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Cartórios baianos registram aumento de 55% nos inventários em 2021

Cartórios baianos registram aumento de 55% nos inventários em 2021

Os cartórios da Bahia registraram, entre 2020 e 2021, um aumento de 55% no número de realização de inventários, procedimento jurídico que tem como objetivo transferir a propriedade de um ente falecido para os herdeiros. No ano passado, foram 2.486 escrituras lavradas no estado, frente às 1.599 feitas no primeiro ano de pandemia da covid-19. O número é o maior registrado desde 2007, quando os inventários passaram a ser feitos também em tabelionatos, como uma opção ao processo judicial.

Os dados foram divulgados pelo Colégio Notarial do Brasil - Seção Bahia (CNB-BA), que representa os cartórios/tabelionatos de notas do estado. A entidade também revelou que o número de inventários realizados em 2021 foi 138,1% maior na comparação com a média de atos praticados entre os anos de 2007 a 2020 (1.044 inventários).

"A pandemia fez com que tivéssemos mais falecimentos, isso é fato. Aí temos, consequentemente, o crescimento de inventários. Mas vale dizer que temos dois tipos de inventário: o feito no cartório, quando tem concordância entre as partes, e o feito na Justiça. O que aumentou é o dos cartórios, indicando uma maior preferência por esse caminho, porque realmente é mais rápido, a gente tem casos na Justiça de inventários que duram décadas", ressalta o advogado Camilo Lélis Barbosa, especialista em Direito de Família.

O aumento do número de inventários tem como um dos motivos o aumento do número de mortes, puxado pela pandemia de covid-19. Em 2021, foram 100.643 óbitos na Bahia, segundo Portal da Transparência de Registro Civil. Desses, 27.412 (27,2%) foram de covid, segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Em 2020, foram 93.797. O aumento foi de 7,3%, mas é bem maior na comparação de 2021 com 2019, ano sem pandemia: 21,4%.

Ainda é preciso destacar a possível subnotificação. O DataSUS só aponta o número de óbitos até 2019, mas, considerado como base, indica que houve 93.365 mortes naquele ano. Já o Portal da Transparência de Registro Civil, utilizado para os cálculos acima, aponta somente 82.901.

O economista Edvaldo Lopes, 72 anos, é um dos envolvidos em aberturas de inventários em cartórios em 2021. São dois correndo ao mesmo tempo: um do seu tio, que faleceu em 2020, e outro de sua mãe, que faleceu em setembro do ano passado. Mesmo sendo feitos pelo caminho mais rápido, nenhum dos dois processos foi concluído ainda.

“Eu espero que o do meu tio finalize agora em abril, porque foi mediante testamento, então deve ser mais rápido. O de minha mãe a gente ainda não sabe. Eu já tenho advogado e estou reunindo os documentos necessários para poder dar entrada no cartório e poder dividir os bens com meus dois irmãos”, conta.

De acordo com o CNB-BA, outro fator que contribuiu com esse aumento é a implementação da opção de realizar inventários de forma online, através de videoconferência com o tabelião na plataforma e-Notariado. “A pandemia, causada pelo novo coronavírus, com certeza fez com que mais pessoas procurassem os cartórios de notas para realizarem inventários. Em meio à crise, entramos com a facilidade da realização online, assim muitas pessoas que não podiam ou tinham preferências em não saírem de suas casas, puderam realizar todo o processo à distância”, ressaltou o presidente do CNB-BA, Giovani Gianellini.

O inventário pode ser feito no cartório de notas quando os herdeiros envolvidos são maiores de 18 anos e quando há consenso sobre a partilha de bens, como aconteceu nos dois casos em que o economista Edvaldo Lopes é um dos herdeiros. Caso contrário, o procedimento deve ser conduzido através do Poder Judiciário.

O advogado Camilo Lélis Barbosa, que também é professor da Faculdade Baiana de Direito, explica por que essa segunda opção costuma demorar bem mais.

“Um dos fatores para a demora é a estrutura familiar brasileira, que é um pouco complicada. Uma das coisas que mais acontecem em inventários é a contestação de união. Aí entram casais que viveram juntos por muito tempo sem casamento ou união estável oficial, e também casos de homens ou mulheres que têm filhos com pessoas diferentes ao longo da vida. O resultado é briga que se estende por décadas; muitas vezes as pessoas envolvidas diretamente morrem e o processo não é concluído”, explica o advogado.

O que é um inventário?
O inventário possibilita a transferência de propriedade de bens (imóveis, veículos etc) após a morte de alguém; é a oficialização da transferência perante o Estado. Mesmo que o falecido tenha deixado testamento, o inventário ainda é necessário. A não realização do procedimento coloca os bens em situação de irregularidade, sob pena de multa, e os herdeiros ficam impedidos de vendê-los. Além disso, o dinheiro que está em contas bancárias em nome do falecido, por exemplo, não pode ser movimentado.

A abertura do inventário envolve custos judiciais ou do cartório caso o procedimento ocorra de forma extrajudicial e os honorários do advogado (para as duas opções), além do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), de competência estadual.

A Bahia tem um dos ITCMDs mais caros do país, no valor de 8%. Em São Paulo, por exemplo, essa taxa é de 4%. “A gente pode dizer que as custas totais de um inventário vão de 10% a 20% do valor dos bens”, calcula Lélis Barbosa. No caso de Edvaldo Lopes, o inventário do tio vai custar R$ 8 mil e o da mãe R$ 14 mil somente de imposto.

Caso a pessoa que pretende abrir o inventário consiga provar não ter condições financeiras, é possível fazer o inventário gratuito por meio da Defensoria Pública do Estado (DPE). Em caso de não possuir recurso para o pagamento do imposto, também há alternativa.

“Estou trabalhando em um caso em que herdeiros receberam bens que somavam 8 milhões de reais, o imposto é de R$ 640 mil, e eles não têm isso. Então, foi solicitado ao juiz a venda de um dos bens para que uma parte desse dinheiro seja utilizado no pagamento”, conta o advogado e professor.

A lei determina que o prazo para iniciar o inventário é de até 60 dias contados da data do falecimento do autor da herança, podendo haver alteração mediante solicitação. Caso o inventário não seja aberto no prazo indicado, pode ser aplicada multa de 10% a 20% sobre o valor do ITCMD, além da incidência de juros.

Inventário online
Para realizar o inventário de forma online em Cartório de Notas, os herdeiros devem estar em comum acordo com a divisão de bens e não ter pendências judiciais com filhos menores ou incapazes. O processo pode ser realizado de forma totalmente online, por meio da plataforma e-Notariado, onde os familiares, de posse de um certificado digital emitido de forma gratuita por um Cartório de Notas, poderão declarar e expressar sua vontade em uma videoconferência conduzida pelo tabelião. Os valores são os mesmos praticados nos serviços presenciais.

O primeiro passo, portanto, é fazer o certificado digital. O interessado deve consultar a lista de tabelionatos de notas credenciados como Autoridade Notarial disponível na plataforma e solicitar o certificado em um deles, mediante ligação. O tabelião emitirá o certificado digital, que ficará registrado no próprio celular do cidadão.

Depois, o cidadão deverá entrar em contato novamente com o tabelionato para solicitar a videoconferência com o tabelião para a realização do inventário. No dia marcado, os herdeiros e os advogados devem acessar a videochamada. Após o procedimento, os envolvidos receberão por e-mail o documento de inventário pronto.

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DÚVIDAS SOBRE INVENTÁRIO

O que é um inventário?

O inventário é um procedimento jurídico que tem como objetivo transferir a propriedade de um ente falecido para os herdeiros.

Quando o inventário precisa ser feito?

Sempre que houver mais de um herdeiro. Mesmo que já exista um testamento, é preciso fazer um inventário. A não realização do inventário não impede a posse dos bens do falecido por parte de herdeiros. Contudo, sem o procedimento, os herdeiros não poderão ter propriedade do bem, o que significa que não poderão vendê-lo, por exemplo.

Quais os tipos de inventários?

São dois os tipos de inventário, e eles devem ser escolhidos dependendo da situação. O inventário judicial, como sugere o nome, precisa ser conduzido por um juiz(a) de direito. Já o inventário extrajudicial surgiu como uma tentativa de acelerar o processo para as famílias, e pode ser realizado em um cartório de notas comum. A condição para optar pelo modo simplificado é que todos os herdeiros sejam maiores de idade, capazes, e que a partilha de bens seja amigável e unânime.

Quanto custa?

A abertura do inventário envolve custos judiciais ou o lucro do cartório caso o procedimento ocorra de forma extrajudicial e os honorários do advogado, além do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), de competência estadual. Na Bahia, esse imposto custa 8% do valor total dos bens. Caso a pessoa que pretende abrir o inventário consiga provar não ter condições financeiras, é possível fazer o inventário gratuito por meio da Defensoria Pública ou por algum convênio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) local.

Quanto tempo demora?

Depois da abertura, se tudo correr como o esperado, um inventário extrajudicial costuma ser concluído em cerca de dois meses. Já o inventário judicial, que depende das decisões judiciais, pode levar mais de um ano – ou até vários anos, dependendo da complexidade do caso.

É necessário contratar advogado?

Independentemente da escolha pelo processo judicial ou extrajudicial, é obrigatório que as partes sejam acompanhadas por advogado ou defensor público durante todo o processo.

Como fazer?

Concluída a etapa de reunir os documentos e elaborar a lista de bens, os herdeiros precisam pagar o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) e as demais despesas, conforme o caminho escolhido, iniciando a abertura do inventário. Depois disso, com a divisão dos bens definida e o imposto recolhido, o inventário é finalmente concluído. Todos assinam concordando e recebem o direito de registrar em seu nome os bens que foram designados a cada herdeiro.

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GLOSSÁRIO

Testamento: É um registro, feito antes da morte, de como a pessoa quer a distribuição do seu patrimônio depois que morrer. O dono dos bens que assina um testamento é chamado testador. Através deste documento, a pessoa pode decidir livremente o destino de até 50% do seu patrimônio. Essa fatia pode ser doada para caridade, por exemplo, ou deixada para um amigo. A lei obriga que pelo menos metade seja dividida entre os herdeiros.

Inventário: A abertura de um inventário é um procedimento que precisa ser feito depois do falecimento. Ele serve para organizar e dividir o patrimônio da família em razão da morte de uma pessoa. Nesse processo, será feita a divisão do patrimônio e a transferência de titularidade perante as autoridades de acordo com o testamento e com as leis aplicadas a essa situação.

Tabelionato de notas ou cartório de notas: No Tabelionato de Notas, também chamado como Cartório de Notas, Ofício de Notas, ou Serviço Notarial, são realizados os testamentos, inventários, procurações, escrituras públicas, atas notariais, autenticação de documentos e também reconhecimento de firma.

Tabelião: É quem trabalha no tabelionato, ou seja, o escrivão público, titular de cartório, que reconhece firmas, autentica cópias de documentos, lavra escrituras, procurações, inventários, etc.

Custas processuais: As custas processuais são taxas pagas pelas partes para determinados atos realizados no curso de uma ação judicial. No curso de um processo, seja ele judicial ou administrativo, as partes envolvidas podem vir a arcar com determinadas taxas para cobrir despesas relacionadas a atos processuais.

Honorários advocatícios: Honorários advocatícios é um termo usado para se referir a remuneração de advogados. Os honorários são devidos pela prestação de serviço e os valores estão dispostas na tabela de honorários da OAB de cada estado.

ITCMD: O ITCMD, sigla para como Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação, é um imposto de competência estadual aplicado sobre doações, transmissões de bens e demais tipos de distribuições não onerosas (sem cobrança, ou seja, diferente de uma venda).

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  • Clínica oferece 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos em cidades da Bahia

    Em meio às celebrações do Dia Internacional da Mulher, em março, a clínica CAM vai oferecer 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos. A ação do grupo Oncoclínicas foi idealizada pela mastologista Carolina Argolo e chega ao terceiro ano consecutivo.

    O trabalho é fruto de uma parceria com a rede de postos Shell através da campanha "Meu Combustível Salva".

    “O nosso objetivo é aumentar o acesso de pacientes ao exame de rastreamento, conscientizar a população sobre a importância da prevenção e contribuir para o combate ao câncer de mama”, afirma a médica da CAM, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia.

    Podem se inscrever para a realização do exame pacientes de 40 anos a 70 anos de idade nas seguintes condições:

    que tenham realizado mamografia há um ano ou mais (ou nunca tenham realizado o exame)
    que sejam usuárias do SUS

    As interessadas devem fazer o agendamento no último sábado de fevereiro através do telefone (71) 3512-8600. Os exames serão feitos nas unidades da clínica em Salvador (Itaigara e Canela) e Lauro de Freitas.

    Em casos de resultados suspeitos, as pacientes serão encaminhadas para diagnóstico final (biópsia) e tratamento no Hospital Aristides Maltez.

    Importância do diagnóstico precoce
    Ao longo de 10 meses, a clínica disponibiliza ainda mais mamografias gratuitas — são duas mil, no total.

    A CAM justifica a iniciativa ao considerar a dificuldade de acesso ao exame no sistema de saúde do país. A mamografia é a forma mais eficaz de diagnóstico precoce do câncer de mama.

    “O exame de mamografia salva vidas, pois é capaz de identificar nódulos muito pequenos, quando eles ainda não são palpáveis”, explica Carolina Argolo. A especialista lembra que o diagnóstico em fase inicial aumenta em 90% a chance de cura.

    Além disso, o início do rastreamento aos 40 anos reduz a mortalidade em 10 anos em 25% dos casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

    Campanha Meu Combustível Salva
    Todas as pessoas que abasteceram seus veículos com gasolina V Power, por meio do aplicativo Shell Box durante o último mês de outubro, contribuíram automaticamente com a doação de mamografias. A iniciativa é parte da campanha “Meu Combustível Salva”, vigente na Bahia e em Sergipe.

  • Após 15 anos, educador social reencontra irmão durante Carnaval de Salvador

    Um abraço longo e emocionado uniu o vendedor ambulante Vitor da Silva, de 42 anos, ao educador social Joaquim Donato dos Santos Júnior, 36 anos, neste Carnaval de Salvador 2024, colocando fim a uma busca que já durava 15 anos. Os dois são irmãos e haviam se encontrado pela última vez em 2009, no enterro do pai deles.

    O reencontro ocorreu na manhã de sexta-feira (9), durante o segundo dia de Carnaval de Salvador. Vitor atuava como vendedor ambulante e catador no Carnaval e Joaquim, que atua como educador social, estava no primeiro dia de plantão do Catafolia, base de apoio para catadores montada pela Prefeitura de Salvador.

    Vitor resolveu ir à base do Dois de Julho para tomar um café. Ao chegar na base, Vitor ouviu a voz de Joaquim e o abordou. Imediatamente, Joaquim perguntou: “É você? Vitor?”. Ao tempo que Vitor perguntou se era Júnior. Depois disso, os dois se abraçaram por um longo tempo e choraram.

    “Eu tive esse privilégio de encontrá-lo depois de 15 anos. O último momento que nos encontramos foi em 2009, no enterro de nosso pai. Foi um momento de tristeza, mas graças a Deus nos reencontramos depois de muita busca minha por ele”, contou Joaquim.

    O Catafolia, local em que os dois se reencontraram, é uma das duas bases de apoio montadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Durante o Carnaval, para cada espaço, são disponibilizadas 400 vagas por dia pela Prefeitura. Na estrutura, os catadores têm acesso a café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além de sanitários químicos e atendimento médico.

    “O que está tendo um significado maior na minha vida hoje é, primeiramente Deus e depois a minha família. Ele me reencontrou neste lugar. Eu nunca imaginei que fosse encontrar com ele aqui dentro, uma pessoa que trabalha com outras que vivem nas ruas. Ele tem esse olhar cuidadoso para quem vive na rua e isso é muito importante, pois quem vive na rua também é ser humano”, disse Vitor.


    Separação – A história de Vitor é marcada por muitos altos e baixos. Filho de Joaquim Donato e de Ana Paula Silva, ele foi criado por uma tia, pois a sua mãe morreu após o parto e o pai não quis cuidar do filho, história muito parecida com o enredo da novela Renascer, obra de Benedito Ruy Barbosa que atualmente está tendo um remake. Esse foi um dos traumas que o empurrou para o alcoolismo.

    “O meu pai também era alcoólatra, bebia muito. Depois entrou para a igreja e parou, mas Deus levou ele. Eu não tive uma infância muito boa. Por causa do meu problema com o alcoolismo, a minha mãe de criação me colocou para dormir na laje, no relento, me cobrindo com pano de chão. Dormi nas ruas por cinco meses. Mas eu sempre pensei que um dia daria a volta por cima e a minha volta por cima começou há nove anos, quando conheci a minha esposa e hoje mãe da minha filha”, contou.

    Joaquim Donato Júnior e Vitor são os únicos filhos vivos de Joaquim, pai. Eles perderam dois irmãos de forma trágica. A irmã Ana Paula morreu atropelada e o irmão Marcos morreu afogado. Vitor chegou a morar um período com Joaquim e o pai, mas devido a uma briga de família, saiu de casa. Após o enterro do pai, os irmãos não se viram mais, e como Vitor não tem redes sociais e nem tinha aparelho celular à época, foi muito difícil o reencontro.

    Busca – A tentativa de encontrar Vitor, foi um dos aspectos que motivou Joaquim Donato a trabalhar como educador social. Ele entrou no Consultório nas Ruas, um serviço da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e em alguns momentos fez buscas por Vitor nos bairros de Itinga, Sete de Abril e Castelo Branco, mas não o encontrou.

    “Eu fiquei sabendo que ele estava se reunindo com outras pessoas dependentes de álcool no Largo do Caranguejo, em Itinga, no ‘sindicato’, como as pessoas costumam chamar esses grupos aqui em Salvador. Também soube que ele andou um tempo nas ruas e em Centros de Recuperação, por isso fiz essas buscas por esses bairros, mas sem sucesso”, contou.

    Encontro – Joaquim está no Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) da Sempre desde 19 de janeiro, há menos de um mês. “No momento em que eu me candidatei para a vaga, o meu objetivo era trabalhar com a população em situação de rua, na esperança de encontrar o meu irmão. Foi assim, que no meu primeiro plantão do Catafolia, eu o encontrei e quase não acreditei”, contou.

    “O momento foi muito emocionante, eu só fiz chorar bastante. O choro foi de felicidade, de alegria. Eu cheguei em casa sem acreditar, estatelado. Falei com a minha mãe, ela também não acreditou, aí mostrei a foto dele e da filha dele, foi aí que ela já pediu para marcar um dia para eles irem na nossa casa”, descreveu Joaquim.

    “No momento que eu o encontrei, eu já estava meio sem acreditar, mas como a nossa fé vem de lá de cima, Deus nos uniu de novo e ninguém vai nos separar. E se hoje eu estou tendo a oportunidade de contar a minha história, é graças ao Serviço Social. Ninguém faz esse trabalho, a não as pessoas que trabalham com a atenção social e com o morador de rua. Essa é uma história de superação. Eu já passei fome também e já dormi no relento, eu sei o que é isso, mas Deus colocou vocês aqui para nos ajudar. A função de vocês, incluindo a do meu irmão, é ajudar o povo. A minha vida agora é só agradecer. Eu sou muito grato”, agradeceu Vitor.

    Os planos dos irmãos agora são se manter unidos e fortalecidos. “O que eu mais queria era esse encontro e agora Vitor pode ter certeza que eu vou ajudá-lo no que precisar. E a minha sobrinha, que eu nem sabia que tinha, já é o meu xodó”, contou Joaquim, que mora apenas com a mãe e não tem filhos.

  • Americanas abre quase 400 vagas temporárias na Bahia para a Páscoa

    A Americanas está recrutando funcionários para vagas temporárias na Páscoa. Do total, 393 vagas são para atuação em lojas da Bahia. Em todo o país, a empresa abriu mais de 6 mil vagas para o período, para o cargo de operador de loja.

    As vagas da Bahia estão distribuídas nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cachoeira, Caetité, Camacan, Camaçari, Camamu, Campo Formoso, Candeias, Catu, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D'ávila, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Ipirá, Irará, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itaparica, Itapetinga, Jacobina, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro De Freitas, Livramento Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Maraú, Mata De São João, Monte Santo, Nova Pojuca, Nova Viçosa, Paulo Afonso, Porto Seguro, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Remanso, Ribeira do Pombal, São Gonçalo dos Campos, Santa Luz, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Vitória da Conquista.

    O perfil procurado pela empresa é de pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente para atuar como operador de loja. Entre as atividades estão o atendimento ao cliente, operação de caixa, organização de itens nas gôndolas, parreiras de ovos de Páscoa e suporte à operação de retirada, na loja, de pedidos feitos pelo site e app da Americanas.

    As oportunidades não exigem experiência prévia e os interessados devem ter disponibilidade para trabalhar entre fevereiro e abril.

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