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Mais de 20 toneladas de cabos inativos das empresas de telefonia, internet e TV a cabo foram retirados de postes da rede elétrica, até maio deste ano, pela Coelba. O quantitativo é resultado das ações de ordenamento e fiscalizações de segurança realizadas pela companhia em todo o estado. No mesmo período foram 10.531 postes inspecionados e as notificações de irregularidades enviadas às mais de 70 empresas de telecomunicações que mantêm contrato de locação com a concessionária.

As ações de fiscalização têm como objetivo identificar e retirar fiações inativas, instaladas à revelia da distribuidora e que expõem a população ao risco de acidentes. Estas ações acontecem de forma contínua em toda a Bahia, levando em conta denúncias e vistorias.

“Infelizmente, algumas prestadoras de serviço não realizam de forma contínua a manutenção e retirada dos cabos já não utilizados. O crescimento da fibra ótica aumentou o número de cabos lançados nas estruturas, sem a devida remoção das fiações anteriores. Por isso, a Coelba tem intensificado as fiscalizações, para garantir que as telefônicas cumpram o que determina o contrato celebrado com a distribuidora”, afirma Karin Barbosa, gerente de Processos de Rede da Coelba.

A Coelba compartilha, hoje, aproximadamente um milhão e meio postes com 75 empresas de telecomunicações. No cadastro da Anatel constam cerca de 650 empresas de telecomunicações habilitadas para atuar no estado, o que demonstra o crescente surgimento de pequenas empresas na prestação de serviços de internet, que ainda estão em situação irregular, não autorizadas a utilizar os postes da Coelba. Por isso, a Coelba mantém duas frente de atuação, a primeira na regularização das empresas para que se mantenha o ordenamento de cabos, conforme determina o órgão regulador.

Na segunda frente, a companhia intensificou nos últimos meses a remoção de cabos irregulares e de empresas que não possuem contrato com a distribuidora, para garantir que sejam cumpridas as normas de segurança no compartilhamento de postes.

“A Coelba tem um plano bem estruturado de substituições de postes em todo o Estado, e um dos desafios é garantir a colaboração das empresas de telefonia para que estas atendam as notificações da distribuidora e compareçam na data programada de um serviço. Emitimos notificação prévia para as empresas de telefonia que possuem contrato com a Coelba, para que em conjunto possamos realizar o ordenamento na nova estrutura”, revela Bruno Fernandes, supervisor de projetos da Coelba.

A atuação tardia das empresas de telefonia contribui para o emaranhado de fios, uma vez que a atuação, em diferentes momentos, de empresas distintas, interfere no ordenamento realizado pela distribuidora de energia nas ações de manutenção.

Compartilhamento dos postes é obrigatório
O compartilhamento dos postes com as empresas de telefonia, internet e TV a cabo é determinado pelas Resoluções Conjuntas 001/1999 e 002/2001, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional do Petróleo (ANP), 004/2014 da Aneel e Anatel e 797/2017, da Aneel. De acordo com as Resoluções, as empresas que utilizam os postes precisam estar regularizadas e atender à normas técnicas e comerciais específicas.

Os contratos celebrados entre a Coelba e as empresas usuárias dos postes explicitam detalhadamente todas as obrigações das partes, dentre elas a responsabilidade pela manutenção e fiscalização das redes por parte das respectivas empresas que utilizam os postes. Ou seja, cada empresa é responsável pela fiscalização e manutenção da rede que lhe pertence.

Publicado em Bahia

O Governo do Estado decidiu prorrogar a restrição de locomoção noturna até o dia 23 de julho, em todo o território baiano. A partir desta sexta-feira (9), a medida passa a valer das 24h às 5h. Além do toque de recolher, decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), nesta sexta-feira (9), autoriza a realização de eventos e atividades com público inferior a 100 pessoas.

A partir de 15 de julho, os eventos com até 200 pessoas poderão ocorrer somente nos municípios integrantes de região de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid permaneça, por cinco dias consecutivos, igual ou inferior a 60%. Os shows e festas, públicas ou privadas, independentemente do número de participantes, continuam proibidos até 23 de julho.

Também em toda a Bahia, os estabelecimentos comerciais que funcionem como restaurantes, bares e congêneres deverão encerrar o atendimento presencial às 23h, permitidos os serviços de entrega em domicílio (delivery) de alimentação até as 24h.

Os eventos desportivos coletivos e amadores estão autorizados, mas sem a presença de público. Já os espaços culturais como cinemas e teatros funcionarão obedecendo a limitação de 50% da capacidade do local.

Os museus, parques de exposições e espaços congêneres também podem funcionar, desde que seja garantido o distanciamento mínimo de 1,5m, sendo vedada a realização de excursões para visitações desses equipamentos.

O decreto mantém os atos religiosos litúrgicos com a ocupação limitada a 50% da capacidade do local. Academias também podem manter o funcionamento, desde que limitem a ocupação a 50% da capacidade.

Transporte
De 9 de julho até 23 de julho, a circulação dos meios de transporte metropolitanos fica suspensa no período das 0h30 às 5h. Também de 9 a 23 de julho, os ferry boats não circulam das 23h às 5h, respeitadas as normas editadas pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).

Aulas
Conforme o decreto, as unidades de ensino públicas e particulares podem manter as atividades de forma semipresencial. Para que isso ocorra, é necessário que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 esteja abaixo de 75%, por cinco dias consecutivos, nas regiões de saúde. A realização das atividades letivas semipresenciais fica condicionada à ocupação máxima de 50% da sala de aula.

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Desembarcou no aeroporto de Salvador, no final da tarde desta quinta-feira (08), novo lote com 111.150 mil novas doses com da vacina Pfizer, conforme estava previsto pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

Os imunizantes serão destinados para a primeira aplicação nos municípios baianos. Um novo lote com 61.800 doses da Coronavac está previsto para chegar nesta sexta-feira (9).

De acordo com a Sesab, as doses devem começar a ser enviados para as regionais de saúde, de onde serão encaminhadas para os municípios, nesta sexta-feira, em aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e da Casa Militar do Governador, após conferência da equipe da Coordenação de Imunização do Estado. Eles serão remetidos, exclusivamente, aos municípios que aplicaram 85% ou mais das doses anteriores.

Com as cargas desta quinta-feira e sexta-feira, a Bahia chegará ao total de 9.333.930 doses de vacinas recebidas, sendo 3.422.000 da Coronavac, 4.698.900 da AstraZeneca/Oxford, 958.230 da Pfizer e 254.800 da Janssen.

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A Bahia vai receber mais lotes de vacina contra a covid-19 até essa sexta-feira (9). O primeiro chega nesta quinta-feira (8), com 111.150 doses do imunizante da Pfizer.

A previsão é de que o voo com as doses desembarque em Salvador às 16h50, segundo o secretário estadual da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas.

Para essa sexta, está prevista a chegada de 61.800 doses da Coronavac.

De acordo com a Sesab, os imunizantes da Pfizer/BioNTech serão destinados para a primeira aplicação, enquanto as vacinas Coronavac serão metade para a primeira aplicação e as demais para o complemento do esquema vacinal.

As doses devem começar a ser enviados para as regionais de saúde nessa sexta-feira, de onde serão encaminhadas para os municípios em aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e da Casa Militar do Governador, após conferência da equipe da Coordenação de Imunização do Estado. Eles serão remetidos, exclusivamente, aos municípios que aplicaram 85% ou mais das doses anteriores. Esta foi uma decisão da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que é uma instância deliberativa da saúde e reúne representantes dos 417 municípios e o Estado.

Com as cargas desta quinta-feira e sexta-feira, a Bahia chegará ao total de 9.333.930 doses de vacinas recebidas, sendo 3.422.000 da Coronavac, 4.698.900 da AstraZeneca/Oxford, 958.230 da Pfizer e 254.800 da Janssen.

Publicado em Saúde

A polícia deflagrou a terceira fase da Operação Retomada nesta quarta-feira (7) para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão de envolvidos nas mortes do tio e sobrinho Bruno Barros e Yan Barros, no Atakarejo. Nessa terça-feira (6), Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu inquérito policial sobre o caso.

Os envolvidos foram indiciados por homicídio qualificado, omissão de socorro e ocultação de cadáver. Entre os indiciados estão suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas no Nordeste de Amaralina e seguranças do Atakarejo. Além das prisões, mandados de busca e apreensão também foram cumpridos - um deles, na sede do supermercado, onde foram recolhidos livros de ocorrências administrativas, computadores e aparelhos celulares.

“Essa terceira fase acontece após a chegada de laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), nos quais foram verificados novos integrantes, em razão da análise do circuito de câmeras de segurança do supermercado”, explicou a presidente do inquérito, delegada Zaira Pimentel.

A partir da abertura do inquérito, nasceram novas investigações. “Estou apurando também um crime de tortura, um falso testemunho e um furto. Esse inquérito não só versa sobre o homicídio de tio e sobrinho, mas também sobre outros crimes”, finalizou a delegada.

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Já virou rotina para os motoristas em 2021: abrir o jornal e se deparar com a notícia do aumento no preço dos combustíveis. O último reajuste, oitavo deste ano, foi anunciado nessa segunda-feira (5), fazendo o preço da gasolina nas refinarias atingir R$ 2,69, e o do óleo diesel, R$ 2,81, refletindo crescimentos médios de R$ 0,16 (6,3%) e R$ 0,10 (3,7%) por litro, respectivamente. 

O impacto já é sentido nos postos de Salvador, que chegam a cobrar R$ 6,09 no litro da gasolina comum e R$ 6,19 na aditivada. Neste mesmo período do ano passado, a média da gasolina em Salvador era de R$ 4,14, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

O aumento de R$ 2 em um ano provocou mudanças no comportamento dos motoristas baianos. Encher o tanque virou artigo de luxo e já há quem prefira deixar o veículo em casa para usar meios de transporte alternativos e mais baratos.

O assessor de investimentos João Victor Moreira, 28, optou por assumir sozinho, no ano passado, os gastos de um carro que dividia com o pai. O veículo, que era “beberrão”, logo começou a pesar no orçamento do jovem, que viu ali uma oportunidade de transformar o prejuízo em lucro.

Valendo-se da alta no mercado de usados, ele conseguiu vender o veículo e aplicar o dinheiro em um investimento. João passou a andar apenas com aplicativos e quando viajava, alugava um carro. Somando a economia com combustível e todos os outros custos de um carro próprio, como impostos, manutenção e seguro, ele teve um impacto positivo de R$ 400 em sua conta mensalmente.

“No meu planejamento financeiro mensal, eu percebia que o carro representava boa parte de meu faturamento, principalmente porque ele bebia muito. Quando levava em consideração seguro, IPVA, estacionamento, manutenção, eu praticamente trabalhava para manter o carro. Vi que estava sendo um luxo injustificável. Então vendi e me comprometi a ficar 1 mês sem carro pra ver se eu me adaptava, e super me adaptei. Hoje minha receita mensal tem uma folga muito maior. Não fico tão preocupado com o carro depreciando e o capital da venda eu transformei em um ativo, uma vez que está me rendendo juros em aplicações financeiras”, detalha o investidor.

Quem depende lamenta

Enquanto motoristas procuram maneiras de suavizar o impacto no bolso, quem trabalha diretamente com os carros só vê o prejuízo aumentar. É o caso do taxista Sérgio Eduardo, que opta por usar a gasolina ao invés do GNV.

Em 2019, ele gastava em média R$ 1200 por mês com combustível. Em 2021, o valor já chega a R$ 2500, mesmo com uma demanda por corridas reduzida por conta da concorrência com os aplicativos. Sérgio ainda encontra outro problema, a falta de reajuste no taxímetro, congelado há 5 anos.

“Hoje numa corrida de R$ 10, R$ 6 vai para combustível, com R$ 4 de lucro, que no final fica 2 por causa dos outros custos do carro, como manutenção e impostos. Para a gente arrumar um dinheirinho tem que se matar de trabalhar. Esses aumentos estão deixando nossa profissão inviável. O preço está totalmente exagerado, sem controle”, revela o taxista, que já pensou diversas vezes em largar a profissão.

Por que a gasolina aumentou tanto

Desde 2019, a Petrobras passou a adotar no Brasil uma política de preços internacional. Ou seja: ela vende no país o combustível pelo mesmo preço praticado em todo o mundo. Desta forma, a gasolina passa a ter uma volatilidade maior, além de sofrer um impacto direto com o câmbio, visto que ela é vendida em dólar.

Nesta terça-feira (6), o valor do barril de petróleo WIT atingiu seu maior valor em 7 anos, cotado a US$ 76,98. Esta alta somada ao valor do dólar, que ultrapassa R$ 5, são as grandes causadoras do preço elevado nos combustíveis.

“Além disso tudo tem os custos do transporte do combustível e a margem de lucro dos postos e distribuidoras. Também tem o fator fiscal, visto que a Bahia paga um dos maiores ICMS para combustíveis do Brasil. E quem acaba pagando toda essa conta na gasolina, diesel e gás de cozinha, infelizmente, é o consumidor final”, detalha Edísio Freire, especialista em finanças e colunista do CORREIO.

Valor da gasolina na Bahia nos últimos meses

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) faz um balanço mensal com os preços dos combustíveis em postos da Bahia. No caso da gasolina comum, há dados até maio deste ano. Veja a variação desde março de 2020:

Março de 2020: R$4,46

Abril de 2020: R$4,06

Maio de 2020: R$3,81

Junho de 2020: R$3,96

Julho de 2020: R$4,14

Agosto: R$4,23

Setembro: Não consta

Outubro: R$4,35

Novembro: R$4,40

Dezembro de 2020: R$4,48

Janeiro de 2021: R$4,62

Fevereiro de 2021:  R$4,95

Março de 2021: 5,65

Abril de 2021: 5,40

Maio 2021: 5,76

 

Onde encontrar gasolina mais barata em Salvador *

Posto Zeus, Acupe de Brotas: R$ 5,70

Posto Narandiba, Narandiba: R$ 5,81

Posto Alameda da Barra, Barra: R$ 5,81

Posto do Cristo, Ondina: R$ 5,81

Posto Pelicano, Cabula: R$ 5,83

Posto Ponto Alto, Águas Claras: R$ 5,83

Posto Sul América, Caminho de Areia: R$ 5,85

Posto Trevo, Fazenda Grande do Retiro: R$ 5,85

Posto Novo Horizonte, Paralela: R$ 5,85

Posto São Rafael, São Marcos: R$ 5,85

*Lista feita com base no aplicativo "Preço da Hora", do Governo da Bahia. Os valores são referentes ao dia 6 de julho.

Dicas de como economizar combustível

Aceleração: Controle a emoção e pise devagar no acelerador. Acelere de forma gradual, sem exigir muito do motor. 

Freio: Não deixe para frear o veículo com força já em cima do sinal de trânsito. 

Escolha direito: Antes de realizar a compra. Todos os veículos vêm com uma marca do Inmetro informando o consumo dele. Escolha o mais econômico.

Diminua o peso: Quanto mais pesado o carro, mais combustível ele gasta. Dê uma geral em seu veículo e tire da mala ítens não essenciais para a sua viagem.

Marchas: A troca de marcha faz muita diferença no consumo, por isso não estique as marchas sem necessidade. Um carro a 40 km/h não pode estar em 5ª marcha, ou chegar a 100 km/h em segunda marcha.

Abastecimento: Só abasteça em postos confiáveis e conhecidos. Os carros rendem a mesma coisa que com a gasolina comum e a aditivada - a diferença está apenas na limpeza que a segunda faz no motor.   

Ar-condicionado: Muito se fala que o ar-condicionado aumenta o consumo. No passado realmente isso acontecia, mas os compressores modernos já não exigem tanto esforço do motor. As janelas fechadas melhoram a aerodinâmica e, consequentemente, o consumo cai. 

Revisões: Faça revisões e manutenções preventivas e verifique, em especial, o estado das velas e o funcionamento da injeção eletrônica. O alinhamento das rodas é fundamental para a aerodinâmica do carro. Automóvel alinhado economiza combustível.

Pneus: Pneus murchos ou com a calibragem errada influenciam diretamente no consumo. A calibragem deve ser feita no máximo a cada 15 dias, seguindo as orientações das montadoras para pressão. Os pneus podem ser responsáveis por até 20% do consumo de combustível.

 

Já virou rotina para os motoristas em 2021: abrir o jornal e se deparar com a notícia do aumento no preço dos combustíveis. O último reajuste, oitavo deste ano, foi anunciado nessa segunda-feira (5), fazendo o preço da gasolina nas refinarias atingir R$ 2,69, e o do óleo diesel, R$ 2,81, refletindo crescimentos médios de R$ 0,16 (6,3%) e R$ 0,10 (3,7%) por litro, respectivamente. 

O impacto já é sentido nos postos de Salvador, que chegam a cobrar R$ 6,09 no litro da gasolina comum e R$ 6,19 na aditivada. Neste mesmo período do ano passado, a média da gasolina em Salvador era de R$ 4,14, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

O aumento de R$ 2 em um ano provocou mudanças no comportamento dos motoristas baianos. Encher o tanque virou artigo de luxo e já há quem prefira deixar o veículo em casa para usar meios de transporte alternativos e mais baratos.

O assessor de investimentos João Victor Moreira, 28, optou por assumir sozinho, no ano passado, os gastos de um carro que dividia com o pai. O veículo, que era “beberrão”, logo começou a pesar no orçamento do jovem, que viu ali uma oportunidade de transformar o prejuízo em lucro.

Valendo-se da alta no mercado de usados, ele conseguiu vender o veículo e aplicar o dinheiro em um investimento. João passou a andar apenas com aplicativos e quando viajava, alugava um carro. Somando a economia com combustível e todos os outros custos de um carro próprio, como impostos, manutenção e seguro, ele teve um impacto positivo de R$ 400 em sua conta mensalmente.

“No meu planejamento financeiro mensal, eu percebia que o carro representava boa parte de meu faturamento, principalmente porque ele bebia muito. Quando levava em consideração seguro, IPVA, estacionamento, manutenção, eu praticamente trabalhava para manter o carro. Vi que estava sendo um luxo injustificável. Então vendi e me comprometi a ficar 1 mês sem carro pra ver se eu me adaptava, e super me adaptei. Hoje minha receita mensal tem uma folga muito maior. Não fico tão preocupado com o carro depreciando e o capital da venda eu transformei em um ativo, uma vez que está me rendendo juros em aplicações financeiras”, detalha o investidor.

Quem depende lamenta
Enquanto motoristas procuram maneiras de suavizar o impacto no bolso, quem trabalha diretamente com os carros só vê o prejuízo aumentar. É o caso do taxista Sérgio Eduardo, que opta por usar a gasolina ao invés do GNV.

Posto na Barra, em Salvador (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO)

Em 2019, ele gastava em média R$ 1200 por mês com combustível. Em 2021, o valor já chega a R$ 2500, mesmo com uma demanda por corridas reduzida por conta da concorrência com os aplicativos. Sérgio ainda encontra outro problema, a falta de reajuste no taxímetro, congelado há 5 anos.

“Hoje numa corrida de R$ 10, R$ 6 vai para combustível, com R$ 4 de lucro, que no final fica 2 por causa dos outros custos do carro, como manutenção e impostos. Para a gente arrumar um dinheirinho tem que se matar de trabalhar. Esses aumentos estão deixando nossa profissão inviável. O preço está totalmente exagerado, sem controle”, revela o taxista, que já pensou diversas vezes em largar a profissão.

Por que a gasolina aumentou tanto
Desde 2019, a Petrobras passou a adotar no Brasil uma política de preços internacional. Ou seja: ela vende no país o combustível pelo mesmo preço praticado em todo o mundo. Desta forma, a gasolina passa a ter uma volatilidade maior, além de sofrer um impacto direto com o câmbio, visto que ela é vendida em dólar.

Nesta terça-feira (6), o valor do barril de petróleo WIT atingiu seu maior valor em 7 anos, cotado a US$ 76,98. Esta alta somada ao valor do dólar, que ultrapassa R$ 5, são as grandes causadoras do preço elevado nos combustíveis.

“Além disso tudo tem os custos do transporte do combustível e a margem de lucro dos postos e distribuidoras. Também tem o fator fiscal, visto que a Bahia paga um dos maiores ICMS para combustíveis do Brasil. E quem acaba pagando toda essa conta na gasolina, diesel e gás de cozinha, infelizmente, é o consumidor final”, detalha Edísio Freire, especialista em finanças e colunista do CORREIO.

Valor da gasolina na Bahia nos últimos meses
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) faz um balanço mensal com os preços dos combustíveis em postos da Bahia. No caso da gasolina comum, há dados até maio deste ano. Veja a variação desde março de 2020:

  • Março de 2020: R$4,46
  • Abril de 2020: R$4,06
  • Maio de 2020: R$3,81
  • Junho de 2020: R$3,96
  • Julho de 2020: R$4,14
  • Agosto: R$4,23
  • Setembro: Não consta
  • Outubro: R$4,35
  • Novembro: R$4,40
  • Dezembro de 2020: R$4,48
  • Janeiro de 2021: R$4,62
  • Fevereiro de 2021:  R$4,95
  • Março de 2021: 5,65
  • Abril de 2021: 5,40
  • Maio 2021: 5,76

Onde encontrar gasolina mais barata em Salvador *

  1. Posto Zeus, Acupe de Brotas: R$ 5,70
  2. Posto Narandiba, Narandiba: R$ 5,81
  3. Posto Alameda da Barra, Barra: R$ 5,81
  4. Posto do Cristo, Ondina: R$ 5,81
  5. Posto Pelicano, Cabula: R$ 5,83
  6. Posto Ponto Alto, Águas Claras: R$ 5,83
  7. Posto Sul América, Caminho de Areia: R$ 5,85
  8. Posto Trevo, Fazenda Grande do Retiro: R$ 5,85
  9. Posto Novo Horizonte, Paralela: R$ 5,85
  10. Posto São Rafael, São Marcos: R$ 5,85

*Lista feita com base no aplicativo "Preço da Hora", do Governo da Bahia. Os valores são referentes ao dia 6 de julho.

Dicas de como economizar combustível
O colunista do CORREIO Antônio Meira Jr., especialista em carros, separou algumas dicas para ajudar a economizar no combustível. Confira?

Aceleração: Controle a emoção e pise devagar no acelerador. Acelere de forma gradual, sem exigir muito do motor. 

Freio: Não deixe para frear o veículo com força já em cima do sinal de trânsito. 

Escolha direito: Antes de realizar a compra. Todos os veículos vêm com uma marca do Inmetro informando o consumo dele. Escolha o mais econômico.

Diminua o peso: Quanto mais pesado o carro, mais combustível ele gasta. Dê uma geral em seu veículo e tire da mala ítens não essenciais para a sua viagem.

Marchas: A troca de marcha faz muita diferença no consumo, por isso não estique as marchas sem necessidade. Um carro a 40 km/h não pode estar em 5ª marcha, ou chegar a 100 km/h em segunda marcha.

Abastecimento: Só abasteça em postos confiáveis e conhecidos. Os carros rendem a mesma coisa que com a gasolina comum e a aditivada - a diferença está apenas na limpeza que a segunda faz no motor.   

Ar-condicionado: Muito se fala que o ar-condicionado aumenta o consumo. No passado realmente isso acontecia, mas os compressores modernos já não exigem tanto esforço do motor. As janelas fechadas melhoram a aerodinâmica e, consequentemente, o consumo cai. 

Revisões: Faça revisões e manutenções preventivas e verifique, em especial, o estado das velas e o funcionamento da injeção eletrônica. O alinhamento das rodas é fundamental para a aerodinâmica do carro. Automóvel alinhado economiza combustível.

Pneus: Pneus murchos ou com a calibragem errada influenciam diretamente no consumo. A calibragem deve ser feita no máximo a cada 15 dias, seguindo as orientações das montadoras para pressão. Os pneus podem ser responsáveis por até 20% do consumo de combustível.

 

Publicado em Bahia

Enquanto há falta de vacinas contra a covid-19 em algumas cidades baianas - a vacinação foi interrompida pela quinta vez em Salvador na terça-feira (6) - há pessoas que tomaram três doses do imunizante. Um estudo conduzido por pesquisadores de matemática de cinco universidades brasileiras, chamado ModCovid19, indicou que 2.038 pessoas tomaram três doses do imunizante na Bahia.

Esse número faz parte de um contingente de pessoas ainda maior que teriam burlado o Plano Nacional de Imunização: 2.902 pessoas tomaram, pelo menos, duas doses na Bahia e, ao todo, três ou mais doses da vacina.

Entram nessa conta - dos 2.902 - também pessoas tomaram só uma dose na Bahia e as outras duas injeções - ou até três - em outro estado. Há ainda outras tomaram cada dose em três estados diferentes, como aponta a planilha disponibilizada pelos pesquisadores.

Em 55 cidades baianas, há registro de indivíduos que tomaram as três doses no mesmo município. Em Ribeira do Amparo e Ouricongas, por exemplo, a situação é mais alarmante: uma pessoa em cada uma das cidades teria tomado quatro doses do imunizante.

A pesquisa também apontou várias inconsistências nos dados da vacinação do novo coronavírus no Brasil. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) já está ciente do caso e informa que os infratores serão punidos, também, por crime de estelionato. Em todo o país, foram quase 30 mil pessoas que tomaram três doses da vacina contra a doença que já matou mais de 527 mil brasileiros. A Bahia é o quarto estado com maior número de casos desse tipo, atrás somente de São Paulo (4.870), Paraná (2.689) e Rio Grande do Sul (2.416).

O objetivo do estudo é encontrar incoerências e estudar os números da vacinação no país, a partir da análise dos dados públicos do Governo Federal, o DataSus. Os dados compilados para esta matéria, usados pelos pesquisadores, foram levantados até o dia 24 de junho de 2021.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) disse que “não teve acesso ao estudo para fazer análises”. Contudo, o CORREIO enviou duas vezes o link com todas as informações que seriam veiculadas na reportagem. A Sesab ignorou as solicitações seguintes.

Já a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) respondeu, por meio de nota, que não há casos de pessoas que tomaram três doses na cidade. Porém, não há como saber se a pessoa que foi ao posto de saúde na capital baiana já teria se vacinado com alguma dose em outro município.

“O Ministério da Saúde ainda não disponibilizou acesso à base federal para Salvador. No momento, apenas o gestor federal consegue cruzar as informações recebidas dos Municípios e identificar aqueles que burlaram o processo de vacinação, ou seja, o sistema de dados da capital baiana não consegue identificar se a pessoa habilitada já recebeu a dose do imunizante em outra cidade”, diz a SMS.

A secretaria também informou que solicitou ao Ministério da Saúde o acesso à base federal para garantir mais segurança ao processo de imunização em Salvador, mas ainda não houve liberação. O Ministério da Saúde (MS) foi procurado pelo CORREIO, porém não respondeu à reportagem até o fechamento do texto.

Para o pesquisador Tiago Pereira, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e integrante da ModCovid19, não há falta de experiência do governo brasileiro com o fornecimento de dados sobre vacinação, o que não justificaria possíveis erros.

“Todas as campanhas de vacinação brasileiras trabalharam com dados abertos e públicos, não é coisa nova, já é tradição. É importante que o dado continue aberto e é normal ter essas inconsistências quando se tem uma base de dados desse porte, com mais de 45 milhões de linhas”, explica Pereira.

O professor defende que os dados sejam anônimos, contudo, pontua que isso dificulta saber em qual ente da federação está o erro. “É bom que o dado seja anônimo, mas o problema é que, se anonimizar, você tira a fonte de erro e não sabe qual o causador, se é o Governo Federal, o estado, o município ou o atendedor nos postos de vacina. Não dá para saber de onde ele surgiu”, esclarece.

Pereira afirma que não são somente os dados da vacinação com inconsistências. O número de óbitos, por exemplo, no estado de São Paulo, diverge do das secretarias municipais em 14 mil mortes. “A secretaria estadual fala que pegou os dados com as cidades e as cidades que enviaram os números certos para a secretaria, e que demoraria 72h para os dados ficarem iguais, mas nunca ficam”, observa.

Por isso, ele sugere que quanto mais automatizado o sistema for, melhor para que a análise seja realizada. “Quanto menos pessoas mexem, tornando o sistema o mais automático possível, mais fácil é de identificar de onde veio o erro”, acredita. Ele exemplifica novamente com os dados de óbitos por covid-19 do Governo Federal, em que é preciso que o mesmo indivíduo seja cadastrado seis vezes na base de dados.

Estelionato
O Ministério Público da Bahia já prepara uma nota técnica para orientar a atuação dos promotores de Justiça em relação à aplicação irregular da terceira dose da vacina contra covid-19, através do Grupo de Trabalho para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavírus (GT/Coronavírus).

Ao CORREIO, o MP-BA explicou que há vários tipos de punições para quem se beneficiou da situação. “Quem receber irregularmente uma terceira dose pode responder administrativa, cível e penalmente. As pessoas que se beneficiarem da aplicação e agentes públicos que aplicarem a terceira dose indevida podem ser responsabilizados por ato de improbidade administrativa”, alerta o órgão, por meio de nota.

“A depender do caso concreto, pode haver também responsabilização criminal, pela prática dos crimes de infração de medida sanitária, de perigo para a vida ou saúde de outrem, de estelionato (no caso do paciente induzir o profissional de saúde a erro), de uso de documento falso, de falsidades ideológica e de material de atestado ou certidão (em caso de cartão de vacinação fraudulento) e também por crime de inserção de dados falsos em sistema ou banco públicos de dados e de informações”, acrescenta o MP.

Pessoa que ‘nasceu’ em 1800 foi vacinada
O ModCovid19 aponta que 750 pessoas na Bahia foram vacinadas com data de nascimento do século XIX. Uma delas é uma mulher de São Miguel das Matas, no Recôncavo baiano, que teria nascido em 1 janeiro de 1800, ou seja, teria 221 anos - mais velha que o imperador Dom Pedro II, se estivesse vivo. Já outra teria nascido em Campo Alegre de Lourdes, no Vale do São Francisco, em 2 de abril de 1893.

Outros erros são indicados. Existem 1.928 baianos, de acordo com o estudo, que teriam o registro da segunda dose antes da primeira. Outras 51.476 pessoas só teriam tomado a segunda dose, pois não há registro da primeira.
Além disso, oito baianos teriam tomado a vacina antes mesmo da vacinação começar, no dia 1º de janeiro de 2021. Esses registros são nas cidades de Piraí do Norte, Presidente Jânio Quadros, Gandu e Nilo Peçanha. No estado, o programa de vacinação contra a covid-19 começou no dia 19 de janeiro.

Outra incoerência na base de dados é que a mesma pessoa aparece duas vezes no cadastro de vacinados. Os registros duplicados têm as informações em todas as colunas iguais, como data de aplicação e lote da vacina, local de vacinação, etc. Isso ocorreu 11.242 vezes na Bahia.

De acordo com a pesquisa, isso aconteceu em maior número com os dados municipais - foram 12.776 baianos com cadastros duplicados enviados pelas secretarias municipais da saúde. Em Salvador, isso teria ocorrido, por exemplo, na Unidade de Saúde da Família (USF) da Federação, em 19 de maio, na USF do Vale do Cambonas, em 20 de maio, e na Unidade Básica de Saúde (UBS) Ramiro de Azevedo, no dia 15 de maio de 2021.

Por fim, alguns identificadores aparecem na base de dados mais de uma vez, porém, com algumas informações diferentes, como sexo e data de nascimento do indivíduo. Como o DataSus é anonimizado, ou seja, não mostra o nome da pessoa, cada vacinado tem um identificador. O identificador repetido, mas com algumas informações que divergem, sugere algumas hipóteses aos pesquisadores.

A primeira é de que o identificador não seja único, isto é, há pessoas diferentes com o mesmo identificador. A segunda suposição é de que há pacientes com dois ou mais registros no Cadastro Nacional de Saúde em que os dados pessoais diferem (sexo, data de nascimento, por exemplo). Uma última alternativa é que a inserção de alguns dados tenha sido manual, porém, isso seria menos provável, considerando o baixo número relativo de inconsistências dessa natureza. Na Bahia, são 135.

Infectologistas alertam para falta de estudos
A fim de esclarecer se a terceira dose da vacina contra covid-19 é mesmo necessária, o CORREIO procurou duas infectologistas. Ambas disseram que ainda não existem estudos concretos sobre o tema. “O ideal é vacinar a maioria da população com as vacinas existentes, porque ainda não está claro nos estudos qual delas deve ser aplicada como terceira dose e quanto tempo depois da segunda. Ainda é muito cedo para esse tipo de conduta”, alerta a infectologista Áurea Paste.

A infectologista Miralba Freire reforça. Para ela, a terceira dose deve ser tomada, mas no futuro, quando acabar a primeira etapa da vacinação. “É possível que haja a necessidade de se tomar a terceira dose, mas é um fato que está sendo estudado, não há um consenso ou conhecimento sobre isso. Algumas vacinas têm potência menor que outras, como qualquer produto, então começa a se testar a terceira dose”, esclarece.

Ela pontua que a indicação de terceira dose não será para todos os públicos. “Há possibilidade de se indicar, mas não quer dizer que será para todo mundo e que será com todas as vacinas. O grande desafio agora é vacinar todos com a primeira e segunda doses. Num segundo momento, a medicina tem mostrado que é preciso o reforço”.

A vacina da gripe, por exemplo, tem reforço anual. Miralba cita que ele deverá ser com um intervalo parecido. “Não adianta ter um reforço com período muito curto, isso não tem sugestão de melhor eficácia”, diz.

Dentre os estudos desenvolvidos, sugere-se a terceira dose da CoronaVac em idosos, em que a eficácia foi menor que a global, de 50,4%. Também é discutido a aplicação da terceira dose de fabricantes diferentes, como Pfizer e AstraZeneca, e AstraZeneca e Moderna, mas ainda não há conclusão sobre qual tomar primeiro nem em qual intervalo.

Publicado em Saúde

Foram prorrogadas até a próxima quinta-feira (8) as medidas restritrivas de combate à pandemia do coronavírus em Salvador. Isso significa as limitações das atividades comerciais, profissionais e esportivas que já estão em vigor, incluindo o toque de recolher, das 22h às 5h.

Os clubes sociais, recreativos e esportivos podem funcionar das 6h às 21h – aos sábados, até 18h e, aos domingos, até 14h; enquanto os cinemas continuam abrindo das 10h às 21h; e centros e espaços de exposições terão horário livre para eventos científicos de até 50 pessoas.

Já os shoppings centers, centros comerciais e similares podem abrir todos os dias, das 10h às 21h – os prestadores de serviços situados nestes locais devem obedecer ao horário dos shoppings.

Restaurantes, bares, pizzarias, temakerias, sorveterias, doçarias, cafeterias e similares podem abrir das 11h às 21h30, mas só podem receber clientes até uma hora antes do fechamento, ou seja, às 20h30.

Serviços relacionados à construção civil podem funcionar das 7h às 17h; clínicas de estética, das 7h às 20h; escritórios administrativos (contabilidades, consultoria e similares), das 10h às 19h; escritórios de advocacia, das 10h às 19h; autoescolas, das 10h às 20h; comércio de rua, das 10h às 18h. Os salões de beleza, barbearias e similares podem funcionar das 10h às 20h. As lanchonetes, por sua vez, das 7h às 15h.

Sem restrição de horário
Os estabelecimentos que podem abrir diariamente, sem restrição de horário, são os serviços de saúde, supermercados, panificadoras, delicatessens, açougues e conveniências, farmácias e drogarias, agências bancárias, lotéricas, laboratórios de análises clínicas, postos de combustíveis, call centers, oficinas mecânicas e borracharias, cemitérios e serviços funerários, hotéis, pousadas e demais estabelecimentos de alojamento, academias de ginástica e similares, cursos livres, templos religiosos e igrejas, indústria e funcionalismo público não essencial.

Mercados e supermercados devem reservas o horário das 7h às 9h para atendimento exclusivo para idosos, pessoas com diagnóstico de câncer e em uso de medicamentos imunossupressores.

Com a prorrogação do decreto, prevalecem ainda as medidas referentes ao funcionamento de call center, e continua proibida a realização de qualquer ação com equipamento de som em via pública ou em estabelecimentos particulares.

Medidas nos bairros
Até quinta-feira (8), as medidas de proteção à vida seguem nos bairros de Brotas, Lobato, Fazenda Grande do Retiro, Boca do Rio, São Caetano e São Marcos. Nestes bairros, há testagem rápida, higienização das vias, distribuição de máscara e serviços de assistência social.

Os pontos de testagem rápida ocorrem, a partir das 8h, nos seguintes locais:

- Fazenda Grande: Final de linha da Fazenda Grande do Retiro, na Quadra Poliesportiva;

- São Marcos (Pau da Lima): Gerência Regional de Educação (GRE)/Antigo Espaço Axé, Rua Pastor José Guilherme de Morais, 7, Pau da Lima;

- Lobato: Estacionamento da USF Joanes Leste, Conjunto Joanes Leste, Quadra 23, s/n, Lobato;

- Boca do Rio: Fim de linha da Boca do Rio;

- Brotas: Fim de linha de Brotas (próximo ao Cemitério Jardim da Saudade);

- São Caetano: Quadra Poliesportiva de São Caetano, na Rua Manoel Fernandes.

Publicado em Bahia

Para o feriado de Independência do Brasil na Bahia, o famoso 2 de julho, a Prefeitura montou um esquema especial de serviços. Este ano, as comemorações vão ocorrer sem o tradicional desfile cívico devido à pandemia da Covid-19, mas contará com atos comemorativos simbólicos no Largo da Lapinha. O acesso será apenas para autoridades e a imprensa. Na cidade, vão prosseguir os serviços de fiscalização, saúde e proteção ao patrimônio público.

Fiscalizações

A Guarda Civil Municipal (GCM) vai manter a tradição de colocar flores e fazer a segurança das figuras dos caboclos quando expostas, no Largo da Lapinha. Além destas atividades, os profissionais vão intensificar a fiscalização nas praias da capital baiana, a fim de evitar aglomerações durante o feriadão, assim como dar apoio às atividades de fiscalização realizadas pela Prefeitura. Cerca de 80 agentes estarão monitorando toda a orla marítima até domingo (4).

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) irá reforçar a fiscalização para combater a poluição sonora na cidade. A pasta também vai fiscalizar o cumprimento dos decretos municipais que visam o combate à disseminação do coronavírus nos estabelecimentos comerciais. O cidadão que perceber alguma irregularidade deve efetuar a denúncia através do Disque Salvador, pelo telefone gratuito 156.

Trânsito

As alterações no trânsito de Salvador iniciam hoje (1°). A partir das 17h será proibido o estacionamento no entorno do Largo da Lapinha. Amanhã (2), a partir das 6h, haverá interdição ao tráfego de veículos na Estrada da Liberdade, na altura do Largo da Lapinha.

Condutores que estiverem no sentido Centro terão como opções de tráfego seguir pelas ruas Pero Vaz, Doutor Eduardo Santos, Conde de Porto Alegre, Largo do Tamarineiro, Rua Rodrigo Argolo, Baixa de Quintas e Rua Cônego Pereira.

Quem estiver no sentido oposto pode trafegar pela Ladeira da Soledade, Largo da Soledade, Largo do Queimadinho, Rua Saldanha Marinho, Largo do Tamarineiro, Rua Conde de Porto Alegre, Rua Doutor Eduardo Santos e Rua Pero Vaz, para chegar à Estrada da Liberdade.

As vias deverão ser liberadas assim que a cerimônia simbólica for finalizada. Moradores do trecho interditado poderão acessar o local mediante comprovação de endereço.

Transporte

Em razão da interdição de tráfego na Estrada da Liberdade/Corredor da Lapinha, das 6h às 10h, para as comemorações do Dois de Julho, as linhas de ônibus que passam no local terão alteração de itinerário. No sentido Centro, vão seguir a Rua Lima e Silva, Rua Pero Vaz, Rua Conde de Porto Alegre, Largo do Tamarineiro, Rua Saldanha Marinho, Largo do Queimado e Largo da Soledade, retomando o itinerário normal.

No sentido Liberdade, os ônibus vão seguir o Largo da Soledade, Largo do Queimado, Rua Saldanha Marinho, Largo do Tamarineiro, Rua Conde de Porto Alegre, Rua Pero Vaz, Ladeira de São Cristóvão, seguindo então o itinerário normal.

Saúde e Defesa Civil

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24h estarão funcionando normalmente, assim como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192).

A Defesa Civil de Salvador (Codesal) permanece de plantão 24h para ocorrências que envolvam risco civil aos cidadãos. Qualquer situação do tipo, a exemplo de ameaça de desabamento, deslizamento de terra e alagamento, deve ser comunicada através do número gratuito 199.

Publicado em Bahia

A Bahia é o segundo estado que mais desmata Mata Atlântica no país. Foram mais de 3.230 hectares desmatados em 2020, o equivalente mais de quatro vezes a área da cidade de Salvador. No Brasil foram desmatados 13.053 hectares.

Os dados são do Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica - ONG que existe desde 1986 - em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, unidade vinculada ao Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (INPE/MCTI).

Dos 17 estados brasileiros que têm o bioma, a Bahia só perde para Minas Gerais em termos de desmatamento. Ao lado de Mato Grosso do Sul, o trio concentra os dez municípios que mais desmatam a floresta no Brasil.

As cidades baianas no topo do ranking são Wanderley e Cotegipe, as duas vizinhas, no Extremo Oeste do estado. Wanderley também é a terceira cidade que mais desarboriza no país. Foram 350 hectares perdidos – isso equivale a quase um campo de futebol por dia.

Não é de hoje que a Bahia está entre os estados com maior índice de desflorestamento. Em 2019 e em 2015, também ocupou o segundo lugar. Em 2017 e 2016, chegou a ser o primeiro colocado. Em 2016, a área desmatada foi quase quatro vezes maior que a do ano passado: 12.288 hectares, o tamanho do município de Itaparica. Em 2018, por sua vez, o estado ficou na quarta posição, com 1.985 hectares desmatados.

Dos 439 municípios que tiveram registro de desmatamento no último ano, 83 são baianos (18,9% do total). No período, 70% do desflorestamento ocorreu em 100 das 3.429 cidades que compõem o bioma. Apenas essas dez cidades somam 21% do total desflorestado - três delas da Bahia. Apesar do grande número, houve queda de cerca de 9% no total da área desmatada em relação a 2019.

Apenas 12,5% da vegetação original foi preservada, segundo o diretor de Conhecimento da SOS Mata Atlântica, Luis Guedes.

“Ao longo da história de colonização do país, a Mata Atlântica foi o bioma mais desmatado, porque foi o espaço mais povoado. Os portugueses chegaram à Bahia pela Mata Atlântica e resolveram ocupar para a economia, se estabelecendo no litoral, desde o ciclo do Pau-Brasil, da Cana-de-açúcar, do ouro e do café. É onde 70% da população está estabelecida, o que representa mais de 80% do PIB [Produto Interno Bruto] do país”, explica Guedes.

As consequências geradas por esse tipo de crime são dos mais variados, seja para o bem-estar, ou para a ciência e para a natureza. “Estamos perdendo biodiversidade, espécies que precisam estar em conservação. São as florestas que garantem que a água chegue nos reservatórios, que abastecem às grandes metrópoles com energia elétrica, e que chega na agricultura, para irrigação. Então os riscos são muitos para a economia, para o bem-estar da população no dia a dia, para a produção de alimentos, além de intensificar o aquecimento global”, ressalta o diretor de conhecimento da ONG.

Para poder reverter esse cenário, Guedes, que é engenheiro agrônomo doutor em fitotecnia, as leis criadas para proteger o meio ambiente devem ser aplicadas com maior rigor. Guedes também sugere que mais reservas e áreas de proteção permanente sejam criadas.

“A Mata Atlântica é o único bioma que tem uma lei especial, reconhecida pela constituição. Ela deixa claro que é um dos biomas mais ameaçados e que seu desmatamento deve ocorrer em situações excepcionais e ele deve ser compensado”, acrescenta.

Ele relembra ainda que o Brasil tem um pacto interno no qual estabelece que devam ser reflorestados 4 a 5 milhões de hectares até 2030. Outros biomas também sofrem com o desmatamento, mas em menor escala. O cerrado, caatinga e o pantanal, por exemplo, ainda têm cerca de 50% da vegetação original. A Floresta Amazônica foi 20% desmatada.

As cidades baianas recordistas em desmatamento
A prefeita de Wanderley, Fernanda Sá Teles, que governa a cidade com maior índice de desmatamento na Bahia, afirmou que desconhece os dados da pesquisa, que eles estariam equivocados. O levantamento, no entanto, contou com a execução técnica da Arcplan, e foi realizado por meio de imagens de satélite e tecnologias na área da informação, do sensoriamento remoto e do geoprocessamento.

Fernanda também disse que a cidade só tem 3.030 km² de área - o equivalente a 300 mil hectares. Em seguida, ela desligou o telefone. O CORREIO enviou a pesquisa à prefeita por mensagem. Ela disse que não tinha esses dados ou registros pelo próprio município, que “o desmatamento não é autorizado pelo município” e que a “autorização de desmatamento não é responsabilidade do município”.

O coordenador do SOS Mata Atlântica, Luis Guedes, esclareceu os números. “A gente detectou uma área desmatada de 350 hectares, em um município de 300 mil hectares. A prefeitura dá a entender que encontramos uma área desmatada superior à área do município, mas não é isso. Estamos apontando que os desmatamentos ocorreram no município, a responsabilidade não é da prefeitura, mas do governo estadual. O importante é ela conversar com a secretaria do Meio Ambiente do Estado para uma fiscalização mais rigorosa”, explica.

A reportagem procurou a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), que informou que a competência seria do Instituto Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos (Inema), que não respondeu aos questionamentos.

A cidade vizinha à de Wanderley, Cotegipe, que é governada pela irmã de Fernanda, a prefeita Márcia Sá Teles, não atendeu às ligações ou respondeu às mensagens.

Altamir Alves, secretário de meio ambiente de Encruzilhada, cidade no Centro Sul da Bahia e que se encontra em terceiro lugar no ranking, diz que os casos de desmatamento na cidade são comuns. “Eles acontecem com certa frequência, a cada três meses recebemos uma denúncia e vamos no local averiguar. Aqui tem muitos madeireiros, além do pessoal que desmata para fazer carvão e plantar café”, revela o secretário.

Ele inclusive tratava de uma denúncia no momento em que foi procurado. “Estamos com uma demanda no distrito de Vila do Café, em que as pessoas estão desmatando com uma motoserra. Já enviei ofício para o capitão regional em Cândido Sales e marcamos para ir na terça-feira no local, com a guarda civil municipal e a polícia militar”, declara.

Dentre as multas aplicadas pelo município, estão uma de R$ 100 mil, no terreno de um fazendeiro que não tinha licenciamento para desmatar. As multas começam em R$ 5 mil, por hectare ou fração desmatada, acrescido de R$ 500 se for em estágio médio ou avançado de regeneração. A Lei da Mata Atlântica proíbe o desmatamento do bioma a não ser em raras situações - como a realização de obras, projetos ou atividades de utilidade pública.

O CORREIO também procurou todas as outras sete cidades dentre as dez da Bahia que mais desmatam, mas não obteve retorno.

O superintendente do Ibama na Bahia, Alberto Santana, disse que acompanha os dados do desmatamento. “Participamos de todas as operações com a equipe do projeto Mata Atlântica em Pé, e temos unidades de conservação e superintendências em todo o Litoral Norte do estado, que fazem o acompanhamento e monitoramento do bioma via imagens de satélite”, argumenta Santana.

Segundo ele, são quatro agentes especialistas em geoprocessamento que analisam esses dados. “Eles sempre avaliam os dados, para ver se está ocorrendo alguma infração, e, se tiver, atuamos. Enviamos uma equipe no local, o responsável é multado e o processo é encaminhado ao Ministério Público, que avalia se cabe ou não enviar à Justiça”, esclarece.

Espécies em extinção
O biólogo especialista em ecologia aplicada à gestão ambiental, Bruno Vilela pontua que o Sul da Bahia tem uma das áreas mais biodiversas do bioma, e muitas espécies estão sob ameaça de extinção. “Ela abriga diversas espécies que a gente considera endêmicas, que são espécies que só têm naquela região. Em todo o estado, não só na Mata Atlântica, temos 331 espécies ameaçadas e isso é uma subestimativa”, alerta.

“A maior parte da biodiversidade, que é a biodiversidade dos invertebrados, das plantas, a gente não tem avaliado. Provavelmente tem muito mais espécie ameaçada que a gente não sabe. Nessa taxa de desmatamento, que a gente chama de destruição de hábito, só estamos aumentando o risco de extinção”, argumenta Vilela.

Já o biólogo Domingos Cardoso, doutor em botânica e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), ressalta que, em todo o bioma, são mais de 15 mil espécies, só de plantas. “Para ser exato, são 15.499 espécies de plantas nativas e pertencentes a mais de duzentas famílias de plantas, que conseguimos catalogar no último catálogo da Flora do Brasil”, dimensiona.

A perda de muitas das espécies gera um caminho sem volta e uma perda para ciência, segundo ele. “A gente está falando de uma perda de uma história evolutiva forjada pela natureza e que é única, é simplesmente um caminho sem volta. É muito além de perder nomes, números. São anos de história, que a natureza levou para gerar uma nova espécie, e a gente perdeu sem sequer conhecer a utilidade. Existem espécies que são a chave para enfrentar novas doenças, novos fármacos”, argumenta Cardoso.

Área desmatada de Mata Atlântica por ano na Bahia
2020: 2º - 3.230 ha
2019: 2º - 3.532 ha
2018: 4º - 1.985 ha
2017: 1º - 4.050 ha
2016: 1º - 12.288 ha
2015: 2º - 3.997 há

10 cidades baianas que mais desmataram em 2020
Wanderley - 350 hectares / restam 81% da área original
Cotegipe - 273 hectares / restam 75% da área original
Encruzilhada - 175 hectares / restam 94% da área original
Cândido Sales - 158 hectares / restam 97% da área original
Canavieiras - 121 hectares / restam 78% da área original
Coribe - 111 hectares / restam 75% da área original
Muquém do São Francisco - 100 hectares / restam 85% da área original
Vitória de Conquista - 95 hectares / restam 94% da área original
São Félix do Coribe - 94 hectares / restam 79% da área original
Mundo Novo - 88 hectares / restam 88% da área original

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