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Em linha com a alta do preço do petróleo no mercado internacional, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 8, mais um aumento para seus produtos, que vigoram a partir da terça-feira, 9, nas refinarias da empresa. O diesel vai subir R$ 0,13 por litro, para R$ 2,24 por litro; a gasolina passará a custar R$ 2,25 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,17 por litro, e o gás de cozinha terá aumento de médio de R$ 0,14 por kg (equivalente a R$ 1,81 por 13kg).

O petróleo tipo Brent opera em alta nesta segunda-feira, chegando a tocar os US$ 60 o barril, dando prosseguimento ao otimismo da semana passada, diante de perspectivas de melhora da economia com a reabertura de alguns mercados e estímulos do governo norte-americano.

"Importante ressaltar que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis", informou a Petrobras, estatal que está sob pressão diante da necessidade de aumentar seus produtos ao mesmo tempo em que existe ameaça de greve dos caminhoneiros pela alta do diesel.

Na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro acenou com a possibilidade de mudar a forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos Estados para amenizar a alta dos combustíveis, que também tem sido motivo de aumento de inflação, levando o mercado a prever uma possível alta na taxa de juros.

Publicado em Economia

Um material oleoso vazou de um duto da Petrobras em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, atingindo uma rua e uma área de pasto da cidade, no domingo (20).

O incidente aconteceu em uma região conhecida como Massuí, incluindo uma fazenda particular. A Petrobras diz em nota que não houve vítimas e que equipes trabalham para conter o vazamento e limpar a área atingida. Barreiras foram usadas para conter o avanço do óleo. Máquinas estão sendo usadas para sugar o material.

A operação do dito foi suspensa logo após o acidente. Ainda não se sabe a causa do vazamento, que está sendo apurada, segundo a empresa. "A Petrobras identificou, na tarde deste domingo (20/12), um vazamento de emulsão oleosa no campo de Massuí, localizado no município de Candeias, estado da Bahia. De imediato, a operação do duto envolvido foi suspensa e equipes de resposta foram acionadas para contenção e limpeza da área. Não houve vítimas e a causa da ocorrência está sendo apurada. Os órgãos responsáveis foram notificados e acompanham o andamento das ações", diz a nota.

De acordo com a prefeitura de Candeias, equipes da Defesa Civil foram acionadas para isolar a área e após a remoção do material testes serão feitos no solo atingido. Só então será possível verificar algum impacto ambiental. "Estamos conversando com a Petrobras, para poder minimizar o impacto. Já solicitamos de imediato a remoção do material e logo depois da removação vamos solicitar o teste de solo, para saber se compreendeu algum lençol freático. O prejuízo ambiental ainda está sendo estudado", disse Tony Gleidson, secretário de Meio Ambiente, à TV Bahia.

O Inema também foi acionado para identificar a extensão e volume do vazamento. Quando tudo for apurado, as medidas cabíveis serão tomadas, diz o instituto, que informa que nenhuma nascente ou rio foi atingido pelo vazamento.

Publicado em Bahia

A Petrobras assinou nesta quinta-feira (17) contrato para venda de sua participação em 14 campos terrestres de exploração e produção de petróleo e gás natural, denominados Polo Recôncavo. Os campos ficam na Bahia, e o valor a ser recebido pela estatal será de US$ 250 milhões, dos quais, US$ 10 milhões pagos hoje e US$ 240 milhões, no fechamento da transação.

A empresa diz que a venda "está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia". Segundo a Petrobras, a intenção é "concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas", áreas em que a empresa considera ter demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.

O contrato ainda está sujeito à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e foi assinado com a Ouro Preto Energia Onshore S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A..

Com a transação, a Petrobras vai vender sua participação nos campos terrestres de Aratu, Ilha de Bimbarra, Mapele, Massui, Candeias, Cexis, Socorro, Dom João, Dom João Mar, Pariri, Socorro Extensão, São Domingos, Cambacica e Guanambi, todos na Bahia.

Em praticamente todos eles a estatal é operadora com 100% de participação nas concessões. As exceções são os dois últimos, em que possui participação majoritária de 75% e 80%, respectivamente.

Os 14 campos que serão vendidos tiveram produção média de aproximadamente 2.145 barris de óleo por dia (bpd) e 465 mil metros cúbicos por dia (m³/dia) de gás natural de janeiro a novembro de 2020.

Publicado em Bahia

A Petrobras informou que concluiu a fase de negociação com o Grupo Mubadala no âmbito do processo para desinvestimento da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. Conforme prevê a Sistemática de Desinvestimos da Petrobras, o processo está, atualmente, em fase de nova rodada de propostas vinculantes.

Nesta nova rodada a Petrobras solicitou a todos os participantes que submeteram propostas vinculantes, inclusive o Grupo Mubadala, que apresentem suas ofertas finais com base nas versões negociadas dos contratos com o Mubadala.

A estatal espera receber essas ofertas em janeiro de 2021.

Em relação à Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) e à Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), a companhia informa que também já recebeu propostas pelos dois ativos.

Publicado em Bahia

O conselho de Administração da Petrobras, em reunião nesta sexta-feira (6), aprovou, por maioria, a eleição de Aldemir Bendine para o cargo de presidente da estatal. Bendine substituirá a presidente Graça Foster. Com a substituição, Graça será desligada do conselho. De acordo com nota da empresa, Aldemir Bendine era presidente e membro do Conselho de Administração do Banco do Brasil. É graduado em Administração de Empresas pela PUC-Rio, com MBA em Finanças e em Formação Geral para Altos Executivos. O Conselho de Administração também elegeu, por maioria, Ivan de Souza Monteiro como diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, em substituição a Almir Guilherme Barbassa. Ivan Monteiro era vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do Banco do Brasil desde junho de 2009, onde já havia ocupado cargos de Diretor Comercial, vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores, além de presidente do Conselho de Supervisão da BB AG. É graduado em Engenharia Eletrônica e Telecomunicações pela INATEL-MG, com MBA em Finanças e Gestão. Além disso, foram eleitos, por maioria, para exercerem interinamente a função de Diretor os seguintes executivos: a atual gerente Executiva de Exploração e Produção Corporativa, Solange da Silva Guedes, como diretora de Exploração e Produção. O atual gerente Executivo de Logística do Abastecimento, Jorge Celestino Ramos, como diretor de Abastecimento em substituição ao diretor José Carlos Cosenza. O atual gerente Executivo de Gás e Energia Corporativo, Hugo Repsold Júnior, como diretor de Gás e Energia em substituição a José Alcides Santoro Martins. O atual gerente Executivo de Engenharia para Empreendimentos Submarinos, Roberto Moro, como diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais em substituição a José Antônio de Figueiredo. 

Publicado em Brasil
Quarta, 12 Novembro 2014 21:00

PF PRENDE EX-DIRETOR DA PETROBRAS

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

Publicado em Brasil
Quinta, 13 Novembro 2014 21:00

PF PRENDE EX-DIRETOR DA PETROBRÁS

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (14) a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. Um dos detidos pelos 300 agentes federais envolvidos nesta nova etapa da operação policial é o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Indicado pelo PT para o cargo de alto escalão, ele foi preso em sua residência, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da PF.

Foram presos também na manhã desta sexta funcionários de, ao menos, nove empresas: Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, UTC Engenharia, Engevix, Iesa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, os delegados da PF responsáveis pela operação informaram que as prisões tiveram foco nos executivos das empresas que celebraram contratos com a Petrobras nos últimos anos.

A PF disse ainda que foram presos "agentes secundários" que tinham envolvimento com doleiros integrantes do esquema criminoso.Os nomes dos funcionários presos não foram divulgados.

Todos os investigados que ainda não foram encontrados, esclareceram os delegados, já tiveram seus nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.

O ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre prisão domiciliar, revelou durante depoimento à PF e ao Ministério Público Federal ter conhecimento de irregularidades praticadas na Diretoria de Serviços da empresa e na divisão internacional da estatal entre 2004 e 2012. À época, o diretor de Serviços da petroleira era Renato Duque e a área internacional estava sob a responsabilidade de Nestor Cerveró.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.

Segundo Paulo Roberto Costa, o PT recolhia para o seu caixa 100% da propina obtida em contratos das diretorias que a sigla administrava, como, por exemplo, as de Serviços, Gás e Energia e Exploração e Produção.

Na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento contou que, se o contrato era de uma diretoria que pertencia ao PP, o PT ficava com dois terços do valor e o restante era repassado para a legenda aliada. Nota oficial divulgada pela assessoria de Renato Duque confirmou que o ex-dirigente da Petrobras foi preso temporariamente. O texto, entretanto, destaca que não há "notícia de uma ação penal ajuizada contra ele". "Os advogados desconhecem qualquer acusação", diz o comunicado.

"A partir do momento em que tomarem ciência do motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade", acrescentou a nota de Duque.

Também por meio de nota, a construtora Odebrecht informou que a equipe da PF foi recebida na sede da empresa, no Rio, e recebeu "todo o auxílio para obter acesso a qualquer documento ou informação buscada".

"A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", destacou a Odebrecht.

Advogado da empreiteira Mendes Júnior, o criminalista Marcelo Leonardo disse que a empresa não tem envolvimento com as irregularidades investigadas no âmbito da Lava Jato. Segundo ele, funcionários da construtora foram ouvidos pela PF por causa de um contrato firmado com a Petrobras.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa três integrantes da UTC Engenharia que tiveram a prisão temporária decretada, disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento das acusações contra os clientes dele. “Embora nós nos colocássemos à disposição há um mês da PF, nunca fomos chamados”, queixo-se o defensor. Toron afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, Corte de segunda instância que abrange as varas federais dos estados da região sul do país.

O G1 também entrou em contato com OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O G1 não conseguiu localizar a Iesa. 'Fernando Baiano'  A Polícia Federal informou, durante a coletiva de imprensa em coletiva, que um dos mandados de prisão temporária expedidos na fase mais recente da Lava Jato foi contra o lobista Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano". Segundo a PF, o lobista não foi encontrado pelos policiais que atuam na operação e já é considerado foragido.

Em depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef mencionou à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras. O doleiro afirmou à Justiça que o lobista fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo.

Mandados de prisão  Com apoio de 60 servidores da Receita Federal, os policiais federais reativaram nesta sexta-feira a Lava Jato, operação que desbaratou, em março, um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamento de propinas que operava inclusive dentro da Petrobras.

Segundo PF, a Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva (quando o suspeito é conduzido à polícia para prestar esclarecimentos) e 49 de busca e apreensão.

Um avião da Polícia Federal deve decolar de Brasília nesta sexta para recolher os suspeitos presos na nova etapa da Lava Jato. Eles serão levados para a superintendência da PF em Curitiba, onde está sendo centralizada a operação.

Os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 mihões em bens pertencentes a 36 investigados. Além disso, o juiz federal Sérgio Moro, que está julgando a Lava Jato na primeira instância, autorizou o bloqueio integral de recursos financeiros de três empresas que seria de propriedade de um dos operadores do esquema criminoso.

As buscas e apreensões feitas nesta sexta, explicou a assessoria de imprensa da Receita Federal, servirão para promover eventuais ações fiscais em decorrência de supostos pagamentos de serviços que possam não ter sido prestados, como “assessorias” ou “consultorias”. Conforme a Receita, os valores desses supostos serviços, contabilizados como "custos operacionais", reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos.

Dos 19 mandados de prisão no estado de São Paulo, seis já foram cumpridos. Os presos estão na sede da PF, na Zona Oeste da capital paulista. Trinta equipes da Polícia Federal, com 150 agentes, atuaram no cumprimento das ordens judiciais em três municípios paulistas: São Paulo, Jundiaí e Santos. Delações premiadas  Na última terça (12), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, ao menos, nove pessoas já concordaram em colaborar com as investigações da Operação Lava Jato com a delação premiada. Além disso, outras já se interessaram em apontar nomes de envolvidos e fatos relacionados ao suposto esquema de pagamento de propina a políticos a partir de contratos da Petrobras, foco da investigação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já homologou a delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Janot relatou que há outras três delações concluídas e prontas para serem homologadas.

Além disso, informou o chefe do Ministério Público, mais “cinco ou seis” colaboradores estão negociando acordo semelhantes com os procuradores responsáveis pelo caso,  entre eles o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos líderes da organização criminosa. Veja quais mandados judiciais estão sendo cumpridos pela PF nesta sexta:

Paraná  Dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em Curitiba.

Distrito Federal  Um mandado de busca e um de prisão preventiva.

Minas Gerais  Dois mandados de busca e apreensão, em Belo Horizonte.

Pernambuco  Dois mandados de busca e apreensão, em Recife.

Rio de Janeiro  Onze mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.

São Paulo  Na capital paulista, devem ser cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dois mandado de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove de conduções coercitivas. Em Jundiai, no interior paulista, os agentes federais devem cumprir um mandado de busca e um de prisão temporária. Por fim, em Santos, no litoral paulista, há um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária.

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