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Quem quiser votar nas eleições 2022 tem até a próxima quarta-feira (4) para emitir ou regularizar o título de eleitor. Esse é o prazo legal para que a Justiça Eleitoral conclua o cadastro de todo o eleitorado apto a votar em outubro.

O mesmo prazo vale para quem quiser transferir o domicílio eleitoral, mudando o município onde vota, bem como para incluir o nome social no título de eleitor – no caso de pessoas transsexuais e travestis. A data vale também para idosos e pessoas com mobilidade reduzida solicitarem a transferência do local de votação para uma seção acessível.


Assim como em todo ciclo eleitoral, a busca por regularizar a situação do título tem aumentado com a proximidade do fim do prazo, o que levou a Justiça Eleitoral de diversos estados a ampliar o horário de funcionamento dos cartórios eleitorais.

Vale lembrar, contudo, que todos os procedimentos relativos ao título de eleitor, incluindo a emissão do documento pela primeira vez, podem ser realizados inteiramente online, sem a necessidade de sair de casa, por meio do Atendimento Online ao eleitor.

Por meio da internet é possível, por exemplo, pagar multas eleitorais atrasadas e solicitar a revisão de dados no caso de títulos cancelados. De acordo com a Justiça Eleitoral, mais de 6 milhões de títulos foram cancelados de 2018 a 2021.

Isso pode acontecer, por exemplo, quando o eleitor não comparece à votação nem justifica a ausência por três eleições consecutivas, apesar de se enquadrar nos critérios de obrigatoriedade do voto.


Contudo, quem teve o título cancelado por ter faltado à revisão do eleitorado e à coleta de biometria em seu estado não precisa se preocupar. No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu os efeitos do cancelamento devido à continuidade da pandemia de covid-19. Dessa maneira, os eleitores nessa situação poderão votar normalmente em outubro.

Para verificar e resolver pendências relativas ao título, o eleitor deverá ter em mãos documentos como cadastro de pessoa física. Em alguns casos é necessário tirar fotos de rosto e de documentos, entre eles RG e comprovante de residência, para solicitar determinados procedimentos. Todas as informações estão disponíveis no portal da Justiça Eleitoral.

O prazo limite para emitir ou modificar informações relativas ao título de eleitor é decorrente da Lei das Eleições, que prevê o fechamento do cadastro eleitoral 150 dias antes do pleito. Neste ano, a data do fechamento é 5 de maio.

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A Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira (28) um prêmio acumulado em R$ 40 milhões.

As seis dezenas do concurso 2.476 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o Brasil ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

De acordo com a Caixa, caso um apostador ganhe sozinho o prêmio da faixa principal, e aplique todo o valor na poupança, receberá R$ 332 mil de rendimento no primeiro mês.

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A CBF confirmou nesta quarta-feira (27) a data e o horário do amistoso da seleção brasileira com o Japão, em preparação para a Copa do Mundo do Catar, a ser disputada entre novembro e dezembro deste ano. O duelo foi marcado para o dia 6 de junho (segunda-feira), às 7h20, pelo horário de Brasília.

A partida será disputada estádio Nacional de Tóquio, na capital japonesa. Será o segundo amistoso do time nacional contra os japoneses sob o comando de Tite. O anterior aconteceu em 2017, quando o Brasil venceu por 3x1, com gols de Neymar, Marcelo e Gabriel Jesus, em Lille, na França.

Nos próximos dias, a CBF deve confirmar também data e horário do amistoso com a Coreia do Sul, também na Ásia. Estes dois amistosos já haviam sido confirmados pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, na semana passada. A convocação para estas duas partidas deve ser feita em maio, em data ainda não definida

Depois destes amistosos em solo asiático, a seleção fará dois jogos com a Argentina. O primeiro está marcado para 11 de junho, em Melbourne, na Austrália. Será o Superclássico das Américas, de caráter amistoso. O segundo duelo entre as duas equipes será em 22 de setembro e será válido ainda pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo.

Será a disputa do chamado "clássico da Anvisa", que estava marcado para setembro do ano passado, mas foi interrompido nos primeiros minutos por técnicos da Anvisa por conta da entrada irregular de jogadores argentinos no país, desrespeitando as regras nacionais sobre a covid-19. O local do jogo ainda não foi definido.

O Brasil ainda tem confirmado um amistoso com a seleção do México, também em setembro. Após estes cinco jogos, a seleção de Tite vai se apresentar no dia 14 de novembro para iniciar a preparação mais direta para o Mundial. O grupo fará treinos na Europa até o dia 19, antes de viajar para Doha.


No Catar, o time nacional já conhece sua trajetória na fase de grupos. A estreia será contra a Sérvia no dia 24 de novembro. Na sequência, enfrentará Suíça, no dia 28, e Camarões, no dia 2 de dezembro.

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Sandra Mara Fernandes, a mulher que fez sexo com Gilvado Alves, então morador em situação de rua, usou as redes sociais para fazer um desabafo nesta quarta-feira (27). Ela agredeceu o apoio que tem recebido e acusou Givaldo de usá-la enquanto ela passava por um momento de alucinação. O texto foi compartilhado também pelo marido dela, o personal trainer Eduardo Alves.

"Hoje eu busco na JUSTIÇA os meus DIREITOS, pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer, e, principalmente, ter sido usada como OBJETO de prazer durante DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES que confundiram minha mente e me colocaram num contexto NOJENTO e SÓRDIDO", escreveu ela.

Sandra disse que não escolheu viver aquela situação e também afirmou ser vítima de humilhações nas redes sociais e por veículos de imprensa.

“Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promíscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior", continuou.

"Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!", acrescentou.

Leia na íntegra:

“Olá, me chamo SANDRA MARA FERNANDES , sou a mãe da Anna Laura e a esposa do @eduardoalvestrainer . Venho através dessa postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições.

assei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.

Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer , uma mulher promíscua , uma mulher com fetiches , uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior. Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!

Então, na condição onde estive eu sei que tinha legítimo DIREITO de ser DEFENDIDA. Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por àquilo. Agradeço também ao meu pai, minha madrasta , meus irmãos e amigos , que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a Anna Laura . Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu já NÃO TINHA domínio da minha própria vida.

Hoje eu busco na JUSTIÇA os meus DIREITOS , pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer , e , principalmente , ter sido usada como OBJETO de prazer durante DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES que confundiram minha mente e me colocaram num contexto NOJENTO e SÓRDIDO . Sigo BATALHANDO, um dia de cada vez para retomar a minha existência e vou conseguir porque DEUS é maior e infinitamente bom!”

Relembre o caso
O morador de rua Givaldo Alves virou notícia e meme no Brasil inteiro por ter sido flagrado transando com a esposa de um personal trainer em Planaltina, no Distrito Federal. Em entrevista ao portal Metrópoles, ele, que é baiano, afirmou que a relação foi consensual e que a mulher que o convidou.

Na versão narrada por Givaldo, de 48 anos, ele andava tranquilamente pela rua quando a mulher se aproximou e gritou: "moço, moço. Quer namorar comigo?"

Ao ouvir o convite, o baiano titubeou, afirmando que não tinha tomado banho. “Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para te levar ao hotel. Então, ela disse: ‘Pode ser no meu carro’”, contou.

Na época em situação de rua, Givaldo conta que já exerceu diversas atividades laborais, como operário de construção civil e motorista de produtos perigosos. Ele foi casado e tem uma filha de 28 anos.

Antes de aparecer em Planaltina, ele peregrinou por cidades da Bahia, Tocantins, Minas Gerais e Goiás. Desde que chegou ao Distrito Federal, alterna a rotina nas ruas entre abrigos públicos e casas de passagens, contou ao Metrópoles.

Na entrevista, ele rebateu a versão do personal trainer, que afirma que a esposa foi vítima de estupro. “Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso (estupro). Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso”, disse, aliviado.

Ao ser agredido pelo educador físico, Givaldo conta ter reagido e revidado. “Nós trocamos socos”. O sem-teto diz que só tomou conhecimento de que a mulher era casada quando recebia atendimento médico no hospital. Até então, ele achava ter sido vítima de uma retaliação após testemunhar um motorista em um carro arrastando propositalmente uma mulher, na região, alguns dias antes. Por essa razão, deduzia que o autor do crime poderia estar se vingando.

Caso
O episódio, que aconteceu no dia 9 de março, começou quando Sandra saiu de casa com a sogra para uma ação de caridade, promovida pela igreja evangélica que as duas frequentavam, em Planaltina.

A mãe do personal trainer teria dito que, horas antes, Sandra teria dado uma Bíblia para um morador de rua. Posteriormente, Sandra teria saído de casa novamente, e o marido foi à sua procura.

Lá, ele flagrou a mulher tendo relações sexuais com um morador de rua, dentro do próprio carro. Eduardo Alves agrediu, então, o sem-teto. "Eu conheço a Sandra, não é da índole dela. Temos um relacionamento de 3 anos. Durante esses anos, não teve um caso dela ter surtado", disse Alves, apontando que a mulher não fazia uso de nenhum medicamento.

Sandra havia começado a frequentar a Igreja três dias antes do incidente, de acordo com o relato do homem. Em um aúdio obtido pelo GLOBO, a mulher afirma que enxergava o morador de rua ora como Eduardo, ora como Deus.

A Polícia Civil investiga o caso em sigilo, de acordo com o delegado Diogo Cavalcante, da 16ª DP de Planaltina.

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Uma arma de fogo pertencente ao ex-ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, disparou acidentalmente em um guichê do aeroporto Juscelino Kubitscheck, em Brasília. Uma funcionário da Gol foi atingida por estilhaços, mas sem gravidade.

Milton Ribeiro prestou depoimento à Polícia Federal após o ocorrido. Ele afirmou que, depois de abrir sua pasta de documentos, pegou a arma para separá-la do carregador "dentro da própria pasta", momento em que teria ocorrido o disparo. À corporação, Ribeiro disse que, por medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, ele teria tentado desmuniciá-la dentro da pasta.


"Como havia outros objetos dentro da pasta, o local ficou pequeno para manusear a arma", justificou o ex-ministro. "O projétil atravessou o coldre e a pasta e se espalhou pelo chão", disse.

O ex-chefe do MEC saía de Brasília com destino a São Paulo. Ribeiro deixou o cargo em 28 de março, uma semana depois da divulgação de áudio em que ele afirmava que o governo federal priorizava prefeituras ligadas a dois pastores que não têm vínculo formal com a gestão pública.

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Medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 3,8 pontos em abril. O indicador marcou este mês 78,6 pontos, o maior nível desde agosto de 2021 (81,8 pontos). Houve avanço tanto na avaliação sobre a situação atual – aumento também de 3,8 pontos – como nas expectativas para os próximos meses (3,6 pontos).

A confiança teve melhora em quase todas as faixas de renda, exceto para as famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. A alta mais acentuada foi registrada entre consumidores com poder aquisitivo até R$ 2.100,00 mensais. O ICC neste público subiu 7,2 pontos, indo para 76,2 pontos, maior valor desde março de 2020 (82,5 pontos).

“Os resultados positivos deste mês parecem estar relacionados ao fim do surto da variante Ômicron e ao anúncio de um pacote de medidas para aliviar a pressão da inflação e dos juros sobre as finanças familiares, mediante a liberação de saques do FGTS, antecipação de 13º de aposentados e facilitação de acesso ao crédito”, afirma a coordenadora de Sondagens do FGV Ibre, Viviane Seda Bittencourt. A pesquisadora destacou que caiu o pessimismo em relação ao mercado de trabalho, mas inflação e os juros – principal remédio para a conter a escalada dos preços – preocupam.

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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou até 30 de abril o prazo para que estudantes com contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) façam os aditamentos de dilatação e transferência dos contratos de financiamento, concedidos até o segundo semestre de 2017 e referente ao primeiro semestre de 2022. O novo prazo foi estipulado em portaria publicada hoje (18), no Diário Oficial da União.

O novo prazo vale para a realização de transferência integral de curso ou de instituição de ensino e de solicitação de ampliação do prazo de utilização do financiamento, respectivamente, referente ao primeiro semestre de 2022.

Os aditamentos deverão ser realizados por meio do Sistema Informatizado do Fies (SisFies), disponível na página eletrônica do Ministério da Educação.

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De manhã, tarde e noite, 24 horas por dia, a qualquer momento que acessar um meio de comunicação lá estão as notícias mais importantes para deixar a sociedade atualizada sobre Educação, Esporte, Mundo, Política, Cidades, Entretenimento... mas, para que a informação chegue à população, ela passa pela apuração de um jornalista. Nos bastidores da notícia, os profissionais de imprensa se veem cansados e desafiados a manter boa saúde mental em meio ao contato diário com diferentes histórias - muitas delas negativas e envolvendo tragédias.

Ninguém está imune às consequências de ter a sanidade afetada por transtornos, tampouco os profissionais da imprensa. Na frente das câmeras ou atrás de um computador, trabalhar com ocorrências factuais também gera impacto no psicológico desses profissionais. Enquanto ser humano, com suas limitações e sensibilidade, a verdade é que ninguém está preparado para testemunhar tragédias tão de perto, entrevistar pessoas em situação de vulnerabilidade ou anunciar fatos desoladores em tempo real.

Enquanto muitas pessoas têm a opção de ver televisão na hora que quiserem, mudar de canal e escolher o que leem ou ouvem, os jornalistas precisam estar conectados a todo momento com as notícias. E isso tem suas consequências. A ciência confirma que profissionais da imprensa estão mais expostos a situações que podem gerar gatilhos para traumas, ansiedade, Síndrome de Burnout, estresse e outros transtornos mentais.

Em situações de tragédia ou violência, o jornalista assume o papel de testemunha da história, demonstrando sentimentos como angústia, desespero e indignação. “O profissional da imprensa pode sofrer danos psicológicos em três diferentes estágios do seu trabalho: como testemunha ou participante do evento; ao comunicar e demonstrar compaixão para as vítimas; e ao contar suas histórias para o público”, explicou a doutora Cait MacMahon, diretora do Dart Center for Journalism and Trauma em entrevista para o site Global Investigative Journalism Network.

Em uma palestra internacional sobre notícias e saúde mental, Jessica Gold, professora assistente de psiquiatria da Universidade de Washington, comparou o trabalho dos jornalistas com o dos psicólogos quando o profissional escuta as dores do entrevistado, dá suporte emocional e ouve todo tipo de história, mas com uma grande diferença entre as duas profissões. Os terapeutas são preparados ainda na faculdade para lidar com emoções e saber ouvir o outro sem que isso interfira no seu emocional. Já os jornalistas não recebem esse cuidado, por isso, muitas vezes, não sabem lidar com a situação e levam para casa as angústias de mais um dia pesado de trabalho.

Há quem pense que vida de jornalista é só glamour, acesso livre a eventos culturais e sociais, ter fama, conhecer celebridades e se tornar amigo de autoridades. Na realidade, o profissional que lida com a notícia tem um dia corrido para apurar e produzir conteúdo de temáticas diversas em um curto espaço de tempo, muitas vezes sob pressão para não cometer erros, ser ágil e desinibido.

Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a maioria que trabalha nessa profissão não é rica, recebe um salário compatível com a classe média brasileira. Não raramente, eles precisam fazer várias jornadas de trabalho para complementar a renda e, diante de tudo que foi exposto, ainda sofrem com diferentes tipos de intimidações e agressões.

Jornalista que ficou entre tiroteio Ao Vivo conta o que motivou a deixar a TV

15 de janeiro de 2022. Era para ser mais um dia de trabalho cumprindo pauta de reportagem para uma emissora de TV da capital baiana, quando o jornalista Dinho Júnior, 28 anos, ficou em meio a um tiroteio em uma das estações de transbordo mais movimentadas de Salvador. Toda a cena foi transmitida Ao Vivo.

O ocorrido foi um dos motivos que levaram o jornalista a deixar a desejada carreira na TV para se dedicar ao radiojornalismo. Todo o estresse do trabalho, para ele, já não valia mais a pena. “Desde quando comecei a trabalhar em TV, há cinco anos, minha rotina sofreu grande mudança. Fui desafiado a acordar às 5h para estar na televisão às 6h. Tinha uma jornada de seis horas na televisão, que é estar na rua gravando matérias, fazendo Ao Vivo... sempre fiz três ou quatro matérias. Então, o trabalho era bastante desgastante. Isso com o tempo me trouxe algumas consequências físicas e emocionais. Antes da televisão eu era um cara que treinava, participava de campeonato de Crossfit, gostava de ter uma vida mais ativa. No momento que entrei na TV, larguei a dieta, parei de treinar por um tempo por causa da carga de estresse altíssima”, explica Dinho.

O jornalista chegou a ser alertado pela sua médica sobre as consequências que o estresse estava causando na sua saúde. “Em apenas um ano de trabalho na TV, tive uma crise de enxaqueca que nunca havia tido. Segui por cinco anos por causa do sonho de trabalhar nessa área. Eu me dividia em quatro funções diariamente: repórter na TV pela manhã, à tarde assumia como coordenador artístico de uma rádio, fazia apresentação do programa e ainda gravava conteúdos para a internet. Porém nos últimos dois anos já estava pensando em sair da TV”, pontua.

Para Dinho, investir em terapia foi importante para aprender a lidar com o desgaste emocional da profissão. “Quando aconteceu aquele tiroteio para mim foi um aviso. Acredito muito no processo energético da vida, eu estava insatisfeito com a rotina e com a carga de trabalho que eu tinha, então precisava escolher entre um trabalho e outro”, comenta o jornalista.

Ele lembra que a sua estreia na TV foi cobrindo um duplo homicídio no bairro onde morava. “Falar sobre um homem e uma mulher que levaram 40 tiros mexeu muito comigo. Nessa realidade dura do Hard News, eu entendi que precisava de um suporte emocional. A terapia me ajudou muito nesse processo. Agora, longe da TV, estou voltando a me exercitar, já consigo treinar boxe, pedalar, caminhar e correr”, celebra.

Quando questionado sobre o que considera mais desgastante na profissão, Dinho destaca a sobrecarga emocional. “Para mim, a pior consequência da atividade do jornalista é o estresse, principalmente para quem trabalha na televisão porque está o tempo inteiro sendo cobrado a ser rápido nas locações, entregar logo a matéria, a criar uma boa narrativa, render no Ao Vivo... então, é um desgaste absurdo. Quando o jornalista está na rua é como se o cérebro fosse condicionado a trabalhar de uma maneira muito mais rápida, intensa, e isso causa um estresse muito grande, é uma pressão para estar o tempo todo atento a todas as demandas que são necessárias para entregar a melhor notícia e com a velocidade que o jornalismo cobra”, avalia Dinho Júnior.

Pesquisas confirmam que jornalistas estão mais estressados

Além da dificuldade para gerir as emoções da carga de trabalho, a falta de apoio psicológico para o profissional, de estrutura adequada e baixa remuneração salarial têm impactado na saúde mental dos jornalistas. No quesito financeiro, muitos profissionais da área têm que acumular funções e trabalhar em mais de um veículo de comunicação para aumentar a renda, ocasionando em mais sobrecarga.

Nos últimos anos, houve piora nos sintomas psicológicos apresentados pela maioria dos profissionais do jornalismo. O Instituto Reuters confirmou que, por causa do exercício da profissão na pandemia, 70% dos jornalistas entrevistados apresentaram algum sofrimento psicológico; 26% apresentaram Transtorno de Ansiedade Generalizada e 11% sofriam de Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

A pesquisa Jornalismo em Tempos de Covid-19 concluiu que 77% dos jornalistas entrevistados relataram algum tipo de estresse relacionado ao trabalho — 57% disseram ter tido a produtividade afetada; 44% identificaram piora no relacionamento com família e amigos; e 59% disseram ter se sentido deprimidos ou ansiosos em algum momento.

O amapaense Chico Terra há 21 anos trabalha com Jornalismo e, atualmente, mantém o site Amazônia Brasil Rádio Web. Ele sente sintomas nítidos de estresse relacionados à profissão e acredita que os profissionais da área precisam de suporte psicológico. O jornalista Gustavo de Abreu Carvalho, que também está na área há 21 anos e atualmente escreve para o Folha 1, no Rio de Janeiro, concorda que a profissão se tornou ainda mais pesada nos últimos tempos. “Principalmente no período de pandemia, são muitas notícias ruins ao mesmo tempo”, avalia.

À Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), jornalistas relataram como se sentiram trabalhando durante a pandemia, a exemplo de Bibiana Garrido, cofundadora e editora do Jornal Dois: “Ao vivenciar tais experiências, ao testemunhar, a cada semana, a cada mês, o número de famílias em barracos aumentando, dizendo que não tinham mais jeito de continuar, assentamentos sob ameaça de reintegração de posse em meio ao caos da covid-19, famílias tentando reconstruir suas vidas ou apenas sobreviver, pessoas morrendo, amigos morrendo, professores em greve para tentar salvar as vidas da comunidade escolar longe das aulas presenciais, negacionismo da administração pública, trabalhadores de mãos atadas. É um baque. O choro veio, certamente, veio", disse.

Como cuidar da saúde mental na profissão

No seminário Self-Care and Peer Support for Journalists During, Cait McMahon, doutora em Psicologia e diretora do Dart Center Ásia-Pacífico, deu algumas dicas para melhorar a saúde mental dos jornalistas. Confira:

1. Experimento mental: crie em sua mente um lugar seguro, com sensações auditivas e físicas. Mantenha a imagem desse espaço e visite-o por 5 ou 10 minutos todos os dias. O cérebro precisa deste distanciamento psicológico do trauma que se está cobrindo para poder funcionar.

2. Seja um bom colega: utilize qualquer rede social ou aplicativo de videochamada para ficar em contato com seus companheiros de trabalho ao início de cada jornada. Mantenha-se alerta sobre o estado de ânimo de seus colegas. Leve em conta que para algumas pessoas é difícil pedir ajuda.

3. Disciplina com o autocuidado: mantenha rotinas de autocuidado com o apoio dos diretores e editores do seu meio de comunicação.

4. Limites e distâncias: estabeleça um plano de trabalho e siga-o. Exercite-se, ainda que seja uma aula curta de 10 minutos de yoga. Descanse durante a cobertura ou produção da história para voltar ao trabalho com o olhar renovado. Considere mudar ocasionalmente o lugar de trabalho na casa.

5. Propósito claro: acredite em seu papel como jornalista em meio à crise para lidar com o estresse de uma melhor maneira. Escreva uma frase na qual sua missão esteja clara. Isso te ajudará a lembrar do teu trabalho de divulgar histórias claras, precisas e éticas.

07 de abril: Dia do Jornalista

O Dia do Jornalista é celebrado anualmente no dia 07 de abril. Conta-se que a data faz alusão à morte de João Batista Líbero Badaró, médico e jornalista, brasileiro de origem italiana, que foi assassinado por inimigos políticos, em São Paulo, no dia 7 de abril de 1830, durante uma passeata de estudantes em comemoração aos ideais libertários da Revolução Francesa.

Desde então, a data passou a marcar homenagear profissionais formados em Jornalismo, que atuam na apuração de fatos para levar informação sobre os acontecimentos locais, regionais, nacionais e internacionais nos mais diversos meios de comunicação.

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Em greve desde o dia 1.º de abril, os servidores do Banco Central ameaçaram, em comunicado, interromper o funcionamento do Pix. Ainda segundo os grevistas, a paralisação também poderá afetar a impressão e distribuição de moedas.

Conforme nota oficial do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), se não houver proposta oficial do governo para aumento salarial, haverá manutenção e intensificação da greve.


“O Pix e outras atividades do BC não se encontram no escopo da lei dos serviços essenciais. Portanto, a greve poderá interromper parcialmente o Pix e a distribuição de moedas e cédulas. E poderá interromper, parcial ou totalmente, a divulgação do boletim Focus e de diversas Taxas, o monitoramento e a manutenção do Sistema de Pagamentos brasileiro (SPB) e da mesa de operações do Demab, o atendimento ao público e outras atividades”, informou o sindicato através de nota.

O presidente do Sinal, Fábio Faiad, informou que a primeira reunião oficial com o governo está marcada para essa terça-feira (5), às 10h30.

A greve se dá por tempo indeterminado. Até o momento, tem adesão de 60% da categoria. Os servidores pedem reajuste de 26,3% e reestruturação da carreira de analista.

Até então, cerca de 720 servidores do BC entregaram suas comissões devido a insatisfações salarial e políticas. Conforme o Sinal, as publicações desses atos não saíram no Diário Oficial da União “porque a direção do BC decidiu tentar ‘segurar’ as portarias”, disse o Sinal em nota.


O sindicato diz que vai cobrar da direção do BC a efetivação das portarias.

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Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma greve por tempo indeterminado em toda a Bahia nesta segunda-feira (28). A categoria suspendeu os atendimentos em todas as sete gerências e 140 postos de atendimento do estado.

Na quarta-feira (30), de acordo com a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), a perícia médica federal também entrará em greve. "Durante muito tempo, a categoria se esforçou para desenvolver o diálogo e para oferecer alternativas menos onerosas do que a paralisação total, mas não recebeu tratamento semelhante por parte do governo, circunstância essa que acarreta, nesse momento, a adoção dessa medida extremamente grave", declarou a ANMP, em nota.

Além da Bahia, servidores do INSS de 19 estados já aderiram ao movimento. A categoria alega que o governo federal não considerou a pauta de reivindicações dos trabalhadores que não têm reposição salarial há três anos.

Eles também defendem a realização de concurso público para a carreira da Previdência Social, uma vez que a falta de quadro funcional no órgão está provocando o represamento de mais de 1 milhão de processos de aposentadorias em todo o Brasil. Na Bahia, o déficit de pessoal chega a 1 mil trabalhadores.

De acordo com o coordenador do Sindicato, Edivaldo Santa Rita, as perdas apontam para a necessidade de um reajuste de 19,9%. “A nossa pauta de reivindicações foi entregue ao governo há dois meses e vai muito além do aumento salarial. Queremos a contratação de servidores e condições de trabalho dignas, pois há agências do INSS sem água e climatização. Vamos decretar greve por tempo indeterminado”, disse.

O diretor da entidade, Valdemir Medeiros, afirmou que os servidores públicos estão enfrentando um massacre do governo Bolsonaro. “É necessário que o governo abra concurso público, pois o segurado chega a esperar dois anos por uma análise de benefícios e muitos morrem aguardando. Precisamos repor o quadro de servidores para não penalizar ainda mais a população”, contou.

Procurada, a assessoria do INSS na Bahia informou que não vai falar localmente sobre o assunto porque é uma demanda nacional. "Aguardando se a direção central vai se posicionar", declarou.

Agendamento
De acordo com o instituto, as pessoas podem conseguir agendar serviços do INSS de forma remota pela Central 135 ou aplicativo/portal Meu INSS. Os principais serviços disponíveis na plataforma são pedido e acompanhamento de aposentadorias, benefício assistencial e pensão por morte, pedido do salário-maternidade, de auxílio-doença, consulta à revisão do benefício, pedido de recurso de benefício e certidão de tempo de contribuição.

Além disso, é possível encaminhar documentos digitalizados pelo aplicativo Meu INSS e acompanhar o andamento do pedido pelo app ou pela central 135 com o protocolo de requerimento.

A advogada previdenciária do INSS Carla Vitória explica que a orientação dos advogados aos clientes estava sendo procurar as agências, mesmo com os servidores em greve, porque ainda estavam ocorrendo as perícias médicas. "A partir de quarta, com a greve dos peritos também, o impacto é absurdo, não vai ter mais perícia médica, e talvez ela retome de forma remota, e também não vai ter o servidor para concluir a análise dos serviços administrativos. Vamos voltar a depender exclusivamente do Poder Judiciário", explicou.

Segunda Carla, a orientação agora é que os beneficiários procurem um advogado para recorrer ao judiciário. "Temos que aguardar, infelizmente, para saber quais serão as possibilidades que o INSS vai oferecer pra gente, se vai voltar a ter a perícia remota, que foi o que aconteceu durante a pandemia. As pessoas não podem ficar prejudicadas", disse a advogada.

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