar o nome completo da pessoa, o diagnóstico com a descrição da condição de saúde, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), podem também solicitar a replicação os candidatos que não conseguiram fazer o exame por problemas logísticos, de infraestrutura ou outras ocorrências específicas. Entre elas estão desastres naturais que prejudicaram a aplicação do exame, devido ao comprometimento da infraestrutura do local, à falta de energia elétrica que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural, falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante ou erro de execução de procedimento de aplicação, que incorra em comprovado prejuízo ao inscrito.

Aprovação
Segundo o Inep, quem tiver a solicitação aprovada poderá participar do exame nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022. Nessas datas, o instituto também aplicará o exame para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) 2021 e para os participantes que se inscreveram entre 14 e 26 de setembro, após nova oportunidade destinada às pessoas isentas da taxa de inscrição que faltaram ao Enem 2020.

Publicado em Brasil

A Justiça Federal no Distrito Federal rejeitou nesta quinta-feira, 18, um pedido de entidades educacionais para afastar o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas. O órgão é responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A decisão liminar é do juiz Marcelo Rebello Pinheiro, da 16ª Vara Federal de Brasília, para quem não há elementos suficientes que justifiquem o afastamento neste momento.

O magistrado reconheceu que a investida contra o presidente do Inep pode ‘representar indício de má gestão ou abuso de poder’, mas concluiu ser necessário ‘maior aprofundamento’ sobre o pedido coletivo de exoneração, inclusive com manifestação do próprio instituto.

"Não há lastro probatório suficiente para, em sede de cognição sumária, intervir em decisões administrativa que gozam de presunção de legitimidade, somente podendo ser afastadas por prova robusta em seu desfavor", diz um trecho da decisão.

O pedido de afastamento foi apresentado depois que vieram a público relatos de servidores do Inep sobre suposta pressão psicológica e vigilância na formulação do Enem, para evitar questões que pudessem incomodar o núcleo ideológico do governo Jair Bolsonaro. O próprio presidente chegou a dizer que o vestibular começa a ‘ter a cara do governo’. Ao todo, 37 técnicos entregaram os cargos às vésperas da aplicação das provas, que começam no domingo, 21. Em sua decisão, o juiz ainda considerou que o afastamento do diretor do Inep, faltando três para o vestibular, poderia prejudicar a realização do exame.

A Defensoria Pública da União (DPU) também acionou a Justiça e pediu para que o Inep comprove a segurança do Enem contra vazamentos de questões, fraudes e interferências indevidas. "O que se vê, mais uma vez, é a credibilidade do Enem ser colocada em xeque por atos e falhas dos órgãos da administração pública federal", diz trecho da ação civil pública, que ainda acusa o Planalto de tentar ‘controlar o conteúdo da prova’.

Dupas esteve no Senado na quarta-feira, 17, e negou interferência nas provas e disse que a troca de questões do exame é ‘comum’. O presidente do Inep também afirmou que a demissão em massa não tem relação com qualquer tipo de assédio moral ou institucional aos servidores.

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O Colégio Antônio Vieira lançou nesta semana o edital que vai selecionar alunos para estudar de graça no turno noturno do Ensino Médio da escola a partir de 2022. As inscrições acontecem de 5 a 9 de novembro, pelo site do colégio.

São disponibilizadas 40 vagas exclusivas para ingresso na 1ª série do Ensino Médio. Os alunos poderão continuar nos três anos previstos para concluir a etapa escolar, desde que cumprindo os critérios exigidos, como regularidades na aulas e renda familiar de até um salário mínimo e meio.

Também é necessário que o aluno seja residente no município de Salvador ou região Metropolitana. A Bolsa de Estudo é anual, individual, pessoal e intransferível, não sendo renovada automaticamente para o ano letivo subsequente. Para que isso ocorra, o aluno contemplado deve passar por um novo processo de avaliação socioeconômica anualmente.

O Vieira destaca a qualidade do curso, que conta com profissionais que participam dos processos de formação de docentes oferecidos anualmente pela instituição à toda equipe pedagógica.

 

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) inicia, nesta quarta-feira (30), as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021.

Os interessados poderão se inscrever na Página do Participante, até 14 de julho. A taxa de inscrição é de R$ 85 e o pagamento deve ser feito por aqueles que não estão isentos, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança).

Os resultados finais das solicitações de isenção foram divulgados pelo Inep, no dia 25 de junho, e estão disponíveis na Página do Participante.

Os interessados em fazer o Enem 2021 deverão realizar a inscrição no exame, isentos ou não. O Inep preparou um passo a passo para ajudar na inscrição. Para isso, basta acessar a Página do Participante, no endereço eletrônico enem.inep.gov.br.

Provas
As provas do Enem 2021 serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, tanto a versão digital quanto a impressa. As duas versões também terão a mesma estrutura de prova: quatro cadernos de questões e a redação.

Cada prova terá 45 questões de múltipla escolha, que, no caso do Enem Digital, serão apresentadas na tela do computador. Já a redação será realizada em formato impresso, nos mesmos moldes de aplicação e correção da versão em papel. Os participantes receberão folhas de rascunho nos dois dias.

No primeiro dia, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. A aplicação regular terá cinco horas e 30 minutos de duração.

No segundo dia, as provas serão de ciências da natureza e suas tecnologias, e matemática e suas tecnologias. Nesse caso, a aplicação regular terá cinco horas de duração.

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