Sábado, 02 Novembro 2024 | Login

Uma discussão de família terminou em tragédia no bairro de Brotas. O borracheiro Jacildo Pereira das Neves, 44 anos, foi morto a tiros pelo próprio filho na casa onde moravam. Ele espancava a esposa com um porrete quando o filho, chamado Joanderson, flagrou a cena e saiu em defesa da mãe. O fato ocorreu na manhã do último domingo (7), por volta das 8h.

Segundo moradores da região, a mulher era agredida constantemente pelo marido, que a proibía de sair de casa. Eles contam ainda que, no dia do crime, marido e mulher estavam brigando quando o borracheiro se exaltou e começou a espancar a esposa. Ao ver a cena, o filho mais velho do casal pegou uma arma e atirou três vezes no pai, que morreu na hora. Joanderson, de 22 anos, é o mais velho de quatro irmãos e era considerado o xodó do pai.

A casa onde a família mora fica nos fundos da borracharia onde Jacildo trabalhava, na Rua Direta da Polêmica, no trecho do Parque Bela Vista, próximo à entrada do Conjunto dos Comerciários. Na hora em que tudo aconteceu, todos estavam em casa: além dos pais e do filho mais velho, os outros três filhos, duas moças e um menino.

Nesta manhã, o irmão de Jacildo, Joselino Pereira, foi ao local do crime e disse que a família está assustada com tudo que aconteceu. “Foi um negócio muito rápido. Quando soube da confusão, o pior já tinha acontecido”, disse em frente à borracharia, que foi erguida por pai e filho.

Sobre o sobrinho ter saído em defesa da mãe, ele preferiu não comentar. “Não estava na hora, não tenho como dizer nada sobre isso. As pessoas que estavam na hora são quem poderiam dar os detalhes, mas não estão aqui. A casa está vazia”, disse.

Joselino contou ainda que a família está consternada, principalmente porque pai e filho tinham uma boa relação. “Estamos sem entender até agora o que aconteceu. Ele (Joanderson) era o braço direito do pai. Os dois se davam muito bem. Só viviam juntos. Para se ter uma ideia, o filho era a pessoa de confiança dele na borracharia. Quando meu irmão não estava, quem resolvia era o meu sobrinho”, relatou.

O tio do rapaz disse ainda que não sabe de quem é a arma usada no crime. “Isso é algo que não sei. Como essa arma apareceu nessa casa ninguém sabe. Só Joanderson mesmo para explicar”, declarou.

Mais cedo, outros parentes foram ao Instituto Médico Legal (IML) Nina Rodrigues para fazer a liberação do corpo do borracheiro, entre elas, duas irmãs de Jacildo. Abaladas, elas preferiram não falar sobre o caso, mas confirmaram o que ocorreu.

“Sim, foi o filho que matou o próprio pai. Mas não queremos falar sobre isso, porque é muito doloroso para a família. É muito duro saber que meu irmão foi morto pelo meu sobrinho”.

Investigação
De acordo com a Polícia Civil, que investiga o crime, Jacildo foi atingido por três disparos. “De acordo com os relatos iniciais, os tiros foram deflagrados pelo filho da vítima, após uma discussão. Foi realizada perícia no local e as testemunhas devem prestar depoimento. O crime será apurado pela 1ª DH/Atlântico. O suspeito ainda não foi localizado”, diz nota.

Já a Polícia Militar informou que policiais da 26ª Companhia Independente da PM (CIPM/Brotas) foram acionados após receber informações que um homem tinha sido vítima de disparos de arma de fogo no interior de uma residência. “Como a vítima não resistiu aos ferimentos, a área foi isolada e o Serviço de Investigação de Local de Crime acionado para proceder com a perícia e remoção do corpo”, diz nota enviada.

O enterro de Jacildo foi realizado às 14h desta segunda no cemitério municipal de Paripe. Até o momento, não há informações sobre a localização do autor do crime.

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A Bahia registrou 21.486 casos ativos de Covid-19 de acordo com boletim divulgado nesta quinta-feira (4) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Segundo boletim, 5.985 novos casos da doença foram confirmados nas últimas 24h.

De acordo com a Sesab, 111 óbitos foram registrados. As mortes aconteceram em datas diversas, mas foram contabilizadas no boletim desta quinta. Ao todo, 12.251 pessoas morreram vítimas da doença na Bahia. Segundo boletim, em março, o dia com o maior número de óbitos foi no dia 3, com 11 vítimas.

Com os novos casos, a Bahia alcançou a marca de 700.768 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Na Bahia, 43.353 profissionais da saúde tiveram diagnostico positivo para o vírus.

O boletim informa também o número de vacinados na Bahia. Segundo a Sesab, 500.471 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19, dos quais 141.951 receberam também a segunda dose até as 15h desta quinta.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quinta.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma disponibilizada pela secretaria de saúde estadual.

Leitos Covid-19
Nesta quinta, dos 2.275 leitos ativos na Bahia, 1.697 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 75%, de acordo com a Sesab.

Desses leitos, 1.145 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 84% (960 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 72%, com 26 das 36 unidades em utilização.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 64% da ocupação, e a pediátrica com 82%.

Em Salvador, dos 1.079 leitos ativos, 908 estão com pacientes internados. A taxa de ocupação geral é de 84%. A taxa de ocupação da UTI adulto é de 84% e a pediátrica de 67%. Nos leitos clínicos adultos, a taxa de ocupação é de 85%, e nos leitos pediátricos, a ocupação é de 86%.

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Salvador vai começar a imunizar os idosos acima de 79 anos na quinta-feira (4) graças às quase 15 mil doses da CoronaVac entregues à capital nesta quarta (3). As vacinas integram um lote com 165.600 doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan, que chegou à Bahia na madrugada de quarta. No mesmo dia, o produto que fornece proteção contra o coronavírus começou a ser enviado para as centrais regionais no interior do estado. A expectativa é de que a Bahia alcance a marca de meio milhão de imunizados com a 1ª dose até a próxima quinta (4), calcula a coordenadora de imunização do Estado, Vânia Rebouças.

Até agora, 480.720 baianos receberam a 1º dose da vacina contra a covid-19 no estado, segundo vacinômetro da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Em Salvador, já 147.943 moradores foram vacinados com a 1ª dose, conforme vacinômetro da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS).

Os dados estaduais ainda estão distantes da meta de imunização para a fase 1 de vacinação na Bahia, que possui um público alvo mais de 1.4 milhão. O entrave é a escassez de vacinas recebidas pelo estado. “Precisamos receber mais doses para poder realizar a vacinação de forma acelerada, como deve ser. Estamos realizando a logística de distribuição das vacinas com rapidez”, pontuou Rebouças.

Seguindo o Programa Nacional de Imunização (PNI), os grupos prioritários de todas as fases do plano federal somam cerca de 5 milhões de pessoas  na Bahia. Rebouças calcula que o estado teria a capacidade de imunizar, com a primeira aplicação da vacina, esses grupos em um mês se houvesse doses para tal. “Teríamos que receber 10 milhões de doses para imunizar completamente os grupos prioritários”, afirmou a coordenadora.

Vacinas liberadas

Segundo a coordenadora de imunização do Estado, com este novo envio de vacinas, foram liberadas cerca de 83% das doses necessárias para imunizar, com a 1ª dose, os grupos dos trabalhadores da saúde e idosos a partir de 80 anos da Bahia.  A quantidade de imunizantes que cada cidade recebe é calculada com base na população dos grupos prioritários dos municípios. “A orientação é que os municípios possam avançar na vacinação dos idosos em ordem decrescente de idade. Entregamos doses para atender mais de 80% do público a partir de 80 anos”, explicou Rebouças.

Como vem sendo feito, o Governo do Estado também resguardou metade do lote recebido nesta quarta para assegurar a aplicação da segunda dose da CoronaVac. O intervalo entre as doses da vacina é de 28 dias.  Já a vacina da AstraZeneca/Oxford tem um intervalo de 12 semanas. 

Aplicação das doses

A Bahia recebeu 1.111.200 doses de vacinas contra o coronavírus desde o dia 18 de janeiro. Ao todo, foram enviados ao estado seis lotes com os imunizantes - quatro do CoronaVac e dois da AstraZeneca/Oxford. De acordo com Rebouças, todas as cidades devem receber as doses. Para isso, é preciso que o município comprove ter utilizado 75% do estoque de primeira dose disponível para seus moradores.

A meta da campanha de vacinação contra a Covid-19 no estado é imunizar, pelo menos, 90% dos integrantes dos grupos prioritários. Algumas cidades da Bahia, possuem baixos índices de vacinação, como Senhor do Bonfim, onde só 31,8% das 3.209 doses entregues pelo estado foram aplicadas, segundo o vacinômetro da Sesab. Os dados da ferramenta da Sesab apontam ainda que 21 cidades do interior baiano não aplicaram as segundas doses da vacina. Entretanto, a coordenadora de imunização garante que os imunizantes já começaram a ser aplicados.

Prefeito de Salvador, Bruno Reis anunciou nesta quarta que a vacinação de idosos com 79 anos ou mais será iniciada na quinta-feira (4) em Salvador. Segundo ele, das mais de 165 mil doses que o estado recebeu, a capital baiana ficará com cerca de 15 mil, que serão distribuídas entre idosos e trabalhadores da Saúde. "A gente vai retomar os trabalhadores da saúde e amanhã iniciaremos a vacinação dos idosos acima de 79 anos. Nós temos 6.800 idosos nessa faixa ", disse Bruno.

A nova remessa de vacinas foi levada para a sede da Vigilância Sanitária, que fica no bairro do Rio Vermelho, e de lá serão distribuídas para os pontos fixos e de drive-thru. "Se não fosse essa irregularidade na remessa de vacinas, a gente conseguiria fazer uma logística muito melhor, inclusive sem filas. Mas, infelizmente, como as vacinas demoram de chegar, o que a gente anuncia diante desse cenário é que estamos enfrentando de desespero, as pessoas vão todas de vez aos pontos de vacinação", avaliou o prefeito.

Regiões

O Extremo-Sul da Bahia possui níveis baixos de aplicação das vacinas contra o coronavírus, segundo o vacinômetro da Sesab. Na região, 73,1% da população que deve ser vacinada nesta primeira fase recebeu a primeira dose do imunizante. Deste grupo, apenas 38,2% receberam a 2ª dose - o menor percentual dentre as regiões baianas.

De acordo com a coordenadora de imunização, a região possui índices mais baixos de vacinação devido ao tamanho da população indígena, que apresenta mais resistências para a imunização. A Sesab espera imunizar mais de 23 mil indígenas no estado, mas apenas 17 mil foram imunizados até o momento, apesar de 100% das doses voltadas para este grupo já terem sido liberadas. De acordo com ela, os dados de vacinação do Norte e do Sul da Bahia também são impactados pela dificuldade imposta pela população indígena.

Compra de vacinas pelos estados e município

A falta de vacinas para a população impede a Bahia de atuar rapidamente na campanha de imunização contra o coronavírus. Entretanto, o cenário pode mudar devido a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para que estados e municípios compram e distribuam vacinas contra o novo coronavírus caso o governo federal descumpra o Plano Nacional de Imunização ou se as doses previstas pela União forem insuficientes.

“Nos esforçamos para que a vacinação ocorra de forma rápida, mas existem negociações e questões legais. Algumas demandas ainda são discutidas e ainda não temos um cronograma definido de recebimento de doses que podem ser compradas diretamente com os laboratórios produtores. A compra de mais doses pelo Governo do Estado seria uma conquista por acelerar a vacinação na Bahia”, ressaltou Rebouças.

Em 2020, o Fundo Soberano da Rússia (RDIF) e o Governo da Bahia assinaram um acordo de cooperação para o fornecimento de até 50 milhões de doses da vacina russa Sputnik V para o estado.

Salvador demonstrou interesse em aderir ao consórcio de municípios para compra de vacinas contra a covid-19 criado pela Federação Nacional de Prefeitos (FNP) para que as prefeituras possam comprar as vacinas caso o Plano Nacional de Imunização (PNI) não seja capaz de suprir toda a demanda.

Ainda na busca por expandir a imunização no estado, na terça (2), a Procuradoria Geral do Estado (PGE-BA) judicializou uma nova ação no pela no Supremo Tribunal Federal (STF) para viabilizar o acesso à vacinação contra Covid-19, já que a decisão até agora permite a compra de vacinas sem autorização da Anvisa, mas não a aplicação.

Segundo a PGE, o pedido de autorização ao STF é para possibilitar a aquisição, importação e dispensação à população baiana de quaisquer vacinas contra a Covid-19, que já sejam registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou, na falta do registro do órgão, preencham conjuntamente os seguintes requisitos: estejam sendo utilizadas pelos respectivos países de origem e que tenham sido liberadas por uma das seguintes agências estrangeiras: Food and Drug Administration (FDA) European Medicines Agency (EMA);  Pharmaceuticals and Medical Devices Agency (PMDA); ou National Medical Products Administration (NMPA).

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O Senado aprovou nesta quinta-feira (4) em segundo turno a proposta de emenda à Constituição (PEC) conhecida como PEC Emergencial.

A proposta prevê protocolos de contenção de despesas públicas e uma série de medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos, regra que limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior. O texto também viabiliza a retomada do auxílio emergencial.

Em um primeiro momento da sessão, os senadores aprovaram o texto-base por 62 votos a 14.

Depois, os parlamentares rejeitaram um destaque (proposta de mudança no texto principal), apresentado pelo senador Paulo Rocha (PT-PA).

O destaque sugeria a retirada do trecho que estipula um limite de R$ 44 bilhões fora do teto de gastos para despesas com o auxílio emergencial.

O texto segue para análise dos deputados. Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a maioria dos líderes concordou com o rito acelerado e a matéria deve ser votada diretamente no plenário, sem passar por comissões.

Auxílio emergencial
A proposta aprovada não detalha valores, duração ou condições para o novo auxílio emergencial. O texto flexibiliza regras fiscais para abrir espaço para a retomada do programa. Isso porque, pela PEC, a eventual retomada do auxílio não precisará ser submetida a limitações previstas no teto de gastos.

A proposta concede autorização para descumprimento das limitações somente para a União, tentando evitar maior deterioração das contas de estados e municípios.

O texto determina ainda que as despesas com o novo programa serão previstas por meio de abertura de crédito extraordinário, a ser encaminhado pelo governo para análise do Congresso.

Nesta quarta-feira, em uma complementação do relatório, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC, estipula um limite para gastos fora do teto, no valor de R$ 44 bilhões, para custeio do novo auxílio.

Essa trava não é uma estimativa de quanto custará o programa, mas um teto de recursos para bancá-lo. O limite foi definido após parlamentares tentarem estender ao Bolsa Família a possibilidade de extrapolar o teto, proposta que, segundo Arthur Lira, não será aprovada pelo Congresso.

R$ 250 por 4 meses
Em uma transmissão pela internet na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro disse que o auxílio emergencial deverá ser retomado ainda no mês de março, com duração de quatro meses, como mostra o vídeo abaixo.

Inicialmente, a equipe econômica do governo defendia o valor de R$ 200, enquanto congressistas propõem pelo menos R$ 300, ou seja, metade do valor pago no início do programa em 2020.

O governo também quer reduzir a quantidade de beneficiários à metade, portanto, conceder o auxílio a cerca de 32 milhões de brasileiros.

Mecanismos
O objetivo central da PEC é criar mecanismos que estabilizem as contas públicas. Atualmente, esse trabalho é feito por dois dispositivos já em vigor:

a regra de ouro, que proíbe o governo de fazer dívidas para pagar despesas correntes, como salários, benefícios de aposentadoria, contas de luz e outros custeios da máquina pública;
o teto de gastos, que limita os gastos da União à inflação do ano anterior.
Segundo a PEC Emergencial, quando a União estiver prestes a descumprir a regra de ouro ou a romper o teto, medidas de contenção de gastos serão adotadas automaticamente.

Esses "gatilhos" serão acionados no momento em que as despesas atingirem um certo nível de descontrole. Se atingido com despesas obrigatórias o índice de 95% das despesas totais, o governo federal estará proibido de:

conceder aumento de salário a servidores;
contratar novos funcionários;
criar bônus.

A PEC também prevê exceções. O reajuste das remunerações poderá acontecer se determinado por decisão judicial definitiva (transitada em julgado) ou se estiver previsto antes de a PEC começar a valer, por exemplo.

Pelo texto, as novas contratações só se darão para repor vagas e cargos de chefia, por exemplo, desde que não signifiquem aumento de despesa. A União será obrigada a tomar tais medidas.

Levantamento da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado diz que, com esses critérios, os gatilhos só seriam acionados em 2025, no caso da União. Para estados, Distrito Federal e municípios, a adoção das medidas é opcional.

Outros pontos
A PEC também prevê que:

Caso as despesas representem 95% das receitas, governos estaduais e municipais poderão optar pelas medidas, mas os gatilhos serão adotados de forma separada pelos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo. Se os entes não implementarem o pacote de restrições para conter gastos, sofrerão sanções;
A União não poderá servir como fiadora de empréstimo para um estado que se recusar a disparar os gatilhos de austeridade;
Para a União, os gatilhos também serão acionados em caso de decreto de calamidade pública;
No caso de calamidade, os estados e municípios poderão acionar os gatilhos. Caso não adotem as medidas, sofrerão sanções, como a proibição de contratação de empréstimos tendo a União como fiadora.

Incentivos fiscais
O texto diz que, em até seis meses após a entrada da PEC em vigor, o Executivo encaminhará ao Congresso plano de redução gradual de incentivos e benefícios federais de natureza tributária.

Não entrarão nesse plano, segundo a proposta, incentivos a zonas francas, instituições de filantropia, fundos constitucionais, cestas básicas e bolsas de estudos para estudantes de cursos superiores.

A proposta também dá mais cinco anos para estados e municípios pagarem os chamados precatórios. Precatórios são títulos de dívidas do poder público reconhecidas pela Justiça. Quando alguém ganha um processo na Justiça contra um ente público em razão de dívida, recebe um precatório e entra na fila do pagamento.

Relator da PEC emergencial retira fim dos pisos constitucionais de Saúde e Educação
Relator da PEC emergencial retira fim dos pisos constitucionais de Saúde e Educação

Pontos retirados
Inicialmente, o relator propôs o fim dos pisos constitucionais para gastos em saúde e educação. Diante da repercussão negativa e, ao perceber que o texto não passaria no Senado, Márcio Bittar acabou retirando o trecho da proposta.

Além da retirada do trecho, Bittar promoveu outras mudanças no relatório.

Atualmente, a Constituição prevê que, dos recursos arrecadados por meio das contribuições do PIS/Pasep, 28% deverão ser destinados a iniciativas que recebam incentivo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O PIS e o Pasep são programas que tem por objetivo financiar o seguro-desemprego e o abono. São alimentados pelas contribuições das empresas privadas e dos órgãos públicos.

Inicialmente, Bittar propôs a exclusão desse ponto da Constituição. Nesse caso, o BNDES deixaria de receber o percentual. Na versão final do parecer, o relator voltou atrás e manteve o repasse ao banco. De acordo com o parlamentar, o tema poderia "criar um óbice" e prejudicar o andamento da votação.

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O Governo do Estado da Bahia alugou dez contêineres refrigerados para armazenar corpos de vítimas da covid-19 em Salvador.

Os equipamentos foram distribuídos entre o hospital de campanha da Arena Fonte Nova, Instituto Couto Maia e os hospitais Ernesto Simões e Espanhol.

A Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirmou que a medida é comum, e que os contêineres são "espaços adaptados para locais adaptados", como o próprio hospital de campanha da Arena Fonte Novo.

Em relação à utilização nos hospitais tradicionais, os contêineres serão utilizados em caso de sobrecarga dos espaços utilizados pelos centros médicos.

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Imagens de câmeras de segurança, testemunhas e a tentativa de venda de um carro da vítima. Essas e outras provas apontaram o soldado da Polícia Militar Adelson Silva Rosário como o principal suspeito de um crime que ganhou repercussão em fevereiro deste ano: mãe e filho foram mortos por envenenamento dentro de casa, no bairro de Jardim das Margaridas. Com base nas provas, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou a prisão do PM. No entanto, o caso teve um outro desfecho. O policial foi achado morto nesta terça-feira (2) dentro de um hotel em Sergipe.

Adelson namorava, havia cerca de um mês, a técnica em enfermagem Valdice Maria Cabral da Silva, 47 anos, e por isso tinha acesso livre ao apartamento dela, onde morava com o filho, Gabriel Cabral da Silva, 5. Os corpos da mãe e da criança foram encontrados dentro do imóvel no dia 11 de fevereiro. Em nota enviada ao CORREIO nesta quarta-feira (4), a Polícia Civil informou que Adelson era o principal suspeito dos assassinatos de Valdice e do filho dela.

“O casal havia se conhecido por um aplicativo de relacionamento, e ele foi a última pessoa que esteve com a vítima. O policial foi encontrado morto, em Aracaju, na terça-feira (2). As investigações indicam que ele cometeu suicídio”, diz nota da PC.

Com base nas provas colhidas pela PC e encaminhadas à Justiça, o juiz de Direito Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, do 2º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri, decretou a prisão temporária por 30 dias de Adelson por homicídio qualificado no dia 18 de fevereiro. “Havendo indícios de autoria, segundo se infere dos depoimentos carreados ao acervo documental que integra o pedido, como também face as fotografias de fls. 43, 46, relativas as imagens geradas pelas câmaras de segurança do Condomínio Canto Belo do Aeroporto, local do fato e residência das vítimas”, diz um dos trechos da decisão do juiz, ao qual o CORREIO teve acesso.

Os corpos de mãe e filho foram encontrados em apartamento e há indícios que foram envenenados (Foto: Reprodução/ TV Bahia)

O corpo do policial foi encontrado por funcionários na manhã desta terça-feira (2). O corpo foi trazido para Salvador e foi enterrado nesta quinta-feira (4), no cemitério Campo Santo, na Federação. O policial é primo de major Denice Santiago, criadora do Ronda Maria da Penha.

Em seu perfil de conta no Instagram, ela escreveu: “Entendo a sua escolha. Preciso entender, talvez tenha sido teu jeito de pedir perdão, de dizer que se arrependeu mas preferiu acreditar que já tinha acabado a estrada ou o combustível para voltar”. O CORREIO não conseguiu entrar em contato com a major Denice.

Vídeo
O corpo de Adelson estava um dos quartos do Hotel Malibu, situado na Rua Antônio Andrade, bairro de Coroa do Meio, em Aracaju. Segundo a Polícia Militar, ele era lotado na 37ª Companhia Independente (Liberdade) e estava de férias.

Logo após a notícia de sua morte do PM se tornar pública, um vídeo de Adelson começou a circular em grupos de aplicativo de policiais. Ele aparece sem camisa e, ao fundo, uma parede branca. A gravação teria sido recente, pois tem um tom de despedida e desculpas. No depoimento, de pouco mais de um minuto, ele faz um pedido para que tomem conta de seus filhos e em terceira pessoa, fala dele mesmo dizendo “Adelson descobriu há pouco tempo que há uma pecinha quebrada dentro dele ... não tem reparo”.

Carro
De acordo com o processo que apura as mortes de mãe e filho, depois do crime, Adelson tentou vender o carro da técnica de enfermagem Valdice Maria.

Os corpos da técnica em enfermagem e de Gabriel foram encontrados no dia 11 de fevereiro em estado avançado de decomposição no interior do apartamento 504, do Edifício Patativa, situado no Condomínio Canto Belo Aeroporto, bairro Jardins das Margaridas. Mãe e filho foram vistos pela última vez com vida no dia 8 do mesmo mês pelos vizinhos, antes que eles sentissem o cheiro de decomposição vindo do apartamento.

Moradores afirmaram que, a princípio, estranharam a ausência de Valdice e Gabriel, que sempre passavam juntos nas áreas comuns do prédio, e ficaram ainda mais preocupados com eles depois de notar o odor vindo do local.

No dia, apesar de um cenário ainda incerto, a polícia revelou investigar a possibilidade de que eles tivessem sido mortos por alguém com permissão para estar no apartamento.

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Uma jovem de apenas 23 anos e cheia de sonhos, que foram interrompidos por um tiro na barriga. A operadora de caixa que morreu após um assalto no Mercado JN, no bairro de Valéria, tinha nome, sobrenome, família e uma filha de apenas 8 anos.

"Não tem como não falar dela sem lembrar como ela era feliz, uma menina cheia de sonhos, de planos e de uma alegria que me conquistou e conquistou a todos que conheceram ela enquanto esteve viva. Ela era do bem, nunca fez mal a ninguém, não merecia isso", disse o companheiro dela, Daniel MSilva, 35 anos.

Alicia Gonçalves dos Santos era casada com ele há seis meses. Ela estava em mais um dia normal de trabalho, quando ocorreu um assalto no mercadinho onde ela operava o caixa. O crime aconteceu na noite de quarta (3), por volta das 19h, na Rua da Matriz. Já era fim do expediente quando quatro assaltantes apareceram, invadiram o estabelecimento e anunciaram o roubo, que acabou em tiroteio após um dos clientes, que também estava armado, reagir à abordagem e disparar várias vezes contra os criminosos, que revidaram.

Na confusão, Alicia foi atingida de raspão, na barriga, por uma bala perdida. Ela chegou a ser socorrida para uma Unidade de Pronto Atendimento, onde passou por reanimação, mas não resistiu.

A morte de Alícia deixou a família da operadora desnorteada. "Eu estava em casa, pronto para buscar ela porque o bairro estava deserto. Tinha falado minutos antes com Alícia, que me disse que faltava pouco pra sair. Nesse meio tempo, ainda em casa, ouvi os tiros. Achei que fosse em outro lugar, outra rua, mas foi lá", disse Daniel, segurando o choro. Ele só soube que ela foi atingida quando um carro com colegas de trabalho da esposa foi até a sua casa avisar.

Para o marido, ainda era difícil assimilar a morte de sua companheira. "Foi muito doloroso, era a minha esposa. Ela mudou a minha vida, me ajudou e me fez uma pessoa melhor, fez tudo ficar melhor. Não sei nem descrever o que eu senti quando eu fiquei sabendo na UPA que não tinham conseguido reanimar ela. Fiquei sem chão, sem saber o que estava acontecendo", relatou.

Daniel relatou ainda que não sabe como ele e a enteada lidarão com a saudade de Alícia. "Deixou um buraco, vai fazer uma falta muito grande pra todo mundo que amava ela porque nos fazia muito bem. Eu estava com ela há seis meses, mas parecia quinze anos do tanto que ela é importante para mim", completou.

Segundo informações da Polícia Civil, a 3ª Delegacia Habitacional está investigando o ocorrido e já solicitou imagens de câmeras de segurança do estabelecimento para ajudar na identificação dos autores dos disparos.

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Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (4), o prefeito Bruno Reis afirmou que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) amanheceram com 117 pessoas aguardando por uma vaga, e que se todas forem transferidas de uma vez para os leitos exclusivo para atendimento covid-19, Salvador vai se aproximar dos 100% da taxa de ocupação.

“Estamos no limite dos respiradores. A população precisa se conscientizar e adotar as medidas de proteção ou o colapso pode acontecer nas próximas horas. Amanhã, vamos inaugurar uma nova tenda, com dez leitos, ao lado da UPA dos Barris, estamos ampliando o número de leitos no Hospital Salvador, e vamos inaugurar um hospital de campanha em Itapuã. Depois disso, não há perspectiva de criação de novos leitos em curto prazo”, disse.

Bruno anunciou que 29 respiradores são aguardados para os próximos dias. O Ministério da Saúde vai encaminhar 15 deles. A previsão é de que eles cheguem até esta sexta-feira (5).

Outros oito foram comprados pela prefeitura através de uma contrapartida do supermercado Assaí. A empresa vai inaugurar uma nova loja na região da Comercial Ramos, na Avenida ACM, e ofereceu R$ 600 mil como contrapartida ao Município. Esse dinheiro será usado para a aquisição dos equipamentos.

Os seis respiradores restantes estavam no Instituto Baiano de Ortopedia e Traumatologia (Insbot) e foram conseguidos através de ordem judicial. Bruno Reis afirmou que a situação é crítica e que existe possibilidade de pré-colapso nas próximas horas.

“Esses pacientes que precisam ser regulados, quando chegarem nas unidades, a gente chega a 100%. Isso não ocorre da noite para o dia porque muitos têm alta e outros vão a óbito [gerando novas vagas], por isso esse percentual [ de 85% de ocupação]. Mas nós já estamos em pré-colapso tendo em vista a quantidade de pessoas que estão aguardando por um leito”, afirmou.

O número está em crescimento. Na segunda-feira (1º), eram 90 pacientes aguardando por uma vaga. Na terça, 96 doentes, e na quarta-feira, 107 pessoas.

A situação da rede privada também está crítica. No último final de semana, quatro hospitais atingiram a capacidade máxima de atendimento para casos de covid-19. Apesar de esse percentual alternar a cada dia, o prefeito contou que os números permanecem altos nessas unidades e que existem pacientes aguardando por leitos.

A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Salvador está em 85%, nesta quinta-feira (4). Com as UPAs lotadas, a prefeitura decidiu transformar as Unidade de Saúde da Família (USF) de Itapuã, Imbuí, Piarjá e IAPI em unidades de atendimento exclusivo para pacientes com o novo coronavírus. Além disso, a unidade de saúde do Barbalho está sendo ampliada para ajudar na demanda.

Publicado em Bahia

A Bahia registrou 112 mortes e 5.329 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta (3).

No mesmo período, 4.295 pacientes foram considerados curados da doença (+0,7%).

Esse é o terceiro maior número de mortes registradas na Bahia desde o começo da pandemia, atrás apenas dos 137 registrados na última sexta (26) e dos 114 registrados na terça (2). Com isso, a Bahia segue a tendência de alta da última semana registrando mais de 100 óbitos por coronavírus por dia.

Apesar das 112 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta quarta. Os números representam o crescimento de casos graves no estado, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. Das 112 mortes, 105 ocorreram em 2021.

Com as 114 mortes registradas nesta quartao número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 12.140. representando uma letalidade de 1,75%.

Mais de 20 mil seguem ativos.

Dos  694.783 casos confirmados desde o início da pandemia, 662.524 já são considerados recuperados, 20.119 encontram-se ativos.

Na Bahia, 43.239 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. 

A taxa de ocupação das UTIs do estado é de 83%, com 984 pacientes (961 adultos e 23 pediátricas) internados nas Unidades de Tratamento Intensivo.

Publicado em Saúde

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 3, que irá comprar as vacinas da Pfizer e da Janssen, após meses rejeitando propostas destas empresas. Segundo a pasta, o ministro Eduardo Pazuello pediu para a sua equipe "acelerar" os contratos. Em reunião com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o general afirmou que a compra com a Pfizer poderia ser concluída ainda nesta quarta.

A fala de Pazuello ocorre no momento de explosão de internações e colapso de sistemas de saúde em todo o País. O governo é pressionado para ampliar a oferta de imunizantes, mas Pazuello e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rejeitam há meses a oferta da Pfizer.

O ministro não informou quantas doses da Pfizer devem ser compradas. Em apresentações recentes a prefeitos e governadores, Pazuello disse que a negociação seria por 100 milhões de doses, mas com a entrega de uma primeira parcela de 8,71 milhões de doses em julho. O restante, entre outubro e dezembro.

A Câmara aprovou na terça-feira, 2, um projeto para que a União possa assumir as responsabilidades por eventuais efeitos adversos de vacinas da covid-19. Trata-se de exigência da Pfizer e da Janssen que o governo vinha apontando como abusiva.

Como revelou o Estadão, esta permissão chegou a ser colocada em versão prévia da medida provisória 1.026/2021, com aval da pasta de Pazuello e da área jurídica do governo, mas foi excluída do texto final, publicado em janeiro.

Pazuello também pediu para a sua equipe acelerar a compra da vacina da Janssen, segundo apurou o Estadão com um auxiliar do ministro. Este imunizante tem eficácia de 66% e exige a aplicação de apenas uma dose, mas ainda não tem aval para uso no Brasil. O Brasil negocia 38 milhões de doses desta vacina, que chegariam ao País a partir de outubro.

A vacina da Pfizer foi a primeira a receber registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra a covid-19, em 23 de fevereiro. O imunizante tem eficácia global de 95%. Para a população acima de 65, alcança 94%, segundo avaliou a agência sanitária.

Apesar da alta eficácia, Bolsonaro desdenhou em mais de uma oportunidade da proposta do laboratório para venda da vacina. "Lá no contrato da Pfizer está bem claro: ‘Não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema de você’", disse o presidente em 17 de dezembro.

A promessa de Pazuello também pode esfriar articulações de prefeitos e governadores para a compra de vacinas em consórcio. Esta possibilidade foi levada ao ministro durante a reunião. O titular da Saúde, no entanto, tem dito que todas as vacinas com registro no País serão adquiridas pelo governo federal, não havendo a necessidade de que Estados e municípios adquiram por conta própria.

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