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8 de fevereiro de 2021. Segundo o prefeito eleito Bruno Reis (DEM) esse pode ser um horizonte de uma possível data de retomada das aulas presenciais nas escolas municipais de Salvador. A informação foi dita pelo prefeito durante entrevista à TV Bahia na manhã desta terça-feira (29).

“A nossa visão é que se não tiver um retorno em fevereiro iremos comprometer o calendário de 2021. Precisamos tentar condensar para recuperar esse ano que foi perdido, solicitamos uma audiência com o governador e estamos aguardando esse encontro que pode ocorrer ainda hoje ou amanhã para começar esse diálogo. A nossa ideia é construir uma agenda em conjunto, sincronizar a retomada da educação municipal com a estadual”, afirmou o prefeito eleito.

As aulas foram suspensas na Bahia e em Salvador em março deste ano, assim que os primeiros casos do novo coronavírus foram registrados . O prefeito também informou que esteve reunido com representantes das escolas particulares da capital baiana e que vai manter o diálogo com o governo estadual para alinhar a retomada, levando em consideração o comportamento da pandemia em janeiro.

"Estive reunido com os representantes para saber o que eles já estão pensando. A nossa ideia é, a partir do dia 4, começar a discutir os protocolos de retorno com o governo do estado. Se a gente conseguir com o esforço coletivo entre prefeitura, governo e população, reduzir os números [de casos] a ideia é retornar em fevereiro. Vamos apresentar uma série de protocolos, o principal seria o distanciamento", completou o prefeito eleito.

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Quem conta com o auxílio emergencial do programa Salvador por Todos, pode ficar tranquilo. O prefeito eleito Bruno Reis anunciou que o valor continuará sendo pago pelo menos até março do ano que vem.

“Nós tomamos a decisão de manter o benefício do auxilio emergencial da prefeitura por pelo menos 3 meses. Precisamos nos esforçar para retornar logo à normalidade em sua totalidade”, disse Bruno Reis.

O Salvador por Todos paga R$ 270 a baianas de acarajé, ambulantes, feirantes, camelôs, barraqueiros, baleiros, guardadores de carro, recicladores, taxistas, motoristas de aplicativos, mototaxistas (no caso dos três últimos, com idade superior a 60 anos) e motoristas de transporte escolar.

O programa, criado durante a pandemia para auxiliar trabalhadores informais, é coordenado pela Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre).

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A Bahia registrou 748 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), na tarde desta segunda-feira (28).

De acordo com a secretaria, a taxa de crescimento no número de casos foi de taxa de crescimento de +0,2% no número de casos e de +0,3% no de pessoas recuperadas da doença (1.330).

Segundo a Sesab, são 484.485 casos confirmados desde que a pandemia começou, em março. Desses, 469.734 já são considerados recuperados e 5.710 encontram-se ativos.

O boletim epidemiológico ainda contabiliza 30 óbitos, que ocorreram em datas diferentes. O número total de mortes, desde o início da pandemia, é 9.041, o que representa uma letalidade de 1,87%.

Dentre as mortes, 56,58% ocorreram em pessoas do sexo masculino e 43,42% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,82% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,85%, preta com 14,63%, amarela com 0,66%, indígena com 0,13% e não há informação em 10,91% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 70,90%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,48%).

Mais atingidos pela doença
Até esta segunda, o coeficiente de incidência da doença no estado foi de 3.257,47/100 mil habitantes. Pacientes do sexo feminino são os mais atingidos pela Covid-19 na Bahia (54,58% do casos), seguidos por pessoas do sexo masculino (45,22%) e 0,20% sem informação.

Em relação ao quesito raça e cor, conforme consta do boletim, 244.308 (50,43%) são de cor parda, seguidos por amarela 80.293 (16,57%), branca 59.652 (12,31%), preta 40.254 (8,31%), indígena 1.774 (0,37%) e os ignorados e sem informação foram de 58.204 (12,01%).

A faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, representando 24,32% do total. O coeficiente de incidência por 100.000 de habitantes foi maior na faixa etária de 40 a 49 anos (5.327,81/100 mil habitantes), indicando que o risco de adoecer foi maior nesta faixa etária, seguida da faixa de 30 a 39 anos (5.135,61/100.000 habitantes)O percentual de casos com comorbidade foi de 70,98%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,48%).

O boletim completo está disponível no site da Secretaria de Saúde e também em uma plataforma disponibilizada pela Sesab.

Outros dados
Todas as cidades do estado registraram casos da doença. A maior proporção ocorre em Salvador (22,58%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100 mil habitantes foram Ibirataia (10.259,93), Muniz Ferreira (8.299,65), Conceição do Coité (8.193,72), Pintadas (7.962,06), Jucuruçu (7.900,50).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 877.040 casos descartados e 122.461 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta segunda.

Na Bahia, 36.185 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Ocupação dos leitos
Dos 1.987 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS), exclusivos para atender pacientes com o novo coronavírus na Bahia, 1.247 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 63%. Dos 984 leitos de UTI (adulto) disponíveis no estado, 744 estão ocupados, o que corresponde a 76%.

Em Salvador, de acordo com a Sesab, dos 926 leitos ativos, 673 estão ocupados, o que corresponde a uma taxa de ocupação geral de 73%. Os leitos de UTI adulto estão com 76% de ocupação. Já os de UTI pediátrica, 59% de ocupação.

Com relação aos leitos de enfermaria, a capital baiana tem taxa de ocupação de 69% (adulto) e 86% (pediátrico).

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O prefeito eleito Bruno Reis anunciou nesta segunda-feira (28), durante entrevista coletiva, os nomes que vão compor a sua gestão a partir da próxima quinta-feira (1º). A lista é composta de novos nomes e alguns secretários e dirigentes da gestão de ACM Neto, que vão permanecer nos cargos.

Confira os novos dirigentes de todas as Secretarias Municipais de Salvador:
Secretário da Casa Civil
Atual: Luis Antônio Carreira permanece

Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Léo Prates permanece

Secretaria Municipal da Educação (Smed)
Atual: Bruno Barral
Novo: Marcelo Oliveira

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult)
Atual: Pablo Barrozo
Novo: Fábio Mota

Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra)
Atual: Luciano Sandes
Novo: Luiz Carlos de Souza

Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz)
Atual: Paulo Souto
Novo: Giovanna Victer

Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob)
Atual: Fábio Mota
Novo: Fabrizzio Muller

Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop)
Atual: Marcus Vinicius Passos
Novo: Marise Chastinet

Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur)
Atual: Sérgio Guanabara
Novo: João Xavier

Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre)
Atual: Juliana Portela
Novo: Kiki Bispo (Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer)

Secretaria Municipal da Reparação (Semur)
Ivete Sacramento permanece

Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis)
Atual: João Resch
Novas secretarias: Samuel Araújo (Inovação e Tecnologia) e Edna França (Sustentabilidade e Resiliência)

Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman)
Atual: Virgílio Daltro
Novo: Luciano Sandes

Secretaria Municipal de Gestão (Semge)
Thiago Dantas permanece

Secretaria Municipal de Política para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ)
Atual: Rogéria Santos
Novo: Fernanda Lordelo

Secretaria da Comunicação (Secom)
Atual: José Pacheco Maia Filho
Novo: Renata Vidal

Secretaria de Gabinete
Alberto Pimentel

Secretaria de Governo (antiga Chefia de Gabinete)
Vice-prefeita Ana Paula Matos

Procuradora do município
Luciana Rodrigues

Secretário Particular
Igor Domingues

Prefeituras bairros
Luiz Galvão permanece

Autarquias
Defesa Civil de Salvador (Codesal)
Sosthenes Macedo permanece

Fundação Mario Leal Ferreira
Tânia Scofield permanece

Fundação Gregório de Mattos (FGM)
Fernando Guerreiro permanece

Fundação Cidade-Mãe
Isabela Argolo

Empresa de Turismo S/A (Saltur)
Isaac Edington permanece

Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal)
Virgílio Daltro

Guarda Municipal
Maurício Lima permanece

Limpurb
Omar Gordilho

Superintendência de Obras Públicas de Salvador (Sucop)
Orlando Castro

Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador)
Marcos Vinicius Passos

Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal)
Eliéser Freire

Ouvidoria
Jean Sacramento

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A Secretaria estadual de Educação (SEC) solicitou ao Ministério da Educação (MEC) o adiamento das provas do Enem, marcadas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa) e 31 de janeiro e 7 de fevereiro (versão digital). O pedido da secretaria é de que o exame seja realizado em maio.

No ofício atual, o secretário da Educação do estado, Jerônimo Rodrigues, aponta o aumento expressivo das taxas de contaminação pelo novo Coronavírus, que teve crescimento recente acentuado em todo território brasileiro. “Entendemos que não é razoável expor milhões de estudantes ao risco de aglomeração e contaminação quando o adiamento das provas – não falamos em cancelamento – terá impactos financeiros e logísticos administráveis e plenamente justificáveis face ao valor incalculável de tantas vidas”, afirmou o secretário.

Jerônimo lembrou também que o quadro de desigualdade econômica, ainda mais evidenciado pelo contexto de suspensão das aulas, coloca em situação de desvantagem os estudantes com menor acesso aos bens de consumo e de cultura e que precisam de mais tempo para a preparação. “Reiteramos todos os argumentos que apresentamos anteriormente ao INEP e ao MEC, notadamente, o incentivo que o ENEM representa para os estudantes concluintes da escola pública que sonham ingressar no Ensino Superior. Esta geração já vem sofrendo as consequências, no curto prazo, dessa tragédia mundial e não podemos, como gestores de políticas educacionais, comprometer também suas perspectivas de médio e longo prazos”, acrescentou.

Só na rede estadual de ensino, neste ano, 67 mil estudantes se inscreveram para fazer o ENEM.

 

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Depois dos plantões no Hospital de Campanha de Feira de Santana, o diretor médico da unidade, Francisco Mota, percorre 4 quilômetros até chegar em casa. Deixa para trás um hospital que trabalha quase sempre no limite, mas encontra, no percurso, um revoada de gente em bares e restaurantes. “Estamos ocupados praticamente o tempo inteiro”, conta o médico sobre a situação vivida pela cidade nas últimas três semanas, considerada a mais grave desde o início da pandemia do coronavírus pelos profissionais de saúde locais.

Em dezembro, os hospitais – públicos e privados – de Feira de Santana, a 115 quilômetros de Salvador, trabalham com ocupação entre 85% e 100%. Nunca abaixo disso. Já foram 3.417 casos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o que resulta numa média de 1.139 casos semanais. No boletim diário da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), constam 3.354 casos em dezembro, pois ainda há testes à espera de resultado no Laboratório Central de Saúde Pública.

Foi o recorde semanal desde o início da pandemia. Cinco meses antes, em julho, quando se acreditava que Feira vivia o pico da pandemia, eram 809 notificações semanais, em média. A cidade registrou o primeiro caso de coronavírus do Norte e Nordeste no dia 8 de março.

Feira de Santana tem, hoje, 63 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). São 18 no Hospital de Campanha, onde trabalha Francisco, 40 no Clériston Andrade, e cinco no Hospital Estadual da Criança. Deles, 86% estão ocupados. Em Salvador, a ocupação de leitos de UTI está em 78% e foram 2,4 mil casos por semana, em dezembro, o dobro do notificado em Feira.

A capital baiana tem 3,6 milhões de habitantes, estima o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis vezes mais que Feira. Em toda Bahia, a ocupação média é de 77%, com 19,7 mil notificações semanais de covid-19 neste mês.

Em julho, os leitos do Hospital de Campanha foram ampliados de 10 para 18. Como o fluxo de pacientes caiu, os leitos extras foram desativados. No final de novembro, depois das eleições municipais, Francisco recebeu a ordem de reativá-los. Os pacientes, notava-se, voltavam em maior volume, como em julho, com sintomas de infecção pelo novo vírus.

A espera para conseguir atendimento pode chegar até 12 horas nas unidades de saúde de Feira, e os médicos, sem escolha, precisam, em alguns casos, decidir quais pacientes entram e saem da UTI. A decisão não depende exclusivamente da necessidade, como deveria ser, mas da disponibilidade. “Não é um fenômeno de Feira de Santana, claro. Mas a situação é de trabalhar no limite. Está fora do controle”, frisa Francisco. “E não vamos conseguir abrir novos leitos de UTI de uma hora para outra aqui [no Hospital de Campanha]”, explica. Para isso, seriam necessários entre 15 e 20 dias para expansão de estrutura e contratação de pessoal.

Aumento na curva
“Eu estou notando aqui na sala de projeção que o aumento na curva começou, em Feira de Santana, no dia 5 de novembro”, compartilha o médico e neurocientista Miguel Nicolelis, um dos coordenadores do comitê científico do Consórcio Nordeste, que reúne informações sobre a covid-19 para orientar estados e municípios nordestinos. Nicolelis, que já foi considerado um dos 20 pesquisadores mais importantes de sua área pela revista estadunidense Scientific American, enxerga erros e reflexos das próprias características de Feira.

O primeiro, nas palavras de Nicolelis, foi “resultado de políticas que não foram sincronizadas”. O segundo, como consequência dessa falta de sincronização, foi a oscilação entre fechamentos e aberturas do comércio e dos bares. Além disso, o mês iniciou depois de campanhas eleitorais que inauguraram um novo ciclo de contaminações, segundo Nicolelis. “Lembro de estar numa entrevista, porque o prefeito de Feira queria reabrir as coisas e eu afirmava que ia ter uma explosão de casos se abrisse. Isso é reflexo da falta de políticas consistentes que levem em consideração em primeiro plano os riscos de infecção”, avalia.

O comércio do município chegou a ficar fechado em março e julho, mas a reabertura veio logo em seguida. Aglomerações em botecos se tornaram cada vez mais comuns.

O prefeito de Feira, Colbert Martins (MDB), que também é médico e professor de Epidemiologia da Universidade Estadual do município (Uefs), nega qualquer “erro” que justifique o momento atual. Na quarta (23), ele participou de uma reunião para pensar novas medidas restritivas contra o avanço do vírus (confira abaixo). “Não vejo erro de Feira de Santana. Ao invés de fecharmos tudo, Salvador fechou tudo, flexibilizamos e acertamos. Abrir e fechar é mais eficaz do que fechar, porque existem os problemas econômicos também”, defende Colbert, que vê uma situação “mais grave, pior não sei”, ao contrapor número de casos mais elevados com quantidade de óbitos.

As medidas restritivas planejadas pela prefeitura preveem a ampliação das fiscalizações e reduzir o horário de funcionamento dos estabelecimentos, entre bares e restaurantes. Ficaram estabelecidas regras como o encerramento das atividades de estabelecimentos como bares, restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência às 21h e a proibição de mais de quatro pessoas em uma mesa. Lockdown não está nos planos.

Os bares, por outro lado, podem voltar a ser fechados, pois são uma das principais armadilhas para a população e um dos paraísos do vírus – pessoas aglomeradas, falando alto e trocando fluidos, como gotículas de saliva no ar. O prefeito Colbert pede que sejam evitados encontros para a virada do ano.

Para entender como Feira chegou até aqui é preciso, ainda, enxergar outros fatores. Dezembro é, tradicionalmente, mês de viagens e reuniões entre familiares que moram na capital com os do interior, complementa Nicolelis, o neurocientista do Consórcio Nordeste. É mês de pegar a estrada para o reencontro e também de comprar presentes. E Feira de Santana é tanto o maior entroncamento rodoviário do Norte e Nordeste, quanto um forte polo comercial no estado.

Número de casos pode quase dobrar em um mês

Desde o início do mês, especialistas alertam sobre uma segunda onda da pandemia de covid-19 no Brasil. No dia 22 de dezembro, o país registrou 963 mortes por covid, o valor mais alto desde 17 de setembro, quando 779 pessoas morreram vítimas do coronavírus. A tendência se repete nos estados e cidades brasileiros. Hoje, o comitê científico do Consórcio Nordeste tem voltado a atenção, no que diz respeito a interiores baianos, a Feira de Santana, Brumado, Itaberaba, Itabuna, Jequié e Vitoria da Conquista.

A preocupação direcionada a Feira de Santana é potencializada pela localização da cidade e a falta de UTIs para atender a demanda, que só cresce.

“O que acontece é que por mais que estejamos mostrando os fatos, a responsabilidade individual não é uma realidade. Não temos leitos disponíveis, quem adoecer, não vai ter leito”, conta Melissa Falcão, infectologista que coordena o Comitê Gestor Municipal de Controle ao Coronavírus em Feira.

Mesmo a rede privada enfrenta desafios em Feira. Há pacientes que esperam, em leitos na emergência, de dois a três dias, por uma vaga na UTI.

No horizonte, não há nenhuma previsão de abertura de novos leitos na cidade. O que se tem é um temor quanto as consequências das festas natalinas e de Réveillon. Caso o crescimento permaneça o mesmo, calculou Miguel Nicolelis, do comitê científico do Consorcio Nordeste, em um mês os casos podem saltar de 22.437 mil para 35 mil no município.

Quando completa o percurso até em casa, Francisco, o diretor do hospital de campanha, não consegue se desligar dos números e das histórias que, diariamente, se repetem – a idosa isolada que foi contaminada por um parente, a jovem que evoluiu para estado grave, a filha que foi para o bar e levou o vírus para casa. Na véspera do Natal, Francisco não reuniu a família, mas não foi o que viu na vizinhança do bairro onde mora. “Eu tenho que passar tranquilidade, mas a palavra que me define é ‘angustiado’”.

Até esse domingo (27), a cidade registrava 387 mortes e 22.450 casos confirmados da doença.

Confira as medidas adotadas pela prefeitura:
- Aumento do número de realizações de exames, mesmo das pessoas assintomáticas
- Fechamento de bares, restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência às 21h
- Aumento da fiscalização
- Horário do comércio foi estendido para até 22h, para evitar aglomeração em espaços.
- Proibição de bebidas alcoólicas em espaços públicos
- Proibição de shows e apresentações musicais e de transmissão de jogos de futebol
- Proibição de mais de quatro pessoas em uma mesma mesa
- Utilização de 50% da área total de um espaço
- Estabelecimentos são obrigados a manter os protocolos sanitários, como disponibilizar álcool a 70%, sabão e papel toalha para clientes e funcionários.

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A nova estrutura da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) foi anunciada nesta quarta-feira (23), pelo governador Rui Costa, que revelou o nome de Ricardo Cesar Mandarino Barretto, ex-juiz federal em Pernambuco, como o novo secretário da SSP. O novo subsecretário da SSP é o delegado de Polícia Hélio Jorge da Paixão, que já foi delegado-chefe da Polícia Civil da Bahia e estava como responsável pela segurança do procurador-geral da República. A nova delegada-geral da Polícia Civil é Heloísa Campos Brito, que já foi delegada-geral adjunta e estava no comando da Academia da Polícia Civil da Bahia.

Rui afirmou que Ricardo Mandarino, no cargo de secretário da SSP, "vai nos ajudar muito, para, junto com toda a equipe, a área operacional da Secretaria de Segurança, continuar buscando as metas que temos, por sinal, conseguido alcançar ao longo dos anos". Sobre o subsecretário, Rui lembrou que ele é bastante conhecido dos baianos. "Já foi delegado-geral da Polícia Civil aqui na Bahia, também de uma longa experiência, muitos cursos de capacitação".

O governador destacou que é a primeira vez que uma mulher chefia a Polícia Civil da Bahia. "Já que nós viemos para inovar em muitas coisas, também estamos inovando aqui, no dia de hoje (...). Confesso que, ao escolher, nem tinha essa informação, mas soube que é a primeira mulher que chefiará a Polícia Civil da Bahia. Heloísa Brito é uma delegada especial de longa experiência e formação".

Ricardo Mandarino disse estar honrado e agradecido pela oportunidade. "Eu gostaria de falar da minha satisfação e da minha honra de ter sido convidado pelo governador Rui Costa para auxiliar na equipe e para chefiar a Secretaria da Segurança. (...) Para mim é especialmente gratificante porque eu comecei minha carreira pública aqui, como delegado de Polícia, no primeiro concurso que houve, nos anos 70. Vou fazer o possível para trazer toda a minha experiência para cá para que a nossa polícia continue sendo uma polícia boa e cada vez melhor, eficiente, humanista. Esse é o nosso propósito".

Planejamento

O governador ressaltou que a nomeação de Mandarino vai ser assinada nesta quarta-feira (23), mas a posse será na segunda-feira (28), devido ao Natal. "Nos próximos dias, com essa nova equipe, sentaremos para detalhar o planejamento, eventuais substituições que serão feitas nas equipes (...). Eu quero deixar claro que todo o planejamento feito para os próximos dias de festas, Natal e Ano Novo, permanece, ou seja, nada será alterado no planejamento da Segurança Pública. O planejamento foi feito com muita técnica por profissionais da SSP, da Polícia Civil, e seguirá sem nenhuma alteração para esse período de festas".

Tecnologia

Rui destacou ainda que 2021, além de ser o ano da vacina, será o ano da ampliação dos investimentos em tecnologia na área da Segurança Pública. "Nós estamos em processo de licitação de um novo sistema de comunicação para a SSP e também um novo sistema de monitoramento. Esse projeto piloto que nós fizemos aqui em Salvador, de monitoramento por câmeras, será implantado em mais de 60 cidades da Bahia".

Segundo o governador, está sendo licitada também uma nova tecnologia que permitirá a ampliação do trabalho com imagens. "Nós teremos, em cada viatura, imagens online do que está acontecendo nas ruas. Os nossos policiais poderão carregar câmeras nas fardas, poderão receber filmagens de bandidos que precisam ser presos, podem relatar e transferir para o Centro de Comando e Controle as imagens de operações que estão em curso. Toda essa tecnologia está sendo licitada e será implantada em 2021".

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Quinta, 24 Dezembro 2020 13:32

Baiano se endivida para comer

O mercado de mês que custava cerca de R$ 600 antes da pandemia, agora sai por R$ 900 e ainda é preciso deixar alguns produtos para trás. Esse foi o resultado do aumento do preço dos alimentos na carteira da empregada doméstica Marilene Ramos, 50 anos, que trabalha e mora em Salvador. Com mais gastos para se manter e o dinheiro apertado, o resultado foi uma série de dívidas. O problema é nacional, como aponta pesquisa feita pela Serasa em parceria com a Blend New Reserch para traçar o perfil do endividamento no Brasil. O estudo mostra que, durante período da pandemia, as despesas do dia a dia, como a compra de comida, cresceram e passaram a figurar como o terceiro maior motivo de endividadmento do consumidor, com 11%. Em primeiro e em segundo estão desemprego, 40%, e descontrole financeiro, 14%.

“Meu gasto é mais com comida mesmo, para minha família de 4 pessoas. Aquilo de faltar uma coisa em casa e ter que ir comprar. Com isso, já estou devendo R$ 447 e ainda peguei dinheiro emprestado com meu genro", conta Marilene. E a raiz do problema está mesmo na pandemia. O levantamento aponta que 73% das pessoas declararam que o coronavírus impactou a vida financeira. Dos ouvidos, 40% mantiveram as dificuldades já existentes para pagar as contas, outros 26% acreditam que terão dificuldades em manter o pagamento das contas após a crise.

Desde 2018, o desemprego se mantém como o maior fator de endividamento, segundo a pesquisa. Naquele ano, a falta de emprego foi responsável por 49% das dívidas. Desde 2019, o desemprego é responsabilizado por 40% do passivo. A desorganização financeira ocupa o segundo lugar do ranking desde 2018. Passando de 20% dos motivos para endividamento, há 2 anos, para 21%, em 2019, até chegar a 14%, em 2020. A grande mudança é realmente o impacto das despesas básicas na geração de dívidas, que, em 2018, representavam apenas 5% dos motivos para endividamento e nem apareceram no ranking dos principais motivos de endividamento de 2019.

O economista e educador financeiro Edval Landulfo argumenta que o endividamento é relativo à renda das pessoas. Em meio à pandemia, houve a queda ou a perda de renda gerando dívidas.Dois cenários são descritos por ele para explicar: o de redução ou a perda da renda, e o de ganho de rendimentos ao receber o auxílio emergencial. As famílias que perderam seus rendimentos e estão se mantendo com o benefício do Estado passam dificuldades para fazer as contas caberem no novo orçamento. “Quando pensamos nas pessoas que possuíam uma renda mais alta e passaram a receber menos, se inicia um processo de definir o que priorizar. Com a segunda onda, essas pessoas devem continuar com dificuldades. Ao receber o auxílio, esse valor é usado para alimentação e as dívidas ficam para a frente”, observa.

Por outro lado, existem as pessoas que não possuíam renda e passaram a receber o auxílio emergencial, isso pressionou o mercado, que não estava preparado para receber esses novos consumidores. A consequência, aponta Landulfo, é a dificuldade em encontrar certos produtos e o aumento da inflação. "Essas pessoas que passaram a ter mais renda (via auxílio), começaram a comer melhor e comprar produtos que não compravam antes. Além disso, a entressafra, o aumento da exportação pela desvalorização do real (frente ao dólar) e a cotação em moeda americana dos produtos, faz com que mercadorias faltem no mercado interno e tenham um preço mais alto. É a questão da oferta e da demanda. Nesses casos, as famílias de baixa renda sempre sentem mais impacto, especialmente, nos itens básicos”, analisa.

Dos ouvidos pela pesquisa, 42% receberam o auxílio emergencial e 27% fizeram o pedido, mas não tiveram o benefício recebido. Entre aqueles que receberam o auxílio, 64% usaram ou pretendem usar o valor para despesas domésticas. Já 39% usaram o recurso ou pretendem usar para quitar dívidas, mesmo que apenas parcialmente.

Alta dos alimentos
Independente do cenário analisado, o fato é que o consumidor tem sentido o encarecimento dos alimentos no bolso. A presidente do Movimento de Donas de Casa e Consumidores da Bahia, Selma Magnavita, afirma que os preços só têm crescido desde o começo da pandemia. Ela calcula que, em média, houve um aumento de mais de 22% nas despesas no orçamento doméstico. “Os aumentos no preço dos alimentos, energia e telefonia foram bastante significativos para o orçamento previsto para 2020. O orçamento foi furado e vejo muitas pessoas tendo que atrasar pagamentos”, relata.

A aposentada Itaitara Magalhães, 70, diz que alguns produtos estão com valores “assombrosos”. O creme de ricota que sempre ia para o carrinho passou de R$ 4,49 para R$ 5,89 e foi excluído da lista de compras. Com os preços altos, com frequência, ela escolhe alguns produtos, mas acaba desistindo no caixa ao ver o valor da compra. “Eu percebo que acabo levando só 2/3 dos que coloco no carrinho, o resto vai sendo deixado no caixa para não ficar com um valor muito alto. Eu sempre me pergunto se a compra é necessária, inadiável e insubstituível", conta, "É assustador e o consumidor sofre demais com o preço e a qualidade das coisas. Acredito que as grandes redes colocam o preço mais caro porque vou no mercadinho aqui de Brotas e percebo uma diferença considerável entre os dois”, completa.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, que mede a inflação oficial do Brasil, em Salvador e Região Metropolitana, a alimentação em domicílio registrou a maior alta no acumulado de janeiro a novembro deste ano entre todos os itens que compõem o cálculo do custo de vida, atingindo 17,42%. Em segundo lugar está o acesso à internet, 12,18%, seguido do gás de cozinha, 10,58%, energia elétrica residencial, 5,13%, e plano de telefonia fixa, 4,12%.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que utiliza outra metodologia, aponta que, em novembro, a compra dos produtos da cesta básica, por uma adulta, consumiria 50,5% do salário mínimo líquido. No mês passado, a cesta saiu por R$ 488,1 em Salvador. A variação mensal da cesta (entre novembro e outubro) na capital baiana foi de 7,39%, e a anual 35,39% (novembro de 19 frente ao mesmo mês deste ano). Para comprar o conjunto de produtos na cidade, o empregado que recebe um salário minimo tem de trabalhar, em média, 102 horas e 46 minutos.

Sete produtos da cesta básica registraram alta de preço médio em relação a outubro, segundo a pesquisa do Dieese: tomate (44,30%), óleo de soja (9,80%), manteiga (6,80%), arroz agulhinha (6,48%), carne bovina (2,30%), pão francês (0,98%) e açúcar (0,79%). Já cinco itens tiveram queda nos preços em relação a outubro. São eles: banana da prata (-4,57%), feijão carioquinha (-3,17%), farinha de mandioca (-1,90%), café (-0,99%) e leite (-0,97%).

Procon-Ba denuncia abusos a três ministérios
Em outubro, o Procon-Ba recebeu denúncias da alta no preço dos alimentos, nas quais os consumidores afirmavam a cobrança de valores abusivos. Como o órgão na Bahia preside a Associação Brasileira de Procons, oficiou-se os Ministérios da Economia; Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); e Justiça e Segurança Pública para tomar conhecimento da alta generalizada dos produtos da cesta básica. “O preço chegou a níveis absurdos, o que fez com que eles fossem denunciados dando fundamento para que o Procon fosse na busca pela defesa do consumidor”, informa o superintendente do órgão, Filipe Vieira.

Segundo ele, o Mapa respondeu que existe um momento de alta nas exportações dosalimentos, mas não há risco de desabastecimento. Já a pasta da Economia apontou que o interesse do exportador é causado pela alta do dólar. Por fim, a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, se comprometeu a acompanhar a alta. A Associação Brasileira de Supermercados também se comprometeu em se atentar ao preço da cesta básica, repassando aoconsumidor apenas eventuais aumentos dos produtores e da indústria.

“Nas reuniões, conseguimos que fosse zerada a alíquota de importação do arroz e foi firmado o compromisso de fazer o mesmo com outros itens da cesta básica. Há também uma movimentação do Governo Federal para incentivar a agricultura familiar. Outras políticas devem entrar em curso com o passar do tempo”, afirma Vieira. A expectativa é de que as medidas deem resultado prático, controlando os preços e até a abaixar os valores em relação à velocidade de crescimento dos preços a partir de meados de dezembro e em janeiro.

Sobre a conta de luz, o superintendente afirma que é estranho a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter mudado a bandeira tarifária para a cor vermelha na virada de novembro e dezembro, não em 2021. “Tentamos reverter esse aumento”, afirma Vieira.

Caso o consumidor acredite que exista cobrança de preço abusivo, é possível fazer a denúncia por meio do aplicativo Procon BA Mobile para que o caso seja investigado. “Existe diferença entre preço absurdo e abusivo. Para ser abusivo, o preço deve ter sofrido reajuste além dos índices oficiais ou sem um justa causa”, explica Vieira.

Cartão de crédito
A última grande dívida de Marilene foi no cartão de crédito, após uma bola de neve se formar por causa de um período pagando apenas a fatura mínima. Com os juros, ela teve que pagar cerca de R$ 1 mil para quitar a dívida. Mas ela conta que já está “de cabelo arrepiado” porque ainda não conseguiu pagar os R$ 447 da fatura deste mês.

“Os juros são muito altos, já pensei em cancelar o cartão porque com ele eu gasto mais do que devia. Não compro com dinheiro e fico passando no cartão. Uma pessoa com um salário mínimo não consegue pagar R$ 500 de fatura e ainda tem as outras dívidas”, diz.

Para o economista Edval Landulfo, parte das pessoas tem a falsa sensação de que o cartão é uma extensão do salário. Um dos grandes perigos do pla´stico é justamente as pequenas parcelas, que se perdem na cabeça do comprador, mas, juntas, podem virar uma grande quantia a ser paga no final do mês. “Não temos o hábito de fazer o orçamento e colocar todas as parcelas, mesmo as pequenas. Outra coisa importante é que, antes de comprar no cartão, é preciso ter o dinheiro para pagar a compra. Muita gente faz o oposto, compra sem ter o dinheiro e depois vê como paga”, fala.

Landulfo dá duas dicas para usar o melhor cartão, mas elas só servem para quem tem controle dos gastos. A primeira é fazer compras de mercado e combustível no crédito para receber milhas, a outra é pagar à vista sempre que for possível e conseguir um desconto nessa modalidade.

A pesquisa do Serasa aponta ainda que dois terços das pessoas têm dívidas com o cartão de crédito. Dentre os endividados, 70% ainda não conseguiram quitar a dívida, mas 58% acreditam que vão pagar o passivo. Já 10% desistiram de zerar a dívida. Limpar o nome é apontado como o maior objetivo dos que acabaram com os débitos, com 54% das respostas.

Serasa: 51% das pessoas voltam a se endividar
O reendividamento acontece em 51% dos casos, segundo a pesquisa, que aponta que o desemprego (54%), a falta de controle (24%) e a compra de mantimentos e gastos do dia a dia (18%) também são as principais causas da ocorrência de novas dívidas.

Landulfo explica que o reindividamento acontece porque as pessoas não têm um planejamento financeiro. De acordo com ele, é comum que os trabalhadores utilizem o dinheiro do 13º e das férias para quitar as dívidas, ter crédito e, assim, criar novos débitos. “É uma bola de neve, a pessoa prefere pagar uma dívida para ter acesso ao crédito para comprar algum produto financiado. Com isso, a renda sempre está comprometida e a pessoa não consegue pagar a parcela do novo financiamento, o que gera outra dívida”, explica.

O economista aponta ainda que existem famílias que vivem acima do padrão de vida permitido pela renda, mas optam pelo endividamento para manter o status. “Existem famílias com 4 pessoas que ganham entre 1 e 2 salários mínimos, nesse caso, existe mesmo um problema de renda que dificulta seguir um planejamento e pagar as contas. Mas outras pessoas se endividam por vaidade”, afirma.

De acordo com a pesquisa, 90% das pessoas fazem algum tipo de controle de gastos - a maioria (29%) anota todas as despesas em um papel ou uma planilha. Entretanto, 10% dos ouvidos não fazem nenhum tipo de controle. O estudo explica que, apesar de grande parte das pessoas terem controle, a renda baixa ou limitada não condiz com o volume de gastos dos lares do Brasil.

A pesquisa ouviu 3.994 pessoas entre 2 e 29 de outubro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2%.

Alimentos com as maiores variações acumuladas**

Óleo de Soja (98,08%)
Tomate (87,62%)
Arroz (71,3%)
Batata-inglesa (59,29%)
Cenoura (56,71%)

Publicado em Bahia

Os laudos contratados pelo próprio Bahia apontam que o atleta Ramírez não teria dito “seu negro” para o jogador Bruno Henrique, do Flamengo, durante uma discussão acalorada que tiveram ao longo da partida que terminou 4x3 para o time carioca, domingo, no Maracanã. Em vez disso, o colombiano teria dito “tá quanto?”, em provocação e em referência ao placar do jogo naquele momento, que era favorável ao Bahia por 3x2.

Os laudos contratados pelo próprio Bahia apontam que o atleta Indio Ramírez não teria dito "seu negro" para o jogador Bruno Henrique, do Flamengo. Em vez disso, o colombiano teria dito "tá quanto?", em provocação e em referência ao placar do jogo.

A informação foi divulgada pelo site GE inicialmente e confirmada com o Bahia pelo CORREIO. O laudo faz parte da apuração que o tricolor instaurou sobre o ocorrido no jogo.

Na noite de terça-feira (22), o Flamengo apresentou o mesmo vídeo, acompanhado de um laudo apontando que Ramírez teria dito "seu negro" para Bruno Henrique. O Bahia, por sua vez, preferiu contratar ele mesmo especialistas de leitura labial.

Segundo o apurado pelo CORREIO, um dos especialistas consultados era argentino, e outro, chileno, na tentativa de fazer a leitura mais fidedigna do espanhol, idioma falado por Ramírez, que chegou ao clube no início de novembro e não domina o português.

O meia colombiano disse à diretoria do Bahia que teria falado “tá quanto?” no vídeo divulgado pelo Flamengo, ao passo que a direção do clube colocou a cena sob perícia e constatou a versão do atleta.

Antes disso, segundo o laudo obtido pelo Bahia, ele se vira para Bruno Henrique e provoca dizendo “qué pasó?”, algo próximo de “o que foi?” na língua materna, o espanhol.

ENTENDA O CASO
A confusão envolvendo Ramírez e o atacante Bruno Henrique não é o pivô da acusação de racismo feita sobre o jogador tricolor. Esta partiu do meia Gerson, em um lance que ocorreu no início do segundo tempo, logo após o Bahia diminuir o placar desfavorável para 2x1. Naquele momento, Gerson acusa Ramírez de ter dito a ele “cala boca, seu negro”. Acusação que o colombiano nega. Não há, ou ainda não apareceu, vídeo desse momento.

Por causa dessa situação, a Polícia Civil do Rio de Janeiro instaurou inquérito e Ramírez será intimado a depor, assim como o então técnico Mano Menezes e o árbitro da partida, Flávio Rodrigues.

Já a discussão com Bruno Henrique ocorreu quando o placar estava 3x2 a favor do Esquadrão e, esta sim, foi filmada. Nesta confusão, Bruno Henrique teria dito “gringo de merda”.

Publicado em Esportes

A Bahia registrou 28 mortes e 3.090 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (23). No mesmo período, 3.303 pacientes foram considerados curados da doença (+0,7%).

Dos 476.955 casos confirmados desde o início da pandemia, 458.619 já são considerados recuperados, 9.443 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,72 Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (10.194,62), Muniz Ferreira (8.218,81), Conceição do Coité (8.051,10), Pintadas (7.904,57), Jucuruçu (7.867,63).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 871.073 casos descartados e 124.658 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta.

Na Bahia, 35.714 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 28 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.893, representando uma letalidade de 1,86%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,54% ocorreram no sexo masculino e 43,46% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,86% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,61%, preta com 14,72%, amarela com 0,67%, indígena com 0,13% e não há informação em 11,00% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,21%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,54%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

 

Publicado em Saúde