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Segundo a Associação Brasileira de Medicina Psicossomática, estima-se que uma em cada cinco pessoas tende a traduzir angústias e conflitos psicológicos em sintomas físicos ou doenças corporais. Mas uma pesquisa feita em maio de 2020 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) mostrou que cerca de 89% dos 400 psiquiatras destacaram o agravamento de quadros de saúde mental em seus pacientes desde que a pandemia devido à Covid-19 começou. Dados do artigo publicado pela Agência Brasil destacam que várias doenças psicossomáticas tiveram incidência maior, principalmente as que parecem com os sintomas da Covid-19, devido ao medo de contrair a enfermidade. Tal dado é corroborado pelo artigo 'covid-19 e saúde mental: a emergência do cuidado', de André Faro, Milena de Andrade Bahiano, Tatiana de Cassia Nakano, Catiele Reis, Brenda Fernanda Pereira da Silva e Laís Santos Vitti. 'Um evento como esse ocasiona perturbações psicológicas e sociais que afetam a capacidade de enfrentamento de toda a sociedade, em variados níveis de intensidade e propagação', diz a pesquisa.

Segundo estudo do instituto Ipsos, encomendado pelo Fórum Econômico Mundial e cedida à BBC News Brasil, 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano.

Doenças psicossomáticas
De acordo com o artigo científico 'Psicossomática um estudo histórico e epistemológico', de Ednéia Albino Nunes Cerchiari, o termo psicossomático, na expressão mais comum, pode reportar-se tanto ao quesito da origem psicológica de determinadas doenças orgânicas, quanto às repercussões afetivas do estado de doença física no indivíduo, como até confundir-se com simulação e hipocondria, onde toma um sentido negativo.

Leonardo Tadeu Silva Souza Lima, no artigo 'O papel do símbolo na psicossomática psicanalítica', afirma que as origens da psicossomática estão relacionadas à medicina na Grécia antiga. Mas com pesquisas e estudos 'se constatou é que a somatização está relacionada a experiências primitivas anteriores à aquisição da linguagem'.

Culpa e arrependimento
A psicóloga Alícia Mendes explica causas emocionais e distúrbios psicológicos são a principal causa das doenças psicossomáticas, como stress, ansiedade, depressão, traumas, problemas financeiros, perdas, luto, culpa e arrependimento e outros. Segundo a profissional, culpa e arrependimento são sentimentos fazem parte do ser humano porque ele é um ser imperfeito. 'Inevitavelmente iremos errar na vida, muitas vezes e desde que somos muito jovens, por isso os dois sentimentos sempre estarão presentes. E, apesar de não nos sentirmos bem com isso, devemos lembrar que isso no que torna mais humanos', afirma.

A profissional destaca que ao cometer erros o arrependimento é algo natural e bom, pois pode servir de aprendizado sobre si mesmo e suas escolhas, levando à reflexão. Ela ainda comenta que é sabido que quem guarda arrependimentos pode ficar doente. 'A pessoa fica amarga, magoada e até mesmo com raiva de si mesma e dos outros. Assim, o alto nível de estresse, tristeza e dor mental acarreta inúmeras complicações em várias áreas da vida', afirma.

Além da sensação de fracasso, os arrependimentos costumam estar associados a um sentimento de culpa, que pode levar a pessoa a ser cruel com ela mesma - e com quem julgar necessário. 'Essa é uma forma que o ser humano encontrou de tentar amenizar essas sensações, mas não funciona e traz apenas mais sofrimento', salienta a psicóloga.

Arrependimento na ficção
O arrependimento e a culpa são temas muito tratados na ficção. 'O Céu da Meia-Noite', que tem o ator George Clooney como diretor e protagonista, é um deles. A obra é adaptação do livro de mesmo nome escrito por Lily Brooks-Dalton. Entre as produções brasileiras sobre o tema, há o filme 'Se Arrependimento Matasse', da diretora Lília Moema Santana, e o livro 'O Homem e o Santo', de Marcelo Rebelatto, publicado pela Editora Albatroz, um drama com elementos psicológicos, filosóficos e teológicos

Segundo Marcelo, a ideia para escrever sobre o assunto veio de uma necessidade de despertar no leitor o interesse à autoanálise, à reflexão sobre a origem dos pensamentos, as consequências das escolhas e decisões e o rumo que isso traz para a vida. 'Minha intenção foi pensar sobre o que poderíamos ter feito ou deixado de fazer e até que ponto tais escolhas poderiam ser melhores ou piores, além de trazer à tona elementos psicológicos, filosóficos e teológicos tão prementes na vida de muitas pessoas, para que, por intermédio dos personagens que atravessam por dilemas de consciência, o leitor possa fazer uma imersão em sua própria consciência buscando reaver - ou reafirmar - os valores pelos quais sua vida está pautada', explica.

Um autor que também focava nessas questões existenciais era Fiódor Dostoiévski. Escritor que baseava a vida de acordo com a religião, seus romances discutiam em grande parte culpa. Segundo Alexandre Vidal no artigo 'A Culpa em Dostoiévski', no site do Conselho Internacional de Psicanálise, 'como a dor sinaliza que algo está quebrado em nosso corpo, a culpa sinaliza que algo está quebrado em nossa alma. Mesmo quando ele tenta se convencer de seu status de super-homem, Raskolnikov (personagem principal da obra Crime e Castigo) está cheio de culpa e remorso. Um terapeuta freudiano moderno provavelmente diria a ele que seus sentimentos de culpa são o problema, mas não são. A realidade de sua culpa é o fato que desmente o relativismo moral, a falsa crença de que o homem pode viver e escolher e florescer em um mundo além do bem e do mal'. E o autor desse clássico, um dos maiores da literatura mundial, é uma das grandes inspirações de Marcelo Rebelatto.

'O Homem e o Santo' é permeado com o tema culpa e arrependimento, assim como a busca pelo perdão. 'Algumas decisões podem ser reparadas, revertidas ou até mesmo anuladas, no entanto muitas são irreparáveis, definitivas e remodelam completamente a trajetória de nossas vidas, levando-nos a lugares e situações que jamais esperávamos e revelando que mesmo pequenos atos podem provocar grandes mudanças, seja para o bem, seja para o mal...', diz trecho da sinopse

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Municípios do interior baiano estão com estoque zerado da vacina BCG, aplicada em crianças, nesta quinta-feira (2). Cidades nas regiões norte, oeste e centro-norte do estado tiveram as últimas doses descartadas ao atingirem prazo de validade e os lotes não foram repostos nas unidades.

Na região norte, por exemplo, unidades de saúde de Juazeiro, Capim Grosso e Jacobina tiveram as últimas doses válidas até terça-feira (1). Em Juazeiro, maior município da região, 450 doses não foram aplicadas porque passaram do prazo.

A Secretaria de Saúde do município informou que faz a solicitação ao Núcleo Regional de Saúde duas vezes por mês e aguarda a chegada de novas doses. A previsão é que sejam enviadas na próxima semana. Em Jacobina, 80 doses foram perdidas e não há previsão reabastecimento. Já em Capim Grosso, 60 doses precisaram ser descartadas e também não há previsão de chegada.

Em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, a aplicação de vacina BCG também está suspensa. Segundo o secretário da Saúde, Marcelo Brito, o último lote chegou em 26 de novembro, mas venceu quatro dias depois.

Desde terça-feira (30), as unidades básicas de saúde e o Hospital da Mulher não aplicam a BCG em crianças. Somente no hospital, aproximadamente 30 crianças são vacinadas todos os dias.

A prefeitura de Feira de Santana informou que recebe as vacinas da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, que repassam depois de receber o imunizante do Ministério da Saúde.

Já em Barreiras, no oeste baiano, a vacina BCG está em falta há mais de 30 dias, de acordo com a Coordenação de Imunização da cidade. Segundo a Regional de Imunização do Oeste, a falta do material afeta todos os municípios da região.

As últimas doses na região estavam na cidade de São Desidério, mas o prazo de validade também expirou no dia 30 de novembro.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), o desabastecimento dos imunizantes é resultado do atraso no cronograma de entrega do Ministério da Saúde, que nega a situação.

Já Ministério da Saúde afirma que, ao longo de 2021, distribuiu 100% das doses solicitadas da vacina BCG para a Bahia. Ainda segundo o Ministério, não houve solicitação do insumo nos meses de março e outubro.

A pasta ainda reforçou que não há desabastecimento da vacina BCG no país, pois existe quantidade suficiente em estoque. O Ministério não se manifestou sobre o envio das doses que a Sesab afirma aguardar.

A BCG faz parte do calendário vacinal infantil e está na lista de nove imunizantes que protegem os recém-nascidos de diferentes doenças, como a tuberculose, por exemplo. Os especialistas indicam que o imunizante seja aplicado após o nascimento do bebê, com o prazo de, no máximo, um ano de idade.

 

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Uma nova variante do coronavírus descoberta na África do Sul acendeu o alerta em cientistas devido ao seu alto número de mutações, que podem levar a novas ondas de covid-19. Já foram confirmados 10 casos em três países (Botsuana, África do Sul e Hong Kong) por sequenciamento genético.

A variante B.1.1.529 tem 32 mutações na proteína spike, a parte do vírus que a maioria das vacinas usa para preparar o sistema imunológico contra a covid-19. As mutações na proteína spike podem afetar a capacidade do vírus de infectar células e se espalhar, mas também dificultar o ataque das células do sistema imunológico sobre o patógeno.

O virologista do Imperial College London Tom Peacock defendeu que “deve ser muito, muito, monitorado devido a esse perfil horrível de picos”, acrescentando que pode acabar por ser um “aglomerado estranho” que não é muito transmissível. “Espero que seja esse o caso”.

A médica Meera Chand, microbiologista e diretora da UK Health Security Agency, afirmou que, em parceria com órgãos científicos de todo o mundo, a agência monitora constantemente a situação das variantes de SARS-Cov-2 em nível mundial, à medida que vão surgindo e se desenvolvem.

“Como é da natureza do vírus sofrer mutações frequentes e aleatórias, não é incomum que surjam pequenos números de casos apresentando novas mutações. Quaisquer variantes que apresentem evidências de propagação são avaliadas rapidamente”, acrescentou ao The Guardian.

Os cientistas observam a nova variante, em busca de qualquer sinal de que esteja a ganhar força e acabe por se espalhar amplamente. Alguns virologistas da África do Sul já estão preocupados, especialmente devido ao recente aumento de casos em Gauteng, uma área urbana que inclui Pretória e Joanesburgo, onde já foram detectados casos com a variante B.1.1.529.

Ravi Gupta, professor microbiologista da Universidade de Cambridge, afirmou que o seu trabalho em laboratório revelou duas mutações na B.1.1.529 que aumentam a infecção e reduzem o reconhecimento de anticorpos. “Parece certamente uma preocupação significativa com base nas mutações presentes”, disse.

“Contudo, uma prioridade chave do vírus desconhecida é a infecciosidade, pois é isso que parece ter impulsionado principalmente a variante Delta. A fuga imune é apenas uma parte da imagem do que pode acontecer”, acrescentou Gupta.

Já o professor François Balloux, diretor do Instituto de Genética do University College London, considera que o grande número de mutações na variante, aparentemente acumuladas num “único surto”, sugere que pode ter evoluído durante uma infecção crônica em uma pessoa com o sistema imunológico enfraquecido, possivelmente um doente com aids não tratada.

“É difícil prever o quão transmissível pode ser nesta fase. Por enquanto, deve ser acompanhado de perto e analisado, mas não há razão para demasiada preocupação, a menos que comece a subir de frequência num futuro próximo”, afirmou Balloux.

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Caso as pessoas não procurem os postos de saúde para completar o esquema vacinal contra a Covid-19, a Bahia vai atingir em breve a marca de 3 milhões de baianos que não estão com a vacinação em dia. Até a manhã dessa quarta-feira (24), são mais de 2,9 milhões de atrasados entre segunda dose e dose de reforço. E a vacina que está guardada esperando essas pessoas pode ser perdida.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), do total do público que está com a segunda dose em atraso, 341.494 tomaram a vacina Coronavac; 358.796 Oxford/AstraZeneca; e 1.219.490 Pfizer/BioNTech. Em relação à dose de reforço, 1.013.074 de pessoas já poderiam ter ido a uma unidade de saúde.


E caso as pessoas não retornem aos postos de saúde para tomar a vacina, as doses podem ser perdidas. Segundo a diretora da vigilância epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, as doses enviadas da Pfizer, por exemplo, precisam ser aplicadas no prazo de até 31 dias, por conta das especificidades no armazenamento.

“Uma vez enviadas aos municípios, as doses só mantêm a validade em temperatura positiva pelo prazo de até 31 dias. Por isso, é tão importante que a população esteja atenta a esse retorno e compareça aos postos de vacinação para concluir o esquema vacinal contra a Covid-19”, pontua.

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A Sesab não informou se alguma dose de Pfizer ou de outro fabricante de vacina chegou a ser perdida por esse motivo. Para a Secretária da Saúde do Estado, Tereza Paim, as pessoas devem buscar ter a imunização completa, pois é isso o que garante maior proteção contra a doença.

“É importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para se vacinarem contra a doença, incluindo também a dose de reforço. O esquema completo de vacinação dá uma maior garantia de defesa contra a doença”, ressalta. Ela ainda destaca que a principal medida para conter o avanço da Covid-19 é a imunização.

Algumas cidades da Bahia, como Salvador, oferecem a opção de vacinação no formato drive thru (Foto: Otávio Santos/Secom)
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Situação na capital também é preocupante
O problema vivenciado no estado é refletido na capital. Em Salvador, dentre as pessoas com 12 anos ou, mais habilitadas para o recebimento da 1ª dose, mais de 70 mil ainda não compareceram aos postos para iniciar o ciclo vacinal. Outras 283 mil estão com o fechamento do esquema atrasado, e cerca de 156 mil ainda não foram tomar a dose de reforço.

Passados dez meses do início da Campanha de Vacinação contra a Covid-19 na cidade, o número de não vacinados chama a atenção e acende o alerta vermelho da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O titular da pasta, Leo Prates (PDT), afirma que os números são alarmantes e apela para que as pessoas busquem o imunizante para evitar uma nova onda da doença na cidade.

“Este é um número que muito nos preocupa, e é um cenário que já estamos acompanhando na Europa, chamado de 'pandemia dos não vacinados’. Na Alemanha, França, Dinamarca e Áustria, por exemplo, o aumento do número de casos, internações e mortes, atualmente, são de pessoas que não se vacinaram contra o vírus, e não queremos isso em Salvador. Por isso estamos fazendo um forte apelo para população comparecer ao ponto de imunização”, destacou.

Segundo o secretário, a Prefeitura de Salvador disponibiliza diariamente dezenas de pontos de imunização para garantir o acesso às doses da vacina (1ª, 2ª e 3ª), além do serviço de agendamento prévio, vacinação domiciliar, escolar e vacinação itinerante. Alertas também são enviados por mensagem via WhatsApp, conscientizando para a importância da iniciação e fechamento do ciclo vacinal, bem como da dose de reforço.

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“Estamos nos esforçando ao máximo, de segunda a sábado, para garantir esse direito da população, mas precisamos contar com a conscientização dessas mesmas pessoas que estão sendo beneficiadas”, finalizou Prates.

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De acordo com o boletim epidemiológico desta segunda-feira (22), a Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 172 novos casos de covid-19 e 11 mortes pela doença. O número de casos teve uma taxa de crescimento de +0,01%.

Dos 1.255.653 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.225.692 já são considerados recuperados, 2.720 encontram-se ativos e 27.241 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.614.043 casos descartados e 250.117 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta segunda-feira. Na Bahia, 52.476 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Até às 18h desta segunda, a taxa de ocupação de UTI Covid adulto no estado é de 36%, com 193 leitos ocupados dos 536 disponíveis. Enquanto a taxa de enfermaria adulto é de 22% de ocupação, com 145 internados e 646 leitos disponíveis.

Vacinação

Por conta de uma atualização no sistema de envio de dados da vacinação, apenas 62 municípios fizeram o carregamento das informações relativas ao público vacinado. Desta forma, não será possível consolidar os dados relativos à vacinação nesta segunda-feira.

Até este domingo (21), 10.952.306 de pessoas tinham sido vacinadas contra o coronavírus (Covid-19) com a primeira dose ou dose única. Esse dado representa 86,02% da população com 12 anos ou mais, estimada em 12.732.254. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas.

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A decisão do governo de estender a dose de reforço da vacina contra covid-19 para adultos com mais de 18 anos não passou pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e nem pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

A Anvisa informou, em nota, que "não foi consultada sobre a ampliação da dose de reforço para todas as pessoas maiores de 18 anos", medida anunciada nesta terça-feira, 16, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

A aplicação será para quem tomou a segunda dose há mais de cinco meses. Queiroga disse que há "doses de vacinas suficientes" para abastecer as 38 mil unidades básicas de saúde do País. Apesar da orientação do Ministério da Saúde, o calendário de aplicação das doses depende de cada Estado.

A ampliação do reforço vai facilitar as ações de reabertura ampla e irrestrita das atividades no País. Nos bastidores, porém, adversários de Jair Bolsonaro afirmam que a medida, anunciada de supetão, tem caráter político, com o objetivo de impulsionar a campanha do presidente à reeleição, em 2022.

Para a Anvisa, "as discussões sobre a dose de reforço são debates técnicos que estão a todo momento em curso". Até o momento, apenas a Pfizer solicitou alteração do esquema previsto em bula para sua vacina. O pedido apresentado à Anvisa prevê a aplicação de uma terceira dose. A solicitação está em análise na agência e pendente de complementação de dados pelo laboratório para que tenha prosseguimento.

Cabe à Anvisa mudar as bulas das vacinas a partir de pedidos dos laboratórios fabricantes. Após a entrega dos dados, a agência autoriza ou não as alterações propostas. Com autorização de uso emergencial pela Anvisa para uso em regime de dose única, a Janssen informou que nas próximas semanas submeterá dados sobre reforço para avaliação da agência sanitária.

"Os dados da vacina de dose única da Janssen possibilitam um regime de imunização capaz de proporcionar benefícios para cada indivíduo, seja quando administrada em dose única com resposta eficiente para o combate à pandemia ou como dose de reforço depois de pelo menos dois meses - com o objetivo de maximizar a proteção contra casos sintomáticos de covid-19", destacou em nota a farmacêutica da Johnson & Johnson.

Embora não tenha sido ouvido, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) observou que a ampliação da dose de reforço era uma demanda antiga. "Esse comunicado em específico não foi conversado com a gente, mas a gente vinha cobrando, há alguns meses, esse cronograma para 2022 e entendia que tinha mesmo de dar a dose de reforço em todo mundo acima de 18 (anos)", afirmou o presidente do Conass e secretário da Saúde do Maranhão, Carlos Lula.

O Estadão apurou que o Ministério da Saúde tomou a decisão de aplicar mais de 103 milhões de doses adicionais até o meio do ano que vem sem ouvir também a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI). O grupo foi criado por uma portaria, em agosto deste ano, para avaliar aspectos técnicos e científicos necessários à adoção de medidas contra a doença.

O ministério não é obrigado a discutir temas com a Câmara Técnica, que é consultiva. Não há uma legislação específica que estabeleça quais assuntos devem ou não passar por esse núcleo antes de uma decisão final por parte da Secretaria de Enfrentamento à Covid ou do ministério. Médicos que fazem parte do grupo, no entanto, acreditam que teria sido de "bom tom" ter discutido a ampliação do reforço na CTAI, como foi feito com outros temas. A Saúde também decidiu sozinha, sem ouvir a Câmara Técnica, interromper a imunização dos adolescentes e vetar a vacinação cruzada, com doses de fabricantes diferentes, em gestantes.

O Brasil tem 125,5 milhões de pessoas totalmente imunizadas contra a covid, ou 58,87% da população, segundo o levantamento do consórcio de veículos de imprensa. Inicialmente, a dose de reforço estava sendo aplicada a adultos acima de 60 anos, imunossuprimidos - doentes crônicos, por exemplo - e profissionais de Saúde que haviam tomado a última vacina há seis meses. O intervalo de aplicação, portanto, diminuiu e o público foi ampliado.

Ao todo, 10,7 milhões de pessoas acima de 60 anos, portadores de doenças crônicas e trabalhadores de Saúde já receberam essa dose de reforço. Pelas contas do Ministério da Saúde, outras 12,4 milhões estão aptas a receber mais uma aplicação ainda neste mês.

A vacinação contra a covid-19 é fundamental e a dose de reforço, também. O risco, na avaliação de especialistas, é de que a terceira dose leve a população a baixar a guarda, o que poderia levar a um novo crescimento da taxa de transmissão. O receio é de que o reforço se torne uma armadilha para o abandono do distanciamento social e das máscaras de proteção.

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Por causa do feriado da Proclamação da República, a vacinação contra a covid-19 esteve suspensa por dois dias, mas será retomada com força total nesta terça-feira (16). Serão aplicadas primeira, segunda e terceira doses, das 8h às 16h, em diversos postos espalhados pela cidade.

Como primeira dose, podem tomar todas as pessoas com 12 anos ou mais. A segunda dose é destinada para aqueles que estão com data de retono marcada para 12 de dezembro, no caso dos imunizantes Pfizer e Oxford, e 17 de novembro, para Coronavac. Já a terceira dose está disponível para pacientes imunossuprimidos que tomaram a segunda dose até 12 de outubro; trabalhadores da saúde e idosos que foram completamente imunizados até o dia 15 de junho de 2021.

Mas antes de se dirigir para algum ponto de vacinação, não se esqueça de conferir se seu nome está na lista disponibilizada no site da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) www.saude.salvador.ba.gov.br.

Nesta terça, não haverá vacinação no Med Móvel e na Estação da Lapa. Confira a estratégia completa:

1ª DOSE - REPESCAGEM PARA PESSOAS COM 18 ANOS OU MAIS

Drive-thru: Faculdade Universo (Avenida ACM).

Pontos fixos: UBS Pelourinho, USF Alto de Coutos II, USF Itacaranha, USF Cajazeiras XI, USF Fazenda Grande III, USF Itapuã, UBS Ministro Alckmin (Massaranduba), USF Joanes Leste, USF Ursula Catharino (Garcia), USF Professor Guilherme Rodrigues da Silva (Arenoso), UBS Castelo Branco, UBS Frei Benjamin (Valéria), UBS Mário Andrea (Sete Portas) e UBS César de Araújo (Boca do Rio).

1ª DOSE - ADOLESCENTES DE 12 a 17 ANOS; ADOLESCENTES COM COMORBIDADES; GESTANTES E PUÉRPERAS DE 12 A 17 ANOS OU MAIS

Drive-thrus: FBDC Cabula, 5º Centro de Saúde (Barris), Arena Fonte Nova (8h às 14h), Parque de Exposições (Paralela), Universidade Católica de Salvador (Pituaçu) e Vila Militar (Dendezeiros).

Pontos fixos: USF Teotônio Vilela II (Nova Brasília de Valéria), USF Eduardo Mamede (Mussurunga), USF São Cristóvão, USF Cajazeiras V, 5º Centro de Saúde (Barris), USF Sérgio Arouca (Paripe), USF Tubarão, USF Vista Alegre, USF Cajazeiras X, USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas), USF Vale do Matatu, USF Imbuí, CSU Pernambués, Universidade Católica do Salvador (Pituaçu), USF Jardim das Margaridas, USF Cambonas e UBS Virgílio de Carvalho (Bonfim).

Ponto fixo exclusivo para gestantes, puérperas e adolescentes com comorbidades: USF Vila Matos (Rio Vermelho)

2ª DOSE OXFORD (APRAZADOS ATÉ 12 DE DEZEMBRO DE 2021)

Drive-thrus: Unijorge (Paralela) e FBDC Brotas

Pontos fixos: Clube dos Oficiais da Polícia Militar (Dendezeiros), USF Colinas de Periperi, USF Plataforma, USF Beira Mangue, UBS Ramiro de Azevedo (Campo da Pólvora), USF Pirajá, USF San Martim III, USF Curralinho, UBS Nelson Piauhy Dourado (Águas Claras), Shopping da Bahia* (a partir das 9h), USF Boa Vista de São Caetano e FBDC Brotas.

2ª DOSE CORONAVAC (APRAZADOS ATÉ 17 DE NOVEMBRO DE 2021)

Drive-thru: Faculdade Universo (Avenida ACM).

Pontos fixos: UBS Pelourinho, USF Alto de Coutos II, USF Itacaranha, USF Cajazeiras XI, USF Fazenda Grande III, USF Itapuã, UBS Ministro Alckmin (Massaranduba), USF Joanes Leste, USF Ursula Catharino (Garcia), USF Professor Guilherme Rodrigues da Silva (Arenoso), UBS Castelo Branco, UBS Frei Benjamin (Valéria), UBS Mário Andrea (Sete Portas) e UBS César de Araújo (Boca do Rio).

2ª PFIZER (APRAZADOS ATÉ 12 DE DEZEMBRO DE 2021)

Drive-thrus: FBDC Cabula, 5º Centro de Saúde (Barris), Arena Fonte Nova (8h às 14h), Parque de Exposições (Paralela), Universidade Católica de Salvador (Pituaçu) e Vila Militar (Dendezeiros).

Pontos fixos: USF Teotônio Vilela II (Nova Brasília de Valéria), USF Eduardo Mamede (Mussurunga), USF São Cristóvão, USF Cajazeiras V, 5º Centro de Saúde (Barris), USF Sérgio Arouca (Paripe), USF Tubarão, USF Vista Alegre, USF Cajazeiras X, USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas), USF Vale do Matatu, USF Imbuí, CSU Pernambués, Universidade Católica do Salvador (Pituaçu), USF Jardim das Margaridas, USF Cambonas e UBS Virgílio de Carvalho (Bonfim).

3ª DOSE - PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOS COM NOME NA LISTA E QUE TOMARAM A SEGUNDA DOSE ATÉ 12 DE OUTUBRO DE 2021

Drive-thrus: FBDC Cabula, 5º Centro de Saúde (Barris), Arena Fonte Nova (8h às 14h), Parque de Exposições (Paralela), Universidade Católica de Salvador (Pituaçu) e Vila Militar (Dendezeiros).

Pontos fixos: USF Teotônio Vilela II (Nova Brasília de Valéria), USF Eduardo Mamede (Mussurunga), USF São Cristóvão, USF Cajazeiras V, 5º Centro de Saúde (Barris), USF Sérgio Arouca (Paripe), USF Tubarão, USF Vista Alegre, USF Cajazeiras X, USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas), USF Vale do Matatu, USF Imbuí, CSU Pernambués, Universidade Católica do Salvador (Pituaçu), USF Jardim das Margaridas, USF Cambonas e UBS Virgílio de Carvalho (Bonfim).

3ª DOSE - TRABALHADORES DA SAÚDE COM NOME NA LISTA E QUE TOMARAM A SEGUNDA DOSE ATÉ 15 DE JUNHO DE 2021

Drive-thrus: FBDC Cabula, 5º Centro de Saúde (Barris), Arena Fonte Nova (8h às 14h), Parque de Exposições (Paralela), Universidade Católica de Salvador (Pituaçu) e Vila Militar (Dendezeiros).

Pontos fixos: USF Teotônio Vilela II (Nova Brasília de Valéria), USF Eduardo Mamede (Mussurunga), USF São Cristóvão, USF Cajazeiras V, 5º Centro de Saúde (Barris), USF Sérgio Arouca (Paripe), USF Tubarão, USF Vista Alegre, USF Cajazeiras X, USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas), USF Vale do Matatu, USF Imbuí, CSU Pernambués, Universidade Católica do Salvador (Pituaçu), USF Jardim das Margaridas, USF Cambonas e UBS Virgílio de Carvalho (Bonfim).

3ª DOSE - IDOSOS DE 60 ANOS OU MAIS COM NOME NA LISTA E QUE TOMARAM A SEGUNDA DOSE ATÉ 15 DE JUNHO DE 2021

Drive-thrus: FBDC Cabula, 5º Centro de Saúde (Barris), Arena Fonte Nova (8h às 14h), Parque de Exposições (Paralela), Universidade Católica de Salvador (Pituaçu) e Vila Militar (Dendezeiros).

Pontos fixos: USF Teotônio Vilela II (Nova Brasília de Valéria), USF Eduardo Mamede (Mussurunga), USF São Cristóvão, USF Cajazeiras V, 5º Centro de Saúde (Barris), USF Sérgio Arouca (Paripe), USF Tubarão, USF Vista Alegre, USF Cajazeiras X, USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas), USF Vale do Matatu, USF Imbuí, CSU Pernambués, Universidade Católica do Salvador (Pituaçu), USF Jardim das Margaridas, USF Cambonas e UBS Virgílio de Carvalho (Bonfim).

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Durante o período mais crítico da pandemia, 73 municípios baianos tiveram demanda de internação por covid-19 maior do que a oferta de leitos clínicos e de UTI públicos ou privados conveniados ao SUS. É o que mostra a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC), realizada pelo IBGE em 2020 e divulgada na quarta-feira (10). Na lista, estão cidades como Camaçari, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Porto Seguro, Andaraí e Juazeiro. A lista completa pode ser conferida no final da reportagem.

Em 2020, todos os 409 municípios baianos que responderam à pesquisa sobre o tema covid-19 haviam registrado casos comprovados da doença e 388 cidades (94,9%) tiveram casos com necessidade de internação. Vale ressaltar que todos os 417 municípios registraram casos e mortes por covid-19.

Embora a incapacidade de leitos tenha sido registrada em quase 2 de cada 10 municípios baianos, foi menos frequente do que no país como um todo. No estado, a situação ocorreu com 18% dos municípios que responderam à pesquisa e, no Brasil em geral, com 22,0% dos municípios. A Bahia ficou com o 6º percentual mais baixo entre os estados.

Das prefeituras citadas acima, somente Camaçari respondeu ao contato. Através de nota, a assessoria disse que, através da Secretaria da Saúde, contratou 10 leitos de UTI covid-19 exclusivos para o município, implantou um Centro Intensivo de Combate ao Coronavírus, com outros 10 leitos de UTI e 2 leitos de estabilização, e também o Centro Intermediário de Enfrentamento ao Coronavírus (CIEC) com 20 leitos clínicos e uma sala vermelha.

No mês de abril deste ano, no pico da segunda onda, Camaçari chegou a ter taxa de ocupação de 100% dos leitos e uma fila de espera de mais de 50 pessoas, por dia, na busca de um leito covid. A prefeitura acrescentou que, agora, a realidade é outra. “Não temos mais esses hospitais de campanha covid, como também não temos mais pacientes em fila de espera. Não temos procura diária por leitos covid”, finaliza a nota.

Adoção de medidas sanitárias

Segundo a pesquisa do IBGE, em 2020, 99,3% das prefeituras baianas adotaram medidas de isolamento social, seja por recomendação ou decreto. A taxa é superior aos 98,6% registrados nos municípios brasileiros em geral. Apenas 3 das 409 cidades da Bahia que responderam a essa pergunta da pesquisa disseram não ter adotado nenhuma medida de isolamento social para evitar a propagação da covid-19: Andaraí, Camacan e São Sebastião do Passé.

Na Bahia, dentre as medidas de isolamento social, a mais relatada foi o isolamento social por decreto, informada por 339 prefeituras no estado, 82,8% das que responderam.

A segunda medida sanitária mais adotada foi a instalação de barreiras sanitárias, adotada por 98% das cidades. No Brasil como um todo, 76,0% dos que responderam à pesquisa disseram ter instalado barreira sanitária em 2020.

Para tentar garantir a adesão às medidas de isolamento social, em 2020, quase 8 em cada 10 municípios na Bahia regulamentaram sanções em caso de desrespeito às normas - como multas, realização compulsória de exames e outros. Elas foram informadas por 313 das 409 prefeituras que responderam à pesquisa (76,5%).

Além de adotar o isolamento, implantar barreiras sanitárias e regulamentar sanções para quem descumprisse as normas sanitárias, todas as 409 prefeituras baianas que responderam sobre o tema covid-19 realizaram ao menos alguma ação de combate à pandemia. O uso obrigatório de máscara foi adotado por 95,8% das cidades baianas e a desinfecção de locais públicos e comércios por 91,2%.

A testagem da população ficou em terceiro lugar, informada por 353 cidades baianas (86,3% das que responderam); 351 prefeituras (85,8%) adquiriram testes para utilizar na população. Em quinto lugar, 346 prefeituras (84,6%) distribuíram cestas básicas ou crédito alimentar para as famílias de estudantes matriculados na rede pública municipal e creches parceiras.

“O resultado positivo é, sem dúvidas, um reflexo do trabalho responsável dos prefeitos baianos que travaram uma verdadeira luta contra o vírus, sobretudo no período mais crítico da pandemia”, afirmou o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Jequié, Zé Cocá.

As prefeituras de Andaraí, Camacan e São Sebastião do Passé foram procuradas, mas não responderam ao contato. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que não comentaria os resultados da pesquisa e o CORREIO não conseguiu contato com o Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-Ba).

Bahia tem o 6º maior índice de seca do país
Dos 417 municípios baianos, 410 responderam às perguntas da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) sobre gestão de risco e resposta a desastres. A seca continuou sendo uma realidade para a maioria das cidades na Bahia. Em 2020, 289 municípios declararam ter sido atingidos pela seca nos últimos 4 anos (70,5%), sendo 2017 o ano de maior incidência, quando o problema atingiu 165 cidades. Apesar de o número de municípios afetados ser alto, ele foi 21,7% menor do que em 2017, quando 369 cidades baianas haviam informado ter sido atingidas pela seca nos 4 anos anteriores.

Em 2020, dentre os 26 estados (excluindo o Distrito Federal), a Bahia tinha o 6 o maior percentual de municípios que haviam sofrido com a estiagem. Rio Grande do Sul (88,9%), Rio Grande do Norte (86,2%) e Paraíba (81,2%) lideravam.

Na Bahia, a ação mais comum para evitar ou minimizar os danos causados pela seca foi a distribuição de água através de carros-pipa, que ocorreu em 222 municípios. Em 186 cidades, houve construção de poços e, em 148, a construção de cisternas. Apesar de a seca atingir a maioria dos municípios baianos, apenas 88 possuíam, em 2020, um Plano de Contingência e/ou Prevenção para a Seca (21,1%).

Outros resultados da pesquisa

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC), de 2020, também ouviu municípios baianos sobre temas como transporte, moradia e saneamento básico.

Confira alguns resultados:

74,5% dos municípios declaram que possuíam loteamentos irregulares e/ou clandestinos (aumento de 15% em relação à pesquisa de 2017)
22,8% dos municípios declararam possuir favelas, palafitas, mocambos ou assemelhados
A van é o serviço de transporte mais comum, presente em 89,2% dos municípios
Os transportes por aplicativo estão presentes em apenas 26 municípios (6% dos que responderam)
Apenas Lauro de Freitas e Salvador possuem metrô e só a capital possui serviço regular de trem
Apenas 8,9% dos municípios disseram ter frota totalmente adaptada para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida
19,4% dos municípios declararam possuir ciclovia ( número 132,4% maior que o de 2017)
A proporção de municípios com ciclovias na Bahia era a segunda maior do Nordeste, atrás apenas da verificada no Ceará (27,7%)

Municípios baianos onde demanda ultrapassou capacidade de leitos:

Adustina
Antônio Cardoso
Aporá
Arataca
Barra do Mendes
Barro Alto
Bom Jesus da Serra
Buritirama
Caém
Camacan
Camaçari
Camamu
Canarana
Cansanção
Carinhanha
Chorrochó
Coaraci
Cocos
Coração de Maria
Coribe
Dário Meira
Eunápolis
Feira de Santana
Iaçu
Ibicaraí
Ibipeba
Ibitiara
Ipiaú
Irará
Irecê
Itabela
Itabuna
Itamaraju
Itapetinga
Itapicuru
Itapitanga
Itaquara
Itiúba
Itororó
Jaguaquara
Jaguarari
Jeremoabo
Jiquiriçá
João Dourado
Juazeiro
Lauro de Freitas
Lençóis
Macajuba
Macaúbas
Maragogipe
Medeiros Neto
Mucuri
Nova Viçosa
Palmas de Monte Alto
Pau Brasil
Piatã
Pintadas
Porto Seguro
Potiraguá
Presidente Dutra
Rio do Antônio
Rio Real
Salinas da Margarida
São Félix do Coribe
Seabra
Sobradinho
Teixeira de Freitas
Ubaitaba
Uruçuca
Valença
Vereda
Wenceslau Guimarães
Xique-Xique

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Pfizer realizaram, nesta terça-feira (11), uma reunião de pré-submissão do pedido de indicação da vacina contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Segundo a agência, esse tipo de encontro é utilizado pelas farmacêuticas para apresentar dados técnicos logo antes do envio formal do pedido de uma nova indicação da dose.

"De acordo com o laboratório, a dose de vacina para as crianças de 5 a 11 anos será ajustada e será menor que a dose para maiores de 12 anos devido a uma nova formulação desenvolvida pela empresa", antecipou a Anvisa, por meio de nota. Ainda segundo a agência, a Pfizer indicou que o pedido será apresentado em breve. "O prazo de avaliação da Anvisa tem início somente a partir do recebimento formal do pacote de dados e informações completas que sustentem a indicação para o público infantil".

A vacina da Pfizer está registrada no Brasil desde o dia 23 de fevereiro de 2021.

Ameaças

No fim de outubro, a Anvisa divulgou que seus diretores receberam ameaças de morte na hipótese de aprovação do uso do imunizante para crianças. A agência oficiou entidades policiais e o Ministério Público para investigar o ocorrido. Na semana passada, os diretores voltaram a receber ameaças por causa da possibilidade de autorização da vacinação de crianças contra a covid-19.

Na última sexta-feira (5), a Polícia Civil do Paraná identificou o autor de ameaças, direcionadas também a escolas do estado. De acordo com a corporação, o homem foi intimado, compareceu à delegacia e prestou depoimento. Ele se disse arrependido de ter feito as ameaças. A Polícia Civil paranaense não divulgou mais informações sobre o homem. As investigações sobre o caso prosseguem.

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A Pfizer informou, nesta sexta-feira, 5, que uma pílula desenvolvida pela farmacêutica teve eficácia de 89% na redução do risco de internação ou morte entre pessoas com casos graves de covid-19. O anúncio é baseado em resultados preliminares de um estudo de fase 2/3 conduzido pela farmacêutica.

O antiviral, conhecido como Paxlovid, funcionou quando administrado três dias após o diagnóstico, de acordo com a empresa. Dos 1.219 adultos que participaram da pesquisa, dez que tomaram o placebo morreram, comparado com nenhum óbito entre os que receberam o remédio. Os testes também atestaram a segurança da substância.

A Pfizer afirmou que pretende solicitar autorização para uso da droga à Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos este mês.

Se autorizado pelas autoridades regulatórias, seriam dois comprimidos de covid-19 que as pessoas podem tomar em casa antes do final do ano para permanecer fora do hospital. Um antiviral da Merck e Ridgeback Biotherapeutics foi liberado para uso no Reino Unido esta semana e está para autorização nos EUA.

"As notícias de hoje são uma verdadeira virada de jogo nos esforços globais para deter a devastação desta pandemia", afirmou o CEO da Pfizer, Albert Boula. "Esses dados sugerem que nosso candidato a antiviral oral, se aprovado ou autorizado pelas autoridades regulatórias, tem o potencial de salvar vidas de pacientes, reduzir a gravidade de infecções de covid-19 e eliminar até nove em cada dez hospitalizações", acrescentou. Com informações da Dow Jones Newswires.

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