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Bahia com Tudo

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O cantor de pagode Anderson Machado de Jesus, conhecido como “Igor Kannário”, de 31 anos, foi detido com um cigarro de maconha junto a três amigos, na cidade de Candeias, região metropolitana de Salvador.
Esta é a segunda vez neste mês de janeiro que o cantor é detido com droga. Kannário foi preso no dia 7 de janeiro, durante uma abordagem policial em Salvador, após ser flagrado com maconha.
Desta vez, o pagodeiro e mais três amigos foram flagrados na noite de quinta-feira (22), em um posto de gasolina da BR-324, com a droga dentro do carro, segundo informa a 20ª Delegacia de Polícia de Candeias. No entanto, nenhum deles assumiu de quem era a droga.
De acordo com o órgão, a situação ocorreu por volta das 21h, quando eles foram conduzidos para a delegacia. Após ser registrada a ocorrência na unidade policial, o cantor e os três amigos foram liberados, por volta das 4h da madrugada desta sexta-feira (23). Um dos amigos será ouvido ainda nesta sexta-feira, informa a polícia. Já o pagodeiro e mais outros dois companheiros serão ouvidos na próxima terça-feira (27).
Primeira prisão
Após ser preso no dia 7 de janeiro durante uma abordagem policial, Igor Kannário foi solto no dia 8 depois de pagar fiança, segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). Não há informações sobre a quantia paga para soltura do cantor, nem se o músico João Pedro Laurentino, 28, preso junto com Kannário, também foi solto.
Apesar da decisão, o cantor estava em liberdade provisória, antes de ser detido novamente, enquanto respondia pelo crime de tráfico de drogas, segundo informações da delegacia.
Igor Kannário e João Pedro foram encaminhados também na quinta-feira (8), para o Núcleo de Prisão em Flagrante (NPF), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
Segundo a polícia, eles foram flagrados com a maconha por uma guarnição da 37ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), em uma via pública, no bairro da Caixa D’Água. Por telefone, o G1 tentou contato com o empresário do cantor, mas as ligações não foram atendidas.
Ainda de acordo com a polícia, em depoimento na 2ª Delegacia Territorial, Igor Kannário e João Pedro, que também integra a banda do músico, afirmaram que a maconha seria usada para consumo próprio. Eles disseram também que a droga foi entregue a eles por um fã do cantor, cujo nome não foi informado. A maconha foi encaminhada ao Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Igor Kannário é ex-vocalista da banda A Bronkka. De acordo com a 37ª CIPM, ele estava com pelo menos oito porções de maconha.

O rombo das contas externas brasileira bateu recorde em 2014, pelo quinto ano seguido. O déficit de todas as trocas de serviços e do comércio do país com o resto do mundo ficou em US$ 90,9 bilhões. É o pior desempenho desde quando o Banco Central passou a registrar os dados em 1947. O resultado frustrou a expectativa do BC que era de fechar o ano no vermelho em US$ 83,5 bilhões. Nem mesmo a valorização do dólar, que poderia impulsionar as exportações e melhorar o perfil das contas externas, fez com que o Brasil não aumentasse o rombo.

Muito pelo contrário. Esse déficit representa nada menos que 4,17% de tudo o que a economia brasileira produziu em 2014 (Produto Interno Bruto, PIB). É a pior relação entre o resultado negativo das contas externas e o PIB nos últimos 13 anos para qualquer mês, segundo o BC.

— O déficit de 2015 deve diminuir devido à melhora da balança comercial — frisou o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel.

Nem de longe, esse rombo foi coberto pelos investimentos estrangeiros diretos, considerados de melhor qualidade porque entram no país para ampliar a capacidade produtiva, geralmente por aumento na participação do capital das companhias multinacionais instaladas no Brasil. Em 2014, esse tipo de investimento representou apenas 2,87% do PIB. Ou seja, entraram US$ 62,5 bilhões. É praticamente o mesmo valor do que chegou no ano anterior.

No entanto, isso não significa que o Brasil começou a queimar reservas em dólares. Isso porque entra moeda americana por outros tipos de mecanismos, entre ele, as aplicações do mercado financeiro. Quando um país passa a financiar o déficit não apenas com os dólares do investimento direto, os economistas lembram que essa nação fica mais dependente de capital especulativo, ou seja, que pode sair facilmente numa simples troca de cenário internacional.

É isso que vive o Brasil. A conta financeira ficou no azul em US$ 99,6 bilhões em 2014, sendo que o investimento produtivo está nessa soma. Só em investimento em carteira, o país recebeu US$ 30 bilhões. Juros mais altos - como no caso brasileiro - atraem investidores internacionais que procuram ampliar os lucros.

Em 2014, as contas do setor externo mostram dados que definem a situação do país: as multinacionais remetem ao exterior quase a mesma quantidade de dólares do que a deixada por turistas brasileiros lá fora durante as férias. Segundo o BC, a remessa de lucros e dividendos foi de US$ 26,5 bilhões. Já os gastos de viajantes foi de nada menos que US$ 25,6 bilhões (os maiores desde 1974).

— Devemos ver em 2015 um cenário parecido com o de 2014 - previu Maciel.

De acordo com a autoridade monetária, nem mesmo a Copa do Mundo turbinou as receitas do Brasil com o turismo internacional. No ano, os ganhos subiram apenas US$ 210 milhões em relação a 2013. O país recebeu US$ 6,9 bilhões. No ano anterior, ganhou US$ 6,7 bilhões

Enquanto turistas torram dólares no exterior, o comércio exterior tem déficit. O país gasta muito mais com serviços do que fatura. Não foi diferente em dezembro.

No mês passado, as contas externas tiveram um rombo de US$ 10,3 bilhões. A previsão do BC era de um déficit bem menor de US$ 6,2 bilhões. Já a entrada de investimento estrangeiro direto foi de 6,7 bilhões. Também não foi suficiente para financiar o resultado de dezembro.

Os coletivos pegaram fogo na entrada do bairro. Segundo a polícia, pelo menos três homens participaram da ação.
Dois ônibus foram queimados na manhã desta sexta-feira (23) no bairro de Mata Escura, em Salvador. De acordo com informações da Central de Polícia, a situação começou por volta das 8h na entrada do bairro, perto de uma casa de materiais de construção.

Pelo menos três homens atearam fogo aos coletivos. O primeiro veículo, um ônibus da empresa Verdemar, foi completamente destruído pelas chamas. O segundo coletivo, da empresa Rio Vermelho, foi atacado na segunda entrada da Mata Escura, na rua Pampulha.

O veículo ficou parcialmente destruído durante o incêndio. Uma unidade do Corpo de Bombeiros esteve no local e debelou as chamas. O motivo da ação ainda não foi determinado pela polícia. Viaturas da 48ª e 81ª Companhias Independentes da Polícia Militar (CIPMs) estão no local monitorando a situação.

A secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Renda de Salvador, Andrea Mendonça (PDT), pode processar o presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo, também do partido, com base na Lei Maria da Penha. De acordo com a coluna Satélite, o deputado agrediu a gestora com “palavras de baixo calão" durante a reunião da terça-feira (20), na sede do partido quando o PDT decidiu manter-se ao lado de ACM Neto (DEM) em Salvador, contrariando a orientação estadual. O movimento resultou no desligamento do PDT da base de Rui Costa (PT), apesar do apoio dos deputados ao governador. Andrea teria contratado o criminalista Gamil Föppel para dar seguimento ao processo.

De acordo com a Infraero, 87 dos 478 voos programados para ocorrer no país estão atrasados e 36 (7,5%) foram cancelados.
A paralisação dos trabalhadores da aviação tem cancelado e atrasado voos nos aeroportos do país. Um balanço divulgado às 8h pela Infraero mostra que 87 dos 478 voos programados para ocorrer no país estão atrasados e 36 (7,5%) foram cancelados.

A interrupção dos serviços ocorreu entre as 6h e as 7h de desta quinta-feira (22) e teve a participação de aeroviários, que trabalham em solo como agentes de atendimento, mecânicos e operadores de equipamentos, e aeronautas, que são pilotos e comissários.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), em Salvador, a paralisação não impactou muito os horários programados de voos. Dos 54 voos realizados até as 10h desta quinta-feira (22), oito atrasaram.

Não foram registradas reclamações de passageiros, nem tumulto no saguão. Por conta do horário de Verão, a paralisação na capital baiana aconteceu entre as 5h e 6h da manhã.

Em São Paulo, o aeroporto de Congonhas registra 12 voos cancelados e 12 atrasados entre os 37 que estavam previstos desde o início da paralisação até as 8h. Viracopos teve quatro cancelamentos entre os dez voos previstos. A assessoria de imprensa do Gru-Airport informou que a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança durante os protestos. Nesse aeroporto, dez voos tiveram atrasos superiores a 30 minutos, entre as 18 partidas que estavam programadas. Não houve cancelamentos. Há previsão de efeito cascata nesses aeroportos para os próximos voos.

A assembleia dos trabalhadores está marcada para as 15h de hoje. As categorias pedem reajuste de 8,5% nos salários e benefícios, além de reivindicar questões ligadas ao gerenciamento de risco do cansaço dos tripulantes e à segurança de voo.
Segundo decisão do ministro Barros Levenhagen, do Tribunal Superior do Trabalho, os grevistas devem manter, no mínimo, 80% do efetivo trabalhando durante a paralisação, inclusive no horário das 6h às 7h. A multa diária em caso de descumprimento é R$ 100 mil.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) argumenta que a paralisação, durante a alta temporada de viagens, pode trazer prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação para os usuários do transporte aéreo. O sindicato sustenta que a paralisação é ilegal por ter sido deflagrada sem o esgotamento das tentativas de negociação.

Entre as reivindicações dos aeroviários estão a criação de piso salarial para agente de check-in, vale-refeição de R$ 16,65 para jornada de trabalho de até seis horas, de R$ 22,71 para os demais, seguro de vida no valor de R$ 20 mil, cesta básica de R$ 326,67, jornada de 36 horas semanais. Os aeronautas pedem a definição de valores para as diárias internacionais, o fim do teto para o vale-alimentação, o pagamento para jornadas semanais acima de 44 horas, aumento de folgas mensais, a limitação de trabalho em madrugadas consecutivas, remuneração das horas de solo e um plano de previdência privada.

Em uma carta publicada em seu site na manhã desta quinta-feira, a presidente argentina, Cristina Kirchner, rebateu as acusações do promotor Alberto Nisman no suposto encobrimento de agentes iranianos no caso Amia. Ela afirma que, após ler a denúncia na íntegra, soube que o promotor seguiu pistas erradas. Ela acusa o ex-diretor de contrainteligência da Secretaria de Inteligência, Antonio Stiusso, de fornecer pistas erradas a Nisman, e surpreendemente muda o discurso e põe em dúvida a tese do suicídio do promotor, admitindo que ele teria sido forjado.

Com base em um relato da Interpol, Cristina nega que a organização tenha levantado seu alerta vermelho aos suspeitos iranianos do atentado mais letal da Argentina, que matou 85 pessoas na associação israelita em 1994. Ele diz que todas as acusações "são falsas" e "constituem um verdadeiro escândalo político e jurídico".
Cristina afirma que, no geral, Nisman foi vítima de um projeto que buscava atingir o governo e o inundou de pistas falsas. O principal acusado por ela de fornecer contrainformações seria Stiusso, que teria dito que supostos agentes no caso de encobrimento faziam parte da Secretaria de Inteligência.
"O promotor Nisman não sabia que os agentes de inteligência que ele denunciava na verdade não o eram. Muito menos que um deles fora denunciado pelo próprio Stiusso por tráfico de influência anteriormente", diz.

Diante de uma série de alegações, ela afirma que a suposta conspiração que teria utilizado Nisman foi responsável por matá-lo, já que ele se tornaria testemunha um "complô" que buscaria atingir o governo. Entre os pontos que a fazem declarar-se convencida de que ele teria sido morto, está o fato de que morreu com um tiro de uma arma com calibre bem menor do que a que ele possuía.

"O teor da denúncia acabou sepultado pela morte do promotor. Sob a forma de um aparente suicídio. Recurso que foi utilizado em muitos casos tristemente célebres. Por que ele iria se suicidar se não sabia que era falsa a informação que foi entregue a ele? Essas repostas seguramente só poderão dar aqueles que o convenceram de que ele tinha em suas mãos ‘a denúncia do século’ com dados falsos", escreve. "Quando um jornal afirma que ‘queriam usá-lo vivo e agora usá-lo morto’, estavam equivocados. Usaram-no vivo e precisavam dele morto."

Nesta quarta-feira, o secretário-geral da presidência, Aníbal Fernández, já havia afirmado que Stiusso "vendeu uma relação que nunca existiu", alegando que os supostos agentes Allan Bogado e Héctor Yrimia nunca haviam feito parte da Secretaria de Inteligência. Oscar Parrilli, atual titular do órgão, também apontara que os dois nunca fizeram parte — a acusação era uma das questões levantadas por Nisman.

O juiz Ariel Lijo, a quem Nisman reportaria a denúncia, ordenou a proteção de Bogado e Yrimia.

O vereador Henrique Carballal (PT) deixou de lado o vermelho e a estrela que são características do partido. Pelo menos no facebook. O político atualizou a foto de capa de sua página na rede social, que agora apresenta as cores azul e verde, e aparece com uma camisa branca. Carballal passa por um processo interno no PT e deve sair do partido em breve, apesar de acreditar que continuará na sigla . Azul e verde, por sinal, são cores de um dos possíveis destinos do vereador – o PTN.

carballal

 

O destino do deputado federal eleito pelo PP baiano na última eleição Roberto Britto, com 110.662 votos (1,67%), deve ocorrer ainda esta semana. Segundo a previsão do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), a previsão é que seja julgado até o final desta semana a ação ajuizada contra o parlamentar pelo Ministério Público Estadual (MPE).

De acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal, o processo está na lista de julgamentos. O juiz e corregedor eleitoral regional da Bahia, Fábio Alexsandro Costa Bastos, está com processo em mãos e pediu vistas para analisá-lo com calma. Caso condenado, o parlamentar poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A ação do MPE acusa o parlamentar de ter usado R$ 50 mil em verba de gabinete para propaganda eleitoral antecipada. Conforme a acusação, o parlamentar teria em maio de 2014, mandado distribuir em sua base eleitoral, em Jequié, informativo para as residências enaltecendo as realizações que ele teria feito para o município baiano.
De acordo com a ação que será julgada pelo TRE-BA ainda esta semana, o informativo continha textos que mostravam as qualidades políticas do deputado federal. Segundo a peça processual do MPE, “não deixa dúvidas: trata-se de peça publicitária destinada a infundir confiança e atrair votos”.

No seu domicílio eleitoral, Jequié, o progressista foi o segundo mais votado, com cerca de 14,55% dos votos válidos (10.904 votos). Ele ficou atrás de Antônio Brito (PTB), que teve 36.653 votos.

O condutor, que não o é dono da lancha, é marinheiro profissional e se apresentou na noite de segunda-feira (20).
O piloto da lancha Marie C, envolvido no acidente que matou dois pescadores e deixou outro ferido na madrugada do domingo (18), em São Tomé de Paripe, se apresentou à polícia acompanhado do seu advogado ainda na noite de segunda-feira (20).

De acordo com informações do delegado Nilton Borba, da 5ª Delegacia de Polícia (Periperi/ Praia Grande), o condutor, que não o é dono da lancha, é marinheiro profissional e conduzia a embarcação do porto de Aratu para a Bahia Marina, na Avenida Contorno.

Em depoimento, o piloto, que não teve seu nome revelado pela polícia, informou que por conta da falta de sinalização e da escuridão do local, ele acabou atingindo a catraia em que estavam os pescadores José Lima dos Santos, 77 anos, Jurandir Pereira de Andrade e Leomar Brito dos Santos.

No acidente, Jurandir teve a perna decepada pela hélice da lancha e morreu após sofrer uma hemorragia. Leomar, único sobrevivente do acidente, teve ferimentos leves na região dos braços e foi encaminhado para atendimento na UPA do Largo de Roma. Já José Lima dos Santos não conseguiu ser resgatado e ficou desaparecido até o início da tarde desta terça. Familiares encontraram o corpo do pescador bem próximo ao local do acidente depois de mais de 48 horas de buscas.
"O local estava sem iluminação e ele pensou que tivesse batido em alguma coisa tipo um tronco. Ao ouvir os gritos de socorro, ele percebeu que tinha atingido uma embarcação. Ele socorreu duas das vítimas e as levou para o porto mais próximo, em Periperi. Os feridos informaram que um outro pescador tinha se ferido e estava desaparecido e ele voltou para procurar essa terceira vítima", informou Borba.
Ainda durante o depoimento, o condutor da lancha negou que não tenha prestado assistência completa às vítimas. Ele rebateu a informação da família de que somente tinha operado o resgate e não havia comunicado a situação aos órgãos competentes. "Ele ligou para o Serviço de Atendimento Móvel diversas vezes depois do acidente. Ele mostrou os registros das ligações feitas pelo celular", explicou o delegado.

Na tarde desta terça (20), o único ocupante da catraia que sobreviveu ao acidente, Leomar Brito dos Santos, confirmou a versão dada pelo condutor da lancha de que ele teria voltado ao mar para procurar pela terceira vítima, que estava desaparecida.

Segundo o piloto, após fracassar nas buscas ao pescador José Lima dos Santos, ele retornou a Aratu para informar sobre o acidente tanto ao dono da lancha quanto à Marinha.

A polícia agora irá aguardar os resultados dos laudos periciais elaborados tanto da Marinha, que tem prazo de 90 dias, quanto pela polícia técnica, que deve sair em no máximo 30, para definir a responsabilidade criminal sobre o caso.

Atleta levou três tiros em frente a casa da família na segunda (19). Ele passou por quatro cirurgias mas não resistiu aos ferimentos.
Familiares comunicaram, no início da tarde desta terça-feira (20), a morte do surfista catarinense Ricardo dos Santos, de 24 anos. Ele levou três tiros em frente à casa da família, na Guarda do Embaú, em Palhoça, Santa Catarina. O atleta passou por quatro cirurgias no Hospital Regional de São José, mas não reagiu aos procedimentos médicos e as hemorragias não cessaram, causando sua morte. Um policial militar, de 25 anos, é o principal suspeito dos disparos.
Após a notícia, amigos e familiares permaneceram na entrada do hospital, onde estavam desde segunda-feira (19). O principal suspeito dos disparos está detido no quartel da PM em Florianópolis. Segundo o delegado responsável pela investigação, Marcelo Arruda, será solicitada a tipificação do inquérito de tentativa de homicídio para homicídio doloso qualificado. alteração que ainda deve ser analisada pela promotoria de Justiça, em paralelo, o PM também responderá a um inquérito militar, pelo mesmo crime.
Baleado na Guarda do Embaú
Ricardinho, especialista em ondas pesadas e tubulares e reconhecido internacionalmente por diversos títulos, foi baleado na manhã de segunda-feira na praia do Guarda do Embaú, em Palhoça.
Conforme depoimento de testemunhas à Polícia Militar, ele pediu para que duas pessoas, um policial militar e um menor – irmão do PM, segundo a polícia –, que estariam consumindo drogas, saíssem da frente da casa dele. Houve discussão, e Ricardinho foi atingido por três tiros entre o tórax e o abdômen.
Os familiares do esportista dizem que um dos homens teria estacionado o carro sobre um cano que faz parte de uma obra realizada na casa de Ricardo, o que teria motivado o pedido para que saíssem do local. A investigação apura as duas versões, conforme o delegado, Marcelo Arruda.
Além do policial militar, o irmão dele, menor de idade, foi apreendido. O agente público estava de férias, segundo a PM informou em nota. Conforme o texto, ele responderá inquérito administrativo, além do que foi instaurado pela Polícia Civil. O soldado, que está na corporação desde julho de 2008, pertence ao 8º Batalhão de Joinville, no Norte do estado.
Duas versões
O policial afirmou em depoimento que atirou para se defender. "Ele alegou legítima defesa. Disse que a vítima teria tentado agredir e que ele teve que se defender", detalhou o delegado Marcelo Arruda, responsável pelo caso.
O policial manteve a versão apresentada também pelo irmão, um menor que estava junto com ele no momento da discussão. O garoto foi liberado.
A Polícia Civil também coletou depoimentos do avô e de um tio do surfista e de dois policiais militares que atenderam a ocorrência.
"São duas versões conflitantes. Uma parte alega que agiu em legítima defesa, que teria sido ameaçada antes, e a outra parte fala que não, que foram feitos os disparos injustificados, que não houve nenhum tipo de agressão anterior que motivassem esses disparos", afirma Marcelo Arruda.
O delegado disse que o menor de idade foi ouvido pela polícia como testemunha. "Ele não teve envolvimento e alega que a vítima foi para cima deles com um facão, e ele [o policial] só reagiu em legítima defesa", detalha Arruda.
No entanto, segundo Arruda, os policiais militares que atenderam a ocorrência não apreenderam nenhum facão no local dos disparos. Já a arma do policial, assim como o veículo dele, foi encaminhada para o Instituto Geral de Perícias.
"Com certeza vamos fazer reconstituição para ficar melhor esclarecido. Não vai demorar, porque como se trata de pessoa presa, o prazo é bem exíguo", explica o delegado Arruda. "Não tem mais ninguém para ser ouvido", detalha. Ele acredita que o inquérito seja concluído em 10 dias.