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Bahia com Tudo

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, alcançou seu melhor índice de aprovação popular desde o início do mandato, apontou pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha. De acordo com o levantamento, 37% dos brasileiros consideram a gestão de Bolsonaro ótima ou boa, ante os 32% registrados na pesquisa de junho.

Até então, os melhores índices de aprovação do presidente haviam sido registrados em abril e maio deste ano, quando atingiu 33% de popularidade.

A pesquisa também mostra que a rejeição ao presidente caiu 10 pontos porcentuais, em comparação com o levantamento anterior.

Enquanto em junho, 44% dos entrevistados avaliaram o governo como ruim/péssimo, 34% o fizeram agora.


O levantamento foi realizado via telefone com 2.065 pessoas entre os dias 11 e 12.

A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

O decreto estadual n° 19.586, que proíbe a realização de eventos com mais de 50 pessoas e atividades em escolas das redes pública e privada em toda a Bahia, foi prorrogado até o dia 30 de agosto. A medida foi publicada na edição desta sexta-feira (14) do Diário Oficial do Estado (DOE). O decreto proíbe todas as atividades que envolvem aglomeração de pessoas, como shows, feiras, apresentações circenses, eventos científicos, passeatas, bem como abertura e funcionamento de zoológicos, museus, teatros, dentre outros.

A prorrogação da determinação envolve ainda a suspensão do transporte coletivo intermunicipal em cidades baianas com registros recentes (menos de 14 dias) de casos da Covid-19. Continua suspensa nesses municípios a chegada de qualquer transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans.

Também na medida publicada nesta sexta-feira, mais duas cidades baianas terão o transporte suspenso a partir deste sábado (15): Brotas de Macaúbas e Jacaraci. Além disso, a alteração do decreto autoriza a retomada do transporte intermunicipal em Sebastião Laranjeiras, município com 14 dias ou mais sem novos casos da doença. No total, a Bahia possui 353 cidades com transporte suspenso.

Confira a lista completa de municípios:
Abaíra, Abaré, Acajutiba, Adustina, Água Fria, Aiquara, Alcobaça, Almadina, Amargosa, Anagé, Andaraí, Andorinha, Angical, Anguera, Antas, Antônio Gonçalves, Aporá, Apuarema, Aracatu, Araci, Arataca, Aurelino Leal, Baianópolis, Baixa Grande, Banzaê, Barra, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barra do Rocha, Barreiras, Barro Alto, Barro Preto, Barrocas, Belmonte, Belo Campo, Biritinga, Boa Nova, Boa Vista do Tupim, Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Serra, Boninal, Bonito, Boquira, Brejões, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Brumado, Buerarema, Buritirama, Caatiba, Cabaceiras do Paraguaçu, Caculé, Caetanos, Caetité, Cafarnaum, Caldeirão Grande, Camacã, Camamu, Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso, Canarana, Canavieiras, Candeal, Candiba, Cândido Sales, Cansanção, Canudos, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Caraíbas, Caravelas, Cardeal da Silva, Carinhanha, Casa Nova, Castro Alves, Catolândia, Central, Chorrochó, Cícero Dantas, Cipó, Coaraci, Cocos, Conceição do Coité, Conde, Condeúba, Contendas do Sincorá, Cordeiros, Coribe, Coronel João Sá, Correntina, Cotegipe, Cravolândia, Crisópolis, Cristópolis, Curaçá, Dário Meira, Dom Basílio, Elísio Medrado, Encruzilhada, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Fátima, Feira da Mata, Filadélfia, Firmino Alves, Floresta Azul, Formosa do Rio Preto, Gandu, Gavião, Gentio do Ouro, Glória, Gongogi, Guajeru, Guanambi, Guaratinga, Heliópolis, Iaçu, Ibicaraí, Ibicuí, Ibipeba, Ibipitanga, Ibirapitanga, Ibirapuã, Ibirataia, Ibititá, Ibotirama, Ichu, Igaporã, Igrapiúna, Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Ipirá, Irajuba, Iramaia, Iraquara, Irecê, Itabela, Itaberaba, Itabuna, Itacaré e Itaetê.

A restrição ainda inclui os municípios de Itagi, Itagibá, Itagimirim, Itaguaçu da Bahia, Itaju do Colônia, Itajuípe, Itamaraju, Itamari, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itapitanga, Itaquara, Itarantim, Itatim, Itiruçu, Itiúba, Itororó, Ituaçu, Ituberá, Iuiu, Jaborandi, Jacaraci, Jacobina, Jaguaquara, Jaguarari, Jandaíra, Jequié, Jeremoabo, Jiquiriçá, Jitaúna, João Dourado, Juazeiro, Jucuruçu, Jussara, Jussari, Jussiape, Lafaiete Coutinho, Lagoa Real, Laje, Lajedão, Lajedinho, Lajedo do Tabocal, Lamarão, Lapão, Lençóis, Licínio de Almeida, Livramento de Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Macajuba, Macarani, Macaúbas, Macururé, Maetinga, Maiquinique, Mairi, Malhada, Malhada de Pedras, Manoel Vitorino, Mansidão, Maracás, Maraú, Marcionílio Souza, Mascote, Matina, Medeiros Neto, Miguel Calmon, Milagres, Mirangaba, Mirante, Monte Santo, Morpará, Morro do Chapéu, Mortugaba, Mucugê, Mucuri, Mulungu do Morro, Mundo Novo, Muquém do São Francisco, Mutuípe, Nilo Peçanha, Nordestina, Nova Canaã, Nova Fátima, Nova Ibiá, Nova Itarana, Nova Redenção, Nova Soure, Nova Viçosa, Novo Triunfo, Olindina, Oliveira dos Brejinhos, Ouriçangas, Ourolândia, Palmas de Monte Alto, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Paripiranga, Pau Brasil, Paulo Afonso, Pé de Serra, Pedro Alexandre, Piatã, Pilão Arcado, Pindaí, Pindobaçu, Pintadas, Piraí do Norte, Piripá, Piritiba, Planaltino, Planalto, Poções, Ponto Novo, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Dutra, Presidente Jânio Quadros, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Quijingue, Quixabeira, Rafael Jambeiro, Remanso, Retirolândia, Riachão das Neves, Riachão do Jacuípe, Riacho de Santana, Ribeira do Amparo e Ribeira do Pombal.

Também estão com transporte suspenso Rio de Contas, Rio do Antônio, Rio do Pires, Rio Real, Ruy Barbosa, Salinas da Margarida, Santa Bárbara, Santa Brígida, Santa Cruz Cabrália, Santa Cruz da Vitória, Santa Inês, Santa Luzia, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, Santa Teresinha, Santaluz, Santana, Santanópolis, São Desidério, São Domingos, São Félix do Coribe, São Gabriel, São José da Vitória, São José do Jacuípe, São Miguel das Matas, Sapeaçu, Sátiro Dias, Saúde, Seabra, Senhor do Bonfim, Sento Sé, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Serra Preta, Serrinha, Serrolândia, Sítio do Mato, Sítio do Quinto, Sobradinho, Souto Soares, Tanhaçu, Tanque Novo, Tanquinho, Taperoá, Tapiramutá, Teixeira de Freitas, Teofilândia, Teolândia, Terra Nova, Tremedal, Tucano, Uauá, Ubaíra, Ubaitaba, Ubatã, Uibaí, Umburanas, Una, Urandi, Uruçuca, Utinga, Valença, Valente, Várzea da Roça, Várzea do Poço, Várzea Nova, Varzedo, Vereda, Vitória da Conquista, Wagner, Wanderley, Wenceslau Guimarães e Xique-Xique.

O Ministério Público estadual ingressou com uma ação para que a Justiça determine, em caráter liminar, que a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública conceda descontos de 30% para os alunos enquanto durar a pandemia de Covid-19. A medida pretende promover a adequação financeira dos contratos educacionais, com vigência retroativa ao mês de abril, quando as aulas presenciais foram substituídas por ensino à distância por conta da pandemia.

A redução deve valer para todos os cursos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado oferecidos pela instituição e o valor deve ser mantido enquanto durar a pandemia e se aplica a todos os alunos, independentemente de condições financeiras, salienta a promotora de Justiça Thelma Leal, responsável pela ação.

A promotora ressalta ainda que o desconto pleiteado pelo MP não é cumulativo com outros eventualmente já concedidos pela unidade de ensino, se referindo apenas ao valor integral do contrato para os cursos presenciais. Em caso de inadimplência, total ou parcial, das mensalidades referentes ao período da pandemia, a ação pede que a Justiça isente os alunos de multa ou juros, bem como que não inclua o nome do aluno ou responsável em cadastro de restrição de créditos. Caso o nome já tenha sido incluído, em razão de inadimplência no período, deverá ser excluído.

Novo Vestibular com base no Enem
Em outro procedimento, a promotora de justiça arquivou o inquérito aberto com base em diversas representações de alunos que reclamavam da decisão da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública de adotar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de seleção para o ingresso nos seus cursos no semestre 2020.1, em substituição ao Processo Seletivo Formativo (Prosef), método usado com exclusividade pela unidade de ensino desde 2009 para o ingresso dos seus alunos. Thelma Leal considerou que não se apurou, como alegaram alguns alunos, nenhuma “condição discriminatória ou ilegal” na adoção do novo método de seleção, salientando que a escolha do processo seletivo está dentro da esfera da autonomia da Instituição de Ensino Superior (IES).

Em suas representações, os alunos argumentavam que seriam prejudicados pois estariam se preparando, em cursos específicos, para um tipo de exame, o Prosef, e seriam avaliados de outra forma. A promotora de Justiça entendeu que essa expectativa de direito não poderia se sobrepor à decisão da instituição de ensino, que foi tomada em conformidade com a lei e levando em consideração a situação excepcional da pandemia. Outras representações pediam que fossem considerados aprovados para o semestre de 2020.1 os alunos classificados, mas fora do número de vagas, do concurso anterior. Thelma Leal entendeu que tal hipótese não seria possível, pois o concurso anterior já teria perdido a sua validade.

Em apenas sete dias, a taxa de desemprego no Brasil saltou de 13,1% na terceira semana de julho para 13,7% na quarta semana do mês, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população desempregada foi estimada em 12,9 milhões de pessoas na quarta semana de julho, cerca de meio milhão a mais que os 12,4 milhões registrados na semana anterior.

O total de ocupados foi de 81,2 milhões na semana de 19 a 25 de julho, cerca de 600 mil a menos que o patamar da semana anterior, quando havia 81,8 milhões de pessoas ocupadas.

Cerca de 5,8 milhões de trabalhadores, o equivalente a 7,1% da população ocupada, estavam afastados do trabalho devido às medidas de isolamento social na quarta semana de julho. O resultado representa cerca de 400 mil pessoas a menos que o patamar de uma semana antes, quando esse contingente somava 6,2 milhões ou 7,5% da população ocupada.

A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 72,3 milhões de pessoas, ante um contingente de 72,5 milhões de trabalhadores registrado na semana anterior.

Na quarta semana de julho, 8,3 milhões de pessoas, ou 11,5% dos ocupados, trabalhavam remotamente. Na semana anterior, havia 8,2 milhões de pessoas em trabalho remoto, 11,3% dos ocupados.

A população fora da força de trabalho - que não estava trabalhando nem procurava por trabalho - somou 76,0 milhões na quarta semana de julho, ante um total de 76,2 milhões na semana anterior. Entre os inativos, cerca de 28,0 milhões de pessoas, ou 36,9% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar. Aproximadamente 18,5 milhões de inativos que gostariam de trabalhar alegaram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

O nível de ocupação foi de 47,7% na quarta semana de julho, ante um patamar de 48,0% na semana anterior. A proxy da taxa de informalidade aumentou de 32,5% na terceira semana de julho para 33,5% na quarta semana do mês.

A Pnad Covid informou ainda que 13,3 milhões de pessoas, o equivalente a 6,3% da população brasileira, apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) investigados pela pesquisa. Na semana anterior, esse contingente era de 13,8 milhões de pessoas.

Cerca de 3,3 milhões de pessoas, 24,3% dos que apresentaram algum sintoma, procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento médico. Mais de 82% desses atendimentos ocorreram na rede pública de saúde.

Entre os que procuraram atendimento, 159 mil (14,5%) foram internados, ante um total de 135 mil internações na semana anterior.

A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 3.935 novos casos da Covid-19 e 67 novas mortes por causa da doença, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), na noite desta segunda-feira (13).

Veja gráfico de casos e mortes em Salvador e outras cidades desde o início da pandemia
Até o momento, o número de casos de Covid-19 confirmados no estado é de 206.955 e o de mortes para 4.202. De acordo com a Sesab, a taxa de crescimento no número de casos, nas últimas 24 horas, foi de 1,9% e 2,03% no de mortes.

A Sesab informou que, das 67 mortes confirmadas nesta quinta, 26 ocorreram no período de 15 de maio a 6 de junho e as outras 38 mortes referem-se ao período de 8 de junho a 12 de agosto.

De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual, para evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

São consideradas recuperadas 184.444 pessoas e 14.441 estão com o vírus ativo, podendo transmiti-lo.

O primeiro caso do novo coronavírus na Bahia foi confirmado no dia 6 de março. Foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, que voltou da Itália em 25 de fevereiro. No país europeu, ela teve passagens por Milão e Roma.

A primeira morte de uma pessoa infectada pelo vírus no estado ocorreu em março, quando a Bahia tinha 147 casos confirmados. O paciente era um homem de 74 anos, que estava internado em um hospital particular de Salvador. Ele estava entubado e em diálise contínua.

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (13) que os estoques de hidroxicloroquina para auxílio no tratamento da covid-19 estão zerados no país. Ao falar em audiência pública na Comissão Mista do Congresso que fiscaliza as ações do governo no combate à pandemia de covid-19 sobre o medicamento, que tem uso facultado aos médicos no tratamento da doença, o ministro destacou que não vê nada de errado em questionar o uso do fármaco para esse fim, mas lembrou que a hidroxicloroquina é demandada ao Ministério da Saúde.

“Nosso estoque hoje, no Ministério da Saúde, é zero. É zero! Não temos nem um comprimido para atender as demandas. Nós temos uma reserva de 300 mil itens apenas para atender malária guardados, o que representa algo em torno de 20% do que eu preciso por ano para malária”, explicou, ressaltando que o ministério não faz entrega sem demanda das secretarias dos estados e municípios.

Ainda segundo o ministro interino, a demanda reprimida no país por hidroxicloroquina é de mais de 1,6 milhão de doses para os estados e municípios. A Fiocruz, segundo Pazuello, tem 4 milhões de comprimidos que aguardam negociação de preço.

“Não temos como comprar, porque o preço de custo dela, que é o que nos colocam, está acima do que nós podemos pagar na tabela CMED [ Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos]. Então, essa produção da Fiocruz ainda não foi adquirida pela simples razão de negociação de valores, coisa que acontecerá nos próximos dias”, adiantou.

No Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx), Pazuello disse há estoque de 2 milhões de unidades de doação americana, mas como veio em cartelas de 100, precisam ser recolocadas nas quantidades permitidas no Brasil. Se nós não tivéssemos pandemia e demandas por covid, a quantidade estaria de acordo para atender a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) para as doenças como malária, lúpus e artrite.

Cenário
Sobre o cenário atual da covid-19 no país, Pazuello avaliou que as regiões Norte e Nordeste já apresentam números bem baixos, “praticamente já dentro de uma normalidade de vida”. “ Não existe fim do coronavírus. O coronavírus veio para viver conosco. Então, vamos começar a nos lembrar disso, não houve fim do H1N1, só se ele mutar para outro número. O coronavírus vai viver conosco também”, alertou.

O ministro interino lembrou outras pandemias como a do vírus da Aids – HIV, no final da década de 1980. “Nossos hábitos mudaram e assim que coloco que nossos hábitos vão mudar com relação a conviver com o coronavírus”.

No rol dessas mudanças, ele destacou os hábitos de lavar a mão, de evitar aglomeração, e da readaptação das indústrias, por exemplo, que terão que pensar em um afastamento maior na planta de produção.

Pelas previsões de Eduardo Pazuello, a partir de meados de setembro os números do centro-sul estarão bem definidos para uma previsão para o final do ano. “Eu posso lhe afiançar que no final do ano, no centro-norte, nós vamos estar vivendo uma nova normalidade, com novos hábitos. E posso lhe afiançar que lá pelo meio de setembro, início do setembro, eu lhe digo exatamente como vai estar o centro-sul também, na visão do Ministério da Saúde, de uma forma bem clara. Eu acredito que tanto o Norte quanto o Sul estejam iguais. Vamos esperar um pouquinho o mês de setembro chegar para ver as curvas descerem”, disse.

Vacinação
A expectativa do Ministério da Saúde é de que no final do ano o Brasil já esteja prestes a iniciar a campanha de vacinação contra o novo coronavírus (covid-19). A imunização, segundo Eduardo Pazuello, vai começar pela região centro-norte. “Pela simples razão de que ali iniciará novamente o impacto das contaminações virais e vai se estender pelo Brasil como um todo na sequência”, adiantou.

As informações oficiais sobre os testes da vacina contra Covid-19 da Rússia, batizada de Sputnik V, foram modificadas na base internacional que registra experimentos com humanos nesta quarta (12) - um dia após a divulgação da aprovação regulatória do imunizante no país.

Quando a vacina russa foi anunciada, constava publicamente o registro de apenas uma primeira fase de testes iniciados em 17 de junho, com 38 pessoas, ainda em andamento - o que levantou críticas de cientistas de todo o mundo.

Nesta quarta (12), as informações sobre os experimentos com humanos da vacina da Rússia passaram a incluir também uma segunda fase, concomitante à primeira. Agora, consta que os estudos foram finalizados no dia 3 de agosto, mas não há informação sobre conclusões dos testes.

Na prática, a validação de vacinas envolve três fases: as duas primeiras avaliam a segurança do princípio ativo, e a última testa a efetividade vacinal e a manutenção da resposta imune nas pessoas que integram o experimento. Até a conclusão desta reportagem, não havia registro de uma terceira etapa de testes da vacina da Rússia.

Os dados estão na plataforma internacional Clinical Trials, que agrega informações detalhadas sobre experimentos com humanos no mundo todo (como local, quantas pessoas são pesquisadas, duração do experimento e metodologia aplicada).

Faz parte da metodologia científica a publicação de informações sobre cada etapa dos testes de vacinas na Clinical Trials, assim como a divulgação dos resultados nas diferentes fases do experimento -- coisa que a Rússia não fez.

"Se havia informação sobre uma nova fase de pesquisa clínica, isso já estava disponível quando o governo russo fez o anúncio da vacina. Por que tornaram público somente agora?", questiona a microbiologista e pesquisadora da USP Natália Pasternak.

"E, se estão afirmando que finalizaram duas fases dos testes, cadê os resultados?" Na prática, não se sabe o que aconteceu com as 38 pessoas que teriam participado dos testes com a Sputnik V.

Os experimentos russos estão em nome do Instituto Gamaleya, ligado ao Ministério de Saúde daquele país. É uma espécie de Fiocruz da Rússia. Os testes não seguem, de acordo com o registro, a metodologia duplo-cego, na qual nem médicos nem pacientes sabem o que estão fornecendo ou recebendo, se o produto em teste ou um placebo. É o "padrão ouro" nas pesquisas clínicas.

O que se sabe é que os cientistas russos trabalham com adenovírus, que causam gripes em chimpanzés e humanos, como vetores para "carregar" proteínas do Sars-CoV-2 para as células humanas - o que estimula a produção de anticorpos contra o novo coronavírus. Não há nenhuma imunização no calendário vacinal com essa nova tecnologia.

A proposta é a mesma em teste pela Universidade de Oxford (Reino Unido) - uma das apostas da ciência mundial contra a Covid-19. As pesquisas estão em fase 3. "Essa etapa de avaliação da imunização e da manutenção da resposta imune pode levar alguns meses", ressalta Mellanie Fontes-Dutra, pesquisadora da UFRGS. Só depois de concluída essa etapa dá para saber se a vacina, de fato, funcionou.

Desde o início da pandemia, a Rússia soma 39 registros de pesquisas com humanos na Clinical Trials. São 20 drogas contra Covid-19 em teste com pacientes (inclusive em colaboração internacional com países como EUA, Itália e Brasil), 8 testes de novos diagnósticos, 10 procedimentos médicos e 1 vacina -a Sputnik V.

O número é pouco expressivo. O Brasil tem quase o dobro de testes clínicos registrados relacionadas ao novo coronavírus (76 até agora). Os Estados Unidos, que lideram em número absoluto as pesquisas sobre Covid-19 no mundo, já somam mais de 600 testes com pessoas. Um deles é do laboratório Moderna - que, no mesmo dia do anúncio da Sputnik V, anunciou a venda de 100 milhões de doses ao governo norte-americano (mesmo ainda sem resultados conclusivos).

França, Itália, Espanha, Reino Unido, China e Egito também estão entre os países com mais de uma centena de registros de experimentos de drogas e vacinas para Covid-19 envolvendo humanos.

As instituições de pesquisa da Rússia somam 175 artigos artigos científicos sobre Covid-19 - o que corresponde a menos de 1% de todo conhecimento científico no contexto da pandemia. Isso coloca os russos em 35º lugar no ranking de publicações sobre Covid-19, atrás de países de pouca tradição em pesquisa como o Paquistão (28º lugar). As informações são da plataforma internacional de periódicos científicos Web of Science.

Para termos de comparação, os cientistas do Brasil já contam 700 artigos científicos sobre o novo coronavírus (quase 3% da produção mundial), ocupando 11º lugar no ranking mundial de publicações sobre Covid-19. Quem lidera a lista são os Estados Unidos, seguidos pela China e pela Itália.

Em termos de expertise científica acumulada sobre imunização, a Rússia também patina. Nos últimos dez anos, o país contabilizou cerca de mil trabalhos científicos publicados sobre vacinas em geral - um quarto do total produzido pelo Brasil no mesmo período. Novamente, quem lidera essa produção são os Estados Unidos, com a vantagem competitiva de mais de 50 mil trabalhos acadêmicos sobre vacinas na última década.

Os trabalhadores da saúde que atuam no combate ao novo coronavírus enfrentam muitos desafios. O medo, as incertezas e a ansiedade são apenas alguns dos males que os têm afetado. Para ajudá-los a superar as dificuldades impostas pela pandemia, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), órgão ligado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), oferta desde o mês de março acolhimento e apoio psicológico online e gratuito a este público.

A enfermeira Francina Pio da Silva, 55 anos, é uma das beneficiadas com o serviço, e contou que o acompanhamento tem sido essencial para a manutenção do equilíbrio. Ela precisou se afastar do trabalho por integrar o grupo de risco e, em meio a dificuldades financeiras, viu a mãe ser acometida pela Covid-19, e depois perdeu a irmã para a doença.

"Foi uma fase muito difícil, chorava muito, precisava sair da situação que estava. Quando me ligaram para fazer esse acompanhamento fiquei um pouco resistente, mas quando comecei a fazer as consultas percebi o bem que isso estava me fazendo. Me revigorou. Agora, eu consigo falar com meus familiares, consigo rir mesmo com toda dor", relatou Francina.

A profissional realizou aproximadamente dez sessões e afirma que o serviço pode ser o diferencial para muitos que estão passando por problemas semelhantes aos dela. "Os trabalhos que a psicóloga me passa com exercícios de respiração que eu faço pela manhã e antes de dormir, atividades de reflexão e as orientações como não infiltrar o que é negativo tem me ajudado muito", destacou.

De acordo com a gerente da Cerest, Tiza Mendes, desde quando o trabalho teve início, as psicólogas responsáveis pelo atendimento aos trabalhadores já realizaram 504 atendimentos. Ela explicou que o formato do projeto foi pensado, inicialmente, para ser direcionado apenas ao acolhimento através de duas formas de contato, mas que esse processo sofreu ajustes.

"Os atendimentos podem ser feitos por telefone ou WhatsApp. Às vezes começam no através do aplicativo de texto, porque o paciente busca construir um vínculo com o profissional de psicologia. É difícil para eles falar com alguém sem olhar no olho, alguém que nunca nem viu ou sequer ouviu a voz", explicou.

Medo da contaminação - Dentre alguns dos problemas apresentados pelos pacientes está a sobrecarga de trabalho e o medo de ficar doente, ou de contaminar os familiares. Segundo a gestora, no decorrer das atividades o serviço mudou de configuração para prestar um atendimento ainda mais preciso.

"Quando começamos achávamos que seria só um serviço de acolhimento, mas, ao longo do processo, esse serviço mostrou potencial para oferecer suporte terapêutico. As psicólogas identificaram que alguns pacientes precisavam ser acompanhados. Como foi um serviço novo, foi desafiador para as profissionais e também para os pacientes", reforçou.

O serviço gratuito segue ativo e funciona de segunda a sexta-feira, através dos contatos telefônicos: (71) 99617-9091, das 9h às 15h, ou (71) 98793-8673, das 15h às 21h. Cada atendimento é limitado ao tempo de 20 minutos. Podem ser atendidos profissionais de saúde de todas as esferas - municipais, estaduais, federais - e ainda que atuam na rede privada.

O governo da cidade de Shenzhen, no sul da China, disse que uma amostra de asa de frango congelada, que havia sido importada do Brasil, testou positivo para o coronavírus. A descoberta foi feita nessa quarta-feira (12), após uma pequena amostra da superfície ser retirada do lote e testada por centros locais de controle de doenças.

Segundo apuração da agência Reuters, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, as autoridades de saúde da cidade agora estão rastreando e testando todos os funcionários que podem ter entrado em contato com o produto, além de testar outros alimentos armazenados perto do lote infectado. Até então, todos os testes deram negativo.

Diante desse cenário, a Sede de Prevenção e Controle de Epidemias de Shenzhen lembrou que é necessário manter cautela quando se trata de carne e frutos do mar importados. Na quarta, a China também informou que o coronavírus foi encontrado na embalagem de camarões importados do Equador, relato que é feito por diversas cidades desde junho.

De acordo com a publicação, para evitar a contaminação, o governo chinês tem rastreado todos os contêineres de carnes e frutos do mar que chegam aos principais portos do país desde junho, quando um novo surto de Covid-19 foi registrado em Pequim.

Seis anos após o divórcio, assinado em 2014, Zezé Di Camargo e Zilu ainda discutem a partilha de bens. A mãe de Wanessa perdeu recentemente três ações contra o ex-marido, referentes à divisão da fortuna do sertanejo.

Segundo o jornal Extra, em um dos processos, iniciado em 2018, Zilu pede uma pensão vitalícia ao cantor. O pedido foi negado na última terça-feira (11) pela juíza Natalia Assis.

Zilu perdeu uma pensão alimentícia que recebia até o ano passado no valor de R$ 100 mil. A mesma quantia, no entanto, vem sendo depositada todo mês na conta dela, mas é referente a um outro acordo que ela fez com Zezé para receber em dinheiro a parte dela de uma fazenda em Goiás.

Segundo o advogado de Zezé contou ao Extra, o sertanejo e a ex-mulher fizeram um acordo na época da partilha de bens em que Zilu ficaria com alguns imóveis e uma quantia de R$ 3,6 milhões referentes à parte dela na famosa fazenda. Essa quantia seria paga em 20 parcelas de R$ 100 mil. A última parte desse montante será depositada agora em setembro. Após isso, Zilu não receberá mais dinheiro do ex-marido.

Zilu, no entanto, briga na Justiça para receber mais R$ 15 milhões da partilha de bens e também quer ter direito a cachês de shows e projetos que o sertanejo realizou após o divórcio. No ano passado, ela entrou com uma segunda ação contra Zezé pedindo a anulação de todos os acordos que os dois fizeram alegando ter sido vítima de um golpe.

Esse pedido também foi negado pela Justiça, que entendeu que Zilu não tem provas válidas suficientes que embasassem as acusações. Zilu alega, por exemplo, que a assinatura que está no acordo não é dela. A ação cabe o recurso de apelação, porém, Zilu não pode produzir novas provas no processo.

Bens de Zilu
Entre os bens que ficaram com Zilu durante a partilha estão o apartamento que ela está morando atualmente em Miami, nos EUA, uma casa em Alphaville, em São Paulo, e alguns outros imóveis em Goiânia. Ela ainda é sócia do ex-marido em algumas empresas.