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Bahia tem 15 de suas maiores cidades com 1ª dose suspensa por falta de vacina

Bahia tem 15 de suas maiores cidades com 1ª dose suspensa por falta de vacina

A escassez de vacinas deixa ao menos 15 dentre as 25 maiores cidades da Bahia com a aplicação da primeira dose contra a covid-19 suspensa. Segundo levantamento do CORREIO, a situação é mais complicada no Oeste, que vive um período acentuado de aumento de casos e mortes pela doença. Nessa região do estado, municípios como Barreiras e Luís Eduardo Magalhães não aplicam primeiras doses há 12 dias, desde 14 de maio.

“Não tem a vacina de Oxford e a CoronaVac. A Pfizer, nós dependemos de toda uma logística de super freezer. Estamos aguardando a instalação de um desses, provavelmente em Barreiras, para começar a vir doses para as cidades daqui. A falta de vacina é um problema de toda a região”, lamenta Fernanda Fischer, diretora de Assistência à Saúde de Luís Eduardo Magalhães. Desde janeiro, o município recebeu da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) 8.290 ampolas para a primeira aplicação e já foram todas usadas.

Na noite desta terça-feira, 26, o titular da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Fábio Vilas-Boas, anunciou que por volta das 10h de hoje chegarão mais 351.750 doses do imunizante Oxford/AstraZeneca enviados pelo Ministério da Saúde (MS). As ampolas serão encaminhadas no mesmo dia para as regionais de saúde, de onde deverão sair para os municípios.

Na avaliação da prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, a cidade tem sido prejudicada no recebimento de vacinas. Com cerca de 90 mil habitantes, só recebeu até agora pouco mais de 9 mil doses. Já Ibititá, que tem menos de 20 mil habitantes, recebeu 7.120 doses, segundo dados da Sesab. E Mata de São João, de menos de 50 mil habitantes, foi contemplada com 8.496 ampolas de imunizantes.

“Os dados que eles utilizam se baseiam na última campanha da Influenza. Ou faltou registro no sistema ou a população não procurou pela vacina. Os dados que constam no sistema não condizem com a nossa população. Na nossa estimativa, éramos para ter recebidos 11 mil doses e, assim, poderíamos estar bem mais avançados”, acrescenta Fernanda Fischer.

Por causa da falta de doses, a cidade está com dificuldade para imunizar os grupos prioritários, como as pessoas com comorbidades e trabalhadores da educação.

“Queremos vacinar. Somos cobrados pela população. Quando a vacina acaba, a gente sempre informa, mas toda vez que se anuncia a chegada de vacina para a Bahia, gera a expectativa que acaba sendo frustrada”, lamenta a diretora de Assistência à Saúde.

Casos e mortes em alta no interior

No Norte da Bahia, Paulo Afonso tem falta de vacinas mesmo com um cenário epidemiológico complicado. Segundo a prefeitura, há um aumento expressivo das pessoas que testaram positivo para o vírus e ocupação de 100% quase diariamente dos leitos das duas unidades de saúde que tratam a covid-19 no município. Diante disso, o jeito encontrado pela prefeitura local foi evitar a circulação de pessoas para reduzir a transmissão do vírus. Na cidade ainda ocorre a aplicação da 2ª dose da AstraZeneca e CoronaVac.

“Teremos restrições de horário de funcionamento de comércio, toque de recolher às 19h, entre outras ações com validade a partir desta quarta-feira (26)”, disse a prefeitura, em nota.

Ainda segundo a administração municipal, a última vez que uma primeira dose foi aplicada em Paulo Afonso foi no dia 18 de maio, há mais de uma semana. “Até o momento, não recebemos sinalização de envio de primeira dose pelo governo do Estado, que também vem sofrendo com a falta de imunizante, uma situação vivenciada em todo o país”, diz outro trecho da nota.

Em Ilhéus, Sul da Bahia, há uma semana não tem aplicação de primeiras doses, segundo Jeovana Catarino, diretora do departamento de Vigilância em Saúde. “Na medida em que foi encerrando nos postos, fomos suspendendo. Na quinta-feira passada já não tinha em nenhuma localidade. A gente foi terminando as doses aos poucos e não houve reposição. Normalmente recebemos na quinta, mas dessa vez não aconteceu”, conta.

Quando há essa situação, a servidora municipal ainda precisa lidar com toda a população que pressiona os agentes de saúde para tomarem logo sua vacina. “Eu não digo que haja insatisfação completa. Alguns entendem, mas outros com dificuldade de acesso à informação questionam, dizem que a gente não avisa com antecedência, mas sempre deixamos a situação clara. Se a vacina chegar, a gente oferta. Já temos toda a programação organizada. Ela só não foi divulgada, pois depende da quantidade de doses que vai chegar”, diz.

No Centro-norte da Bahia, Jacobina tem optado por comunicar a falta de vacina pelas redes sociais, rádios e agentes comunitários de saúde. Lá não tem primeira dose desde 17 de maio, de acordo com a secretária da Saúde, que também é vice-prefeita, Katia Cristina Alves de Souza, mais conhecida como Katia da Saúde.

“A previsão é de que novas doses só cheguem em Jacobina esta quinta-feira (27), segundo informações do 16º Núcleo de Saúde. A agilidade na vacinação diminuiria a possibilidade de casos graves e, consequentemente, não causaria colapso na rede de assistência”, diz.

Pfizer ajuda cidades a retomarem vacinação
Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Candeias chegou a suspender a aplicação das primeiras doses no início da semana, mas retornou ontem com a chegada de ampolas da Pfizer/BioNTech, de acordo com o secretário de Saúde, Marcelo Cerqueira. Outros municípios não tiveram a mesma sorte.

Em Alagoinhas, Nordeste da Bahia, nessa semana, 269 doses da Pfizer foram aplicadas em policiais civis, militares e bombeiros acima de 30 anos; e trabalhadores rodoviários acima de 40. Agora o município aguarda uma nova remessa.

“Alagoinhas é uma cidade que não armazena vacina. Tudo que recebemos, imediatamente aplicamos. Consideramos as orientações das autoridades de saúde sobre definição de público prioritário e avançamos”, explica Telma Pio, diretora da Vigilância em Saúde de Alagoinhas, que diz estar na expectativa do governo do estado mandar novos lotes o mais breve possível.

Já em Santo Antônio de Jesus, a 200 Km de Salvador, 1.400 doses da Pfizer foram enviadas e aplicadas quase todas ontem. Sobraram apenas 60, o que é insuficiente para continuar a campanha de imunização. A prefeitura decidiu suspender até a chegada de novas doses.

Por lá, a vacinação ocorreu no Ginásio de Esportes e em drive-thru realizado em frente à sede da Secretaria de Saúde. O público contemplado foi o de pessoas com doenças crônicas, anemia falciforme, trabalhadores da educação, grávidas, puérperas e lactantes com doenças crônicas, além de portadores de deficiência permanente.

Procurados, a Sesab e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), disseram não fazer um levantamento de quantas cidades interromperam a vacinação. O Ministério da Saúde também não respondeu até a conclusão dessa reportagem.

Cidades com a primeira dose suspensa:

Salvador
Feira de Santana
Vitória da Conquista
Camaçari
Santo Antônio de Jesus
Lauro de Freitas
Ilhéus
Barreiras
Jequié
Alagoinhas
Porto Seguro
Luis Eduardo Magalhães
Paulo Afonso
Guanambi
Jacobina

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  • Clínica oferece 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos em cidades da Bahia

    Em meio às celebrações do Dia Internacional da Mulher, em março, a clínica CAM vai oferecer 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos. A ação do grupo Oncoclínicas foi idealizada pela mastologista Carolina Argolo e chega ao terceiro ano consecutivo.

    O trabalho é fruto de uma parceria com a rede de postos Shell através da campanha "Meu Combustível Salva".

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    Podem se inscrever para a realização do exame pacientes de 40 anos a 70 anos de idade nas seguintes condições:

    que tenham realizado mamografia há um ano ou mais (ou nunca tenham realizado o exame)
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    As interessadas devem fazer o agendamento no último sábado de fevereiro através do telefone (71) 3512-8600. Os exames serão feitos nas unidades da clínica em Salvador (Itaigara e Canela) e Lauro de Freitas.

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    Campanha Meu Combustível Salva
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  • Após 15 anos, educador social reencontra irmão durante Carnaval de Salvador

    Um abraço longo e emocionado uniu o vendedor ambulante Vitor da Silva, de 42 anos, ao educador social Joaquim Donato dos Santos Júnior, 36 anos, neste Carnaval de Salvador 2024, colocando fim a uma busca que já durava 15 anos. Os dois são irmãos e haviam se encontrado pela última vez em 2009, no enterro do pai deles.

    O reencontro ocorreu na manhã de sexta-feira (9), durante o segundo dia de Carnaval de Salvador. Vitor atuava como vendedor ambulante e catador no Carnaval e Joaquim, que atua como educador social, estava no primeiro dia de plantão do Catafolia, base de apoio para catadores montada pela Prefeitura de Salvador.

    Vitor resolveu ir à base do Dois de Julho para tomar um café. Ao chegar na base, Vitor ouviu a voz de Joaquim e o abordou. Imediatamente, Joaquim perguntou: “É você? Vitor?”. Ao tempo que Vitor perguntou se era Júnior. Depois disso, os dois se abraçaram por um longo tempo e choraram.

    “Eu tive esse privilégio de encontrá-lo depois de 15 anos. O último momento que nos encontramos foi em 2009, no enterro de nosso pai. Foi um momento de tristeza, mas graças a Deus nos reencontramos depois de muita busca minha por ele”, contou Joaquim.

    O Catafolia, local em que os dois se reencontraram, é uma das duas bases de apoio montadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Durante o Carnaval, para cada espaço, são disponibilizadas 400 vagas por dia pela Prefeitura. Na estrutura, os catadores têm acesso a café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além de sanitários químicos e atendimento médico.

    “O que está tendo um significado maior na minha vida hoje é, primeiramente Deus e depois a minha família. Ele me reencontrou neste lugar. Eu nunca imaginei que fosse encontrar com ele aqui dentro, uma pessoa que trabalha com outras que vivem nas ruas. Ele tem esse olhar cuidadoso para quem vive na rua e isso é muito importante, pois quem vive na rua também é ser humano”, disse Vitor.


    Separação – A história de Vitor é marcada por muitos altos e baixos. Filho de Joaquim Donato e de Ana Paula Silva, ele foi criado por uma tia, pois a sua mãe morreu após o parto e o pai não quis cuidar do filho, história muito parecida com o enredo da novela Renascer, obra de Benedito Ruy Barbosa que atualmente está tendo um remake. Esse foi um dos traumas que o empurrou para o alcoolismo.

    “O meu pai também era alcoólatra, bebia muito. Depois entrou para a igreja e parou, mas Deus levou ele. Eu não tive uma infância muito boa. Por causa do meu problema com o alcoolismo, a minha mãe de criação me colocou para dormir na laje, no relento, me cobrindo com pano de chão. Dormi nas ruas por cinco meses. Mas eu sempre pensei que um dia daria a volta por cima e a minha volta por cima começou há nove anos, quando conheci a minha esposa e hoje mãe da minha filha”, contou.

    Joaquim Donato Júnior e Vitor são os únicos filhos vivos de Joaquim, pai. Eles perderam dois irmãos de forma trágica. A irmã Ana Paula morreu atropelada e o irmão Marcos morreu afogado. Vitor chegou a morar um período com Joaquim e o pai, mas devido a uma briga de família, saiu de casa. Após o enterro do pai, os irmãos não se viram mais, e como Vitor não tem redes sociais e nem tinha aparelho celular à época, foi muito difícil o reencontro.

    Busca – A tentativa de encontrar Vitor, foi um dos aspectos que motivou Joaquim Donato a trabalhar como educador social. Ele entrou no Consultório nas Ruas, um serviço da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e em alguns momentos fez buscas por Vitor nos bairros de Itinga, Sete de Abril e Castelo Branco, mas não o encontrou.

    “Eu fiquei sabendo que ele estava se reunindo com outras pessoas dependentes de álcool no Largo do Caranguejo, em Itinga, no ‘sindicato’, como as pessoas costumam chamar esses grupos aqui em Salvador. Também soube que ele andou um tempo nas ruas e em Centros de Recuperação, por isso fiz essas buscas por esses bairros, mas sem sucesso”, contou.

    Encontro – Joaquim está no Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) da Sempre desde 19 de janeiro, há menos de um mês. “No momento em que eu me candidatei para a vaga, o meu objetivo era trabalhar com a população em situação de rua, na esperança de encontrar o meu irmão. Foi assim, que no meu primeiro plantão do Catafolia, eu o encontrei e quase não acreditei”, contou.

    “O momento foi muito emocionante, eu só fiz chorar bastante. O choro foi de felicidade, de alegria. Eu cheguei em casa sem acreditar, estatelado. Falei com a minha mãe, ela também não acreditou, aí mostrei a foto dele e da filha dele, foi aí que ela já pediu para marcar um dia para eles irem na nossa casa”, descreveu Joaquim.

    “No momento que eu o encontrei, eu já estava meio sem acreditar, mas como a nossa fé vem de lá de cima, Deus nos uniu de novo e ninguém vai nos separar. E se hoje eu estou tendo a oportunidade de contar a minha história, é graças ao Serviço Social. Ninguém faz esse trabalho, a não as pessoas que trabalham com a atenção social e com o morador de rua. Essa é uma história de superação. Eu já passei fome também e já dormi no relento, eu sei o que é isso, mas Deus colocou vocês aqui para nos ajudar. A função de vocês, incluindo a do meu irmão, é ajudar o povo. A minha vida agora é só agradecer. Eu sou muito grato”, agradeceu Vitor.

    Os planos dos irmãos agora são se manter unidos e fortalecidos. “O que eu mais queria era esse encontro e agora Vitor pode ter certeza que eu vou ajudá-lo no que precisar. E a minha sobrinha, que eu nem sabia que tinha, já é o meu xodó”, contou Joaquim, que mora apenas com a mãe e não tem filhos.

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    A Americanas está recrutando funcionários para vagas temporárias na Páscoa. Do total, 393 vagas são para atuação em lojas da Bahia. Em todo o país, a empresa abriu mais de 6 mil vagas para o período, para o cargo de operador de loja.

    As vagas da Bahia estão distribuídas nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cachoeira, Caetité, Camacan, Camaçari, Camamu, Campo Formoso, Candeias, Catu, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D'ávila, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Ipirá, Irará, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itaparica, Itapetinga, Jacobina, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro De Freitas, Livramento Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Maraú, Mata De São João, Monte Santo, Nova Pojuca, Nova Viçosa, Paulo Afonso, Porto Seguro, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Remanso, Ribeira do Pombal, São Gonçalo dos Campos, Santa Luz, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Vitória da Conquista.

    O perfil procurado pela empresa é de pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente para atuar como operador de loja. Entre as atividades estão o atendimento ao cliente, operação de caixa, organização de itens nas gôndolas, parreiras de ovos de Páscoa e suporte à operação de retirada, na loja, de pedidos feitos pelo site e app da Americanas.

    As oportunidades não exigem experiência prévia e os interessados devem ter disponibilidade para trabalhar entre fevereiro e abril.

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