Sexta, 01 Novembro 2024 | Login
Mais de 2 mil pessoas tomaram três doses de vacina contra covid-19 na Bahia

Mais de 2 mil pessoas tomaram três doses de vacina contra covid-19 na Bahia

Enquanto há falta de vacinas contra a covid-19 em algumas cidades baianas - a vacinação foi interrompida pela quinta vez em Salvador na terça-feira (6) - há pessoas que tomaram três doses do imunizante. Um estudo conduzido por pesquisadores de matemática de cinco universidades brasileiras, chamado ModCovid19, indicou que 2.038 pessoas tomaram três doses do imunizante na Bahia.

Esse número faz parte de um contingente de pessoas ainda maior que teriam burlado o Plano Nacional de Imunização: 2.902 pessoas tomaram, pelo menos, duas doses na Bahia e, ao todo, três ou mais doses da vacina.

Entram nessa conta - dos 2.902 - também pessoas tomaram só uma dose na Bahia e as outras duas injeções - ou até três - em outro estado. Há ainda outras tomaram cada dose em três estados diferentes, como aponta a planilha disponibilizada pelos pesquisadores.

Em 55 cidades baianas, há registro de indivíduos que tomaram as três doses no mesmo município. Em Ribeira do Amparo e Ouricongas, por exemplo, a situação é mais alarmante: uma pessoa em cada uma das cidades teria tomado quatro doses do imunizante.

A pesquisa também apontou várias inconsistências nos dados da vacinação do novo coronavírus no Brasil. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) já está ciente do caso e informa que os infratores serão punidos, também, por crime de estelionato. Em todo o país, foram quase 30 mil pessoas que tomaram três doses da vacina contra a doença que já matou mais de 527 mil brasileiros. A Bahia é o quarto estado com maior número de casos desse tipo, atrás somente de São Paulo (4.870), Paraná (2.689) e Rio Grande do Sul (2.416).

O objetivo do estudo é encontrar incoerências e estudar os números da vacinação no país, a partir da análise dos dados públicos do Governo Federal, o DataSus. Os dados compilados para esta matéria, usados pelos pesquisadores, foram levantados até o dia 24 de junho de 2021.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) disse que “não teve acesso ao estudo para fazer análises”. Contudo, o CORREIO enviou duas vezes o link com todas as informações que seriam veiculadas na reportagem. A Sesab ignorou as solicitações seguintes.

Já a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) respondeu, por meio de nota, que não há casos de pessoas que tomaram três doses na cidade. Porém, não há como saber se a pessoa que foi ao posto de saúde na capital baiana já teria se vacinado com alguma dose em outro município.

“O Ministério da Saúde ainda não disponibilizou acesso à base federal para Salvador. No momento, apenas o gestor federal consegue cruzar as informações recebidas dos Municípios e identificar aqueles que burlaram o processo de vacinação, ou seja, o sistema de dados da capital baiana não consegue identificar se a pessoa habilitada já recebeu a dose do imunizante em outra cidade”, diz a SMS.

A secretaria também informou que solicitou ao Ministério da Saúde o acesso à base federal para garantir mais segurança ao processo de imunização em Salvador, mas ainda não houve liberação. O Ministério da Saúde (MS) foi procurado pelo CORREIO, porém não respondeu à reportagem até o fechamento do texto.

Para o pesquisador Tiago Pereira, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e integrante da ModCovid19, não há falta de experiência do governo brasileiro com o fornecimento de dados sobre vacinação, o que não justificaria possíveis erros.

“Todas as campanhas de vacinação brasileiras trabalharam com dados abertos e públicos, não é coisa nova, já é tradição. É importante que o dado continue aberto e é normal ter essas inconsistências quando se tem uma base de dados desse porte, com mais de 45 milhões de linhas”, explica Pereira.

O professor defende que os dados sejam anônimos, contudo, pontua que isso dificulta saber em qual ente da federação está o erro. “É bom que o dado seja anônimo, mas o problema é que, se anonimizar, você tira a fonte de erro e não sabe qual o causador, se é o Governo Federal, o estado, o município ou o atendedor nos postos de vacina. Não dá para saber de onde ele surgiu”, esclarece.

Pereira afirma que não são somente os dados da vacinação com inconsistências. O número de óbitos, por exemplo, no estado de São Paulo, diverge do das secretarias municipais em 14 mil mortes. “A secretaria estadual fala que pegou os dados com as cidades e as cidades que enviaram os números certos para a secretaria, e que demoraria 72h para os dados ficarem iguais, mas nunca ficam”, observa.

Por isso, ele sugere que quanto mais automatizado o sistema for, melhor para que a análise seja realizada. “Quanto menos pessoas mexem, tornando o sistema o mais automático possível, mais fácil é de identificar de onde veio o erro”, acredita. Ele exemplifica novamente com os dados de óbitos por covid-19 do Governo Federal, em que é preciso que o mesmo indivíduo seja cadastrado seis vezes na base de dados.

Estelionato
O Ministério Público da Bahia já prepara uma nota técnica para orientar a atuação dos promotores de Justiça em relação à aplicação irregular da terceira dose da vacina contra covid-19, através do Grupo de Trabalho para acompanhamento das ações de enfrentamento do coronavírus (GT/Coronavírus).

Ao CORREIO, o MP-BA explicou que há vários tipos de punições para quem se beneficiou da situação. “Quem receber irregularmente uma terceira dose pode responder administrativa, cível e penalmente. As pessoas que se beneficiarem da aplicação e agentes públicos que aplicarem a terceira dose indevida podem ser responsabilizados por ato de improbidade administrativa”, alerta o órgão, por meio de nota.

“A depender do caso concreto, pode haver também responsabilização criminal, pela prática dos crimes de infração de medida sanitária, de perigo para a vida ou saúde de outrem, de estelionato (no caso do paciente induzir o profissional de saúde a erro), de uso de documento falso, de falsidades ideológica e de material de atestado ou certidão (em caso de cartão de vacinação fraudulento) e também por crime de inserção de dados falsos em sistema ou banco públicos de dados e de informações”, acrescenta o MP.

Pessoa que ‘nasceu’ em 1800 foi vacinada
O ModCovid19 aponta que 750 pessoas na Bahia foram vacinadas com data de nascimento do século XIX. Uma delas é uma mulher de São Miguel das Matas, no Recôncavo baiano, que teria nascido em 1 janeiro de 1800, ou seja, teria 221 anos - mais velha que o imperador Dom Pedro II, se estivesse vivo. Já outra teria nascido em Campo Alegre de Lourdes, no Vale do São Francisco, em 2 de abril de 1893.

Outros erros são indicados. Existem 1.928 baianos, de acordo com o estudo, que teriam o registro da segunda dose antes da primeira. Outras 51.476 pessoas só teriam tomado a segunda dose, pois não há registro da primeira.
Além disso, oito baianos teriam tomado a vacina antes mesmo da vacinação começar, no dia 1º de janeiro de 2021. Esses registros são nas cidades de Piraí do Norte, Presidente Jânio Quadros, Gandu e Nilo Peçanha. No estado, o programa de vacinação contra a covid-19 começou no dia 19 de janeiro.

Outra incoerência na base de dados é que a mesma pessoa aparece duas vezes no cadastro de vacinados. Os registros duplicados têm as informações em todas as colunas iguais, como data de aplicação e lote da vacina, local de vacinação, etc. Isso ocorreu 11.242 vezes na Bahia.

De acordo com a pesquisa, isso aconteceu em maior número com os dados municipais - foram 12.776 baianos com cadastros duplicados enviados pelas secretarias municipais da saúde. Em Salvador, isso teria ocorrido, por exemplo, na Unidade de Saúde da Família (USF) da Federação, em 19 de maio, na USF do Vale do Cambonas, em 20 de maio, e na Unidade Básica de Saúde (UBS) Ramiro de Azevedo, no dia 15 de maio de 2021.

Por fim, alguns identificadores aparecem na base de dados mais de uma vez, porém, com algumas informações diferentes, como sexo e data de nascimento do indivíduo. Como o DataSus é anonimizado, ou seja, não mostra o nome da pessoa, cada vacinado tem um identificador. O identificador repetido, mas com algumas informações que divergem, sugere algumas hipóteses aos pesquisadores.

A primeira é de que o identificador não seja único, isto é, há pessoas diferentes com o mesmo identificador. A segunda suposição é de que há pacientes com dois ou mais registros no Cadastro Nacional de Saúde em que os dados pessoais diferem (sexo, data de nascimento, por exemplo). Uma última alternativa é que a inserção de alguns dados tenha sido manual, porém, isso seria menos provável, considerando o baixo número relativo de inconsistências dessa natureza. Na Bahia, são 135.

Infectologistas alertam para falta de estudos
A fim de esclarecer se a terceira dose da vacina contra covid-19 é mesmo necessária, o CORREIO procurou duas infectologistas. Ambas disseram que ainda não existem estudos concretos sobre o tema. “O ideal é vacinar a maioria da população com as vacinas existentes, porque ainda não está claro nos estudos qual delas deve ser aplicada como terceira dose e quanto tempo depois da segunda. Ainda é muito cedo para esse tipo de conduta”, alerta a infectologista Áurea Paste.

A infectologista Miralba Freire reforça. Para ela, a terceira dose deve ser tomada, mas no futuro, quando acabar a primeira etapa da vacinação. “É possível que haja a necessidade de se tomar a terceira dose, mas é um fato que está sendo estudado, não há um consenso ou conhecimento sobre isso. Algumas vacinas têm potência menor que outras, como qualquer produto, então começa a se testar a terceira dose”, esclarece.

Ela pontua que a indicação de terceira dose não será para todos os públicos. “Há possibilidade de se indicar, mas não quer dizer que será para todo mundo e que será com todas as vacinas. O grande desafio agora é vacinar todos com a primeira e segunda doses. Num segundo momento, a medicina tem mostrado que é preciso o reforço”.

A vacina da gripe, por exemplo, tem reforço anual. Miralba cita que ele deverá ser com um intervalo parecido. “Não adianta ter um reforço com período muito curto, isso não tem sugestão de melhor eficácia”, diz.

Dentre os estudos desenvolvidos, sugere-se a terceira dose da CoronaVac em idosos, em que a eficácia foi menor que a global, de 50,4%. Também é discutido a aplicação da terceira dose de fabricantes diferentes, como Pfizer e AstraZeneca, e AstraZeneca e Moderna, mas ainda não há conclusão sobre qual tomar primeiro nem em qual intervalo.

Itens relacionados (por tag)

  • Clínica oferece 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos em cidades da Bahia

    Em meio às celebrações do Dia Internacional da Mulher, em março, a clínica CAM vai oferecer 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos. A ação do grupo Oncoclínicas foi idealizada pela mastologista Carolina Argolo e chega ao terceiro ano consecutivo.

    O trabalho é fruto de uma parceria com a rede de postos Shell através da campanha "Meu Combustível Salva".

    “O nosso objetivo é aumentar o acesso de pacientes ao exame de rastreamento, conscientizar a população sobre a importância da prevenção e contribuir para o combate ao câncer de mama”, afirma a médica da CAM, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia.

    Podem se inscrever para a realização do exame pacientes de 40 anos a 70 anos de idade nas seguintes condições:

    que tenham realizado mamografia há um ano ou mais (ou nunca tenham realizado o exame)
    que sejam usuárias do SUS

    As interessadas devem fazer o agendamento no último sábado de fevereiro através do telefone (71) 3512-8600. Os exames serão feitos nas unidades da clínica em Salvador (Itaigara e Canela) e Lauro de Freitas.

    Em casos de resultados suspeitos, as pacientes serão encaminhadas para diagnóstico final (biópsia) e tratamento no Hospital Aristides Maltez.

    Importância do diagnóstico precoce
    Ao longo de 10 meses, a clínica disponibiliza ainda mais mamografias gratuitas — são duas mil, no total.

    A CAM justifica a iniciativa ao considerar a dificuldade de acesso ao exame no sistema de saúde do país. A mamografia é a forma mais eficaz de diagnóstico precoce do câncer de mama.

    “O exame de mamografia salva vidas, pois é capaz de identificar nódulos muito pequenos, quando eles ainda não são palpáveis”, explica Carolina Argolo. A especialista lembra que o diagnóstico em fase inicial aumenta em 90% a chance de cura.

    Além disso, o início do rastreamento aos 40 anos reduz a mortalidade em 10 anos em 25% dos casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

    Campanha Meu Combustível Salva
    Todas as pessoas que abasteceram seus veículos com gasolina V Power, por meio do aplicativo Shell Box durante o último mês de outubro, contribuíram automaticamente com a doação de mamografias. A iniciativa é parte da campanha “Meu Combustível Salva”, vigente na Bahia e em Sergipe.

  • Após 15 anos, educador social reencontra irmão durante Carnaval de Salvador

    Um abraço longo e emocionado uniu o vendedor ambulante Vitor da Silva, de 42 anos, ao educador social Joaquim Donato dos Santos Júnior, 36 anos, neste Carnaval de Salvador 2024, colocando fim a uma busca que já durava 15 anos. Os dois são irmãos e haviam se encontrado pela última vez em 2009, no enterro do pai deles.

    O reencontro ocorreu na manhã de sexta-feira (9), durante o segundo dia de Carnaval de Salvador. Vitor atuava como vendedor ambulante e catador no Carnaval e Joaquim, que atua como educador social, estava no primeiro dia de plantão do Catafolia, base de apoio para catadores montada pela Prefeitura de Salvador.

    Vitor resolveu ir à base do Dois de Julho para tomar um café. Ao chegar na base, Vitor ouviu a voz de Joaquim e o abordou. Imediatamente, Joaquim perguntou: “É você? Vitor?”. Ao tempo que Vitor perguntou se era Júnior. Depois disso, os dois se abraçaram por um longo tempo e choraram.

    “Eu tive esse privilégio de encontrá-lo depois de 15 anos. O último momento que nos encontramos foi em 2009, no enterro de nosso pai. Foi um momento de tristeza, mas graças a Deus nos reencontramos depois de muita busca minha por ele”, contou Joaquim.

    O Catafolia, local em que os dois se reencontraram, é uma das duas bases de apoio montadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Durante o Carnaval, para cada espaço, são disponibilizadas 400 vagas por dia pela Prefeitura. Na estrutura, os catadores têm acesso a café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além de sanitários químicos e atendimento médico.

    “O que está tendo um significado maior na minha vida hoje é, primeiramente Deus e depois a minha família. Ele me reencontrou neste lugar. Eu nunca imaginei que fosse encontrar com ele aqui dentro, uma pessoa que trabalha com outras que vivem nas ruas. Ele tem esse olhar cuidadoso para quem vive na rua e isso é muito importante, pois quem vive na rua também é ser humano”, disse Vitor.


    Separação – A história de Vitor é marcada por muitos altos e baixos. Filho de Joaquim Donato e de Ana Paula Silva, ele foi criado por uma tia, pois a sua mãe morreu após o parto e o pai não quis cuidar do filho, história muito parecida com o enredo da novela Renascer, obra de Benedito Ruy Barbosa que atualmente está tendo um remake. Esse foi um dos traumas que o empurrou para o alcoolismo.

    “O meu pai também era alcoólatra, bebia muito. Depois entrou para a igreja e parou, mas Deus levou ele. Eu não tive uma infância muito boa. Por causa do meu problema com o alcoolismo, a minha mãe de criação me colocou para dormir na laje, no relento, me cobrindo com pano de chão. Dormi nas ruas por cinco meses. Mas eu sempre pensei que um dia daria a volta por cima e a minha volta por cima começou há nove anos, quando conheci a minha esposa e hoje mãe da minha filha”, contou.

    Joaquim Donato Júnior e Vitor são os únicos filhos vivos de Joaquim, pai. Eles perderam dois irmãos de forma trágica. A irmã Ana Paula morreu atropelada e o irmão Marcos morreu afogado. Vitor chegou a morar um período com Joaquim e o pai, mas devido a uma briga de família, saiu de casa. Após o enterro do pai, os irmãos não se viram mais, e como Vitor não tem redes sociais e nem tinha aparelho celular à época, foi muito difícil o reencontro.

    Busca – A tentativa de encontrar Vitor, foi um dos aspectos que motivou Joaquim Donato a trabalhar como educador social. Ele entrou no Consultório nas Ruas, um serviço da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e em alguns momentos fez buscas por Vitor nos bairros de Itinga, Sete de Abril e Castelo Branco, mas não o encontrou.

    “Eu fiquei sabendo que ele estava se reunindo com outras pessoas dependentes de álcool no Largo do Caranguejo, em Itinga, no ‘sindicato’, como as pessoas costumam chamar esses grupos aqui em Salvador. Também soube que ele andou um tempo nas ruas e em Centros de Recuperação, por isso fiz essas buscas por esses bairros, mas sem sucesso”, contou.

    Encontro – Joaquim está no Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) da Sempre desde 19 de janeiro, há menos de um mês. “No momento em que eu me candidatei para a vaga, o meu objetivo era trabalhar com a população em situação de rua, na esperança de encontrar o meu irmão. Foi assim, que no meu primeiro plantão do Catafolia, eu o encontrei e quase não acreditei”, contou.

    “O momento foi muito emocionante, eu só fiz chorar bastante. O choro foi de felicidade, de alegria. Eu cheguei em casa sem acreditar, estatelado. Falei com a minha mãe, ela também não acreditou, aí mostrei a foto dele e da filha dele, foi aí que ela já pediu para marcar um dia para eles irem na nossa casa”, descreveu Joaquim.

    “No momento que eu o encontrei, eu já estava meio sem acreditar, mas como a nossa fé vem de lá de cima, Deus nos uniu de novo e ninguém vai nos separar. E se hoje eu estou tendo a oportunidade de contar a minha história, é graças ao Serviço Social. Ninguém faz esse trabalho, a não as pessoas que trabalham com a atenção social e com o morador de rua. Essa é uma história de superação. Eu já passei fome também e já dormi no relento, eu sei o que é isso, mas Deus colocou vocês aqui para nos ajudar. A função de vocês, incluindo a do meu irmão, é ajudar o povo. A minha vida agora é só agradecer. Eu sou muito grato”, agradeceu Vitor.

    Os planos dos irmãos agora são se manter unidos e fortalecidos. “O que eu mais queria era esse encontro e agora Vitor pode ter certeza que eu vou ajudá-lo no que precisar. E a minha sobrinha, que eu nem sabia que tinha, já é o meu xodó”, contou Joaquim, que mora apenas com a mãe e não tem filhos.

  • Americanas abre quase 400 vagas temporárias na Bahia para a Páscoa

    A Americanas está recrutando funcionários para vagas temporárias na Páscoa. Do total, 393 vagas são para atuação em lojas da Bahia. Em todo o país, a empresa abriu mais de 6 mil vagas para o período, para o cargo de operador de loja.

    As vagas da Bahia estão distribuídas nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cachoeira, Caetité, Camacan, Camaçari, Camamu, Campo Formoso, Candeias, Catu, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D'ávila, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Ipirá, Irará, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itaparica, Itapetinga, Jacobina, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro De Freitas, Livramento Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Maraú, Mata De São João, Monte Santo, Nova Pojuca, Nova Viçosa, Paulo Afonso, Porto Seguro, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Remanso, Ribeira do Pombal, São Gonçalo dos Campos, Santa Luz, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Vitória da Conquista.

    O perfil procurado pela empresa é de pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente para atuar como operador de loja. Entre as atividades estão o atendimento ao cliente, operação de caixa, organização de itens nas gôndolas, parreiras de ovos de Páscoa e suporte à operação de retirada, na loja, de pedidos feitos pelo site e app da Americanas.

    As oportunidades não exigem experiência prévia e os interessados devem ter disponibilidade para trabalhar entre fevereiro e abril.

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.