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Bahia com Tudo

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Depois de uma semana sem água, o auxílio veio do céu. Oara os mais cheios de fé, a chuva que caiu em Salvador foi providência divina
“A chuva chegou na hora certa, viu, minha filha? A gente já encheu foi tudo”, contou dona Diva Costa, 51 anos, enquanto mostrava três grandes bacias cheias de água da chuva na porta de sua casa, na Rua  Régis Pacheco, no Uruguai, ontem.

Depois de uma semana sem água, o auxílio veio do céu: para os mais cheios de fé, como dona Diva, a chuva que caiu durante toda a madrugada e início da manhã em Salvador foi providência divina.

Mesmo que desde a terça o abastecimento tenha sido retomado gradativamente, depois de seis dias do rompimento da principal adutora da Embasa, a água que caiu do céu ajudou a diminuir a angústia de muita gente – e ajudou a voltar à rotina. “Quando vi que estava chovendo, corri para botar as bacias”, contou dona Diva.

Na casa dela, ontem de manhã,  já saía água da torneira da pia, ainda que não num fluxo tão forte quanto o que ela está acostumada. Mas esse tesouro já tinha destino certo: só para cozinhar, lavar pratos e roupas. “Não dá para desperdiçar essa daí, né?”, explicou, mostrando a torneira. “Tenho que lavar a casa hoje, depois de todo esse tempo, mas vou usar as bacias lá de fora, da chuva”, comentou.

Até os passarinhos que a dona de casa cria tiveram um dia melhor, ontem, quando ela finalmente trocou a água da gaiola.

O trabalho da limpeza incluía uma pilha de roupas sujas que a filha dela, Daiane Costa, 32, teve que encarar. “Não tinha como fazer isso antes”, explica. Também no Uruguai, na casa de dois andares onde  dona Joelma Alcântara, 45, mora com os filhos, só chegou água em uma torneira – que fica bem perto na rua. “Minha filha mora embaixo, eu moro em cima, mas não tenho como ficar subindo escada com isso, senão vou botar os bofes pra fora”, explicou, enquanto mostrava o sistema que fez para subir o balde de 15 litros até sua casa com uma corda.

Assim, ela enchia o recipiente até a metade — se colocasse mais, a corda poderia romper — e o sobrinho, da laje, puxava o balde. Só nos 15 minutos em que conversou com o CORREIO, a água subiu oito vezes. E seria para muitos fins: banho, lavar roupas e pratos, cozinhar e até beber (depois de ferver, ela destaca).

“Tá saindo fininha, mas pelo menos está limpinha, né? Não está barrenta, como quando começou a chegar, ontem à noite. Posso viver até sem luz eternamente, mas, sem água, já vi que não dá”.

dia de banho No Caminho de Areia, a chegada da água também foi motivo de trabalho: era hora de limpar toda a sujeira acumulada desde a Semana Santa. Na casa do autônomo Emir Omar, 60, a esposa dele nem foi trabalhar, para cuidar da bagunça. “A chuva entrou pelo lustre e molhou tudo, não pude nem dormir na cama. Mas entendo que é necessário para a população. Hoje é dia de botar tudo em ordem”, comentou.

O caminhoneiro Rogério Teixeira, 81, e sua família só não tiveram mais dor de cabeça porque começaram a repetir as roupas. “Ele passou três dias sem tomar banho direito, usando a mesma roupa”, entregou a esposa, Alice Teixeira, 79. Mesmo assim, eles tinham um saco cheio de roupa suja. “Teve pingueira aqui por causa da chuva, mas vou aproveitar para limpar a casa. Amanhã (hoje), continuamos com a  roupa”, brinca.

Apesar de a água ter voltado em muitas localidades de São Caetano, não foi assim para todos os moradores do bairro. Por isso, a atendente Luciana Ramos, 38, apelou para a solidariedade da vizinha. “Na dela está normal, na da minha mãe, também. Mas, lá em casa, não tem nem sinal! Tinha alguma água armazenada no tanque, mas agora acabou e precisei pedir. Vou dar banho no meu filho de 2 anos”, disse, mostrando um balde de 15 litros.

Previsão

Segundo  a Embasa, empresa do governo do estado, até ontem à noite, o abastecimento seria regularizado na parte baixa do Bonfim, Mares, Boa Viagem, Jardim Cruzeiro, Lobato, Caminho de Areia, Baixa do Fiscal, Ribeira, Massaranduba, Roma, Uruguai, Vila Rui Barbosa, São Caetano, Alto de Peru, Santa Mônica, Bom Juá, Retiro, Arraial do Retiro, Engomadeira, Resgate, Doron, Saboeiro, Santo Inácio, Narandiba, Estrada das Barreiras e São Gonçalo.

Outros bairros têm previsão de regularização para hoje. São eles: parte alta do Bonfim, parte da Liberdade, Boa Vista de São Caetano, Capelinha, Fazenda Grande do Retiro, Pernambués, Tancredo Neves, Arenoso, Calabetão, Mata Escura e Sussuarana.

Um jovem morreu após bater com o carro da autoescola na BR-116, na cidade de Medina, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Na manhã desta terça-feira, Washington Marques Maia, de 20 anos, colidiu com um caminhão após aproveitar uma distração do instrutor para fugir da aula prática de direção.
Segundo o registro de ocorrência, feito pelo instrutor de Washington, o rapaz estava usando bastante o celular durante a aula, como se estivesse "mandando mensagens". No meio do percurso, pediu para passar na casa onde morava e, quando voltou pro carro, continuava usando muito o celular.
— Quando estavam fazendo baliza, Washington pediu para o instrutor pegar uma encomenda com a funcionária de uma farmácia próxima ao local. Ele desligou o carro e ficou esperando a encomenda. O instrutor foi à farmácia e a funcionária disse não saber de encomenda nenhuma. Ao retornar, viu que Washington tinha saído, rumo à BR-116 - diz o boletim de ocorrência.
De acordo com a polícia, depois de alguns minutos o instrutor soube do acidente na rodovia. O frentista de um posto de gasolina viu Washington passando pelo local em alta velocidade, "parecendo estar muito descontrolado". Testemunhas ouvidas pelos investigadores confirmam esta versão. Um amigo do rapaz que foi prestar depoimento na delegacia informou que. no último domingo, Washington o chamou para "entrar debaixo de uma carreta" na BR-116.
A perícia da polícia civil foi chamada ao local e o corpo do jovem, encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). O veículo da autoescola foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal e está em um pátio na cidade de Pedra Azul. Um inquérito para investigar o caso será instaurado pelo delegado Thiago Passos, da polícia civil de Medina.
Nas redes sociais, amigos e a namorada de Washington lamentam a morte do rapaz. "Mais uma noite se passou e a saudade de você, meu amor, só aumenta. Hoje é dia de ir à igreja, para quem eu vou me arrumar? Quem vai me pedir para vestir tal roupa? Quem vai me pedir um beijo e um abraço antes de sair de casa? Deus te acolha, meu amor, e um dia nós nos encontraremos na glória eterna", publicou a jovem, nesta quinta-feira, em seu perfil no Facebook.

O trânsito ficou complicado na região da Avenida Oceânica, em Ondina, na manhã dessa quinta-feira (9), por conta da forte chuva que caiu na capital baiana desde a madrugada.

Um ônibus da empresa Boa Viagem se envolveu em um acidente na manhã desta quinta-feira (9) no Lobato, na Avenida Suburbana. De acordo com testemunhas, o motorista do coletivo tentou desviar de um caminhão, mas acabou colidindo. O ônibus seguia para Paripe. Informações preliminares apontam que as vítimas foram socorridas pelo SAMU 192.

A chuva que atinge a cidade nessa quinta-feira (9) tem causado transtornos em diversos pontos de Salvador. No bairro do Candeal, na rua Leonor Calmon, nas proximidades do Centro Médico Cristiano Barnard, dois canos estouraram e abriu um cratera que ameaça engolir um carro que estava parado no local.

Animais geraram gritos e tumulto na reunião da CPI da Petrobras.
Seguranças recolheram os ratos e conduziram o homem para depor.
Um homem soltou nesta quarta-feira (9) pelo menos cinco pequenos ratos no plenário da CPI da Petrobras logo depois que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, entrou no local para prestar depoimento. Os animais começaram a correr sem rumo na comissão, o que provocou gritos e tumulto.
Os seguranças presentes correram para pegar os ratos, enquanto parlamentares do PT gritavam que o ato era um desrespeito à CPI.
O homem que liderou a ação deixou a comissão e teria sido levado pela Polícia Legislativa para depor, mas a informação ainda não foi confirmada oficialmente.
No início da sessão, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), afirmou ao G1 que o “povo” faria um ato público na CPI, mas não especificou o que ocorreria. Após a confusão, policiais legislativos passaram a barrar a entrada de pessoas não-credenciadas no plenário.
"Nada nos impedirá de dar prosseguimento à CPI. [...] Nós iremos prosseguir com o depoimento do senhor João Vaccari", afirmou o presidente do colegiado, deputado Hugo Motta, depois de ratos terem sido soltos no plenário.
O relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que queria deixar registrado o “descontentamento” com a soltura dos ratos no meio da sessão.
“Uma ação encomendada que depõe contra o parlamento. O circo armado mostra o nível em que nos encontramos. Aqueles que reclamam da baixa aceitação do governo, as pesquisas mostram que a aceitação do parlamento é ainda pior. Então, quero deixar registrado aqui o meu descontentamento”, afirmou logo antes de começar a fazer pergunta ao tesoureiro.
Após a confusão, um dos seguranças da Câmara levou dois ratos capturados no plenário da CPI para o lado de fora do prédio do Legislativo (assista ao vídeo ao lado).
No percurso, o policial legislativo foi seguido por jornalistas que tentavam registrar imagens dos animais.

As chuvas intensas que marcam o início da manhã desta quinta-feira (9) deixaram um saldo negativo na Avenida Juracy Magalhães, na Lucaia, em frente à Ceasinha do Rio Vermelho. De acordo com informações de leitores do Bocão News, o ponto de ônibus localizado no sentido oposto ao centro comercial, próximo à entrada do Horto Florestal, foi soterrado no início da manhã.
Segundo os relatos, duas pessoas foram resgatadas por populares, e existe a suspeita de que mais duas estejam soterradas. Ainda segundo foi relatado, a Defesa Civil e a Polícia Militar já se encontram no local tentando remover o barro que desceu da encosta. Populares também se mobilizam na ação.

Além de terem mexido na história de Alice (Sophie Charlotte), os autores de “Babilônia” resolveram antecipar a revelação do segredo que envolve Beatriz (Gloria Pires) e Inês (Adriana Esteves). A história já foi citada duas vezes durante a novela e a ideia era só revelar o que aconteceu no passado de ambas mais para frente, mas a baixa audiência fez o trio de autores se mexer. Débora Duarte foi escalada às pressas para interpretar uma tia de Inês e as cenas — que começam a ir ao ar hoje — foram entregues apenas a elas. Resta saber se esse esquema todo vai aumentar o interesse pela novela.

Os motoristas que utilizaram a Rótula do Abacaxi na manhã desta quinta-feira (9) enfrentaram retenção por conta do alto nível de água proveniente da chuva na via. Através de imagens enviadas ao Bocão News, é possível comprovar o problema enfrentado neste importante trecho de ligação.

O policial militar, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Alemão, que acredita ter sido o autor do disparo que tirou a vida do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, deverá ser ouvido, nesta quinta-feira, na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, Zona Oeste. A convocação para realização do depoimento foi entregue à Polícia Militar, nesta quarta-feira.
A Polícia Civil, que já ouviu o mesmo PM no dia 2 de abril, quando Eduardo foi morto na porta de casa, na localidade conhecida como Areal, no Complexo do Alemão, quer detalhes da versão apresentada pelo PM na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM).
Em seu primeiro depoimento, prestado na DH, o PM admitiu apenas ser um dos dois policiais, de um grupo de 11, que fizeram disparos em direção a homens armados. Já na 8ª DPJM, ele revelou que, por conta da sua localização próximo à mata, e pela posição do corpo da criança, pode ter sido o responsável pelo tiro.
Além do praça, um tenente do Batalhão de Choque, que fazia parte do mesmo grupo de policiais, mas que não disparou tiros, também será ouvido.
A Polícia Militar não respondeu se o PM suspeito de matar o menor continua de licença médica e nem quando o período teve início. O que se sabe apenas é que o praça teve um surto psiquiátrico durante o depoimento que prestou na 8ª DPJM, quando chegou a ser levado para o Hospital Central da PM.
Ao comentar o caso, nesta quarta-feira, em uma reunião no Ministério dos Transportes, em Brasília, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou que o serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública tem imagens de crianças portando armas em diversas comunidades do Rio. Apesar do depoimento prestado pelo PM, Pezão afirmou que ainda não há provas suficientes para concluir quem atirou contra a criança.
Ameaça a repórter
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota sobre as ameaças feitas por membros da Polícia Militar a um repórter fotográfico do EXTRA. O documento diz considerar grave a exposição de informações pessoais do profissional nas rede sociais.
As mensagens com ameaças começaram após a publicação de uma foto, de autoria do profissional, que mostra um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) usando touca ninja. Uma resolução de 1995, da Secretaria de Segurança, proíbe o uso de toucas ou máscaras durante operações policiais.
A nota da Abraji diz que mais graves ainda são as ameaças e incitações à violência e que nenhum jornalista deve sofrer intimidações ou represálias por realizar seu trabalho. A Abraji afirma que espera que os responsáveis pelas ameaças recebam as sanções adequadas.
Protestos
Cerca de 150 pessoas realizaram, na noite desta quarta-feira, na Zona Sul, uma manifestação contra a violência nas favelas. O ato, organizado pelas redes sociais, lembrava a morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, atingido por um tiro durante uma operação da Polícia Militar no Complexo do Alemão, na Zona Norte, na semana passada. O grupo se concentrou no Largo do Machado, às 17h, e seguiu em passeata, segurando faixas e cartazes pedindo paz e gritando palavras de ordem, para o Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
Pela manhã, integrantes da ONG Rio de Paz levaram uma faixa com frase "Por que mataram Eduardo?" para o Cristo Redentor. A iniciativa faz parte de uma campanha, que lança a pergunta para que a sociedade e o poder público reflitam sobre a "guerra" que tem vitimado moradores e policiais militares no Rio.
Atraso nas obras
O prefeito Eduardo Paes comentou o atraso nas obras do município em UPPs. Ele disse que “a prefeitura está fazendo um favor em ajudar na restauração de oito e na construção de duas UPPs”.