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Bahia com Tudo

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A Bahia terá a primeira fábrica estatal produtora do hormônio insulina no Brasil, que será também a primeira de caráter nacional em todo o Hemisfério Sul. Com o nome de BahiaInsulina, o estado venderá “a insulina mais barata do mundo”, segundo o secretário estadual de saúde Fábio Vilas-Boas, e estima que vai abastecer todo o Brasil, podendo exportar o excedente para o mercado internacional. Ou seja, com o laboratório, que ficará em Simões Filho ou em Dias d’Ávila, não será mais necessário importar o produto, quando a fábrica começar a funcionar. A estimativa é que seja daqui a três anos.

Após outros três anos de planejamento, mais um passo foi dado, nesta quinta-feira (27), para a instalação do laboratório, após a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovar, por unanimidade, o projeto de lei que cria a estatal. O investimento é de R$ 200 milhões, que foram subsidiados pela empresa ucraniana Indar, uma das poucas no mercado mundial que produzem e fornecem o insumo.

A Alba decidiu que a companhia será de capital misto: o Estado detém 51% das ações e a Indar fica com 49%. Como se tratava da criação de uma estatal, era preciso uma regulamentação pelo legislativo. Ainda é necessária a sanção do governador Rui Costa para validar o projeto de lei.

A insulina é fundamental para o tratamento de pessoas com diabetes, doença que afeta cerca de 12,5 milhões de brasileiros - 6% da população - e é a segunda mais letal no país, depois da hipertensão. Ela ocorre quando há uma má produção de insulina pelo pâncreas, o que gera um aumento do açúcar no sangue.

O Brasil também é o quarto país com maior número de diabéticos no mundo, atrás da China, Índia e Estados Unidos, respectivamente. Na Bahia, são mais de 200 mil pessoas nessa condição, sendo 13 mil em Salvador. Os dados são do último relatório da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

“Essa é uma vitória do Brasil e do povo brasileiro. Nós vamos conseguir internalizar a produção, o que vai trazer vários benefícios econômicos. Ela vai ser a insulina mais barata do mundo. E com a produção aqui, a gente elimina os custos dos fretes, do transporte aéreo e rodoviário”, comemora o secretário de saúde Fábio Vilas-Boas. Cerca de 350 empregos diretos e mil indiretos serão criados com a fábrica.

Hoje, o Brasil compra insulina de duas empresas: da dinamarquesa Novo Nordisck, que tem uma fábrica em Minas Gerais, e da Indar, da Ucrânia, a R$ 10 por frasco. A insulina baiana custará um dólar a menos que isso. Se a cotação de hoje fosse levada em conta, a redução dos custos para o governo brasileiro seria de cerca de 50%, sem contar com o transporte. Para abastecer a demanda, o Ministério da Saúde precisa de 20 milhões de doses por ano, o que gera um custo anual de R$ 200 milhões.

O secretário pontua que a BahiaInsulina permitirá que o Brasil não fique mais refém das atuais empresas que fornecem o hormônio, que controlam os preços no mercado. Somente três corporações detêm mais de 80% da produção mundial: a dinamarquesa Novo Nordisk; a Eli Lilly, dos Estados Unidos; e a francesa Sanofi.

O mesmo foi observado pelo presidente da Alba, o deputado Nelson Leal (PP), que mediou a aprovação do projeto de lei. “Sua importância será estratégica porque coloca a Bahia num seleto grupo de produtores da insulina e nos livra da dependência externa. Vide o que acontece nos casos dos respiradores nesta pandemia da covid-19”, comparou.

A Ucrânia, através da Indar, é parceira da Bahiafarma (Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos) desde 2017, quando passou a ter o direito da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que antes pertencia à Fiocruz. Essa PDP permite que a fundação baiana possa usar a tecnologia ucraniana para produzir a insulina, além de garantir que parte de sua produção seja enviada ao Ministério da Saúde, para abastecer 50% da demanda nacional do SUS.

Agora, a BahiaInsulina irá usar essa tecnologia, já utilizada pela Bahiafarma, para produzir o hormônio e suprir a demanda do país inteiro – e até exportar, se sobrar. “Há um desafio tecnológico e produtivo muito grande pela frente para nacionalizar a produção de insulina, de desenvolver esse modelo. É um passo fundamental para o desenvolvimento econômico e tecnológico do estado”, avalia o diretor-presidente da Bahiafarma, o farmacêutico Tiago Vidal Moraes.

Moraes também pontuou a necessidade da autossuficiência frente à busca mundial por produtos como esse, essencial para a saúde. “O Brasil precisa ter essa sustentabilidade. Existe um estudo da revista científica Lancet que aponta uma escassez de insulina no mundo e que mais de 50% dos diabéticos do tipo II não têm acesso. Isso se evidencia ainda mais nesse momento da pandemia, em que há uma ruptura da cadeia de suprimentos e uma corrida muito grande por insumos no mundo”, argumenta.

Diabetes na Bahia

A referência em atendimento às pessoas com diabetes no estado é o Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), que também faz a distribuição gratuita de insulina para quem precisa. Para a presidente do Cedeba, a endocrinologista Reine Chaves, a construção da fábrica na Bahia só traz benefícios. “Na medida em que a gente tem insulina fabricada aqui, o acesso para o paciente diabético vai ficar bem mais fácil. O paciente só tem a lucrar”, comenta.

Atualmente, são 75 mil pacientes inscritos no Cedeba, sendo 50 mil ativos. Cerca de 60% do total têm diabetes, que recebem não só as doses do remédio gratuitamente como orientações de como administrá-lo e como conviver com a doença, a exemplo dos cuidados a serem tomados com a alimentação e aplicação das injeções.

Quem adquiriu insulina com a Cedeba durante muitos anos foi o empresário Fred Prado, 32, que tem diabetes tipo I e descobriu a doença aos 21 anos de idade, após sentir os principais sintomas: cansaço, sono, sede, perda de peso e vontade de ir várias vezes ao banheiro. Hoje ele prefere comprar a insulina de caneta, pois não precisa de refrigeração como as seringas tradicionais. Prado conta que no início foi difícil aceitar, mas que atualmente convive bem com a doença, apesar de tomar quatro a cinco injeções por dia. “Hoje eu vivo superbem com o diabetes, que não é uma sentença de morte como as pessoas viam antigamente”, relata.

A única preocupação da endocrinologista Diana Martins, diretora regional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-BA), é se a tecnologia usada trará segurança para os pacientes. “Nossa preocupação é com a tecnologia, que precisa ter registro na Anvisa, e que seja uma insulina purificada, porque a exigência é alta na qualidade do produto. Desde que traga segurança para o paciente, é maravilhoso não ter que depender de um laboratório e de importação”, analisa a endocrinologista, que foi conselheira do Cremeb (Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia) por 10 anos.

O aparecimento de manchas de óleo nas praias do Nordeste completa um ano no domingo, 30 e até hoje a Marinha do Brasil não conseguiu apontar os culpados por um dos maiores desastres ambientais já registrados no país, com impacto nos estados nordestinos e em parte do sudeste. Na Bahia, pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ibio/Ufba) estimam que a natureza vai levar no mínimo 10 anos para se recuperar.

Em 30 de agosto de 2019, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou os primeiros vestígios de petróleo cru em Conde e Pitimbu, na Paraíba. Até fevereiro deste ano, foram recolhidas 5.379,76 toneladas de resíduos na costa, diz o órgão.

Na Bahia, o óleo chegou em outubro do ano passado e atingiu Salvador no dia 10 daquele mês. O Ibama informou que 459,49 toneladas do petróleo cru foram retiradas das praias baianas até fevereiro. Na capital, 14 praias foram atingidas, das quais foram retiradas 139,581 toneladas do óleo, segundo a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb). A Marinha diz que o óleo veio da Venezuela.

De acordo com o Francisco Kelmo, diretor do Ibio/Ufba, a situação no litoral norte está pior do que era antes do desastre ambiental. “Se os dados continuarem assim, acredito que 10 anos seja o mínimo e pode até ser pouco para que todos os animais se recuperem e voltem a ter as características populacionais de antes da vinda do óleo”.

Desde a chegada do óleo na Bahia, pesquisadores do laboratório de Kelmo estudam os impactos do material. As comparações das condições do oceano em Praia do Forte, Guarajuba, Ganipabu e Itacimirim após o desastre com o que era visto antes apontam que houve perda da biodiversidade, redução da densidade populacional e o aumento de doenças em corais da região.

Perdas irreparáveis
No momento crítico da chegada dos resíduos nas praias baianas, os pesquisadores detectaram uma perda imediata de 46,8% da biodiversidade no local. A situação só piorou com o passar dos meses, chegando a uma queda de 78,8%, em julho deste ano.

Quanto às diferentes espécies de invertebrados vivas, a quantidade caiu de 88 para 47 em outubro com a chegada das grandes manchas de óleo. Desde fevereiro deste ano, este número não ultrapassa 17. Neste caso, também não houve melhora, já que a população estimada está em um patamar mais baixo da época crítica do desastre.

Além da redução do número de espécies invertebradas, a densidade populacional sofreu com o petróleo cru. A região que antes possuía 466 indivíduos vivos a cada 35 metros quadrados de praia, passou a registrar apenas 151 animais invertebrados vivos em outubro. Em julho, eram em torno de 70 indivíduos vivos no mesmo espaço.

Corais branqueados
Quando estão doentes, os corais ficam branqueados. O óleo aumentou a ocorrência do problema. Segundo Kelmo, a estimativa anual média de branqueamento de corais era de 5% a 6% da população nas áreas estudadas. A porcentagem da enfermidade saltou para 51,7% com a chegada do óleo e, entre fevereiro até julho, esse número oscilou na casa dos 85%. “Não tivemos nenhum sinal de recuperação dos corais”, afirma.

Os dados são alarmantes por dois principais motivos, explica o diretor do Ibio/Ufba. De acordo com ele, o óleo chegou bem no período de reprodução das espécies, o que afetou a capacidade reprodutiva dos animais estudados. Além disso, resíduos tóxicos do material permaneceram no ambiente contaminando a vida marinha.

“É um situação extremamente grave. O período de reprodução anual dos animais vai de setembro a março. Isto causou um estresse nos indivíduos, o que afetou a sua capacidade reprodutiva e não permitiu uma melhora na população”, explica. “Aquele era um óleo diferente, com alta densidade e pesado. Como ele não flutuava, o que foi visto foi removido, mas o que chegou de noite, por exemplo, ficou enterrado na praia. Fontes de material contaminante ainda estão, lentamente, contribuindo para a perda da biodiversidade e a densidade de animais nas praias”.

Os animais invertebrados e os corais são importantes para o equilíbrio da vida marinha. Segundo Kelmo, os impactos do desastre podem reverberar na população de peixes, que são atraídos pelas cores dos recifes e retiram destes alimentação e abrigo.

“Os invertebrados são a base da cadeia alimentar. Eles servem de alimento para os peixes. Caso não haja a recuperação da população, pode faltar alimento para os peixes maiores, a pesca pode ser dificultada e faltar peixe no mercado”, diz o pesquisador, que explica que os peixes migram ao encontrar dificuldades para se alimentar.

Peixes e tartarugas
Não há indicativo de que a população de peixes da Bahia tenha começado a sofrer com a morte dos invertebrados, afirma o Presidente da Bahia Pesca, Marcelo Oliveira. De acordo com o gestor, o impacto inicial foi muito forte, mas o mercado regularizou.

“O monitoramento das áreas tocadas pelo óleo se faz necessário justamente para se ter ideia dessa evolução das espécies e da contaminação residual. Estamos realizando a coleta de amostras no estado, mas a pandemia do coronavírus inviabilizou o trabalho”, afirma Oliveira, que acredita que a redução da pesca e da poluição causadas pela pandemia pode ter compensado perdas do desastre.

Segundo o Projeto Tamar, a Fundação da entidade registrou no estado da Bahia o encalhe de 12 filhotes de tartarugas que interagiram com manchas de óleo. Além disso, dois filhotes oleados encontrados vivos foram reabilitados e liberados. Procurado para comentar os impactos do desastre, o Ibama não respondeu até o fechamento deste edição, às 23h.

Mais óleo
Meses após o aparecimento das manchas de óleo, novos resíduos emergiram em Salvador. O petróleo cru foi avistado em Stella Maris, Jaguaribe, Pituba e Piatã a partir de 26 de junho deste ano. Além de Salvador, novas manchas de óleo foram encontradas em junho em praias de Pernambuco, Rio Grande do Norte e de Alagoas.

Segundo nota técnica divulgada pela Marinha, coletas feitas em alguns pontos da região e analisadas pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira apontam que material tem a mesma origem do óleo derramado em 2019 na costa brasileira.

Pesquisas do Instituto de Geociências da Ufba (Igeo) também identificaram que o material tem origem na bacia petrolífera venezuelana e aparenta ser o mesmo do grande desastre, mas as pesquisas de análise dos compostos para uma confirmação mais concreta acabaram sendo interrompidas por causa da pandemia, conforme conta Olívia Oliveira, diretora do Igeo.

Ironicamente, um ano antes de o derramamento acontecer, a Ufba havia desenvolvido uma solução premiada internacionalmente: uma espécie de bucha vegetal descartável capaz de aumentar em 20x a absorção de óleo. No entanto, a bucha não chegou a ser solicitada pelas autoridades para a promover a contenção do óleo.

“Nós demos a sugestão dessa biofibra ficar atrelada às redes nos estuários. Mas só que nós estávamos produzindo ela em escala de laboratório. Para ter isso em larga escala, que é o que seria necessário para conter o que aconteceu, a gente precisa ter parcerias governamentais e empresariais. A gente desenvolve, publica os papers, mas na hora de colocar em prática ficamos mais limitados”, comenta.

Inquérito feito pela Marinha não traz culpados
Uma das grandes perguntas em aberto sobre o derramamento de óleo no litoral nordestino é quem causou o desastre. Quase um ano após o começo do incidente, as investigações ainda estão em curso. A apuração do crime ambiental é conduzida pela Marinha e Polícia Federal.

Procurada, a PF se restringiu a responder que não comenta investigações em andamento. Já a Marinha afirmou que várias ações foram feitas na evolução da investigação e que entregou um relatório com as conclusões do trabalho científico realizado para a PF. “Os trabalhos permanecerão até que o responsável pelo crime ambiental seja identificado”, garantiu a Marinha em nota.

De acordo com a Marinha, o derramamento pode ter ocorrido a cerca de 700 km da costa, sem ser possível determinar o ponto de partida exato do material. Em nota, a força armada ainda aponta que o responsável pelo crime ambiental não se apresentou voluntariamente, nem prestou apoio para conter as manchas. Segundo o G1, o inquérito aponta que o petróleo cru trafegou submerso por 40 dias.

“A investigação, indicará, de forma oportuna, o culpado por essa grave agressão à Nação brasileira, tal certeza se deve ao apoio indispensável de cientistas, profissionais da área ambiental e militares que permanecem trabalhando para elucidar um complexo crime impetrado contra a nossa Pátria”, completou a Marinha no texto.

Ainda de acordo com o G1, a Marinha informou que a investigação teve início com um universo de cerca de mil navios como possíveis fontes do vazamento de petróleo. Ainda hoje, existem alguns suspeitos de terem cometido o derramamento.

A não identificação dos responsáveis pelo vazamento de óleo faz com que os custos da resposta e combate às manchas de óleo recaiam sobre o Executivo federal.

Segundo o G1, os trabalhos realizados pelo governo federal, das ações de resposta ao incidente até a investigação, custaram aos cofres públicos R$ 172 milhões. As informações foram obtidas pelo site por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

A Marinha diz que os trabalhos para elucidar o caso são complexos e envolvem seis áreas do conhecimento. Com base no desastre acontecido em 2019, o órgão trabalha para evitar que outro crime do tipo ocorra.

“Há a necessidade premente de investir no aprimoramento do monitoramento dos navios que transitam nas águas jurisdicionais brasileiras e nas suas proximidades, especificamente o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), com a melhoria de sistemas de apoio à decisão e a aquisição/instalação de radares de médio/longo alcance”, diz a nota.

Em 20 de março deste ano, o coordenador Operacional do Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo desmobilizou a coordenação unificada das equipes envolvidas com ações de resposta.

Puxada por uma queda recorde no número de pessoas trabalhando, no 2º trimestre de 2020, a taxa de desocupação (desempregados) na Bahia subiu para 19,9%, frente a 18,7% no 1º trimestre e 17,3% no 2º trimestre de 2019.

Foi a maior taxa de desocupação do país e um novo recorde para o estado desde o início da série histórica da PNAD Contínua, do IBGE, em 2012. No 2º trimestre de 2020, a taxa de desocupação no Brasil foi de 13,3%.

A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade desocupadas (que não trabalham e estão procurando trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).

Do 1º para o 2º tri, 824 mil pessoas perdem o trabalho na Bahia; queda recorde na ocupação (-14,4%) se espalha por todos os grupos de atividades

Na Bahia, o avanço na taxa de desocupação no 2º trimestre de 2020 foi resultado de uma queda recorde no número de pessoas trabalhando (população ocupada).

Em três meses, 824 mil pessoas deixaram de trabalhar no estado, num recuo de -14,4%, que fez a população ocupada passar de 5,700 milhões para 4,876 milhões, chegando ao seu menor patamar na série histórica, iniciada em 2012.

Na comparação com o 2º trimestre de 2019, quando havia 5,805 milhões de pessoas trabalhando na Bahia, o recuo foi ainda maior: menos 929 mil pessoas trabalhando (-16,0%).

Com isso, na Bahia, no 2º trimestre, o nível da ocupação, ou seja, a proporção de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais) que estavam de fato ocupadas, também teve uma queda recorde e foi o menor da série histórica: 40,1%.

A perda de postos de trabalho do 1º para o 2º trimestre foi generalizada no estado, atingindo todos os 10 grupamentos de atividades investigados, algo inédito, que nunca havia sido verificado em toda a série histórica da PNAD Contínua.

As maiores retrações, em termos absolutos, ocorreram nos segmentos de alojamento e alimentação (menos 158 mil trabalhadores em três meses, -44,4%), construção (menos 125 mil trabalhadores, -31,4%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (menos 123 mil trabalhadores, -11,7%).

Mesmo frente ao 2º trimestre de 2019, quase todos os grupos de atividades mostraram quedas na ocupação. Apenas administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais teve saldo positivo de 33 mil pessoas a mais trabalhando (+3,1%).

Já está em atividade o primeiro Centro de Distribuição do Mercado Livre instalado na Bahia. A estrutura funciona em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, e funcionará no modelo Fullfilment.Neste tipo de modelo, o Mercado Livre se torna responsável por todo o processo logístico do processo de compra, desde o estoque de produtos, ao pós-venda. Com isso, a empresa deixa de depender de terceiros para realizar as entregas e pretende fazer com que as encomendas cheguem aos clientes com maior velocidade. Quem for de Salvador ou RMS, por exemplo, deve receber os produtos no mesmo dia ou, no máximo, após 24h.

Além disso, esse novo modelo promete entregas mais rápidas para toda a região Nordeste, que também passará a ser contemplada com frete grátis em alguns produtos. Essa é uma reclamação antiga dos consumidores, já que o benefício normalmente era concedido apenas para quem mora nas regiões Sudeste e Sul.

Mais empregos

A instalação do novo Centro de Distribuição terá também impacto na economia da RMS - não apenas em Lauro de Freitas, mas também em Camaçari e Simões Filho. Isso porque o Mercado Livre gerou pelo menos 500 empregos com sua chegada à Bahia.

O investimento no novo equipamento, que tem 56 mil metros quadrados, foi de aproximadamente R$ 90 milhões. A empresa contou com apoio institucional do Governo da Bahia, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Planejamento e da Fazenda.

 

Já está em atividade o primeiro Centro de Distribuição do Mercado Livre instalado na Bahia. A estrutura funciona em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, e funcionará no modelo Fullfilment.

Neste tipo de modelo, o Mercado Livre se torna responsável por todo o processo logístico do processo de compra, desde o estoque de produtos, ao pós-venda. Com isso, a empresa deixa de depender de terceiros para realizar as entregas e pretende fazer com que as encomendas cheguem aos clientes com maior velocidade. Quem for de Salvador ou RMS, por exemplo, deve receber os produtos no mesmo dia ou, no máximo, após 24h.

Além disso, esse novo modelo promete entregas mais rápidas para toda a região Nordeste, que também passará a ser contemplada com frete grátis em alguns produtos. Essa é uma reclamação antiga dos consumidores, já que o benefício normalmente era concedido apenas para quem mora nas regiões Sudeste e Sul.

Mais empregos
A instalação do novo Centro de Distribuição terá também impacto na economia da RMS - não apenas em Lauro de Freitas, mas também em Camaçari e Simões Filho. Isso porque o Mercado Livre gerou pelo menos 500 empregos com sua chegada à Bahia.

O investimento no novo equipamento, que tem 56 mil metros quadrados, foi de aproximadamente R$ 90 milhões. A empresa contou com apoio institucional do Governo da Bahia, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Planejamento e da Fazenda.

A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 2.832 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +1,2%) e 3.147 curados (+1,4%). O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) desta quinta-feira (27) contabiliza ainda 62 mortes pela doença causada pelo coronavírus.

Outro dado preocupante é que o estado já ultrapassa dos 20 mil casos de covid-19 entre profissionais de saúde: 20.217 já tiveram a doença, segundo a Sesab.

Dos 247.853 casos confirmados desde o início da pandemia, 231.153 já são considerados curados e 11.522 encontram-se ativos. O número total de óbitos por covid-19 no estado é de 5.178, representando uma letalidade de 2,09%.

Os casos confirmados ocorreram em 415 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (30,64%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Almadina (5.655,20), Ibirataia (5.237,72), Dário Meira (4.808,59), Itabuna (4.666,94) e Salinas da Margarida (4.608,41).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 459.780 casos descartados e 86.555 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quinta-feira (27).

Mortes
O boletim epidemiológico desta quinta contabiliza 62 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 5.178, representando uma letalidade de 2,09%. Dentre os óbitos, 56,10% ocorreram no sexo masculino e 43,90% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 51,93% corresponderam a parda, seguidos por branca com 15,87%, preta com 15,57%, amarela com 0,83%, indígena com 0,12% e não há informação em 15,68% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 75,69%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (77,09%).

Taxa de ocupação de leitos
Dos 2.888 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para o novo coronavírus na Bahia, 1.400 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 48%. Dos 1.196 leitos de UTI (adulto) disponíveis no estado, 668 estão ocupados, o que representa uma taxa de 56%.

Em Salvador, dos 1.440 leitos ativos, 735 estão ocupados, o que representa uma taxa de ocupação de 51%. Já os leitos de UTI adulto, estão com 51% de ocupação. A taxa de ocupação de leitos de UTI pediátrica em Salvador está em 41%. A capital baiana tem taxa de ocupação de 51% (adulto) e 74% (pediátrico) com relação aos leitos de enfermaria.

Uma aeronave que era utilizada pela quadrilha de Jasiane Teixeira, a Dona Maria, será o bem mais caro a ser leiloado pela Polícia Civil da Bahia. Avaliado em R$ 150 mil, o avião, utilizado para transportar drogas para outros países, já recebeu lances de R$ 465 mil.

Apontada pela polícia como a maior traficante da Bahia, Josiane foi condenada por participação na morte de agente penitenciário no município de Jequié, um dos locais onde ela atuava. Presa no dia 25 de setembro de 2019, em Biritiba Mirim (SP), ela era a dama de copas do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA).

Em entrevista ao bahia.ba nesta quinta-feira (27), a coordenadora de Narcóticos do Draco (Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado), delegada Andréa Ribeiro, explicou como funciona o processo de descapitalização de equipamentos apreendidos em ações contra o tráfico de drogas.

O processo de leilão é acompanhado pela Comissão Permanente de Avaliação e Alienação de Bens da Polícia Civil da Bahia, presidida por ela, que foi criada em maio deste ano. A ação é embasada em estratégia adotada pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), vinculada ao Ministério da Justiça.

“Os bens apreendidos se relacionam às investigações de tráfico de drogas e têm a possibilidade agora de serem leiloados. A Senad emite uma ordem de serviço ao leiloeiro oficial, que também é contratado por ela, e ele que promove a avaliação desses bens. Depois, encaminha para a comissão, a fim de que ratifique esses valores. Uma vez feito isso, os bens estão aptos a serem leiloados”, detalhou.

O dinheiro da venda vai para o Fundo Nacional Antidrogas (Funad). “Parte desses recursos, de 20% a 40%, vai retornar ao Estado da Bahia, a fim de financiar ações de combate ao narcotráfico. Isso é um marco, poder ver a descapitalização dos grupos criminosos que atuam em nosso estado, poder tirar esses bens desses grupos e levá-los a leilão e ver parte desse valor destinado para ações de combate ao narcotráfico”, afirmou.

De acordo com a delegada, a iniciativa tem motivado os policiais civis para continuar atuando contra o crime organizado. “É algo que motiva nossa equipe, por ver seu trabalho, conseguir neutralizar a ação desses bandidos e ainda descapitalizar, vendo esse dinheiro ser usado para compra de equipamento, para treinamento de nossas equipes. Esse é um grande valor motivacional. Comissões foram criadas em quase todos o estados do Brasil para trazer essa celeridade na gestão desses bens. Muitos deles eram apreendidos mas, por não ter uma destinação célere, acabavam se deteriorando, perdendo valor”, revelou.

Na análise de Andréa, a medida é favorável até mesmo para quem ainda está sendo investigado. “Ao final do processo, se for absolvido, tem a possibilidade de recuperar o valor dos seus bens”. E acrescentou: “É uma nova fase que se inicia no combate ao narcotráfico em nosso estado. É o recado que você dá, de que o crime não compensa. De que não adianta você adquirir bens com dinheiro do trafico de droga, esse dinheiro volta para o estado com ação positiva de combate ao tráfico, o que é positivo para toda a sociedade”.

Leilão começa na segunda (31)

Além do avião usado pela quadrilha de Dona Maria, custodiado em Vitória da Conquista, mais 22 automóveis serão oferecidos no leilão da Polícia Civil. Os bens serão negociados pela internet, por meio do MPLeilões, na próxima segunda-feira (31).

Conforme apurou o bahia.ba, o último lance dado ao avião foi no valor de R$ 465 mil, em uma oferta de Minas Gerais. O anúncio do equipamento, usado para transportar drogas para Bolívia, Venezuela, Colômbia e Peru, já foi visualizado mais de 1.545 vezes.

Após o final da partida entre Vitória e Ceará, na noite de quarta-feira (26), o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior relatou na súmula as ofensas ditas pelo presidente do Leão, Paulo Carneiro, durante o intervalo.

Antes da confusão com Vinícius, meia do Ceará, Carneiro se dirigiu ao trio de arbitragem e, segundo o texto relata, xingou o árbitro principal: “Seu moleque do cara***, vagabundo, sem vergonha. Olha a merda que você fez, veio roubar a gente aqui. Mas aqui você apanha seu vagabundo”, escreve Paulo Roberto Alves, que continua o relato dizendo que se sentiu ofendido e que contou com o auxílio da Polícia Militar, como foi visto nas imagens da TV Bahia.

O texto segue e relata as ofensas que Paulo Carneiro disse ao camisa 29 do Ceará, ex-jogador do Bahia. "Aqui você apanha, seu vagabundo. Você sabe que aqui você apanha, comigo a história é outra. Fica caladinho aí seu vagabundo, lhe dou porrada”, detalhou o árbitro.

A súmula também revela que, além do presidente do Vitória ter invadido o campo sem máscara, o atacante Léo Ceará, expulso ainda no 1º tempo, também entrou no gramado do Barradão, sem seguir o protocolo de segurança que obriga a utilização de máscara para quem está fora da partida, e iria em direção à equipe de arbitragem. “No caminho foi contido pelos seus companheiros de equipe, retornando ao seu vestiário”, finaliza o texto do árbitro.

O jogo terminou 4x3 para o Ceará, de virada, e eliminou o Leão da Copa do Brasil.

Confira a súmula completa preenchia pelo árbitro Paulo Roberto Alves Júnior

"Ocorrências / Observações
Após o término do 1º tempo, o sr. paulo roberto de souza carneiro, presidente do E.C. vitória, invadiu o campo de jogo sem utilizar máscara, desrespeitando as diretrizes da competição. O mesmo veio em direção a equipe de arbitragem, e foi contido pelo policiamento. cito que o mesmo proferiu as seguintes palavras gritando a este árbitro: "seu moleque do caralho, vagabundo, sem vergonha, olha a merda que você fez, veio roubar a gente aqui, mas aqui você apanha seu vagabundo". sendo que me senti ofendido em minha honra.

Informo que o citado logo após os fatos narrados, se dirigiu próximo ao vestiário da equipe do ceará, onde se encontrava o atleta de n°29 sr. vinícius goes barbosa de souza, que estava concedendo entrevista, proferindo as seguintes palavras em tom de voz alta: "Aqui se apanha, seu vagabundo, você sabe que aqui você apanha, comigo a história é outra. fica caladinho aí seu vagabundo, lê dou porrada". O mesmo foi contido por um funcionário e atleta da equipe E.C. Vitória.

Informo que após o término da partida, o sr. leonardo de sousa pereira,que já havia sido expulso durante a partida, invadiu o campo de jogo, sem mascara, desrespeitando as diretrizes da competição, seguindo em direção a equipe de arbitragem, porém no caminho foi contido pelos seus companheiros de equipe, retornando ao seu vestiário".

Um aparente erro no Facebook vem chamando a atenção dos usuários na manhã desta quinta, 27. Links compartilhados na rede social, incluindo conteúdos de sites de notícias, estão exibindo imagens pornográficas para parte dos usuários.

Embora o acesso aos links esteja funcionando normalmente, o erro substitui dentro da rede social a foto ligada ao conteúdo por uma imagem explícita de sexo. Ainda não é possível detectar um padrão no erro, e, aparentemente, nem todos os usuários foram afetados.

Procurado pela reportagem, o Facebook disse que está averiguando o problema. O texto será atualizado com novas informações.

Mais que amigos, friends? A cantora Anitta ganhou uma companhia especial em sua viagem para Ibiza, a do jogador Neymar.

A funkeira compartilhou em suas redes sociais registros ao lado do atacante do PSG no TikTok e apareceram em fotos com o mesmo amigo momentos antes dos registros caírem na web.

Vale lembrar que em 2019, os amigos foram alvos de boatos de um suposto affair. Na época, Anitta garantiu que não havia beijado o jogador em um camarote no Rio de Janeiro.

“Pelo amor de Deus, gente. Eu trabalho, faço meu dinheiro, faço as minhas coisas, sou uma pessoa independente. Eu não vou deixar de sair com meus amigos agora. Se vocês vão inventar que eu peguei, que eu deixei de pegar, infelizmente não peguei ninguém. Acabei inclusive com um pouco de raiva porque saí no zero a zero”.

A artista está em viagem pela Europa desde o início do mês.

A Alba (Assembleia Legislativa da Bahia) aprovou na manhã desta quinta-feira (27), por unanimidade, o projeto que cria a Bahiainsulina (Companhia Baiana de Insulina), destinada a produzir, fornecer e distribuir formulações insulínicas, além de insumos farmacêuticos ativos e inativos para o tratamento do diabetes. A votação ocorreu por meio de sessão virtual.

Concebida como uma sociedade de economia mista, a nova estatal será vinculada à Sesab (Secretaria estadual da Saúde), com sede em Simões Filho, e atuará como braço fabril da Bahiafarma.

Segundo o governo Rui Costa (PT), autor da iniciativa, o complexo deve ampliar e potencializar a indústria de produção de insulina em âmbito nacional, atendendo tanto as redes de saúde públicas quanto privadas.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, a Bahiainsulina será o primeiro equipamento público a produzir insulina no país.

“Hoje o Brasil deu um grande passo na consolidação de um complexo industrial da saúde, através da criação da Companhia Baiana de Insulina. Irá ser responsável pela produção da insulina no Hemisfério Sul do planeta. É a primeira fábrica de insulina abaixo do Equador. Representará a independência da humanidade de um pequeno grupo de empresas que controlam a produção de insulina no mundo”, comemora Vilas-Boas.