Baianos são os que mais fazem gastos desnecessários no país, aponta Serasa
O famoso meme que traz a frase ‘não posso mais gastar’, seguido da imagem da endividada comendo um x-tudo ou com uma sacola cheia de compras nas mãos, pode ser personificado na dona de casa Dandara Nery, 24 anos. No lugar do hambúrguer, no entanto, ela costuma optar pelo açaí. Gastos supérfluos que lhe renderam uma dívida de R$7 mil em apenas um, dos quatro cartões de crédito que ela usava para comprar os lanches e roupas que não precisava, mas queria muito.
O descontrole põe Dandara entre os baianos que fazem da Bahia um estado acima da média brasileira quando o assunto é não abrir mão de gastos supérfluos. Segundo o estudo “Finanças Regionais: as diferenças na relação com o dinheiro entre os estados do Brasil”, do Serasa, enquanto a média de brasileiros que não evitam gastos supérfluos é de 13%, o percentual na Bahia é de 20%, ou seja, 7% a mais do que a média nacional.
Em sua defesa, Dandara afirma que se arrepende de gastar excessivamente com supérfluos. Segundo ela, não porque se tornou uma endividada, mas por se sentir mais madura. “Eu gastava com roupa porque para mim nunca é demais, sempre gosto de um look novo. Já o açaí e outros lanches, porque são sempre bem-vindos. Como nunca faltou almoço, café, jantar e móveis em casa, eu gastava com o que me dava prazer no momento”, conta Dandara.
De acordo com o diretor da Serasa, Fernando Gambaro, é justamente a falta de uma dívida que abale significativamente o orçamento mensal que deixa as pessoas menos preocupadas em gastar sem planejamento.
"No Brasil, o planejamento financeiro só acontece em momentos de descontrole ou de alguma variação de renda que exista no orçamento mensal. Infelizmente os hábitos de controle não são aplicados na rotina. A dica é sempre para que essas compras supérfluas sejam avaliadas mais de uma vez e sejam consideradas no planejamento mensal", pontua.
Um outro recorte do estudo aponta que 17% dos consumidores da Bahia afirmam já ter optado por cortar gastos supérfluos, mas deixaram o hábito de lado em algum momento. A atendente de farmácia Viviane Alves, 28, vive esse dilema desde de 2021, quando passou a ganhar pouco mais que um salário mínimo (quase R$1,5 mil), trabalhando em uma sorveteria de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
"Eu achava que tinha o dinheiro do mundo inteiro, saía gastando com várias coisas desnecessárias", conta. Apesar de fazer uma lista de gastos fixos mensalmente, Viviane diz que o dinheiro não sobra no fim do mês. Pelo contrário, é capaz de terminar no vermelho, ou seja, precisando de alguns trocados. "A minha maior dificuldade é achar que sou herdeira e que o dinheiro vai brotar de algum lugar. Na semana passada, fui acompanhar uma amiga que iria fazer compras. O que fiz? Comprei um jogo de cordas de violão. Precisava de todas? Não, só de uma", afirma, rindo.
A estudante e assistente de vendas Beatriz Oliveira, 25, também é uma das consumidoras que não fazem corte de gastos supérfluos. Ela não aguenta ver uma 'blusinha na promoção' que já quer levar o item para casa. As despesas desnecessárias da jovem são feitas praticamente nos mesmos locais, seguindo um certo padrão: itens de cosméticos, peças de roupas e sapatos, adquiridos em shoppings centers e lojas varejistas. "Não tenho um controle particular. Se eu gostar de uma coisa, a depender do valor, normalmente eu compro", relata.
O gasto só é evitado pela universitária se ela não possuir dinheiro em espécie, valor em conta (para transferências via Pix) ou limite nos cartões de crédito no momento em que algo lhe chama atenção. Caso a grana esteja no bolso – ou na conta – Beatriz não passa vontade e adquire o item desejado, sem pensar no planejamento mensal. A prática da estudante é reflexo de um comportamento natural humano, que, muitas vezes, age por impulso em determinadas situações, conforme explica o educador financeiro Raphael Carneiro.
"O ser humano tem uma uma dificuldade para diminuir despesas e ter uma certa restrição. Às vezes temos um estilo de vida e não queremos deixá-lo de lado. Mesmo sabendo da necessidade de reduzir os gastos, a dor de deixar algo de lado é grande", diz Beatriz. Apesar de assumir práticas de compras excessivas, ela entende que sente um impacto emocional ao pensar em necessidades financeiras futuras, que podem surgir inesperadamente, em casos de emergência, por exemplo.
Saúde
As despesas desnecessárias podem estar relacionadas com transtornos de controle dos impulsos ou bipolaridade. De acordo com o médico psiquiatra Antônio Freire, coordenador do Componente em Saúde Mental e Autocuidado IV da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e doutor em Medicina e Saúde Humana, os pacientes diagnosticados com adoecimento psiquiátricos podem apresentar gastos excessivos como sintomas.
"Os transtornos psiquiátricos precisam causar prejuízo importante no funcionamento do indivíduo ou sofrimento emocional significativo", explica Freire. Além de apresentar gastos excessivos como sintomas, o adoecimento psiquiátrico pode apresentar outras alterações psíquicas, tais como alteração de humor, insônia, diminuição da percepção de riscos, aumento da energia, pensamento acelerado e com conteúdo de grandiosidade, dentre outras possibilidades.
Uma doença psiquiátrica não identificada e adequadamente tratada pode trazer prejuízo para além das dívidas, como capacidade de execução e tomada de decisão mais lenta e mais queixas pontuais de memória, com potencial de neuroprogressão – termo utilizado para definir a intensificação acelerada de um doença psiquiátrica não tratada, que pode causar danos em estruturas cerebrais.
Por outro lado, o especialista afirmou que as despesas supérfluas podem estar associadas a uma tentativa de defesa e estímulo de prazer para alguns indivíduos. "A pessoa pode utilizar a compra como busca de prazer ou fuga de uma realidade incomodativa, até mesmo como solução para problemas financeiros".
Para evitar os transtornos psiquiátricos, Freire destaca a necessidade de regularidade de atividades físicas, rotina de lazer, fortalecimento da rede de apoio social e busca por valores de espiritualidade - fatores de proteção para a saúde mental.
Inadimplentes na Bahia
De acordo com o último levantamento do Mapa da Inadimplência da Serasa, publicado no mês passado, mais de 4,6 milhões de baianos estão inadimplentes e somam dívidas que chegam a R$ 17,3 bilhões, com média de R$ 3,7 mil para cada um. Esse número representa 40,67% da população adulta do estado – percentual abaixo do índice nacional, de 43,88%.
As dívidas são concentradas, em maior parte, em três setores: bancos e cartões (32,23%), utilities (21,41%) – contas de gás, água e luz – e varejo (17,32%). O recorte de faixa etária apresenta que os maiores inadimplentes têm entre 41 e 60 anos (35,5%). Em segundo lugar estão os adultos de 26 e 40 anos (33,3%), seguidos por pessoas acima de 60 anos (18,8%).
Raphael Carneiro dá duas dicas para os endividados: elaboração de um levantamento de todas as dívidas e ter consciência de todo o gasto mensal. "Um mês sem contar as dívidas, entre despesas e receita, tem que ficar positivo. Se o mês ficar negativo, não adianta fazer qualquer movimento", diz. Segundo o educador financeiro, para que negociações de dívidas sejam feitas, o mês tem que estar positivo.
Pedir empréstimo pode ser solução?
Uma solução comum para reorganização financeira é o pedido de empréstimos, com o objetivo de concentrar diversas dívidas em uma só. No entanto, tal alternativa não pode ser aplicada de qualquer forma. Segundo Raphael Carneiro, receitas, despesas e dívidas devem estar em um planejamento, para que o empréstimo seja uma boa opção de solucionar o endividamento.
Os melhores locais para solicitar um empréstimo são instituições que já possuem um relacionamento com o cliente. “Nessas entidades, a tendência de um cenário positivo é maior. É possível que uma taxa de juros menos impactante seja ofertada por essas instituições”, explica. Caso não seja possível, a segunda alternativa seria buscar cooperativas, das quais o cliente tenha conhecimento sobre as regulamentações e as parcelas caibam no orçamento mensal.
Dólar aproxima-se de R$ 5,17 e tem maior valor desde março
Em mais um dia de nervosismo no mercado global, o dólar aproximou-se de R$ 5,17 e fechou no maior valor desde março. A bolsa de valores, que tinha subido na quarta-feira (4), caiu 0,28% e atingiu o nível mais baixo em quatro meses.
O dólar comercial encerrou a quinta-feira (5) vendido a R$ 5,169, com alta de R$ 0,016 (+0,31%). A cotação chegou a operar próximo da estabilidade na primeira hora de negociação, mas disparou após a abertura do mercado norte-americano. Na máxima do dia, por volta das 12h50, a moeda chegou a R$ 5,19.
Com o desempenho desta quinta, a moeda norte-americana está no maior valor desde 27 de março. A divisa acumula alta de 2,82% nos primeiros dias úteis de outubro, mas registra queda de 2,1% em 2023.
O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 113.285 pontos, no menor patamar desde 5 de junho. Apesar de ações de petroleiras, mineradoras e bancos terem subido, a queda de ações de varejistas puxou o índice para baixo.
O dólar teve a maior sequência de altas no mundo em nove anos em meio à espera para a divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos, prevista para esta sexta-feira (6). Caso a economia norte-americana gere mais empregos que o esperado, aumentam as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros mais uma vez antes do fim do ano.
Nesta quinta-feira, as taxas dos títulos de longo prazo do Tesouro norte-americano voltaram a atingir o maior nível desde 2007. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capital de países emergentes, como o Brasil.
No mercado interno, a valorização de algumas commodities (bens primários com cotação internacional), como o petróleo, e a recente alta do dólar dificultam a tarefa do Banco Central (BC) brasileiro de continuar a reduzir a taxa Selic (juros básicos da economia) em 1 ponto percentual até o fim do ano, como previsto nos comunicados do Comitê de Política Monetária (Copom). Isso ocorre porque o repique do dólar já está pressionando os preços no atacado, segundo o BC.
A Agência Brasil está publicando as matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em ocasiões extraordinárias. A cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não são mais informados todos os dias.
*Com informações da Reuters
Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 33 milhões
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2640 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado na noite dessa terça-feira (3), no Espaço da Sorte, em São Paulo.
Os números sorteados foram 04 - 08 - 10 - 27 - 28 - 32.
Notícias relacionadas:Mega-Sena sorteia nesta terça-feira R$ 29 milhões.Com isso, o prêmio da faixa principal para o próximo sorteio, nesta quinta-feira (5), está estimado em R$ 33 milhões.
A quina teve 109 apostas ganhadoras. Cada uma vai pagar R$ 21.983,71. Já a quadra registrou 6.453 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá um prêmio de R$ 530,47.
As apostas para o concurso 2641 podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de amanhã, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.
O jogo simples - com seis números marcados - custa R$ 5.
Entenda o que muda no cartão de crédito com a aprovação do Desenrola
A poucas horas do fim do prazo, o Senado aprovou, em votação simbólica, o projeto de lei do Desenrola, de renegociação de dívidas. Porém, o projeto, que agora vai à sanção presidencial, também limita os juros do rotativo.
Caso não aprovasse o texto na última segunda, 2, o Desenrola perderia a validade. Isso porque a medida provisória (MP) que criou o programa foi editada no início de junho. Durante a tramitação na Câmara dos Deputados, a MP foi incorporada ao projeto que cria um teto para os juros de modalidades do cartão.
Por meio de um acordo entre o governo e o relator do projeto, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), o texto foi aprovado sem alterações. Caso recebesse emendas, o projeto teria de ser analisado novamente pelos deputados.
Com a validação, as taxas terão um teto de 100% do valor da dívida caso as instituições financeiras não apresentem uma proposta de autorregulação em 90 dias.
Outras medidas para facilitar o acesso ao crédito estão no texto. Entre elas, a dispensa da apresentação de certidões de quitação de tributos federais, se o interessado não estiver inscrito em cadastro de inadimplente, e tira a obrigatoriedade de provar quitação eleitoral em operações de crédito.
Maioria dos varejistas do Brasil adota o parcelamento sem juros no cartão de créditoNove em cada dez varejistas no País adotam o parcelamento sem juros no cartão de crédito para efetivar ao menos parte de suas vendas, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 2, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O estudo mostrou que 89,6% das empresas do varejo brasileiro dependeram do parcelamento sem juros no cartão de crédito para a efetivação de vendas. Esses estabelecimentos somam um faturamento médio anual equivalente a cerca de R$ 2,841 trilhões.
O levantamento foi conduzido com uma amostra de seis mil empresas de pequeno, médio e grande porte, de todos os segmentos do varejo, nas 26 capitais e no Distrito Federal, informou a CNC. A amostra corresponde a um universo de mais de dois milhões de varejistas, com margem de erro de 3%.
"A CNC defende o parcelado sem juros, porque comércio e serviços têm grande dependência dessa forma de pagamento nas vendas", apontou a entidade, em nota.
Do total de estabelecimentos do comércio varejista, 47%, ou 1,064 milhão de empresas, que representam R$ 1,493 trilhão em faturamento anual, têm metade dessa arrecadação dependente das vendas parceladas.
Para uma fatia de 29,3% dos varejistas, equivalente a cerca de 663 mil empresas com faturamento estimado em R$ 929 bilhões por ano, as vendas no parcelado sem juros representam entre 50% e 80% do total arrecadado.
Outros 13,2%, aproximadamente 297 mil empresas, com faturamento de cerca de R$ 418 bilhões anuais, têm a fatia de vendas parceladas superior a 80%. Os demais 10,4% dos estabelecimentos não souberam responder.
"A pesquisa mostra a relevância do parcelamento nas vendas do comércio e a consolidação do cartão de crédito como um condicionante do consumo nos últimos anos", declarou o presidente da CNC, José Roberto Tadros, em nota à imprensa.
"Para a CNC, é necessário encontrar uma solução para racionalizar as taxas de juros exorbitantes, que chegam a impressionantes 440% ao ano, seguindo o modelo implementado no cheque especial no início de 2020", completou.
A CNC informa que entregou ao Ministério da Fazenda, no fim de setembro, o estudo e o posicionamento da entidade em favor da manutenção do parcelamento sem juros no cartão de crédito, "sem intervenção nas condições de mercado, além da racionalização da taxa de juros do rotativo do cartão de crédito".
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também apurada pela CNC, apontou que a proporção de famílias que não têm condições de pagar suas dívidas atingiu 12,7% em setembro, um recorde da série histórica do indicador, iniciada em janeiro de 2010.
"A busca por um consenso entre consumidores, bancos, varejistas e órgãos reguladores continua sendo o caminho mais promissor para garantir condições de consumo favoráveis e fomentar o crescimento econômico", defendeu a economista Izis Ferreira, responsável pelo estudo da CNC, na nota.
"Na hipótese do fim do parcelamento sem juros, diversos produtos e serviços simplesmente deixarão de ser consumidos pela maior parte da população, que depende de prazo para as compras", concluiu.
Mega-Sena sorteia nesta quinta prêmio acumulado em R$ 5,2 milhões
As seis dezenas do concurso 2.638 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, na cidade de São Paulo.
Caso apenas um apostador ganhe o prêmio da faixa principal e aplique o valor total na poupança, receberá R$ 35,3 mil de rendimento no primeiro mês. O prêmio está acumulado em R$ 5,2 milhões.
Timemania
Nesta quinta-feira (28), a Loterias Caixa sorteia também, no Espaço da Sorte, prêmio acumulado em R$ 13,5 milhões, pelo concurso 1.995 da Timemania. O sorteio será realizado a partir das 20h, com transmissão ao vivo pelas redes sociais das Loterias Caixa no Facebook e canal da Caixa no YouTube.
A modalidade é um produto de prognóstico específico em que o apostador escolhe dez números entre os 80 disponíveis e um time do coração. São sorteados sete dezenas e um time do coração. Ganha quem acertar de três a sete números ou o time do coração.
Caso apenas um apostador acerte o prêmio principal e aplique todo o valor na poupança, receberá R$ 91,7 mil de rendimento no primeiro mês.
As apostas podem ser feitas até as 19h nas lotéricas de todo o país, no portal Loterias Caixa e no app Loterias Caixa. A aposta custa R$ 3,50.
Mais de 70 mil baianos caíram na malha fina do Imposto de Renda de 2023
“Caí. Eu caí de novo. Caí na malha fina do IR”, lamenta, pelas redes sociais, um baiano que não quis dar entrevista por ter vergonha da situação. Assim como ele, porém, mais de 70 mil baianos tiveram o mesmo problema em 2023. Ao todo, de acordo com a Receita Federal, 72.859 pessoas no estado ficaram em pendência com o leão e acabaram caindo na malha fina. Em comparação com 2022, quando 44.469 fizeram o mesmo, há um aumento de 63% no volume de declarações apresentadas com inconsistências.
Adilson Matos, auditor fiscal da Receita Federal na Bahia, diz que não há uma razão específica para o aumento de baianos em pendência e também que o número não preocupa, visto o número de declarações feitas. “Não existe uma tendência de aumento no número de pessoas que caem na malha e nem um porquê específico. [...] A informação de quanto o estado deixa de arrecadar, inclusive, é subjetiva. Até porque, este ano, houve um maior número de declarações do que no ano passado”, fala.
Em 2022, na Bahia, foram entregues 1,4 milhão de declarações. Neste ano, o número saltou para 1,5 milhão, evitando um impacto na arrecadação, de acordo com o autor. A Receita Federal ainda não tem informação de quanto foi arrecadado no estado em 2023, mesmo considerando o que foi recebido e as pessoas que ainda estão em pendência. Nem todos, porém, ainda continuam na malha porque houve tempo para retificações.
Dos 72.589 baianos que tiveram o problema, 55.137 ainda estão na malha. Ou seja, 17.722 fizeram as pazes com o leão. Entre todos, porém, as razões para ter declarações que apresentam inconsistências são semelhantes e, mais do que isso, repetidas: omissão de rendimentos, despesas médicas, ações trabalhistas e pensão alimentícia. Essas são as principais informações esquecidas por quem preenche a lista de receitas e gastos.
O jornalista Franco Adailton, 42 anos, por exemplo, caiu na malha fina por conta de inconsistências de despesas que teve de um ano para o outro. Até então, ele não declarava gastos feitos com a saúde e educação da filha, o que gerou um problema quando passou a listá-los no que enviou para a Receita.
"Eu nunca fiz minha declaração, sempre pagava alguém para fazer, que não é necessariamente um contador. E a pessoa que fez no ano passado não adicionou informações que eu coloquei esse ano, como gastos com mensalidade escolar e de consultas para minha filha. Quando coloquei esse ano, com informações mais completas, a Receita apontou que, ao invés de ser restituído, pagar mais R$ 2.700. Eu dei uma entrada de R$ 350 e dividi o restante em oito vezes", fala.
Ainda que em pendência, os baianos que têm o que retificar com o leão por esses ou outros motivos não vão ter problema com o CPF, como destaca Adilson Matos. “Não há repercussão no CPF. O que sai disso é que você passa a ter imposto a pagar e não a receber. Ou seja, se eu precisar de uma Certidão Negativa [documento que atesta a inexistência de débitos fiscais e tributários], não vou conseguir. E não terei tudo aquilo que pede a certidão. Empréstimo em banco, transferência de imóvel e passaporte, por exemplo”, cita o auditor fiscal.
O que afeta o CPF, deixando-o irregular, é a ausência da entrega da declaração. Então, só quem não declara que pode ver o documento inativo. Quem declara, ainda que caia na malha fina, não sofre com este problema. Sobre a informação de queda na malha fina, é possível ver a situação pelo site da Receita Federal. Há ainda o aplicativo do Imposto de Renda, que pode ser acessado por celular ou tablets.
A Receita Federal reitera que não liga, não envia SMS e nem e-mail para pessoas que tenham caído em malha fina. O órgão disponibiliza essa informação por site e aplicativo, além de notificar os cidadãos com pendências através de intimação. Ou seja, e-mail, ligação e mensagem de textos que dizem ter ligação com a Receita são tentativas de golpe. No caso da intimação recebida, se houver dúvida sobre a veracidade, o órgão recomenda que a pessoa procure a sede da Receita na sua cidade.
Como resolver?
Quem ainda está entre os 55 mil baianos que ainda têm acertos a fazer com a Receita, deve correr atrás o mais rápido possível. Planejador financeiro, Raphael Carneiro explica o roteiro virtual que é preciso tomar para resolver a pendência, checando a sessão de ‘processamento’ no e-CAC através do Imposto de Renda, no site da Receita, onde está a opção ‘pendências de malha fina’.
“Lá, você vai poder ver que estão listados os pontos da sua declaração onde você pode ter cometido algum erro. Pode corrigir automaticamente esse erro lá ou, caso seja necessário apresentar o documento, pode se antecipar e enviar este através do site mesmo para Receita. A depender do caso, é preciso aguardar o ano que vem para levar, presencialmente, esse documento para o órgão", explica.
O mês de janeiro do ano seguinte ao recolhimento do Imposto de Renda é quando a Receita começa enviar notificações/intimações para quem está pendente. Caso o cidadão não tenha noção de onde está o erro na declaração e não conseguir no site, ele vai receber a intimação. Ainda nesses casos, porém, quando é corrigido e a pessoa tem direito, ela recebe a restituição em um lote residual.
Cláudia Cardoso, sócia da empresa C&S Assessoria Contábil, lembra que o que faz a pessoa cair na malha fina são informações divergentes em relação ao que consta na Receita Federal. No entanto, pondera que essas divergências não acontecem sempre devido a erros de quem caiu na malha.
“Nem sempre é resultado de um erro da pessoa. Muitas vezes, um órgão público ou empresa pode ter informado no DIF [Documento de Informações Fiscais] deles algo diferente do que entregou para o funcionário. Neste ano, percebemos muitos problemas assim com os quais precisamos lidar, atualizando as declarações", ressalta.
Os dois especialistas ressaltam que não é preciso desespero quando se cai na malha fina já que, na maioria dos casos, a situação não significa um ato de infração por parte de quem declarou e sim um erro de preenchimento.
Petrobras anuncia primeira gasolina carbono neutro no Brasil
A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (19), o lançamento da Gasolina Petrobras Podium carbono neutro. Segundo a estatal, é a primeira gasolina do mercado brasileiro a carregar esse título. Isso significa que os gases de efeito estufa emitidos em todas as etapas do ciclo de vida do combustível serão totalmente compensados com ações de preservação ou de recuperação florestal de biomas nacionais.
A Gasolina Petrobras Podium existe desde 2002 e vem sendo aprimorada desde então. É um combustível de alta performance, tem o menor teor de enxofre do mercado e a maior octanagem de fábrica. Dessa forma, melhora o desempenho do veículo, colabora para a eficiência do transporte e reduz a emissão de gases de efeito estufa.
Para agregar o título de carbono neutro ao combustível, a Petrobras recorreu à metodologia de avaliação do ciclo de vida. Por meio da ACV, são mensurados os gases de efeito estufa emitidos pelo produto, considerando todo o ciclo de vida do combustível, envolvendo extração e produção das matérias-primas, transportes, processamento, distribuição e uso final. Os resultados obtidos foram revisados por um painel de especialistas da consultoria ACV Brasil.
Produzida na Refinaria Presidente Bernardes, em São Paulo, a Petrobras Podium é encontrado em postos selecionados da empresa nas principais cidades do país.
BC prevê uso do PIX em pedágios, estacionamentos, transporte público, compras parceladas e transferências internacionais
O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (4) que o PIX, a modalidade de pagamentos instantânea desenvolvida pela instituição, poderá ser usado para novas finalidades no futuro.
"O uso de novas tecnologias que tornam a experiência de pagamento ainda mais rápida pode ser benéfico principalmente em alguns casos de uso específicos, como pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público", diz o Banco Central.
A informação consta no relatório de gestão do PIX, documento que traz uma análise sobre os primeiros anos de funcionamento da ferramenta de pagamentos, entre 2020 e 2022, além de previsões sobre novas funcionalidades que poderão ser incorporadas no futuro.
O Banco Central também reafirmou que o PIX poderá ser usado, futuramente, para operações internacionais, viabilizando remessas, pagamentos entre empresas e pagamentos de compras de bens e de serviços no exterior.
PIX crédito
No mês passado, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o PIX poderá ser uma alternativa ao cartão de crédito.
A declaração foi dada após ele ter informado que o BC avalia o fim do rotativo do cartão de crédito, e o parcelamento do saldo devedor com juro menor. Outra sugestão foi cobrar uma tarifa para compras parceladas com prazo maior.
Fiz um PIX errado, e agora?
No relatório de gestão do PIX, divulgado nesta segunda, o BC informou que existe a possibilidade de "estabelecer regras padronizadas que viabilizem a utilização de mecanismos de garantia vinculados às transações de pagamento, possibilitando que o PIX seja utilizado para pagamentos a prazo ou parcelados, mitigando o risco de crédito do recebedor em eventuais situações de inadimplência do pagador".
O BC informou ainda que vem acompanhando a oferta, pelo setor financeiro, de soluções próprias que viabilizam o parcelamento com PIX.
"Há, por exemplo, soluções que vinculam uma concessão de crédito pessoal à transação PIX e soluções que permitem o pagamento de uma transação PIX na fatura do cartão de crédito", diz o relatório.
"O BC monitora a evolução desse mercado e o uso dessas soluções, podendo, futuramente, caso julgue necessário, decidir pela criação de um produto único ou pela definição de regras mínimas a serem observadas pelas instituições", acrescentou o BC.
Mercado Livre anuncia mais 2 novos Centros de Distribuição, um no Rio e outro em Recife
O Mercado Livre anunciou nesta quarta-feira, 30, que terá mais dois Centros de Distribuição (CD), um no Rio de Janeiro e outro no Recife. Com ambos, a companhia chega a 10 CDs no País. O do Rio já está funcionando e o de Recife fica pronto em 2024.
O responsável pela operação brasileira, Fernando Yunes, afirmou que, com essas novas instalações, será possível fazer entregas no mesmo dia nas regiões do Grande Rio de Janeiro e Grande Recife, além de acelerar entregas em regiões próximas.
Ao todo, a companhia deve investir R$ 19 bilhões no País este ano, entre logística, tecnologia e marketing.
A companhia ainda acrescentou um avião à sua frota, que passou de sete para oito aeronaves.
Ao mesmo tempo, o CEO da companhia, Marcos Galperín, anunciou o lançamento do Mercado Play, plataforma de conteúdo gratuito, monetizado por meio de publicidade.
Além disso, a companhia anunciou um novo programa de fidelidade, chamado Meli+, que dá acesso ao Star+, Disney+ e frete grátis a partir de R$ 29, por uma assinatura de R$ 17,99.
Mega-Sena sorteia prêmio estimado em R$ 3,5 milhões nesta quarta-feira (16)
A Mega-Sena pode pagar, nesta quarta-feira (16), um prêmio estimado em R$ 3,5 milhões.
O sorteio do concurso 2.621 será realizado a partir das 20h e as apostas podem ser feitas até as 19h, nas agências lotéricas de todo país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa Econômica Federal. O jogo simples, com seis dezenas, custa R$ 5.
De acordo com a Caixa, aplicando o prêmio de R$ 3,5 milhões na poupança, o ganhador receberia R$ 23 mil de rendimento no primeiro mês.