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Bahia com Tudo

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A duquesa de Sussex, Meghan Markle, contou que sofreu um aborto espontâneo este ano. A história foi relevada em um artigo seu publicado nesta quarta-feira (25) no jornal "The New York Times".

Casada com o príncipe Harry, ela escreveu que sentiu uma dor forte enquanto trocava a fralda do primogênito Archie. "Eu sabia, enquanto segurava meu primeiro filho, que estava perdendo meu segundo", escreveu Markle.

A ex-atriz de 39 anos relata que sofrer um aborto espontâneo é uma "dor insuportável" e que o tema continua sendo um "tabu, impregnado de vergonha (injustificada), que perpetua um ciclo de luto solitário".

Em janeiro, o casal anunciou que abandonaria suas obrigações oficiais como membros da família real britânica, alegando não suportar a pressão da imprensa britânica sobre a realeza. Eles também deixaram de representar a Coroa.

Na época, Harry acusou os tabloides de assediar Meghan e denunciou comentários racistas contra a esposa.

Meghan, Harry e Archie se mudaram primeiro para o Canadá e depois para a Califórnia, na costa oeste dos Estados Unidos, onde vivem atualmente.

A Bahia registrou 20 mortes e 1.465 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira (24). No mesmo período, 1.662 pacientes foram considerados curados da doença (+0,4%).

Dos 387.786 casos confirmados desde o início da pandemia, 371.474 já são considerados recuperados e 8.169 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,04%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (9.130,09), Aiquara (6.860,10), Itabuna (6.818,21), Madre de Deus (6.803,20), Almadina (6.716,69).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 787.648 casos descartados e 98.394 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça-feira (24).

Na Bahia, 30.885 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 20 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.143, representando uma letalidade de 2,10%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,32% ocorreram no sexo masculino e 43,68% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,61% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,20%, preta com 14,81%, amarela com 0,72%, indígena com 0,11% e não há informação em 11,54% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,72%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,25%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Os dois fuzis de fabricação estadunidense e as 23 pistolas croatas encontradas pela polícia num ônibus clandestino na BR-116, em Vitória da Conquista, no Sul da Bahia, são avaliados em torno de R$ 500 mil, total que não inclui o valor das munições. O arsenal foi descoberto nesta segunda-feira (23) durante uma vistoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e dois suspeitos — o homem que transportava e o motorista — foram presos.

Todo o armamento achado é de uso restrito das Forças Armadas Brasileiras e os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Chefe em exercício da seção de Operações Especializadas da PRF na Bahia, o inspetor Jader Ribeiro explica que os fuzis possuem restrição por causa do modo automático, que permite os chamados tiros de rajada. Estima-se que esses fuzis, da marca Colt, sejam comercializados por até R$ 50 mil no Brasil. Junto com eles estavam seis carregadores, cada um com capacidade para 30 munições do tipo 556, ou seja, capaz de dar 180 disparos.

“Já as pistolas são provenientes do Leste Europeu, são armas muito bem construídas, de polímero e têm um custo muito elevado no Brasil. Aqui, só uma pistola dessa é vendida de R$ 15 a R$ 20 mil”, completa o inspetor.

Em março deste ano, a PRF apreendeu, também em Vitória da Conquista, um arsenal de 36 pistolas fabricadas na República Tcheca, país no limite com o Leste Europeu. Conforme Ribeiro, essa região tem tradição na fabricação de armamento de alta qualidade e as armas de países como os já citados e também da Hungria e Rússia são procuradas pelo mundo todo.

Ainda segundo ele, é comum achar armas oriundas dessa região em apreensões no estado. As pistolas achadas na Bahia tinham uma coloração incomum, um tom caqui, conseguido através de uma pintura cerâmica chamada cerakote, que facilita a camuflagem em regiões de mata, por exemplo.

Como a BR-116 é um corredor de entrada da Bahia e também das regiões Norte e Nordeste do país, produtos ilícitos, como armas, drogas e contrabandos, são escoados através dela. Pela forma com que foram transportadas e tomando por base as apreensões anteriores que tiveram investigação da Polícia Civil, acredita-se que o material seria mesmo usado por agentes do tráfico de drogas, para guerras de facções e assaltos a bancos.

“A gente espera com isso um baque financeiro. Como essas armas são muito caras, além do custo das armas, tiveram o custo de transportar o material, que veio da Europa e EUA. Essas apreensões são importantes, primeiro, para a preservação da vida de pessoas e por essa questão financeira também, que os desarticula”, afirmou.

RELEMBRE O CASO

Além do homem que transportava as armas, o motorista do ônibus também está preso. Delegada plantonista da 10ª Delegacia (Vitória da Conquista), Alessandra Márcia Pereira contou que o passageiro acusa o motorista de ser o dono da bagagem e afirma que estava transportando as mochilas sem saber o conteúdo. Já o condutor alegou que não tem envolvimento com o crime e que as armas são de responsabilidade do passageiro.

“Nós acreditamos que eles estavam agindo juntos por conta da logística do crime. O ônibus saiu de São Paulo. O passageiro estava em São Paulo, mas deixou para embarcar em Vitória da Conquista. Ele veio de carona até Conquista, acredito que para evitar as abordagens policiais no caminho, pernoitou em uma pousada e aguardou para embarcar exatamente nesse ônibus. Além disso, os dois se conhecem e já fizeram outras viagens juntos”, contou ela.

Como o ônibus era clandestino, o passageiro não embarcou na rodoviária de Vitória da Conquista. Ele aguardou pelo coletivo em um posto de combustível, no meio do caminho, e foi o único passageiro que não tinha o canhoto da compra da passagem. Ele e o motorista moram em São Paulo, e a última vez em que viajaram juntos foi há cerca de um mês, quando saíram de Feira de Santana para o estado paulista.

O ônibus pertence ao motorista, que é dono de uma empresa terceirizada e que não teve o nome revelado. Ele tem 39 anos, e não possui antecedentes criminais. O passageiro tem 32 anos e também não responde por crimes, mas estava sendo procurado pela justiça por não pagar pensão alimentícia.

Contradição
O passageiro caiu em contradição durante o depoimento. O ônibus saiu de São Paulo (SP) e seguia para Serrinha (BA). Ele contou que o combinado era embarcar em Vitória da Conquista e desembarcar no caminho porque o destino das bagagens era Feira de Santana, onde as armas seriam entregues.

Apesar de afirmar que o arsenal pertencia ao motorista, ele disse que não conhecia a pessoa que entregou as mochilas para ele, em SP, e nem sabe quem é a pessoa que iria receber o material em Feira. Ele não informou de quanto seria o pagamento pelo serviço, e contou que já transportou outras bagagens antes nesse mesmo modelo, mas que nunca procurou saber o que havia no conteúdo.

Já o motorista nega envolvimento no crime e afirma que pretendia desembarcar em Nova Soure, onde outro condutor daria continuidade à viagem até Serrinha.

Havia outros passageiros quando o ônibus foi abordado pela PRF, em Vitória da Conquista. Eles foram ouvidos pela polícia e uma mulher confirmou que a mala com as armas estava com o passageiro de 32 anos.

Prisão
Em nota, a PRF contou que a fiscalização começou pelo bagageiro do veículo. Depois, os agentes verificaram a bagagem de mão dos passageiros, e foi nesse momento que encontraram as armas. Todo o material estava em duas mochilas.

Os dois fuzis desmontados foram embrulhados junto com seis carregadores, cada um com capacidade para 30 munições 556. A PRF afirmou que o armamento é de fabricação norte americana.

Já as 23 pistolas estavam envoltas em sacos de lixo e fitas adesivas, acompanhadas de 27 carregadores com prolongador, cada um com capacidade para pelo menos 21 munições. Os policiais encontraram também outros 43 carregadores convencionais, com capacidade para 19 munições. As armas foram produzidas na Croácia.

A delegada acredita que a escolha de Vitória da Conquista para fazer o intercâmbio não foi por acaso. A BR-116 é uma estrada com movimentação intensa e a cidade faz ligação com diversos outros municípios do estado.

“Eles sabem que existe fiscalização intensa na divisa entre Minas Gerais e Bahia, e queriam evitar a abordagem. Ele deixou para embarcar em um posto de combustível, depois do local onde a polícia costuma fazer a fiscalização. O que ele não esperava era que ocorresse uma abordagem surpresa em outro ponto da estrada”, contou.

Motorista e passageiro foram presos em flagrante e estão custodiados em Vitória da Conquista, aguardando pela audiência de custódia. Os dois vão responder por comércio ilegal de arma de fogo e associação criminosa.

O Bahia ganhou cinco desfalques de última hora para enfrentar o Unión, pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O técnico Mano Menezes, os auxiliares James Freitas e Sidnei Lobo, além do goleiro Mateus Claus, testaram positivo para covid-19 e estão fora da partida desta terça-feira (24), às 19h15, na Fonte Nova.

Com isso, Mano não estará à beira do campo diante dos argentinos. O time será dirigido pelo auxiliar Cláudio Prates. O quinto cortado do duelo foi o volante Edson. De acordo com o Bahia, ele foi afastado de forma preventiva, já que dividiu quarto com Mateus Claus.

O restante do elenco passou por exames e testou negativo para o coronavírus.

Nos últimos dias, o meia colombiano Juan Pablo Ramírez, recém-contratado pelo clube, também foi infectado pela covid. O jogador já está recuperado e voltou aos treinamentos na Cidade Tricolor.

O governador Rui Costa declarou nesta terça-feira (24) que as festas de Réveillon estão proibidas na Bahia. O crescimento da ocupação de leitos voltados para o tratamento de pessoas com covid-19 fez o governador do estado decretar a proibição.

“Não será permitida em nenhum município da Bahia festas públicas e privadas. E se for para a praia? Não temos condições de dispersar pessoas nas praias. Vamos fazer um campanha, vamos fazer um apelo para que as pessoas não ocupem as areias da praia no Ano Novo. Não vou jogar bomba de gás na areia de praia. Espero que a consciência das pessoas fale mais alto”, declarou Rui.

“Festas por iniciativas privadas e poder público não serão permitidas. Se individualmente as pessoas vão aglomerar, o que vou fazer?”, questionou.

Rui já havia se pronunciado nas redes sociais no dia 19 de novembro, em que disse que não deveria haver "aglomeração no Natal, no Réveillon ou em qualquer outra data comemorativa enquanto não tivermos vacina". Ele disse que os eventos sem autorização da Vigilância Sanitária poderiam ser cancelados.

 

Apontado pela Polícia Federal como alto integrante de uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas através dos portos brasileiros e lavagem de dinheiro, o empresário paranaense Luiz Carlos Bonzato foi ontem o principal alvo da Operação Enterprise na Bahia. Segundo apurou a Satélite, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão em um apartamento do Villaggio Panamby, condomínio de luxo localizado no Horto Florestal, zona nobre de Salvador. Embora o endereço seja ligado a ele, Bonzato foi preso em São Paulo. De acordo com a investigação, o empresário era responsável direto pela logística montada para envio de toneladas de cocaína à Europa.

Basicamente, a função de Bonzato era cuidar do transporte da droga e cooptar pessoas que atuam na exportação de cargas lícitas, garantindo que a cocaína fosse incluída no interior dos contêineres transportados a partir do Porto de Salvador, rumo a países europeus. Para isso, usava empresas do ramo de comércio exterior.

Ficha corrida
Luiz Carlos Bonzato, ainda de acordo com indícios coletados pela Enterprise, integra uma família conhecida pela influência no Porto de Paranaguá, litoral paranaense, tido como maior escoadouro marítimo para exportação de produtos agrícolas do país e terceiro em volume de cargas transportadas por contêineres. Ao mesmo tempo, o empresário preso pela PF é herdeiro de um dos mais antigos clãs do jogo do bicho no Paraná.

A programação é que as aulas do próximo ano letivo nas escolas particulares de Salvador e Região Metropolitana que integram o Grupo de Valorização da Educação (GVE) comecem em fevereiro. O desejo da entidade é que as atividades sejam híbridas com, pelo menos, 50% dos estudantes nas salas logo no primeiro mês do retorno.

O porta-voz e diretor executivo do grupo Perfil, Wilson Abdon, diz que a solicitação da entidade se baseia no protocolo de retomada da aulas das universidades da Bahia - as instituições de ensino superior puderam voltar a realizar atividades presenciais em 3 de novembro com 50% da capacidade.
“A ideia é começar com os ensinos infantil, fundamental e médio com 50% dos alunos em fevereiro e aumentar o número de alunos nas escolas com o passar do tempo, com base nos dados do coronavírus e o desejo dos pais e alunos”, conta Abdon. As escolas particulares estão com as aulas presenciais suspensas desde 18 de março.

A possibilidade vai ser discutida com a prefeitura e o governo do Estado em 1º de dezembro, em reunião com o GVE. Participarão do encontro as secretarias de educação municipal e estadual, as pastas de saúde de Salvador e da Bahia, o Ministério Público e os conselhos municipal e estadual de educação.“Esse retorno é uma possibilidade real; hoje, temos pesquisas e artigos do mundo todo que apoiam”, afirma Abdon.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado informa que as aulas presenciais na educação básica no estado permanecem suspensas, conforme decreto 19.586, até o dia 2 de dezembro. Atividades presenciais só devem ser retomadas mediante novo decreto governamental, considerando as condições de segurança e indicação das autoridades de saúde. Um novo calendário referente à retomada do ano letivo 2020 ainda será divulgado.

Antes da volta da aulas presenciais, o grupo espera poder receber os alunos nas escolas para um acolhimento em dezembro - a ideia inicial era começar a atividade em novembro, mas isso não foi permitido. O presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia, Paulo Gabriel Nacif, diz que o próximo ano deve ser de atividades híbridas.“As escolas vão encerrar o ano de forma remota, mas, no ano que vem, vamos fazer atividades híbridas. Manter o estudante longe da escola foi importante, mas várias instituições relatam que é bom que haja o retorno desde o começo”, conta o presidente do conselho.

Nacif ressalta que cabe ao governador Rui Costa e o Secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas a decisão sobre a data, o modelo e as restrições do retorno das aulas na Bahia. “Com base no cenário de hoje, acredito que seja possível voltar, mas isso depende dos casos de coronavírus e da segunda onda”, comenta.

Ensino híbrido
A Escola Girassol trabalha com vários planos para o próximo ano. Caso o retorno remoto seja possível, as salas já contam com webcams e computadores para transmitir as aulas para o estudantes que continuarem em casa. “Os professores fazem uma capacitação para ministrar a aula híbrida. Pensamos em fazer um rodízio semanal, com os alunos revezando entre a escola e a casa”, relata a diretora Rosa Silvany.

No Grupo Perfil, dirigido por Abdon, a estratégia será montar seu modelo híbrido com 50% dos estudantes. Diretora pedagógica da Escola Lua Nova, Walkyria Freire Rodamilane conta que a instituição optou por não ofertar ensino simultâneo para os alunos presenciais e os remotos. “Vamos ofertar ensino remoto para quem está em casa e híbrido para quem vai para a escola”, diz.

A professora universitária Alessandra Reis, 41, quer que suas filhas de 9 e 7 anos retornem para a escola assim que for seguro. As meninas estudam na Casa da Infância.“Agora não é esse momento, ainda existem muitos riscos. Mas todos desejam essa volta”, diz.

Reunião
Sem abordar a possibilidade de retorno da aulas presenciais em 2021, o Conselho Estadual de Educação da Bahia se reuniu, nesta segunda-feira, com representantes de escolas particulares do ensino fundamental e médio do GVE para explicar as regras de validação do ano letivo com a realização de atividades remotas. Publicada na última quinta-feira, a Resolução CEE/BA nº 50/2020 reitera a dispensa dos 200 dias letivos para a educação básica e superior. Para as escolas fiscalizadas pelo conselho, o ano letivo deve ter, no mínimo, 800h. A universidades têm autonomia para definir a carga horária.

O texto reafirma a necessidade de fiscalização das instituições que realizaram ações de ensino remoto durante a suspensão da atividades presenciais. O documento também autoriza as redes e instituições a adotarem o regime do calendário contínuo (2020 + 2021).“As escolas estão preocupadas, o que é lógico porque elas foram pegas de surpresa por essa necessidade de recorrer ao ensino remoto”, explica o representante do GVE, Wilson Abdon.

“Em nenhuma hipótese, é preciso que essas 800h sejam horas digitais. Não se pode esperar que o aluno acompanhe todo esse tempo de aula online. Vamos considerar a situação única da pandemia”, diz Paulo Gabriel Nacif, presidente do conselho. Mais de 90 escolas participaram da reunião.

A fiscalização e a autoavaliação das instituições de ensino será feita em etapas. Na primeira, as escolas que aderiram às atividades remotas devem responder um formulário até 29 de novembro. Na segunda, cada unidade educacional deve apresentar seu relatório de atividades, ao final do ano letivo, ao Conselho Escolar ou instância equivalente que encaminhará uma ata ao Conselho Estadual de Educação, avaliando as atividades remotas desenvolvidas pela respectiva instituição de ensino.

No relatório, a escola tem que incluir todos os e-mails dos pais de estudantes e dos professores para que o CEE/BA possa contatá-los. O conselho vai realizar um sorteio de 150 escolas do sistema estadual de ensino para uma avaliação mais detalhada, estabelecendo um diálogo com a comunidade e buscando aferir as informações fornecidas.

O município baiano de Maracás deve receber até R$ 2 milhões em investimentos privados, da Vale Bahia Indústria e Comércio de Alimentos, para implantação de uma unidade industrial na região. A empresa será destinada a fabricação de café torrado e moído, leite em pó, milho moído, óleo e tem a previsão de gerar até 60 empregos diretos. A capacidade de produção prevista é de um 1,152 milhões de toneladas por ano. O protocolo de intenções foi assinado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, nessa terça-feira (24).

"De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), o estado da Bahia é o 4º maior produtor de café do Brasil. Recentemente, o café da agricultura familiar, produzido na Chapada Diamantina, pela Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (Coopiatã) foi premiado e está entre os cinco melhores do país. A implantação dessa unidade só tem a agregar a economia local e, em consequência, para o estado", destaca o vice-governador João Leão, titular da SDE.

Segundo o gerente geral da Vale Bahia, Ednaldo Almeida, inicialmente serão gerados 60 novos postos de trabalho, podendo chegar até 120 empregos diretos e mais 50 a 70 indiretos. "Fazer a torrefação do café na região vai promover o desenvolvimento econômico local. Teremos um produto totalmente baiano, pois vamos adquirir boa parte ou 100% da matéria prima do café dos agricultores daqui. Sendo assim, vamos incentivar a agricultura familiar e regional, teremos preço competitivo e um produto de qualidade para o consumidor. O industrial da Vale Bahia vai aquecer diretamente a agricultura familiar. Também temos a intenção de implantar uma usina de açúcar refinado na região", diz.

A vacina contra covid-19 que será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a farmacêutica Astrazeneca e a Universidade de Oxford deve chegar a 30 milhões de brasileiros a mais em 2021, aumentando o total de pessoas alcançadas no país até o fim do ano que vem para cerca de 130 milhões. O ganho de 30% deve ocorrer porque dados dos testes clínicos divulgados nessa segunda-feira (23) mostram que o protocolo de vacinação mais eficaz inclui uma dose reduzida na primeira aplicação, em vez de uma dose completa.

A Astrazeneca e a Universidade de Oxford anunciaram que o esquema de vacinação que prevê uma dose reduzida e uma dose completa, com um mês de intervalo, obteve eficácia de 90%. Já o protocolo com duas doses completas e o mesmo intervalo atingiu eficácia de 62%. Os dados analisados envolveram 11 mil voluntários, cerca de 2,7 mil com o protocolo mais eficaz e quase 8,9 mil com o protocolo de duas doses completas.

Não houve registro de eventos graves relacionados à segurança da vacina e nenhum dos voluntários que recebeu a vacina desenvolveu casos graves da covid-19 ou precisou ser hospitalizado.

O vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fundação Oswaldo Cruz, Marco Krieger, classificou a divulgação como uma boa notícia, já que confirmou a eficácia de 90% e trouxe um ganho adicional, uma vez que as 210 milhões de doses que a Fiocruz prevê fabricar no ano que vem poderão chegar a mais pessoas, caso os dados sejam confirmados na conclusão e publicação do estudo.

"Em vez de termos vacina para 100 milhões de brasileiros, poderíamos vacinar 130 milhões. O que é um ganho adicional. Foi uma boa notícia", disse Krieger, em entrevista à Agência Brasil.

Produção e registro
A partir de acordo com o governo federal, os desenvolvedores da vacina já iniciaram o processo de transferência de tecnologia para que a Fiocruz produza o imunizante no país. No primeiro semestre, a fundação prevê disponibilizar 100 milhões de doses a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado, e, no segundo semestre, cerca de 110 milhões de doses serão fabricadas já com IFA produzido na Fiocruz. Krieger explica que a previsão está mantida, e o que deve ocorrer é o fracionamento de doses.

Todo esse processo depende da confirmação e publicação dos resultados dos testes em humanos, e do registro do imunizante na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além de produzir a vacina, a Fiocruz também está encarregada de protocolar esse pedido de registro, que tem sido feito de forma parcelada desde outubro, em um processo chamado de submissão contínua.


A Anvisa já recebeu em outubro e novembro informações como os resultados dos estudos pré-clínicos e dados sobre manufatura e controle nas plantas industriais. No mês que vem, a Fiocruz deve encaminhar os resultados dos testes clínicos, o que inclui o protocolo recomendado a para vacinação.

"Durante o peticionamento para as autoridades sanitárias, no nosso caso a Anvisa, será colocado que a eficácia de 90% foi utilizada com esse protocolo [com dose reduzida]. E esse protocolo que será o registrado. É muito importante que a gente utilize a vacina de acordo com os resultados no estudo clínico, porque ele garante duas informações: primeiro essa eficácia, que é muito alta; e, segundo, a segurança", disse Krieger, que mais uma vez pondera que isso depende da confirmação dos resultados.

A Fiocruz deve protocolar o último bloco de documentos em janeiro do ano que vem, quando também deve começar a produzir a vacina, antes mesmo da aprovação final Anvisa. O imunizante será produzido no Complexo Industrial de Bio-Manguinhos, que fica junto à sede da fundação, na zona norte do Rio de Janeiro. O objetivo de antecipar a produção é ter ao menos 30 milhões de doses até o fim de fevereiro, quando deve ficar pronto o parecer final da Anvisa com o registro da vacina, caso todos os testes confirmem a segurança e a eficácia da vacina. Se esse cronograma se confirmar, Bio-Manguinhos deve entregar em março as primeiras 30 milhões doses ao Ministério da Saúde, para que sejam disponibilizadas à população.

Como funciona a vacina?
A vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford utiliza a tecnologia de vetor viral, em que uma sequência genética do novo coronavírus é inserido em outro vírus, incapaz de se replicar, para, então, ser injetada no corpo humano e gerar a resposta imunológica.

O vetor usado é um adenovírus (vírus de resfriado) de chimpanzé, que transporta a sequência da proteína S do novo coronavírus. Essa é a proteína que forma a coroa de espinhos que dá o nome ao microorganismo, e esses espinhos são fundamentais no processo de invasão das células humanas. Os testes clínicos buscam comprovar que, uma vez vacinado, o corpo humano reconhecerá essa proteína e poderá produzir defesas que neutralizem sua ação, dificultando que uma pessoa adoeça ao ter contato com o novo coronavírus.

Até o momento, a mutabilidade do vírus não é considerada uma ameaça à eficácia da vacina, já que as mutações que têm sido observadas pela ciência não apresentam mudanças estruturais na proteína S, o que indica que vacinas que a adotem como alvo podem ser eficazes mesmo diante de mutações do novo coronavírus.

Um turista que estava hospedado no Ondina Apart Hotel, no bairro de Ondina, morreu após cair do 7º andar. A queda aconteceu na noite de domingo (22).

O hóspede era Marcos Pereira da Silva, de 37 anos, que era natural do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, ele chegou a receber atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco após dar entrada na unidade de saúde.

Ainda não se sabe o que causou a queda de Marcos, que inicialmente é tratada como acidental. O caso está sob investigação da 7ª Delegacia Territorial (Rio Vermelho), que já expediu as guias de perícia e remoção.

O corpo do hóspede foi levado para o Institulo Médico Legal Nina Rodrigues, onde passará por perícia. Em seguida, será encaminhado ao Rio de Janeiro, onde deve ocorrer o velório.