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Consórcio nacional de vacinas tem participação de 90 prefeituras baianas

Consórcio nacional de vacinas tem participação de 90 prefeituras baianas

Há exatos um mês, no dia 23 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizava a compra de vacinas contra covid-19 por estados e municípios. A liberação permite que, se houver falha ou omissão do Plano Nacional de Imunização (PNI) ou se o Ministério da Saúde não conseguir dar a cobertura vacinal adequada para a população, os outros entes federativos poderiam entrar na negociação com os laboratórios. Com a autorização, os prefeitos e governadores insatisfeitos com a demora da aquisição de vacinas se uniram na Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para poderem comprar, por conta própria, os imunizantes.

A formalização dessa associação culminou na criação do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), nesta segunda-feira (22), em assembleia virtual. A associação é formada, até então, por prefeitos de 1.731 municípios do Brasil, sendo 90 da Bahia. Ao todo, 2.602 cidades brasileiras demonstraram interesse em participar da associação, mas ainda não enviaram a lei autorizativa para dar validade jurídica ao consórcio, como Salvador fez através da Câmara de Vereadores. Na Bahia, 25 municípios, dos 115 que demonstraram interesse, ainda não enviaram a formalização.


O Conectar pretende adquirir 20 milhões de vacinas até 31 de maio desde ano, a fim de avançar na vacinação do público prioritário - isto é, os idosos maiores de 60 anos, trabalhadores de saúde, indígenas e pessoas com comorbidades. A FNP ainda não tem detalhes sobre quantas vacinas virão para Salvador ou para a Bahia. Mas já se sabe que, após a efetivação da compra, o prazo de entrega das vacinas é de 20 dias, no caso dos laboratórios que tenham o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) - matéria prima para a sintetização da vacina – no Brasil.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, ressalta que o principal motivo de integrar o consórcio é investir na compra de vacinas. “Entendemos que o melhor investimento é a compra da vacina, não há nada mais importante nesse momento do que salvarmos vidas e evitarmos mortes”, destaca o prefeito.

“Mesmo diante do sacrifício que os municípios estão vivendo, porque aumentamos de forma expressiva o nosso custeio da pandemia, considero a compra da vacina uma prioridade. E é por isso que eu resolvi fazer parte do consórcio Conectar, entendendo que a compra da vacina é o melhor investimento. É muito melhor investir em vacina do que investir em todas as outras áreas”, reforça Bruno Reis

Segundo Bruno, são os prefeitos que vêm assumindo os maiores fardos durante a pandemia. “O município já fica, como sempre, com as maiores atribuições. Hoje cabe ao Governo Federal fornecer a vacina, aos estados distribuírem e aos municípios aplicarem. Aqui em Salvador, temos drives, pontos fixos, vacina express. Adquirimos freezeres pra armazenamento, agulhas, seringas, contratamos mais de 300 profissionais pra toda essa logística. Nós, prefeitos, é que, nesse momento, temos as maiores responsabilidades", defende Reis.

A ideia é também negociar com laboratórios que não estão em tratativa com o governo federal, que tem prioridade na compra. No dia 10 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentou a importação de imunizantes e medicamentos contra a covid-19 que não possuem registro sanitário ou autorização de uso emergencial no Brasil. Hoje, são 13 vacinas autorizadas por agências regulatórias de saúde internacionais (veja no final da matéria). No Brasil, somente a Pzifer tem registro definitivo e a Coranavac e Oxfors/AstraZeneca têm autorização emergencial de uso.

O presidente da FNP, Jonas Donizette, tentará ir além da perspectiva de compra de 20 milhões de doses, estimada pela consultora da FNP e epidemiologista Carla Domingues. A orientação que ele dá aos prefeitos é de usar 90% do lote adquirido e guardar somente 10% para a segunda dose. A responsabilidade de garantir a dose de reforço seria do Ministério da Saúde, segundo ele. A assembleia não foi aberta a perguntas da imprensa para poder esclarecer essa questão. O MS também não respondeu ao CORREIO até o fechamento desta reportagem.

“A orientação da frente nacional, não é usar cem por cento das doses, e sim, noventa por cento. Um estoquezinho de dez por cento pra um, dois dias de atraso, que é até normal, num país continental como o nosso, é compreensível. Agora, precisamos exigir também do Governo Federal, uma responsabilidade na data que passa para os prefeitos, porque vacinar não é só você colocar a técnica de enfermagem, a enfermeira lá aplicando a vacina. Envolve o departamento de trânsito, guarda municipal, vários setores da cidade. Então, nós temos que ter também essa cobrança de um número maior de vacinas”, defende o presidente da FNP, Jonas Donizette.

O ministro do STF, Gilmar Mendes; o ex-presidente do STF, Ayres Britto, a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Socorro Gross Galiano; e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, além de prefeitos de várias cidades do Brasil, também parciparam da reunião.

Melhor preço
O município de Lauro de Freitas, da Região Metropolitana de Salvador (RMS), o intuito é, além de avançar a vacinação, comprar a vacina por um preço menor. “É a melhor forma conseguir vacinas com um preço mais acessível, com os prefeitos e prefeitas se juntando para estar buscando vários tipos de vacina e negociando valores mais baixos”, ressalta o secretário de Saúde da cidade, Augusto César Pereira.

A situação agora é mais segura para os municípios, pois os laboratórios vão produzir as vacinas de acordo coma demanda do consórcio - os municípios que o integram somam mais de 60% da população brasileira. “Agora os entes federativos se juntaram e a demanda é a partir deles, isso garante aos ofertantes que o que ele vai produzir vai ser adquirido”, argumenta o secretário.

Para o secretário de saúde de Juazeiro, Fernando Costa, participar do consórcio é mais uma via de conseguir a vacina. “Entramos para não eliminarmos nenhuma possibilidade de aquisição de vacinas. Sendo adquiridas pelo Ministério da Saúde ou por compra através do Consórcio, estaremos sempre com intuito de conseguir mais vacinas para a população, na esperança de vencermos a pandemia com maior celeridade”, declara.

Já o prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro, resolveu entrar para a associação após o acordo de intenção de compra do município com o Instituto Butantan, em São Paulo, não ter vingado. Por isso, ele tenta adquirir as vacinas por outros caminhos. “Desde o início, Amargosa foi o primeiro município a se movimentar pra tentar comprar com o Butantan. Fizemos um acordo de compra que depois não se concretizou, porque o Ministério da Saúde exigiu exclusividade nas vacinas. De lá pra cá, estamos buscando outras alternativas e o consórcio foi a forma mais viável”, explica Pinheiro.

O prefeito ressalta dois motivos principais pelos quais ingressou no Conectar. “Ele representa uma grande escala de compra, desperta o interesse dos laboratórios, porque Amargosa sozinho indo comprar vacina tem pouco atrativo. E segundo porque é um grupo que foi formado com esse objetivo, vai ter estrutura para fazer contato com os laboratórios para a aquisição segura para os municípios, sem representar risco”, completa Júlio. Amargosa tem mais de 2.800 pessoas vacinadas dentre os 37.441 habitantes. A vacinação segue, nesta semana para os idosos acima de 70 anos.

Ilhéus fica fora do consórcio
Já algumas cidades, como Ilhéus, no sul da Bahia, preferiram não aderir ao consórcio. “Estamos negociando a compra direta com a Sputnik e a AstraZeneca, porque a compra direta não pela burocracia do governo federal, já que o Ministério da Saúde está exigindo. E o preço é o mesmo”, argumenta o secretário de saúde de Ilhéus, Geraldo Magela. Ele diz ainda que o município se uniu informalmente a outras cidades para a aquisição das vacinas, sem ser pelo consórcio.

“Estamos fazendo um pacote junto com vários municípios, estamos negociando prazos, mas queremos ainda nesse semestre pelo menos 50 mil doses, para dar cobertura rápida à nossa população”, acrescenta. O secretário afirma que tem buscado apoio financeiro e doações de empresas privadas da cidade para viabilizar a compra. Quase 14 mil dos 160 mil habitantes de Ilhéus foram vacinados. Até o final desta semana, a vacinação avança para os idosos acima de 65 anos.

Vacinas aprovadas:

Moderna - Estados Unidos - aprovada em 41 países
Pzifer/BioNTech - Estados Unidos e Alemanha - aprovada definivamente no Brasil e em 76 países
Oxford/AstraZeneca - Reuno Unido - aprovada emergencialmente no Brasil e em 76 países
Sputnik V - Rússia - aprovada em 54 países
Janssen (Johnson&Johnson) - Países Baixos e Estados Unidos - aprovada em 34 países
Coronavac - China - aprovada emergencialmente no Brasil e em 18 países
Covaxin - Índia - aprovada em 3 países
Convidicea (Ad5-nCoV) - China - aprovada em 3 países
BBIBP-CorV - China - aprovada em 20 países
EpiVacCorona - Rússia - aprovada em 2 países
CoviVac - Rússia - aprovada em 1 país
ZF2001 - China - aprovada em 2 países
(Sem nome) - Wuhan Institute Biological Products - China - aprovada em 1 país

Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)

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    Podem se inscrever para a realização do exame pacientes de 40 anos a 70 anos de idade nas seguintes condições:

    que tenham realizado mamografia há um ano ou mais (ou nunca tenham realizado o exame)
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    Um abraço longo e emocionado uniu o vendedor ambulante Vitor da Silva, de 42 anos, ao educador social Joaquim Donato dos Santos Júnior, 36 anos, neste Carnaval de Salvador 2024, colocando fim a uma busca que já durava 15 anos. Os dois são irmãos e haviam se encontrado pela última vez em 2009, no enterro do pai deles.

    O reencontro ocorreu na manhã de sexta-feira (9), durante o segundo dia de Carnaval de Salvador. Vitor atuava como vendedor ambulante e catador no Carnaval e Joaquim, que atua como educador social, estava no primeiro dia de plantão do Catafolia, base de apoio para catadores montada pela Prefeitura de Salvador.

    Vitor resolveu ir à base do Dois de Julho para tomar um café. Ao chegar na base, Vitor ouviu a voz de Joaquim e o abordou. Imediatamente, Joaquim perguntou: “É você? Vitor?”. Ao tempo que Vitor perguntou se era Júnior. Depois disso, os dois se abraçaram por um longo tempo e choraram.

    “Eu tive esse privilégio de encontrá-lo depois de 15 anos. O último momento que nos encontramos foi em 2009, no enterro de nosso pai. Foi um momento de tristeza, mas graças a Deus nos reencontramos depois de muita busca minha por ele”, contou Joaquim.

    O Catafolia, local em que os dois se reencontraram, é uma das duas bases de apoio montadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Durante o Carnaval, para cada espaço, são disponibilizadas 400 vagas por dia pela Prefeitura. Na estrutura, os catadores têm acesso a café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além de sanitários químicos e atendimento médico.

    “O que está tendo um significado maior na minha vida hoje é, primeiramente Deus e depois a minha família. Ele me reencontrou neste lugar. Eu nunca imaginei que fosse encontrar com ele aqui dentro, uma pessoa que trabalha com outras que vivem nas ruas. Ele tem esse olhar cuidadoso para quem vive na rua e isso é muito importante, pois quem vive na rua também é ser humano”, disse Vitor.


    Separação – A história de Vitor é marcada por muitos altos e baixos. Filho de Joaquim Donato e de Ana Paula Silva, ele foi criado por uma tia, pois a sua mãe morreu após o parto e o pai não quis cuidar do filho, história muito parecida com o enredo da novela Renascer, obra de Benedito Ruy Barbosa que atualmente está tendo um remake. Esse foi um dos traumas que o empurrou para o alcoolismo.

    “O meu pai também era alcoólatra, bebia muito. Depois entrou para a igreja e parou, mas Deus levou ele. Eu não tive uma infância muito boa. Por causa do meu problema com o alcoolismo, a minha mãe de criação me colocou para dormir na laje, no relento, me cobrindo com pano de chão. Dormi nas ruas por cinco meses. Mas eu sempre pensei que um dia daria a volta por cima e a minha volta por cima começou há nove anos, quando conheci a minha esposa e hoje mãe da minha filha”, contou.

    Joaquim Donato Júnior e Vitor são os únicos filhos vivos de Joaquim, pai. Eles perderam dois irmãos de forma trágica. A irmã Ana Paula morreu atropelada e o irmão Marcos morreu afogado. Vitor chegou a morar um período com Joaquim e o pai, mas devido a uma briga de família, saiu de casa. Após o enterro do pai, os irmãos não se viram mais, e como Vitor não tem redes sociais e nem tinha aparelho celular à época, foi muito difícil o reencontro.

    Busca – A tentativa de encontrar Vitor, foi um dos aspectos que motivou Joaquim Donato a trabalhar como educador social. Ele entrou no Consultório nas Ruas, um serviço da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e em alguns momentos fez buscas por Vitor nos bairros de Itinga, Sete de Abril e Castelo Branco, mas não o encontrou.

    “Eu fiquei sabendo que ele estava se reunindo com outras pessoas dependentes de álcool no Largo do Caranguejo, em Itinga, no ‘sindicato’, como as pessoas costumam chamar esses grupos aqui em Salvador. Também soube que ele andou um tempo nas ruas e em Centros de Recuperação, por isso fiz essas buscas por esses bairros, mas sem sucesso”, contou.

    Encontro – Joaquim está no Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) da Sempre desde 19 de janeiro, há menos de um mês. “No momento em que eu me candidatei para a vaga, o meu objetivo era trabalhar com a população em situação de rua, na esperança de encontrar o meu irmão. Foi assim, que no meu primeiro plantão do Catafolia, eu o encontrei e quase não acreditei”, contou.

    “O momento foi muito emocionante, eu só fiz chorar bastante. O choro foi de felicidade, de alegria. Eu cheguei em casa sem acreditar, estatelado. Falei com a minha mãe, ela também não acreditou, aí mostrei a foto dele e da filha dele, foi aí que ela já pediu para marcar um dia para eles irem na nossa casa”, descreveu Joaquim.

    “No momento que eu o encontrei, eu já estava meio sem acreditar, mas como a nossa fé vem de lá de cima, Deus nos uniu de novo e ninguém vai nos separar. E se hoje eu estou tendo a oportunidade de contar a minha história, é graças ao Serviço Social. Ninguém faz esse trabalho, a não as pessoas que trabalham com a atenção social e com o morador de rua. Essa é uma história de superação. Eu já passei fome também e já dormi no relento, eu sei o que é isso, mas Deus colocou vocês aqui para nos ajudar. A função de vocês, incluindo a do meu irmão, é ajudar o povo. A minha vida agora é só agradecer. Eu sou muito grato”, agradeceu Vitor.

    Os planos dos irmãos agora são se manter unidos e fortalecidos. “O que eu mais queria era esse encontro e agora Vitor pode ter certeza que eu vou ajudá-lo no que precisar. E a minha sobrinha, que eu nem sabia que tinha, já é o meu xodó”, contou Joaquim, que mora apenas com a mãe e não tem filhos.

  • Americanas abre quase 400 vagas temporárias na Bahia para a Páscoa

    A Americanas está recrutando funcionários para vagas temporárias na Páscoa. Do total, 393 vagas são para atuação em lojas da Bahia. Em todo o país, a empresa abriu mais de 6 mil vagas para o período, para o cargo de operador de loja.

    As vagas da Bahia estão distribuídas nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cachoeira, Caetité, Camacan, Camaçari, Camamu, Campo Formoso, Candeias, Catu, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D'ávila, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Ipirá, Irará, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itaparica, Itapetinga, Jacobina, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro De Freitas, Livramento Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Maraú, Mata De São João, Monte Santo, Nova Pojuca, Nova Viçosa, Paulo Afonso, Porto Seguro, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Remanso, Ribeira do Pombal, São Gonçalo dos Campos, Santa Luz, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Vitória da Conquista.

    O perfil procurado pela empresa é de pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente para atuar como operador de loja. Entre as atividades estão o atendimento ao cliente, operação de caixa, organização de itens nas gôndolas, parreiras de ovos de Páscoa e suporte à operação de retirada, na loja, de pedidos feitos pelo site e app da Americanas.

    As oportunidades não exigem experiência prévia e os interessados devem ter disponibilidade para trabalhar entre fevereiro e abril.

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